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ENTRE 6 E 11 ANOS
Contato: adrianadmb@gmail.com
Fomento: CAPES
ANÁLISE DE DESEMPENHO DA HABILIDADE DE PLANEJAMENTO DE CRIANÇAS
ENTRE 6 E 11 ANOS NA TAREFA MAPA DO ZOOLÓGICO
Planejamento é uma das funções cognitivas mais presentes e importantes no cotidiano das
pessoas. Ao pensar, por exemplo, na roupa com a qual iremos ao trabalho, fazemos uso da
habilidade de planejar. A habilidade de planejamento refere-se à capacidade de elaboração e
execução de um plano de ação. Isto envolve o reconhecimento de uma sequência de passos e
a previsão das consequências das decisões tomadas. Os instrumentos de avaliação da
habilidade de planejar mais utilizados no Brasil são a reprodução de figuras complexas ou a
resolução de problemas visuais, como as tarefas das torres. Poucos estudos brasileiros
utilizam medidas ecológicas em crianças. Dada a importância do planejamento no
desempenho escolar, este estudo pretende descrever o desenvolvimento desta habilidade em
crianças, em função da faixa etária, com emprego de uma tarefa ecológica de avaliação das
funções executivas. Participaram 99 escolares do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental de uma
escola particular do Rio de Janeiro. Os alunos foram divididos em 3 grupos de acordo com a
faixa etária: o grupo 1 compreende crianças com 6 e 7 anos, o grupo 2, crianças com 8 e 9
anos e o grupo 3, crianças com 10 e 11 anos. A medida ecológica de planejamento é o teste
Mapa do Zoológico que integra a Behavioral Assesment of the Dysexecutive Syndrome. A
tarefa é realizada em duas etapas nas quais o mapa de um zoológico é apresentado para a
criança. Na primeira etapa, é informado que a criança deve percorrer o zoológico com o
objetivo de visitar 6 jaulas diferentes e finalizar o passeio na área de piquenique. Na segunda
etapa, a criança deve visitar os mesmos lugares seguindo uma sequência pré-determinada. Em
ambas as etapas, existem trechos do mapa que não podem ser visitados por mais de uma vez.
A etapa 1, objeto de análise do presente trabalho, exige maior recurso de planejamento, uma
vez que a criança precisa estabelecer a melhor sequência possível de visitação. Foram
avaliados: tempo de latência, tempo de execução da tarefa, número de erros apresentados e
pontuação total. A análise de variância mostrou diferença significativa entre os grupos nos
quesitos número de erros e pontuação total. Post hoc (Tukey HSD) confirmou que a diferença
no número de erros e na pontuação total foi significativa entre os grupos 1 e 2 quando
comparados ao grupo 3. Desta forma, não houve diferença significativa no desempenho dos 6
aos 9 anos, mas destas para o das crianças de 10 e 11 anos na tarefa de planejamento. Esses
resultados sugerem que as crianças mais novas são mais impulsivas e apresentam mais erros
porque não planejam, adequadamente, sua ação. Este panorama muda durante alguns anos,
quando conseguem reconhecer a necessidade de planejar sua ação para conseguir êxito. Por
fim, quando estão mais velhas, conseguem utilizar os recursos de planejamento de forma
mais otimizada cometendo menos erros e obtendo, dessa forma, maior pontuação total.
Contato: raquelcmandrade@gmail.com
Fomento: CAPES
O DESENHO DO PAR EDUCATIVO COMO MEIO DE EXPRESSÃO DOS
AFETOS ENVOLVIDOS NO APRENDER
Ana Carolina Costa, Ana Paula Vidal, Daniela Almeida, Renata Linhares, Tatiana
Branco.
Contato: apvidal09@gmail.com
Fomento: CAPES, CNPQ, FAPERJ, Profaex-UFRJ.
AVALIACAO NEUROPSOCOLIGA: EPILEPSIA E DIFICULDADE DE
APRENDIZAGEM
Andreza Martins¹; Ana Carolina Ferreira², Andressa Martins³, Andreza Silva³, Adrielle
Martins³, Hulda Macruz³.
UNIABEU CENTRO UNIVERSITÁRIO
Palavras Chaves: Dificuldade de aprendizagem, Epilepsia, Avaliação Neuropsicológica.
Palavras chave
Organização neurofuncional; aquisicão e desenvolvimento de linguagem;
bilinguismo; neuroplasticidade.
Autores: Angelica Yolanda Bueno Bejarano Vale de Medeiros1, Arlete Ozorio2, Priscila do
Nascimento Marques3
Contato: angelicaflow@gmail.com1
1) TEMA LIVRE – PÔSTER:
Bruna I. Arruda¹, Fernanda Fucci-da-Costa¹, João Vitor Fadel¹ & Daniel C. Mograbi¹,²
Contato: bruna.285@gmail.com
Fomento: Capes
CASO CLÍNICO (PÔSTER)
Contato: bruna.guima.marques@gmail.com
Da Aversão à Compaixão: Efeitos de Proximidade em Reações Empáticas Frente ao
Sofrimento Alheio
Resumo
Familiaridade e similaridade estão associados à maior empatia. Contudo, nenhum estudo
verificou empiricamente se seus efeitos são diferentes ou indistinguíveis. O presente
estudo investigou se graus de proximidade (i.e., familiaridade e similaridade) moderam
reações empáticas ao sofrimento alheio, em particular, termos de reações aversivas ou
compassivas frente ao sofrimento. 87 participantes assistiram a um vídeo de um atleta
sofrendo uma lesão, no entanto isso foi precedido por diferentes estímulos de acordo com
a condição experimental: 29 participantes (condição desconhecida) assistiram a um vídeo
conrole sobre curiosidades olímpicas; os participantes restantes assistiram a um vídeo
descrevendo a trajetória do atleta, com metade dos participantes assistindo a um vídeo no
qual o atleta tinha a mesma nacionalidade (condição familiar-similar; n=29) ou uma
nacionalidade diferente (condição familiar-dissimilar; n=29). Autorrelato, expressão
facial, comportamento ocular e tamanho da pupila foram mensurados. As condições
familiares reagiram mais compassivamente (com mais expressões faciais de tristeza) o
que a condição controle (desconhecida). Adicionalmente, participantes da condição
familiar-dissimilar relataram mais tristeza e preocupação do que aqueles da condição
desconhecida. Como esperado, as condições familiar-similar e desconhecida tiveram
mais reações de aversão do que a condição familiar-dissimilar. Além disso, na condição
familiar-similar os participantes demonstraram maior dilatação da pupila do que o grupo
controle. Esses achados demonstram alta excitação fisiológica quando a familiaridade e
similaridade estão presentes, e maior regulação emocional quando a familiaridade não é
acompanhada de similaridade. Esses achados são discutidos em termos de implicações
clínicas a profissionais de saúde e distanciamenteo saudável entre eles e seus pacientes.
Contato: brunomcpml@hotmail.com
Fomento: CAPES
Respostas a Pistas Sociais em Exibições Emocionais Dentro de um Contexto
Competitivo
Resumo
A teoria do contágio emocional afirma que as pessoas imitam expressões emocionais de
forma análoga a um reflexo motor. Contudo, achados mais recentes sugerem que pistas
sociais podem moderar responstas convergentes e até mesmo produzir reações
divergentes a exibições emocionais demonstradas por outros. O presente estudo
investigou se resposts convergentes e divergentes dependem da filiação grupal, direção
do olhar, e a emoção mostrada pelo outro. 48 participantes assistiram a vídeos de
membros endo e exogrupo demonstrando raiva, medo, tristeza, e alegria em duas
direções: para o lado e frente. Além de autorrelato, reações faciais foram analisadas. Os
participantes tenderam a corresponder às emoções que foram exibidas. Além disso, a
direção do olhar influenciou reações a exibições de medo, com medo para o lado
provocando mais reações amedrontadas do que expressões de medo para frente.
