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PERSONALIZADO PARA
ALFABETIZAR CRIANÇA
COM TEA
Karine de Almeida Peters Bohrer
Marinês Andreia Kunz
Rosemari Lorenz Martins
DAS TEORIAS À PRÁTICA PEDAGÓGICA:
PROPOSTAS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL
Tendo a inclusão como desafio e considerando que ela não se restringe à inserção de
alunos com alguma deficiência e/ou necessidades educacionais especiais na escola regu-
lar, é imprescindível compreender que, para que haja uma verdadeira inclusão e para que o
aluno possa realmente aprender, é necessário que ocorram várias transformações no con-
texto educacional. Mas, acima de tudo, paradigmas precisam ser quebrados para garantir
a equidade e a qualidade do ensino, uma vez que cada criança é diferente da outra.
Então, se as crianças são diferentes, por que o ensino é único? Igual para todos?
Foi refletindo sobre essa questão que se desenvolveu esta proposta, a qual foi apre-
sentada como produto do trabalho de conclusão do Mestrado Profissional em Letras, da
Universidade Feevale, na linha de pesquisa Língua e Literatura: reflexões sobre a linguagem.
O produto caracteriza-se como uma proposta de ensino única e personalizada com base
em características individuais de uma criança com diagnóstico de autismo moderado. Para
o desenvolvimento do trabalho, realizou-se, inicialmente, uma entrevista com a família da
criança participante (APÊNDICE A) e, depois, aplicou-se um protocolo de letramento emer-
gente (APÊNDICE B) para traçar um perfil da criança.
Fazer um perfil do aluno e um diagnóstico, para identificar o que ele já sabe fazer,
sozinho (ZDR) ou com auxílio (ZDP)1, é imprescindível para elaborar estratégias específicas,
levando em consideração as potencialidades e as dificuldades da criança, a fim de con-
tribuir de uma forma mais assertiva com o desenvolvimento de sua aprendizagem. Além
disso, a aprendizagem deve ter significado para a criança e ela deve ser a protagonista do
processo.
1
A zona de desenvolvimento proximal (ZDP), conceito elaborado por Vygotsky, determina a distância entre
o nível de desenvolvimento real (ZDR), determinado pela capacidade de resolver um problema sem ajuda e o
nível de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um problema sob a orientação de
outra pessoa. (VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989).
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Destaca-se que, embora a proposta que está sendo apresentada tenha sido planeja-
da para um aluno específico, com base em suas características individuais, acredita-se que
possa servir de inspiração para outros professores, que precisam também desenvolver um
projeto personalizado para seus alunos com deficiência.
1. DIAGNÓSTICO
O diagnóstico foi dividido em três etapas: entrevista com a mãe (APÊNDICE A), anam-
nese (APÊNDICE B), identificação do nível de letramento (APÊNDICE C) e identificação do
nível de alfabetização (a partir das atividades que seguem). Posteriormente, analisaram-
-se as respostas da mãe e a história vital do aluno. Relacionou-se, então, a anamnese
realizada com a mãe do participante com o histórico do sujeito, levando em consideração a
evolução da criança e suas aprendizagens, não somente na escola, mas também no âmbito
familiar.
Com base nas informações obtidas, foram elaboradas atividades para averiguar o ní-
vel de alfabetização e de letramento do sujeito da pesquisa. Verificou-se que a criança não
estava totalmente alfabetizada, encontrando-se no nível silábico-alfabético, o que indica
a necessidade de apoio constante para a realização das atividades que envolvem a escrita.
Em relação à leitura, o sujeito reconhecia algumas letras, mas não conseguia ler de forma
autônoma, necessitando de auxílio, por vezes, para produzir fonemas que desconhecia.
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Objetivo
Atividade
Procedimentos
Com esta atividade, teve-se como objetivo principal identificar a habilidade do aluno
de unir/separar, algo muito importante no processo de escrita. Se considerarmos o fonema
como a menor unidade da língua, é de suma importância para a criança o desenvolvimento
da percepção do todo e de suas partes, para futuramente reconhecer na palavra as letras
e os fonemas que a compõem.
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Objetivos
Atividade
Procedimentos
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Objetivos
Atividade
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Procedimentos
Após a acolhida, o aluno recebeu uma ficha com diferentes representações e foi
orientado a seguir as solicitações da pesquisadora:
Objetivos
Atividade
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Procedimento
Objetivos
Atividade
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Procedimentos
Solicitou-se ao aluno que escrevesse o nome das figuras, utilizando o critério de dis-
tinguir e quantificar vogais e consoantes. Dessa forma, a pesquisadora pôde verificar a
hipótese de escrita do aluno. A pesquisadora optou por palavras com números diferentes
de sílabas.
Objetivos
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Atividade
Jogo de Lince.
Procedimentos
Objetivo
Atividade
Identificação de sílabas.
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Procedimentos
O aluno foi solicitado a colorir as sílabas que formavam o nome de suas personagens
preferidas, o que o motivou a realizar a atividade. Essa atividade permitiu que a pesquisa-
dora avaliasse se o aluno era capaz de relacionar sílabas com sua representação escrita.
Objetivo
• Verificar a oralidade.
Atividade
Oralidade.
