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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS

JULIANA MEIRA VIEIRA DE CARVALHO

ODONTOLOGIA ESPORTIVA: A SAÚDE BUCAL VOLTADA PARA ATLETAS

PORTO VELHO - RO
2017
JULIANA MEIRA VIEIRA DE CARVALHO

ODONTOLOGIA ESPORTIVA: A SAÚDE BUCAL VOLTADA PARA ATLETAS

Artigo apresentado ao curso de


odontologia do Centro Universitário
São Lucas, como requisito para
obtenção do título de Cirurgião-
Dentista.

Orientadora: Profa Esp Caren Cristine


Da Silva Batista

PORTO VELHO – RO
2017
ODONTOLOGIA ESPORTIVA: A SAÚDE BUCAL VOLTADA PARA ATLETAS 1

SPORTS DENTISTRY: THE BUCAL HEALTH BACK TO ATHLETES

Juliana Meira Vieira De Carvalho 2

RESUMO: A odontologia é uma das áreas de saúde responsáveis pelo bem-estar do ser humano,
atuando na prevenção, diagnóstico e no tratamento das doenças bucais e até mesmo sistêmicas.
A odontologia esportiva vem promovendo atualmente a saúde bucal e sistêmica dos atletas,
controlando e prevenindo lesões bucais em integração com outros departamentos da área médica,
sendo importante esse profissional na equipe multidisciplinar. Recomenda-se a atuação da
odontologia na equipe de saúde dos clubes, confederações e associações esportivas em nosso
país, devido a evidente necessidade do contexto esportivo na nossa atualidade. É preciso
construir esta política de saúde bucal no esporte com a inclusão da odontologia e maior integração
de multidisciplinalidade entre as diversas áreas de saúde do esporte de alto rendimento, bem
como também nos exercícios físicos como um todo. Mas ainda se faz necessário mais estudos
sobre a importância da odontologia na equipe multidisciplinar para assim educar e evitar possíveis
problemas bucais que possam atrapalhar no desempenho dos atletas. Para realizar essa revisão
bibliográfica foram feitas buscas de artigos científicos nos principais sites de pesquisa como
Google Acadêmico, Scielo e Pubmed de 2002 á 2017. Portanto, o objetivo deste trabalho foi
realizar uma revisão de literatura relatando a aplicação da odontologia na prática de atividades
esportivas dos atletas.

Palavras Chave: Odontologia. Esporte. Traumatismos Dentários.

ABSTRACT: Dentistry is one of the areas of health responsible for the well-being of the human
being, acting in the prevention, diagnosis and treatment of oral and even systemic diseases. Sports
dentistry is currently promoting the oral and systemic health of athletes, controlling and preventing
oral lesions in integration with other departments of the medical field, being important this
professional in the multidisciplinary team. It is recommended the performance of dentistry in the
health team of clubs, confederations and sports associations in our country, due to the evident
need of the sport context in our time. It is necessary to build this oral health policy in sport with the
inclusion of dentistry and greater integration of multidisciplinary between the various health areas
of high performance sports, as well as physical exercises as a whole. But further studies are still
needed on the importance of dentistry in the multidisciplinary team in order to educate and avoi d
possible oral problems that may interfere with the performance of athletes. In order to carry out this
bibliographic review, scientific articles were searched in the main research sites such as Google
Scholar, Scielo and Pubmed of 2002 in 2017. Therefore, the objective of this work was to perform a
literature review on the application of dentistry in the practice of sports activities of athletes.

Keyword: Dentistry. Sport. Tooth Injuries.

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Artigo apresentado no curso de graduação em Odontologia do Centro Universitário São Lucas
2017, como Pré-requisito para conclusão do curso, sob orientação da professora Caren Cristine
Da Silva Batista, graduada pelo Centro Universitário São Lucas– UNISL. Pós Graduada em
prótese dentária pela Uningá. Email: caren.batista@saolucas.edu.br
2
Acadêmica do 7º período do curso de graduação em Odontologia pelo Centro Universitário São
Lucas, Porto Velho-RO. Email: jujulianamv@hotmail.com
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1. INTRODUÇÃO

A odontologia do esporte atualmente é reconhecida como especialidade pelo


Conselho Federal de Odontologia (CFO) desde 2015 vem crescendo e se
consolidando a cada dia no Brasil. É nítido hoje que uma saúde bucal adequada
faz com que o organismo funcione melhor. Sendo assim, a inserção da
odontologia na equipe multidisciplinar do esporte é importante, pois há tempos
essas equipes já contam com outros profissionais da área de saúde como
médicos, fisioterapeutas, nutricionista e psicólogos (CORRÊA THR, 2015).
A odontologia esportiva é a área de atuação do cirurgião-dentista com a
finalidade de investigar, prevenir, reabilitar e compreender a influência das
doenças da cavidade bucal no desempenho tanto dos atletas profissionais como
amadores, com o objetivo de melhorar o rendimento dos mesmos (ABROE, 2012;
ACADEMY FOR SPORTS DENTISTRY, 2017).
O cirurgião-dentista que atua no esporte deve ser apto para fazer avaliações
de proservação da saúde bucal dos atletas, atendimentos iniciais no local e
tratamento caso ocorra acidentes orofaciais, saber fazer uma correta prescrição
de medicamentos para que não possa causar o doping positivo, aplicar
metodologia para detecção de doping, orientar os treinadores quanto ao uso de
acessórios de proteção indicados para cada modalidade do esporte, aplicar os
protocolos de atendimentos da equipe médica no tratamento odontológico, atuar
profissionalmente em treinos e competições das diferentes modalidades
esportivas respeitando os direitos esportivos dos atletas e sua imagem, e realizar
campanhas de educação e prevenção em saúde bucal para os atletas.
(BARBERINI, 2016).
A Odontologia do Esporte tem crescido em alguns times de futebol como o
departamento Odontológico do Botafogo de Futebol que hoje é referência
nacional na atuação. O trabalho desenvolvido pelo Botafogo começa na pré-
temporada do futebol que é quando os dentistas realizam palestras com os atletas
para conscientizar sobre a saúde bucal dos mesmos, benefícios da utilização do
protetor bucal e as causas de uma condição bucal inadequada. Em seguida são
5