Adicionalmente, filiação grupal levou a mais respostas convergentes de alegria e tristeza,
e alegria-exogrupal eliciou mais tristeza e desprezo, enquanto que medo-exogrupal
provocou reações faciais aversivas. Os achados sugerem que sentimentos aversivos a
outros grupos pode ser a causa ou consequência de preconceito e atitudes negativas frente
a pessoas dissimilares. Além disso, os resultados destacam o papel de pistas sociais em
contágio, clarificando prediçoes de contágio primitivo e teorias de avaliação social.
Contato: brunomcpml@hotmail.com
Fomento: CAPES
Adaptação e validação transcultural da versão
Daniel C. Mograbi 1,2, Pamela I. S. Marques 1 , Caio A. Lage 1 , Vitória Tebyriça 1 , Jesus
1
Pontifícia Universidade Católica, Department of Psychology, 2 King’s College London,
na população em geral, mas parecem ser mais prevalentes em pacientes com uma série de
problemas de saúde. Tais crenças, que podem ser vistas como uma forma de
desenvolvidos para medir tais crenças sobre emoções, e nenhum instrumento foi validado
Crenças sobre Emoções (Beliefs about Emotions Scale) em uma amostra brasileira. O
a versão final brasileira da escala testada online em uma amostra de 645 participantes. A
consistência interna da escala foi muito alta (α = .86), e os resultados da análise fatorial
de eixo principal indicaram uma solução de 2 fatores. Os respondentes com alta fadiga
mostraram crenças mais perfeccionistas e a escala correlacionou positivamente com
e participantes com baixo nível de escolaridade endossaram mais tais crenças do que
estudo confirma achados clínicos anteriores relatados na literatura, mas indicam novas
Contato: caioalage@gmail.com
PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DE ANSIEDADE DE DESEMPENHO E
ANSIEDADE SOCIAL EM UM INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
Contato: calexandre625@gmail.com
PERFIL COGNITIVO DE CRIANÇAS COM DIFICULDADES GERAIS DE
LEITURA E ESCRITA
Pedro Albuquerque, Ana Carolina Costa, Ana Paula Vidal, Daniela Almeida, Luisa
Schmoelzmeier, Natália Knupp, Imira Fonseca.
Palavras Chave: Dificuldades Gerais Em Leitura E Escrita, WISC IV, Perfil cognitivo.
Contato: pedroqfa@gmail.com
Contato: carolinasathler@globo.com
Intervenção Breve em TCC para um grupo de Idosos com Sintomas
Depressivos: resultados de um estudo-piloto
Ana Carolina Veras, Isabela Varnieri, Lais Araujo, Felipe Kenji, Helenice
Charchat
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Contato: deborahambre@gmail.com
Contato: edilanesouzapsi@gmail.com
Cognitive Profile of Patients with Parkinson´s Disease and Deep Brain Stimulation
X Parkinson´s Disease Patients
Barbosa¹, Eduarda Naidel Barboza e; Nasser², José Augusto dos Santos; Charchat-
Fichman¹, Helenice
PUC-Rio¹ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro); INTO² (Instituto
Nacional de Traumatologia e Ortopedia)
Objectives Compare the cognitive profile of patients with PD receiving DBS with the
profile of patients with PD who did not undergo DBS described in Brazilian literature.
Investigate DBS effects on PD patients cognition - particularly global cognitive
functioning (GCF), verbal fluency (VF), working memory (WM) and processing speed
(PS). Background Deep Brain Stimulation (DBS) is a surgical intervention aimed at
reducing or extinguishing motor symptoms in case of Parkinson's Disease (PD). Some
PD patients have cognitive deficits and there is no consensus in the literature regarding
the DBS effects on cognition. Methods Descriptive analysis of 16 subjects with PD
receiving DBS evaluated by a neuropsychological battery in 2017 (table 1). Research
for articles that describe Brazilian cognitive profile of PD patients with similar
characteristics to the PD+DBS sample collected and evaluated with the same
instruments. Comparison between the means of the two populations (PD+DBS and PD
only) through Student's t-test. Results A significant difference was observed between
the GCF results, comparing the PD+DBS sample and Machado's article (2014)
t(43)=2.667, p=0.01; what did not occur when comparing it with Prado (2008)
t(28)=0.856, p=0.4; Sobreira (2008) t(48)=0.841, p=0.4; dos Santos (2013) t(21)=0.378,
p=0.71; and da Silva (2015) t(42)=1.645, p=0.11. About VF, a significant difference
was observed between PD+DBS sample with Sobreira (2008) t(48)= 3.044, p<0.01 and
Souza (2017) t(84)=4.143, p<0.01; and a trend with Santos (2013) t(21)= 1.788, p=0.09;
and Machado (2014) t(43)=1.892, p=0.07. In WM, we observed a significant difference
between the PD+DBS sample and Sobreira (2008) t(49)=16.420, p<0.01 and in PS in
Souza (2017), especially in the A form with t(84)= 2.282, p=0.02; but not in the B form
t(84)=1.690, p=0.09. Conclusion It was observed that there was no difference in the
performance of overall cognitive functioning among subjects with PD receiving DBS
and patients with PD and other treatments - mostly drug treatment. There was a
significant difference in the performance of verbal fluency and working memory
(improving them) and processing speed (slowing it down) in the postoperative group.
We aim to evaluate more patients in both conditions and to investigate if this trend will
continue.
References Prado, ALC; Puntel, GO; Souza, LP; Tomaz ,CAB (2008). Análise das
manifestações motoras, cognitivas e depressivas em pacientes com doença de
Parkinson. Revista de Neurociência, Vol. 16(1), pp. 10-15. Souza, CO (2017) A relação
entre aspectos cognitivo e aspectos motores em pacientes com doença de Parkinson.
Tese de Doutorado. Programa de Neurologia da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo. 2017.
REVISÃO DE OBJETIVOS E MÉTODOS AO LONGO DO PROCESSO DE
REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA – UM ESTUDO DE CASO
Contato: eduardaptmoura@gmail.com
TEMAS LIVRES
Bertrand1,2, Elodie; Naylor1, Renata; Laks2,3, Jerson; Marinho3, Valeska; Spector4, Aimee;
Mograbi1,5, Daniel C.
1 – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)
2 – Universidade do Grande Rio (Unigranrio)
3 – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
4 – University College London (UCL)
5 – King’s College London (KCL)
Contato: elodie.bertrand1@gmail.com
Fomento: Newton Advanced Fellowship provided by the Academy of Medical Sciences, UK,
and Royal Society
TEMA LIVRE:
Contato: guimaraes.erb@gmail.com
Avaliação comparativa da velocidade de processamento em adultos e idosos a partir do
teste computadorizado COMPCOG
Fidel Samora, Gabriel Costa E Silva, Larissa Marques, Liana Chaves, Ana Mercedes de
Figueiredo, Helenice Charchat
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Contato: gcardml@gmail.com
ESTUDO SOBRE OS EFEITOS NEUROFISIOLÓGICOS DA MEDITAÇÃO DE
Gloria Suzana Gomes de Oliveira, Guaraci Ken Tanaka, Bruna Velasques e Pedro
Ribeiro
2
"EPIGENÉTICA E PSICOLOGIA: UMA POSSIBILIDADE DE ENCONTRO ENTRE
O SOCIAL E O BIOLÓGICO.”