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Procedimentos
Com este jogo, a pesquisadora teve como objetivo incentivar a oralidade, pois o alu-
no devia adivinhar qual imagem estava em sua testa. Para tanto, a pesquisadora oferecia
pistas. Após o aluno descobrir a imagem, devia realizar o registro por escrito, o que possi-
bilitou identificar a hipótese de escrita do aluno.
Objetivos
Atividade
Consciência fonológica.
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Procedimentos
Objetivos
Atividade
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Procedimentos
Este jogo consiste em um livro em forma de caixinha com 40 cartas, cada uma com
um desenho. A pesquisadora retirava da caixinha cartas (aumentando gradativamente a
quantidade) e solicitava para a criança criar uma frase e realizar o registro escrito com base
nas figuras.
Observação
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2. ATIVIDADES PÓS-DIAGNÓSTICO
Objetivos
Atividade 1
Sequência alfabética.
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Procedimentos
Atividade 2
Ordem alfabética.
Procedimentos
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Objetivos
Atividade 1
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Procedimentos
A criança recebeu uma cartela com letras maiúsculas (pretas) e uma folha com letras
minúsculas (coloridas). Ela deveria cortar as peças e, posteriormente, colar as fichas das
letras minúsculas (coloridas) na cartela, assim fazendo a correspondência entre as letras
maiúsculas e minúsculas.
Atividade 2
Procedimentos
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Objetivos
Atividade 1
Vogais.
Procedimentos
A criança deveria colorir as vogais de acordo com o critério de cores, o qual se loca-
liza no centro da tabela. O aluno deveria, assim, colorir a vogal A com a cor azul, a vogal E
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de vermelho, a vogal I de laranja, a vogal O de rosa e a vogal U de verde – este critério foi
estabelecido pela pesquisadora.
Atividade 2
Procedimentos
Atividade 3
Encontros vocálicos.
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Procedimentos
Com esta atividade, a criança foi desafiada a descobrir os encontros vocálicos das
palavras, utilizando como referência os códigos (figuras) através do agrupamento dos sím-
bolos.
A criança devia relacionar símbolos a letras e perceber qual palavra podia ser forma-
da a partir da combinação de cada par de vogais, construindo, assim, encontros vocálicos.
Objetivos
Atividade
Consoantes.
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A criança devia ser capaz de identificar as figuras, relacionar a letra inicial delas (con-
soantes) e traçar um caminho, “ligando” a imagem até a letra.
Procedimentos
Objetivos
Atividade 1
Alfabeto.
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Procedimentos
Atividade 2
Famílias fonêmicas.
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Procedimentos
A pesquisadora entregou para a criança uma cartela contendo uma tabela com con-
soantes e vogais na qual devia completar as lacunas, partindo da adição de uma consoante
a uma vogal, construindo, dessa forma, as famílias fonêmicas.
Objetivos
• Reconhecer rimas.
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Atividade 1
Rimas.
Procedimentos
A criança recebeu uma cartela e várias figuras embaralhadas. Ela deveria relacionar
elementos sonoros de sua representação gráfica com a escrita, descobrindo as rimas e
fazendo, dessa forma, o pareamento. Assim, ela será capaz de, entre as figuras, identificar
qual rima com cada imagem contida na tabela (Exemplo: BOLA – COLA).
Atividade 2
Rimas.
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Procedimentos
Objetivos
Atividade 1
Segmentação silábica.
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Procedimentos
Atividade 2
Segmentação fonêmica.
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Procedimentos
Atividade 3
Transposição silábica.
Procedimentos
Atividade 4
Transposição fonêmica.
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Procedimentos
A pesquisadora entregou uma palavra por vez e solicitou que a criança invertesse
os fonemas e descobrisse uma nova palavra. Posteriormente, pediu que lesse essa nova
palavra (exemplo: A-M-O-R = R-O-M-A).
Objetivos
Atividade 1
Consciência de palavra.
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Procedimentos
A pesquisadora convidou a criança para realizar a leitura de uma frase e comentou que
frases podem ser formadas por uma ou mais palavras. Posteriormente, disse que havia uma
frase escrita no retângulo, todavia, ela estava embaralhada. Em função disso, a pesquisa-
dora solicitou que a criança lesse o que está escrito dentro do retângulo. Depois, desafiou
a criança a escrever uma palavra dentro de cada espaço abaixo e contar quantas palavras
havia na frase.
Atividade 2
Consciência de sílaba.
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Procedimentos
Exemplo: GATO = GA – TO. A criança devia realizar o registro dessa palavra na coluna
2.
2.9 NONO ATENDIMENTO
Objetivos
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Atividade
Formação de frases.
Procedimentos
A pesquisadora entregou uma folha com figuras à criança. A criança devia olhar as
figuras com atenção e formular uma frase sobre cada figura, relatando o que estava acon-
tecendo na imagem.
A criança devia analisar a imagem e buscar elaborar uma frase com base nos deta-
lhes presentes nas imagens.
Objetivos
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Atividade
Produção escrita.
Procedimentos
A pesquisadora entregou uma folha para a criança com um texto e levou-a a perceber
que esse texto era formado por letras e imagens com a função de transmitir uma mensa-
gem. A criança devia ser capaz de decifrar essa mensagem.
3. AVALIAÇÃO
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Observação
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