Iara Peixoto de Oliveira, Ana Raquel Mendes de Toledo Neris, Aydamari João Pereira Faria
Junior
Universidade Federal Fluminense
Contato: iara.src1996@gmail.com
Motivações e recompensas nos videogames no comportamento humano
João Guilherme Midões Izidoro1, Rodrigo Vieira de Mello2, Emmy Uehara Pires3
Bolsista de Iniciação Científica, UFRRJ/CAPES; 2 Mestrando da PPGPSI/UFRRJ; 3 Professora Adjunta
1
IE/DEPSI/PPGSI/UFRRJ.
Contato: jao09guilherme@gmail.com
TEMA LIVRE (PÔSTER)
Autores: Jozenilda Buarque de Morais; Viviane Nascimento Soliva; Maria Claudete Silva.
Um aspecto complexo e delicado a ser observado são as dificuldades que as crianças podem
apresentar durante seu desenvolvimento, e mais precisamente, em suas habilidades cognitivas
e psicossociais quando inseridas no processo de aprendizagem. Essas dificuldades acabam por
gerar diversos estudos sobre o desenvolvimento infantil na tentativa de explicar possíveis
déficits nos aspectos motor, afetivo, cognitivo e social da criança. Partindo desse pressuposto,
o objetivo deste trabalho foi apresentar o Neupsilin-inf como um importante instrumento para
avaliação neuropsicológica breve em crianças no início do processo de alfabetização, e de que
forma pode contribuir como possível ferramenta na prevenção da dificuldade de
aprendizagem. O estudo torna-se relevante devido à carência de testes neuropsicológicos para
avaliação infantil breve, visto que o objetivo do NEUPSILIN-inf é fornecer um perfil
neuropsicológico breve por meio da avaliação de habilidades cognitivas preservadas e
deficitárias, sendo um instrumento que inclui testes para avaliação de oito funções
neuropsicológicas, entre elas orientação, atenção, percepção, memória, habilidades
aritméticas, linguagem, praxias construtivas e funções executivas. O trabalho foi
bibliográfico na medida em que foi realizada pesquisa em livros, jornais, revistas
especializadas, sites, dissertações e teses com informações pertinentes ao campo de estudo.
Foi também exploratório, pois buscou elencar, descrever e aprimorar conceitos existentes
sobre desenvolvimento infantil, dificuldades na aprendizagem, transtorno de aprendizagem,
objetivos da avaliação neuropsicológica e os estudos do instrumento de avaliação
neuropsicológica breve infantil – Neupsilin-Inf, de maneira a compor o referencial teórico do
estudo. Concluiu-se que a avaliação neuropsicológica, utilizando o Neupsilin-inf, pode ser
uma ferramenta de prevenção na dificuldade de aprendizagem, uma vez que, sendo aplicada,
identificará questões cognitivas as quais podem ser trabalhadas previamente para um
desenvolvimento adequado da aprendizagem. O instrumento pode ser muito promissor no
início do processo diagnóstico e prognóstico de diferentes fases de desenvolvimento típico e
atípico, em crianças com quadros neurológicos e/ou psiquiátricos com sequelas
neurocognitivas. Suscita ainda, o pensamento que uma avaliação nos anos iniciais da
escolarização pode fornecer subsídios para investigar a compreensão do funcionamento
intelectual da criança, podendo orientar diversos profissionais, principalmente, os da escola na
conduta e no desenvolvimento de estratégias a serem adotadas com crianças, que possam
apresentar possíveis dificuldades de aprendizagem, as quais deverão ser trabalhados seus
déficits e potencializado suas habilidades preservadas. Vale ressaltar, que não se trata de
rotular a criança que possa apresentar dificuldades no processo de aprendizagem, mas sim
evitar que tais dificuldades possam impedir o desenvolvimento saudável da criança.
Contato: josy_buarquee@hotmail.com
WISC-IV: Semelhanças e diferenças no desempenho de crianças com dislexia,
TDAH e atraso no desenvolvimento cognitivo
A Escala Wechsler de Inteligência para Crianças (WISC) é empregada na clínica para investigar
habilidades verbais e não verbais, bem como os obstáculos encontrados pelas crianças em termos de
funcionamento cognitivo. A caracterização de perfis cognitivos pode contribuir para a realização de
diagnósticos diferenciais na infância. Sendo assim, o presente trabalho tem por objetivo investigar as
semelhanças e diferenças no perfil cognitivo de crianças com dislexia, TDAH ou atraso no
desenvolvimento cognitivo no WISC-IV. Participaram do estudo 30 crianças do 1º ao 3º ano do Ensino
Fundamental, com idade entre 7 e 9 anos. Elas foram diagnosticadas com dislexia (N=16), TDAH
(N=8) e atraso no desenvolvimento cognitivo (N=6) após avaliação multidisciplinar realizada pelo
projeto ELO. As crianças com dislexia apresentaram desempenho médio em todos os índices da
bateria, enquanto as crianças com TDAH apresentaram desempenho médio inferior no Índice de
Velocidade de Processamento (IVP) e médio nos demais índices. Por outro lado, as crianças com atraso
no desenvolvimento cognitivo tiveram seu desempenho classificado como médio inferior na maioria
dos índices, exceto no Índice de Memória Operacional, cujo desempenho mostrou-se limítrofe. Apesar
de ambos terem apresentado desempenho geral mediano, as crianças com dislexia apresentaram
diferença estatisticamente significativa das crianças com TDAH no Índice de Compreensão Verbal.
Verificou-se que o desempenho das crianças com dislexia foi inferior ao desempenho das crianças com
TDAH. Tal resultado sugere maior comprometimento do processamento linguístico no caso das
crianças com dislexia, ainda que o desempenho delas tenha atingido o nível médio. Quando o
desempenho das crianças com dislexia foi comparado com o das crianças com atraso no
desenvolvimento cognitivo, obteve-se diferença estatisticamente significativa em todos os índices da
bateria. Em relação ao desempenho dos grupos com TDAH e atraso no desenvolvimento cognitivo,
observou-se que o Índice de Velocidade de Processamento foi o único a não apresentar diferença
estatisticamente significativa entre os grupos. Os subtestes do IVP recrutam, além de velocidade no
processamento de informações, habilidade atencional importante para a seleção dos estímulos
solicitados. Notou-se que o desempenho das crianças com TDAH revelada, por esse Índice, aproxima-
se daquela experimentada por crianças com dificuldades gerais em relação às habilidades intelectuais.
As habilidades e dificuldades de cada grupo clínico podem fornecer dados importantes para a condução
de diagnósticos diferenciais. No caso do presente estudo, as diferenças encontradas no desempenho das
crianças de diferentes grupos clínicos mostram que a classificação média não é suficiente para que o
desempenho de dois grupos clínicos diferentes sejam considerados equivalente. Além disso, um grupo
pode revelar desempenho intelectual total médio e dificuldade específica em determinada habilidade,
com resultados aproximados de outro grupo em que as dificuldades encontram-se mais visíveis. A
utilização de instrumentos avaliativos mostra-se relevante para a prática clínica. Contudo, é a
interpretação atenta dos dados mensurados que possibilitará compreender o que eles significam, bem
como conduzir a intervenção adequada para a superação das dificuldades.
Contato: joyce.md@hotmail.com
Fomento: CAPES, CNPq.
COMPARAÇÃO ENTRE MEDIDAS DE CONTROLE INIBITÓRIO EM
CRIANÇAS: TESTE DOS 5 DÍGITOS E STROOP
Abner Oliveira Barros, Juliana Muniz Furtado; Clarissa de Carvalho Abreu; Douglas
Dutra; Priscila Marques; Rosinda Martins Oliveira.
Contato: abprimeiro@gmail.com
Larissa Bezerra Lopes¹ , Maria Carolina Soares Monteiro de Barros¹ , Rizza Avacil
Assis de Carvalho¹, Vanessa Lemos da Costa Soares¹, Cristina Maria Duarte Wigg²
Contato: larissablopes@outlook.com
SEQUELAS COGNITIVAS DO TCE E RELAÇÕES COM O SISTEMA NERVOSO: ESTUDO DE CASOS
DE PACIENTES À ESPERA DE CRANIOPLASTIA
A presente pesquisa tem como objetivo relacionar a organização do sistema nervoso com o
funcionamento cognitivo a partir do estudo de traumas e sequelas cognitivas. Para tanto, dois
pacientes vítimas de traumatismo cranianoencefálico com consequente perda do osso craniano,
e momentaneamente à espera da cirurgia de reconstrução, foram avaliados por uma bateria
neuropsicológica. Os resultados da avaliação sugeriram diversas sequelas cognitivas nos dois
pacientes. Enquanto alguns resultados dos testes neuropsicológicos tiveram correlação direta
com as lesões específicas dos pacientes, outros não encontraram correspondência - foram
encontradas alterações cognitivas mais abrangentes que os danos ao tecido descritos. Estas
podem ser consequência tanto de lesões difusas quanto de alterações metabólicas, ambas
condições características de quadros de traumatismos cranioencefálicos e de ausência de parte
da calota craniana. Desta forma, a avaliação neuropsicológica se coloca como uma importante
ferramenta para traçar um perfil cognitivo mais completo desse tipo de paciente neurológico,
complementando os achados de neuroimagem e entrevista clínica.
VALIDAÇÃO INICIAL DO UCSD PERFORMANCE-BASED SKILL
ASSESSMENT (UPSA-1-BR) EM IDOSOS
Buscou-se, por meio deste estudo, determinar a capacidade funcional de idosos com um
novo instrumento (o UPSA) e avaliar a sua correlação com medidas cognitivas. Os
sujeitos foram recrutados entre aqueles com idade igual ou superior a 60 anos,
independentes e autônomos, que frequentavam regularmente casas de convivência da
prefeitura do Rio de Janeiro. Foi realizada avaliação cognitiva com a Bateria Breve de
Rastreio Cognitivo (BBRC), constituída pelo Teste de Memória de Figuras (TMF), Teste
de Fluência Verbal (TFV), Teste de Desenho do Relógio (TDR) e Mini Exame do Estado
Mental (MEEM). Na avaliação funcional, foram utilizados a Escala de Atividades
Instrumentais de Vida Diária (AIVD) e o UCSD Performance-Based Skill Assessment
(UPSA-1-Br). O UPSA é um instrumento de medida da capacidade funcional, baseado
na intepretação de situações que simulam tarefas do cotidiano em cinco domínios
diferentes: Compreensão e Planejamento, Comunicação, Finanças, Transporte e Tarefas
Domésticas. Foram avaliados 32 idosos com idade média de 71,9 anos (DP = 5,8) e
escolaridade média de 11,2 anos (DP = 4,6), sendo 90,6% do sexo feminino. A média
geral do UPSA foi 44,9 (DP = 7,9). Observou-se uma correlação estatisticamente
significativa com idade e escolaridade, e na BBRC com o TFV, o MEEM e a AIVD.
Concluímos que o UPSA é um instrumento de avaliação funcional de rápida e fácil
aplicação em idosos, apresentando correlação significativa com medidas cognitivas.
Contato: lcpcamara@gmail.com
CONDIÇÕES FÍSICAS E CAPACIDADE FUNCIONAL MEDIDA PELO UCSD
PERFORMANCE-BASED SKILL ASSESSMENT (UPSA-1-BR) EM IDOSOS
Contato: lcpcamara@gmail.com
ANÁLISE DO PERFIL COGNITIVO DE UM GRUPO DE ESTUDANTES
UNIVERSITÁRIOS COM SINTOMAS DE ANSIEDADE SOCIAL
O Transtorno de Ansiedade Social (TAS) pode ser definido como um padrão intenso de
alarme, medo e desconforto decorrente da exposição a situações nas quais o indivíduo
deve interagir, desempenhar tarefas sob a avaliação de outras pessoas ou engajar-se em
atividades sociais. Estudos recentes têm demonstrado a ocorrência de prejuízos em
funções neuropsicológicas específicas, como a memória de trabalho visual, como
consequência do TAS. O presente estudo tem como objetivo traçar o perfil clínico e
cognitivo de estudantes universitários com e sem Transtorno de Ansiedade Social. A
pesquisa constitui-se de três etapas: 1) os participantes preencheram a Escala de
Ansiedade Social de Liebowitz (LSAS), que avalia o grau de interferência da ansiedade
em 24 situações cotidianas; 2) aplicação da Entrevista Clínica Estruturada (SCID-5-CV),
a fim de coletar dados que corroborem os critérios diagnósticos para o TAS, descritos no
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5); e 3) categorização
dos participantes em dois grupos (caso e controle) para a avaliação das funções
cognitivas, realizada por meio de testes neuropsicológicos computadorizados. A amostra
parcial resultou em 110 sujeitos, sendo 70% do sexo feminino e 30% do sexo masculino.
Com relação à presença de comorbidades, 10,9% dos sujeitos já foram diagnosticados
com Transtornos de Ansiedade e 4,5% com Transtorno Depressivo. A avaliação parcial
das funções cognitivas aponta diferenças entre os grupos caso e controle no desempenho
em tarefas de estratégia e resolução de problemas, tomada de decisão, atenção seletiva e
planejamento espacial. Acredita-se que, ao final deste estudo, a avaliação
neuropsicológica trará uma contribuição para o estabelecimento de uma normativa para
uma amostra brasileira. Nesse sentido, será possível uma detecção mais precoce e precisa
dos prejuízos cognitivos decorrentes do TAS, possibilitando uma intervenção mais eficaz
para esta população.
Contato: llopesesantos@gmail.com
Resultados Preliminares da Validação do Teste CFT20-R de Inteligência Fluída para a
População Brasileira entre 8 anos e seis meses e 17 anos
Maíta de Mendonça Bittar ; Giuseppe Mario Carmine Pastura ; Marcelo Gerardin
Poirot Land.
Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira- Universidade Federal do Rio de
Janeiro -IPPMG/UFRJ
Palavras Chave: validação,inteligência fluída, inteligência não-verbal, fidedignidade
Contato: maitambittar@ufrj.br
A IMPORTÂNCIA DA OBSERVAÇÃO COMPORTAMENTAL NA AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
DE PACIENTES COM TRANSTORNO DE CONDUTA
Marcelo Leonel1,2, Camila Bernardes1,3, Natalia Oliveira1, Tiago Figueiredo1,3, Carolina Morais1,
Ana Theresa Cavalcanti1,4, Gabriel Lima 1,5, Priscila Corção1,3, Gabriel Bernardes1,4, Pilar Erthal1,
Paulo Mattos1,3
1
Centro de Neuropsicologia Aplicada – CNA-IDOR, 2Universidade do Estado do Rio de Janeiro,
3
Universidade Federal do Rio de Janeiro,4Pontifícia Universidade Católica, 5Universidade Veiga
de Almeida
Contato: marceloleonelpeluso@gmail.com
Tema Livre
A compreensão é a sucessão de operações cognitivas que, partindo de uma mensagem oral ou escrita,
nos permite, como receptores ativos, conferir significado ao enunciado transmitido. Refere-se à
capacidade relacional do que a criança se lembra da comunicação feita ou da aplicação das informações
obtidas do que ouviu ou leu, em voz alta ou silenciosa, para a atribuição de coerência ao conteúdo
linguísticos de escolares nas tarefas de compreensão de linguagem verbal, compreensão de leitura oral e
compreensivas, oral e de leitura, em três grupos clínicos: dislexia, déficit atencional e atraso do
ensino fundamental, com faixa etária de 8 e 9 anos e diagnosticados com dislexia, déficit atencional e
Há classificação quanto o seu nível de complexidade em cinco níveis. A compreensão de leitura oral e
silenciosa é avaliada após a leitura textual, tanto oral quanto silenciosa, por meio de cinco perguntas
elaboradas para cada texto equivalente ao ano escolar da criança. Quando comparados os três grupos
por meio da inspeção das médias em cada tarefa de compreensão, observa-se que grupo déficit
atencional teve o pior o desempenho na compreensão de linguagem verbal e compreensão de leitura oral
e silenciosa. O desempenho do grupo dislexia foi melhor na compreensão de linguagem oral, enquanto
o grupo atraso no desenvolvimento cognitivo teve melhor resultado nas tarefas de leitura oral e escrita.
O grupo déficit atencional teve o pior desempenho em todas as tarefas de compreensão. Na análise da
dificuldade relativa de modalidade de tarefa de compreensão para cada grupo clínico, observa-se que os
três grupos apresentam a mesma relação hierárquica entre as tarefas. Da tarefa considerada mais fácil a
mais difícil: compreensão de linguagem oral, compreensão de leitura oral e compreensão de linguagem
correlatas à compreensão oral, para caracterização de cada grupo clínico. Assim, é importante traçar
esses perfis para a caracterização dos aprendizes com dislexia, déficit atencional e atraso do
Contato: claradias_rj@yahoo.com.br
Contato: msguzzo15@gmail.com
MODALIDADE: TEMA LIVRE - PÔSTER
A datar do caso Galileu, ciência e religião são termos comumente marcados por uma
distinção no imaginário social, sendo possível analisar historicamente a polarização
gerada e por vezes fomentada por entusiastas tanto das ciências quanto dos
conhecimentos teológicos. Neste sentido, foram múltiplas as áreas das ciências
biológicas, humanas e sociais que reservaram parte de seus anseios temáticos para
teorizações que objetivassem compreender os fenômenos religiosos, sobretudo durante
os séculos XVIII e XIX. Uma destas foi a supernova – que nesta época ainda marchava
ao progresso – neurociência, a qual durante os anos intermediários do século XX
presenciou a propagação de pesquisas do tema. Demarcando o papel da consciência na
gênese de transcursos humanos, os autores que formularam a defesa dessas ideias
postularam que as religiões que emergiram do processo evolutivo vislumbraram a
possibilidade de surgir apenas na medida em que a maquinaria neuropsicológica
humana se refinou e apropriou-se às características do sentir, do agir e do pensar que
especificam a humanidade. Paralelamente aos estudos subjetivos, rigorosos métodos de
imagem cerebral foram desenvolvidos, possibilitando maior distância do campo
especulativo e expandindo a margem de compreensão dos aspectos neuroanatômicos e
neurofisiológicos da experimentação religiosa. Os anos 1990 presenciaram diversos
estudos realizados através das tecnologias de neuroimagem, destacando-se os de
Michael Persinger, Andrew Newberg e Eugene d’Aquili. Apesar de o tema por vezes
conduzir a dúvidas acerca da utilidade de delimitar em margens rígidas este âmbito
experimental, muito se fomenta entre os autores americanos a inserção do campo da
neuropsicologia na interface. Atualmente, os resultados aplicativos se ramificam em
dois: busca das bases neurobiológicas da manifestação da religião e isolamento de
correlatos neurofuncionais de experiências positivas para emprega-los com fins
terapêuticos. Como exemplo do segundo caso, a atual pesquisa conduzida pelo
neurocientista Richard Davidson vem tentando entender a eficácia da meditação em
determinar o retardamento do envelhecimento cortical. Já Newberg deu início a um
estudo com pacientes oncológicos a fim de analisar se o estado religioso pode aliviar o
estresse, a tristeza e a depressão derivados do processo de doença. Para não deixar de
citar terras tupiniquins, dois pesquisadores das Universidade de São Paulo (USP) e
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) participaram de uma pesquisa mundial
que analisou o fluxo sanguíneo cerebral de um grupo de médiuns brasileiros durante a
prática da psicografia, obtendo resultados significativos. Entretanto, um dos grandes
entraves para que as pesquisas da área comecem a receber mais atenção é o ainda muito
marcado antagonismo criado entre ciência e religião, levando muitos pesquisadores a
duvidam da fidedignidade dos experimentos realizados. Entendemos que as duas áreas
convergem no momento em que explicam complementarmente fenômenos que não se
deixam explicar de modo exaustivo por só uma delas, fornecendo um caráter de
mutualidade. Para promover uma ótica integrativa, demarca-se a importância da
divulgação científica válida e rigorosamente sistemática, especialmente por se tratar de
um aspecto atentado nesta interface, para que, desta forma, a legitimidade de inúmeras
pesquisas seja creditada e possa servir de fundamento para práticas qualificadas em
saúde.
Contato: psicaruzo@gmail.com
SINTOMAS DEPRESSIVOS E ANSIOSOS EM IDOSOS COM SOBREPESO E OBESIDADE: O PAPEL
DOS FATORES DE RISCO VASCULAR
Millena Cardoso dos SantosA, Naima AssuncaoB,C, Claudia DrummondB,D, Alina TedeschiB,
Gabriel CoutinhoB, Fernanda RodriguesB,D, Natalia OliveiraB, Gabriel BernardesB, Gustavo
BravoB, Victor CallilB, Andrea Silveira de SousaB, Fernanda Tovar MollB,E, Felipe Kenji SudoA,B,
Paulo MattosB,F
A
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica, Departamento de Psicologia, Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil;
B
Memory Clinic, Instituto D’Or de Ensino e Pesquisa, Rio de Janeiro, RJ, Brasil;
C
Programa de Pós-Graduação em Ciências Morfológicas, Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil;
D
Departamento de Fonoaudiologia, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil;
E
Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ,
Brasil;
F
Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal, Faculdade de Medicina, Universidade Federal
do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
AUTORIA:
Contato: monicaol@yahoo.com.br
Young and Late Onset Dementia: a comparative study of quality of life, burden and
depression of caregivers.
Nathália Ramos Santos Kimura, Alexandre Magno Frota Monteiro, Marcia Cristina
Nascimento Dourado.
E-mail: nathaliaramos2@hotmail.com
TEMAS LIVRES
Contato : e-mail:noory@inblacktoner.com.br
1) TEMA LIVRE - PÔSTER
Contato: pedrodinizbernardo@gmail.com
Fomento: Capes
Resumo
Rachel Barbabela
RESUMO
Referências Bibliográficas:
BAR-SELA, Gil et al. Art therapy improved depression and influenced fatigue
levels in cancer patients on chemotherapy. Psycho-oncology, [s.l.], v. 16,
n. 11, p.980-984, 2007. Wiley-Blackwell.
http://dx.doi.org/10.1002/pon.1175.
BRESLOW, Devra M.. Creative arts for hospitals: The UCLA experiment.
Patient Education And Counseling, [s.l.], v. 21, n. 1-2, p.101-110, jun.
1993. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/0738-3991(93)90064-4.
DEANE, K.; FITCH, M.; CARMAN, M., An innovative art therapy program for
cancer patients. Canadian Oncology Nursing Journal, [s.l.], v. 10, n. 4,
p.147-151, 2000. Pappin Communications.
http://dx.doi.org/10.5737/1181912x104147151.
FAVARA-SCACCO, C. et al. Art therapy as support for children with leukemia
during painful procedures. Medical And Pediatric Oncology, [s.l.], v. 36,
n. 4, p.474-480, 15 mar. 2001. Wiley-Blackwell.
http://dx.doi.org/10.1002/mpo.1112.
PATELl V., FLISHER A.J., HETRICKS S., MC GORRY P., Mental health of
young people: a global public health challenge. Lancet.
2007;369(9569):1302-13.
Valkíria dos Anjos F. S. da Silva, Rehira Silveira Kritz, Eduardo Amorim, Paulo Alain, Douglas
Dutra, Priscila Marques, Rosinda Martins Oliveira
Sequência de Números e Letras (SNL) e Dígitos são sub-testes que compõem o Índice de Memória
Operacional da Escala WISC-IV. Dígitos Ordem Direta (DD) avalia armazenamento na Memória
de Curto-Prazo, e Dígitos Ordem Inversa (DI), a operação na memória Operacional. Já sobre SNL,
pouco foi investigado. Os manuais do WISC-IV relacionam DI com Memória Operacional, e a
Memória de Curto-Prazo (MCP) auditiva com DD e SNL. Objetiva-se investigar a relação entre
SNL e ambas as condições de Dígitos. Ainda, procura-se entender se o fato de ser atribuída
pontuação aos itens de SNL nos quais o sujeito inverte a ordem solicitada na instrução (diz as
letras em ordem alfabética antes dos números em ordem crescente) poderia afetar o escore.
Participaram 70 crianças de 8 e 9 anos, pertencentes a escolas particulares do Rio de Janeiro. Os
responsáveis assinaram o TCLE. Critérios de exclusão: transtorno do neurodesenvolvimento ou
neuropsiquiátrico e QI total na Escala WASI menor que 80. Cada criança foi avaliada em 3 sessões
com testes neuropsicológicos, dentre eles Dígitos e SNL. Houve correlação significativa dos
Pontos Brutos (PB) do SNL com DD (rs= 0,33; p<0,01), mas não com DI (PB). O Span de SNL se
correlacionou significativamente com o Span de DD e de DI (rs = 0,40, p< 0,01 e rs= 0,31, p< 0,01,
respectivamente). O teste de Friedman mostrou que os três Spans diferem entre si (X²(2) = 75,48;
p < 0,01), e que os PB diferem significativamente entre os testes (X²(3) = 177,62; p < 0,01). O
teste de comparações múltiplas mostrou que o Span de DI é significativamente menor do que o
Span de SNL e o Span de DD (p < 0,01 em ambas as condições), que o Span de SNL é
significativamente menor do que o Span de DD (p < 0,05). O teste de Wilcoxon mostrou que SNL
Padronizado é maior do que Dígitos Padronizado (z = -3,69; p < 0,01). DI (PB) e DD (PB) diferem
de SNL (PB) quando considerada a ordem como critério de acerto (p < 0,01). O teste de Wilcoxon
mostrou que, quando subtraídos os PB recebidos ao inverter a ordem, esses valores são
significativamente inferiores (Z = -4,68; p < 0,01). Apesar do tamanho amostral ser pequeno, os
resultados mostram relação mais próxima de SNL com DD do que com DI (tanto PB quanto dos
Span). O Span de DD foi maior que SNL e este foi maior que DI. É possível que SNL seja medida
de armazenagem e operação, mas com menor demanda da Memória Operacional do que DI e ainda,
SNL (PB) sem os Pontos Invertidos são significativamente inferiores aos pontos brutos com esses
pontos, podendo ter impacto sobre os escores padronizados e afetar na interpretação clínica do
sub-teste.
Contato: valkiria@centroin.com.br
Agências de fomento: Capes e CNPQ
A investigação linguística em indivíduos com Síndrome de Williams
Renata Martins de Oliveira, Marina R. A. Augusto
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
A Síndrome de Williams-Beuren (SW) se trata de uma condição rara (1:7500)
geneticamente determinada a partir da deleção de múltiplos genes do cromossomo 7. Os
indivíduos com a síndrome possuem características recorrentes como: baixa estatura,
atraso no desenvolvimento, personalidade amigável, musicalidade apurada, dismorfias
faciais características, cardiopatia estrutural, anomalias dentárias, entre outras. Neste
estudo, certos resultados obtidos por essa população em avaliações linguísticas são
questionados a partir de um ponto de vista que considera possível haver interferência do
domínio cognitivo – comprometido na síndrome – no desempenho linguístico dessa
população em avaliações linguísticas. Apesar de serem extraordinariamente sociáveis e
comunicativos, o desempenho desses indivíduos em determinadas avaliações linguísticas,
como é o caso do TROG (Test of Reception for Grammar), indicaria algum tipo de
comprometimento do domínio linguístico. No entanto, a análise dos instrumentos
utilizados nesse tipo de avaliação indica que, ao levarmos em consideração o severo
comprometimento visuo-espacial da síndrome - reforçado pelo apagamento de um gene
relacionado a esse domínio (LINK1) - resultados negativos podem ter influência da
dificuldade encontrada pelos participantes em componentes visuo-espaciais, e não
linguísticos. Em estudo realizado por Oliveira (2016) a autora, com o objetivo de
investigar habilidades linguísticas em indivíduos com Síndrome de Williams, utiliza uma
avaliação linguística, o MABILIN (Módulos de Avaliação Linguística) (Corrêa, xxxx)
em que não há nenhuma adição de componentes visuo-espaciais, como preposições ou
verbos de movimento. De maneira isolada, a autora submete esses indivíduos a avaliações
de compreensão e produção visuo-espaciais. Os resultados indicam dificuldade nos testes
que incluemcomponentes visuo-espaciais e boa performance nos testes linguísticos. Esse
tipo de resultado reforça a hipótese de que há preservação do domínio linguístico e que a
inclusão de elementos visuo-espaciais nesse tipo de avaliação pode interferir na
performance dessa população. Sendo assim, uma vez que os testes comumente utilizados
na avaliação linguística se mostram inadequados para a avaliação de SW por conta do uso
de termos espaciais sem controle específico, poderiam outros testes comumente utilizados
para outros tipos de avaliação, como o caso da avaliação cognitiva (WISC/WAIS) ter o
mesmo tipo de interferência? Que testes se mostrariam mais adequados para essa
população? Esse tipo de indagação se mostra pertinente para uma investigação mais
adequada do perfil cognitivo da Síndrome de Williams, sem que haja possíveis
interferências de outros domínios no desempenho desses indivíduos.
Habilidades, comprometimento, Síndrome de Williams, avaliações
Contato: reenatamartins@gmail.com
Título:
Contribuições da avaliação neuropsicológica em um caso de atraso de linguagem
1 - Identificação:
João (nome fictício), 7 anos e 7 meses, filho único, pais separados desde os três
meses de idade. Atualmente reside com mãe, tio e avós maternos. Passa a maior parte
do tempo com a avó materna e com a mãe. João apresenta dificuldades na fala desde os
três anos de idade.Vem fazendo acompanhamento fonoaudiológico desde esta idade, na
frequência de uma vez por semana, porém sem diagnóstico para tal atraso.
Freqüenta escola particular e atualmente cursa o 1º ano do ensino fundamental.
Devido a dificuldade na leitura repetiu o 1º ano, sendo visto como aluno “preguiçoso”
na escola em que estuda. Pela família, João é descrito como uma criança agitada,
desobediente e que só aceita fazer o que quer. As dificuldades comportamentais
motivaram encaminhamento para psicoterapia.
3 – História Clínica
Resultados:
7.Conclusão
João apresentou funcionamento cognitivo global médio inferior, fator que teve
colaboração do baixo índice de compreensão verbal. A imaturidade no desenvolvimento
da autorregulação e controle inibitório torna difícil a execução de tarefas que exigem
tempo e controle voluntário do comportamento. Além disto, a ansiedade diante de
tarefas formais compromete a execução das mesmas. Houve discrepância significativa
entre o índice de compreensão verbal e o índice de organização perceptual, indicando
assimetria acentuada no desenvolvimento da linguagem. Este perfil afeta seu
comportamento de forma global e interfere no cumprimento às regras, somado a pouca
autonomia e ansiedade que apresenta diante do aprendizado.
Contato: Ronilda
e- mail: romani_@hotmail.com / priscilanascimento87@yahoo.com.br
Avaliação de adultos com dificuldades de leitura
Contato: saracperes@hotmail.com
Relação entre a nomeação automatizada rápida e a velocidade de leitura em escolares
com Dislexia e com Déficit Cognitivo
Ler é uma tarefa complexa. Algumas crianças, mesmo inseridas em boas condições de ensino,
podem apresentar dificuldades no processo de aprendizagem da leitura. Escolares que
apresentam queixas relacionadas à leitura nos primeiros anos de escolaridade tendem a
apresentar também mau desempenho escolar, uma vez que a leitura assume papel central nas
tarefas e avaliações escolares. Dificuldade na leitura pode ser percebida, inicialmente, pela
dificuldade que a criança apresenta em acessar as representações fonológicas. Na tarefa de
nomeação automatizada rápida, assim como ocorre na leitura, o escolar deve identificar o
estímulo visual, acessar sua representação fonológica, reconhecendo seu significado na rede
semântica, e acessar o processamento fonético para a articulação oral da palavra. Dessa
forma, observa-se que a tarefa de nomeação automatizada rápida e a leitura compartilham
habilidades similares, o que explica a importância da habilidade de nomeação automatizada
para predizer o desempenho do escolar em leitura. Com isso, o presente estudo tem por
objetivo principal examinar a relação entre a nomeação automatizada rápida e velocidade de
leitura em escolares com dislexia e naqueles que apresentam transtorno no aprendizado
associado a atraso no desenvolvimento intelectual. Dessa forma, pergunta-se quais estímulos
da tarefa de nomeação estão associados à velocidade de leitura nestes grupos que,
inicialmente, apresentam perfis semelhantes em desempenho na avaliação de leitura.
Participaram deste estudo, 54 escolares com queixa de dificuldade no aprendizado da leitura
avaliada pelo projeto de pesquisa Ambulatório de Transtornos da Língua Escrita - diagnóstico,
acompanhamento e capacitação profissional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Participaram 26 escolares com dislexia, com idade entre 8 e 10 anos (M=8 anos e 7 meses; DP=
7 meses) e 28 com atraso no desenvolvimento cognitivo, da mesma faixa etária (M= 8 anos e 5
meses; DP= 8 meses). Para os escolares com dislexia, foram significativas as correlações entre
velocidade de leitura e a NAR letras. Já para os escolares com atraso no desenvolvimento
cognitivo, correlacionaram significativamente com a velocidade de leitura a NAR de objetos,
cores, números e letras. É possível observar que a nomeação automatizada rápida está
associada à velocidade de leitura nos grupos clínicos estudados, entretanto, essa correlação
ocorre de maneira diferente. Tais evidências trazem implicações clínicas importantes de serem
consideradas. O profissional que acompanha crianças com queixas em leitura deve incluir no
planejamento terapêutico intervenções específicas de nomeação automatizada rápida para
cada tipo de diagnóstico. Em crianças com dislexia a automatização das letras parece trazer
benefícios mais expressivos para o desenvolvimento da velocidade de leitura. Por outro lado,
crianças que apresentam prejuízos cognitivos globais seriam beneficiadas com o
desenvolvimento da habilidade de nomeação não apenas para estímulos alfanuméricos.
Atividades que exijam velocidade em processar rapidamente diversos estímulos poderiam
auxiliar estas crianças em poder ler mais rapidamente.
Contato: stella_varizo@hotmail.com
Fomento: CNPq
ESTRATÉGIAS EMPREGADAS POR ESCOLARES SURDOS DO 1º AO 3º
ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NA CÓPIA DA FIGURA COMPLEXA DE
REY - OSTERRIETH (ROCF)
Contato: tatiana.psicoufrj@gmail.com
Fomento: CAPES, CNPQ, FAPERJ, Profaex-UFRJ.
Modalidade de apresentação: Tema Livre (Pôster)
Tamiris de Moura Pinto; Ana Carla Coquito Pereira; Douglas de Farias Dutra; Rosinda
Martins Oliveira.
Contato: tamiris.mp@gmail.com
O PERFIL COGNITIVO DE CRIANÇAS COM DISLEXIA ATENDIDAS NAS
OFICINAS DE LEITURA E ESCRITA DA UFRJ
Victoria Santos, Tatiana Branco, Renata Linhares, Carolina Maciel, Mariane Bechuate,
Deborah Ambre, Joyce Diniz.
Contato: victoria-azevedo@hotmail.com
Fomento: CAPES, CNPQ, FAPERJ, Profaex-UFRJ.
Manejo clínico da reabilitação neuropsicológica em um caso de esquizofrenia
– Caso clínico
Contato: telkarj@gmail.com
Avaliação comparativa da memória de trabalho em crianças e adultos
a partir do teste computadorizado COMPCOG
Introdução
A memória de trabalho é uma função executiva de manutenção e manipulação de
informações. Seu desenvolvimento se relaciona à maturação do córtex pré-frontal
dorsolateral e se dá ao longo da infância até a vida adulta.
Objetivo
Com o objetivo de avaliar as diferenças de desempenho da memória de trabalho visuo-
espacial em crianças e adultos, foram avaliados um grupo de crianças da Escola
Municipal Camilo Castelo Branco com média de idade em anos 11,64(0,48) e
escolaridade em anos 6,6(0,48) e um grupo de adultos universitários da Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro com média de idade 21,18(4) e escolaridade
13,5(11,7).
Metodologia
A avaliação foi feita por meio de um teste computadorizado, o COMPCOG, que é
aplicado em um IPAD com uma interface visuo-espacial. Ele avalia a memória de
trabalho a partir de um de seus subtestes - quadrados se acendem na tela e o sujeito deve
reproduzir a sequência em ordem primeiramente direta e depois inversa.
Conclusões
As crianças obtiveram uma média de respostas corretas (M = 73.0 (7,8)) menor que dos adultos
(M = 78.2 (6)). A diferença foi significativa t(87) = -3,55, p< .05. Quanto ao desempenho na
sequência direta, as crianças obtiveram média M=5 (1), enquanto os adultos M=5,7 (1,1). A
diferença também foi significativos t(87) = -2,93, p<.05. Não houve diferença, no entanto, no
tempo mediano para as respostas na sequência direta (p>.05). Na sequência inversa, as crianças
obtiveram média M=3,74 (1,1) e os adultos M=4,68 (1,1), com diferença significativa entre os
dois grupos p<.05. Além disso, o tempo mediano de respostas na sequencia inversa também
diferiu, sendo maior para as crianças t(87)=2,05, p<.05. Os resultados condizem com o esperado:
a maturação do córtex pré-frontal ainda não foi alcançada no grupo das crianças, contrariamente
ao dos adultos. Por esse motivo, espera-se que o desempenho deste grupo seja melhor que o
daquele.
Referências Bibliográficas
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And Motivation, [s.l.], p.47-89, 1974. Elsevier. http://dx.doi.org/10.1016/s0079-
7421(08)60452-1.
BADDELEY, Alan D. Working Memory. Science, New York Usa, v. 255, n. 5044,
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GRAY, S. et al. The structure of working memory in young children and its relation to
intelligence. Journal Of Memory And Language, [s.l.], v. 92, p.183-201, fev. 2017.
Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.jml.2016.06.004.
SQUIRE, Larry R.; WIXTED, John T.. The Cognitive Neuroscience of Human Memory
Since H.M. Annual Review Of Neuroscience, [s.l.], v. 34, n. 1, p.259-288, 21 jul. 2011.
Annual Reviews. http://dx.doi.org/10.1146/annurev-neuro-061010-113720.
UEHARA, Emmy; LANDEIRA-FERNANDEZ, Jesus. Um panorama sobre o
desenvolvimento da memória de trabalho e seus prejuízos no aprendizado escolar.
Ciências e Cognição, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p.31-41, fev. 2010.
Um estudo comparativo do Teste de Evocação Livre e com Pistas entre os lobos
temporais direito e esquerdo.
Palavras chaves: Memória episódica verbal, Teste de Evocação Seletiva Livre e com
Pistas, avaliação neuropsicológica, epilepsia do lobo temporal.
Contato: vanessadaudt@live.com
RELATO DE UM CASO DE PARKINSON PRECOCE - Caso Clínico
Vanessa Lemos da Costa Soares¹, Larissa Bezerra Lopes¹, Maria Carolina Soares
Monteiro de Barros¹, Rizza Avacil Assis de Carvalho¹, Cristina Maria Duarte Wigg²
Casos de Parkinson Precoce são descritos como raros, a análise do perfil cognitivo de
um indivíduo com este diagnóstico colabora com a compreensão do declínio cognitivo
nos casos de Doença de Parkinson (DP) por se tratar de um declínio fora do contexto
esperado do processo de envelhecimento. O sujeito deste estudo, RT, homem, 47 anos,
natural do Rio de Janeiro, casado e autônomo. Recebeu o diagnóstico de Parkinson aos
32 anos, convive com a doença há 15 anos e utiliza Carbidopa Levodopa, Cifrol e
Basilet. Apresenta atualmente suspeita de quadro de depressão e ansiedade
concomitante. Realiza acompanhamento com neurologista, que encaminhou para
Avaliação Neuropsicológica. O primeiro sintoma de Parkinson que sentiu foi rigidez
nos membros superiores e inferiores, manifestada durante o processo de divórcio em seu
primeiro casamento. RT acredita que a vulnerabilidade emocional em que se encontrava
tenha sido catalisadora da manifestação da DP. RT relatou que durante a juventude foi
usuário de drogas, principalmente cocaína. O incentivo de sua esposa e o nascimento de
seu primeiro filho, aos 25 anos, foram importantes para RT afastar-se do consumo.
Atualmente, RT está no segundo casamento e relatou manter boa relação com a atual
esposa, que está grávida, e com seu filho, hoje com 22 anos. RT mencionou vida social
ativa. Para a Avaliação Neuropsicológica utilizou-se o protocolo padronizado de
avaliação neuropsicológica de pacientes com Parkinson da equipe de Neuropsicologia
do INDC, que consiste em três etapas: 1- Entrevista Estruturada com o paciente. 2-
Testes de Rastreio: Mini Exame do Estado Mental (MEEM), que apontou ausência de
comprometimento; Teste de Fluência Verbal (FV), com resultados normais; e Teste do
Desenho do Relógio (TDR), com comprometimento moderado. 3- Instrumentos de
Avaliação Neuropsicológica: Teste Comportamental de Memória de Rivermead
(RBMT), no qual obteve desempenho moderadamente comprometido; Teste de Atenção
Concentrada (AC), no qual seu desempenho foi médio inferior; Teste dos Cinco Dígitos
(FDT), com resultados inferiores; Teste Wisconsin de Classificação de Cartas (WCST);
no qual obteve classificação global média; Escala de Depressão de Beck (BDI); que
apontou depressão leve; Escala de Ansiedade de Beck (BAI), com escore mínimo; e 3
Subtestes da Escala de Inteligência Wechsler para Adultos, 3ª Edição (WAIS III):
Cubos, Dígitos e Vocabulário em que apresentou classificação médio inferior, médio
superior e médio superior, respectivamente. Além da aplicação do protocolo
padronizado, foi aplicado um instrumento de avaliação neuropsicológica adicional:
Bateria Fatorial de Personalidade (BFP) no qual RT apresentou alta tendência ao
neuroticismo, tendência média à extroversão e abertura e baixa tendência à socialização
e realização. Um parecer do neurologista responsável pelo caso também foi solicitado.
No decorrer da avaliação, RT demonstrou desinteresse em inserir-se no grupo de
estimulação cognitiva de pacientes com DP no INDC, explicando que suas experiências
em outras instituições pouco agregaram em seu caso. O ritmo lento dos demais
pacientes, as atividades propostas repetitivas e pouco interessantes/relevantes foram
algumas das causas de seu afastamento. Apesar destas experiências, o paciente vem
sendo motivado a participar de sessões, grupais ou individuais, de estimulação cognitiva
junto a equipe NEPEN.
Contato: valemospsi@gmail.com
A COGNIÇÃO DOS MUITO IDOSOS
Contato: veronica_c_araujo@yahoo.com.br
TEORIA NEUROVISCERAL, VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA E FUNÇÕES
EXECUTIVAS: REVISÃO SISTEMÁTICA
RESUMO: O modelo de integração neurovisceral proposto por Thayer aponta o córtex pré-
frontal como uma estrutura-chave na rede de estruturas responsáveis pela regulação da
variabilidade da frequência cardíaca (HRV). A ativação da área pré-frontal em tarefas
executivas, no entanto, já é bem documentada. Por isso, a variabilidade da frequência cardíaca
(HRV) vem sendo sugerida como um índex da atividade pré-frontal e relacionada ao
funcionamento executivo. Nesta revisão, buscamos reunir as evidências científicas da relação
entre as medidas da HRV e o desempenho em tarefas que avaliam as funções executivas
usando como protocolo o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-
Analyses (PRISMA). Um total de 25 estudos foram identificados para inclusão na revisão e
categorizados em três grupos: 1) relação entre HRV de repouso e desempenho em tarefas
executivas, 2) relação entre HRV de execução e desempenho em tarefas executivas e 3)
relação entre intervenção na HRV e desempenho em tarefas executivas. Os resultados
sugerem que níveis elevados de HRV em repouso estão relacionados com maiores pontuações
em tarefas de funções executivas e que medidas de intervenção na HRV produzem alterações
significativas no funcionamento executivo. A revisão aponta para a relevância de novos
estudos que possam aprofundar a relação intrínseca e os fatores mediadores entre esses
fatores, assim como novas pesquisas que avaliam esse modelo em contextos de intervenção.
Contato: lucasloureiro94@gmail.com