realizadas avaliações clínicas e radiográficas de todos os atletas para assim


contribuir para desempenho físico dos mesmos (ASSIS, 2013).
O acompanhamento de um cirurgião-dentista no esporte é fundamental,
pois além de tratar problemas como a cárie e doenças periodontais, ele atua
nessa área podendo contribuir para uma melhor fase de desempenhos dos
atletas, pois dores e incômodos podem atrapalhar a concentração dos atletas
(COSTA et al, 2015).
A associação Brasileira de Odontologia do Esporte de São Paulo
(ABRODESP) salienta que o objetivo de um cirurgião-dentista que atua no
esporte é melhorar a saúde bucal do atleta e melhorar o seu rendimento na
prática esportiva. Por isso que a criação da Abrodesp demostrou uma iniciativa
significativa na sedimentação da Odontologia do Esporte sendo fundada e dirigida
por cirurgiões-dentistas apresentando um trabalho multidisciplinar (SEIXAS L,
2010).
Até o ano 2000 foi constatado numa pesquisa sobre a odontologia do
esporte com o objetivo de analisar sua inserção e abrangência da área
relacionada ao esporte na mídia, e foi verificado que não se pesquisava sobre a
odontologia esportiva ainda. Mas que hoje, a odontologia esportiva vem
crescendo de forma tão visível e se mostrando em uma expansão tão grandiosa
em comparação a outras especialidades odontológicas (SOUZA, 2014).
A função do cirurgião-dentista na equipe de saúde de uma entidade
esportiva é justamente proporcionar aos esportistas promoções de saúde e
prevenção bucal. Sendo assim, a atuação da odontologia na equipe
multidisciplinar de clubes, confederações e associações esportivas em nosso
país, é importante pela atual necessidade no contexto esportivo (PASTORE GU,
2017).
A inserção do profissional dentista nas equipes multidisciplinares de saúde
que atendem atletas quer sejam em clubes, associações e confederações e
também no atendimento de pacientes que praticam esportes de confronto e até
mesmo de velocidade, sendo importante para que indiquem os atletas a utilizem
os protetores bucais em suas modalidades. A classe odontológica deve se
mobilizar pelo reconhecimento da especialidade de Odontologia do Esporte, para
assim realizar um tratamento adequado (COSTA, 2009).
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Foi constatado em uma pesquisa com atletas amadores de determinadas


modalidades do esporte, mostrando uma realidade que confirma a necessidade
de uma conscientização das instituições de saúde e esportivas, para que sejam
feitas campanhas com o intuito de estimular os esportistas para uma melhor
atenção aos cuidados de higiene bucal, praticando os esportes com segurança
utilizando protetores bucais (BASTOS & RODRIGUES, 2005).
A odontologia esportiva garante uma saúde bucal ao atleta por diagnosticar
fatores prejudiciais. O rendimento de um atleta pode diminuir por diversos
motivos, como a má oclusão que gera problemas na mastigação prejudicando a
absorção dos nutrientes, dor e desconforto que prejudicam o desempenho e a
concentração, foco infeccioso na boca que apresenta o comprometimento da
saúde dos dentes e de outros órgãos do corpo, espalhando-se por meio da
corrente sanguínea, provocando risco para o coração, lesões nas articulações e
dificuldade de recuperação em lesões musculares e hábitos viciosos como roer
unhas, ranger dentes pode causar uma abrasão e desequilíbrio (SIQUEIRA,
2005).
Portanto, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura
relatando a aplicação da odontologia na prática de atividades esportivas dos
atletas.

1.1 A ODONTOLOGIA ESPORTIVA NO BRASIL

A história da Odontologia do Esporte no Brasil teve um início em 1958, com


o Cirurgião-Dentista Mário Hermes Trigo De Loureiro (Já falecido) e que fez parte
da equipe multidisciplinar da seleção brasileira de futebol e também integrou as
duas Copas do Mundo de 1962 e 1966. Com o avanço da chegada da copa,
Mario Hermes Trigo De Loureiro percebeu-se que a saúde bucal dos atletas não
era preconizada no preparo para a competição. Analisou que os atletas que
demostravam uma demora maior na recuperação de possíveis contusões eram
aqueles que apresentavam resíduos dentários, sendo que com a eliminação dos
resíduos a recuperação estava sendo com mais rapidez (MARCELO PINTO,
2006).
A Odontologia do Esporte surgiu pela necessidade de promover saúde bucal
entre os atletas, pois para eles se exigi muito mais do seu condicionamento físico
7

em relação às outras pessoas, e a demanda de cuidados são maiores com sua


saúde. As lesões que podem comprometer o rendimento de um atleta geram
consequências como interrupção de jogos e despesas. Por isso surge a
necessidade de um profissional que entenda e acompanhe os atletas e mantendo
os mesmos atualizados quanto á sua saúde bucal (PADILHA ACL, 2012).
Por isso, que foi fundada a Academia Brasileira de Odontologia do Esporte
(Abroe) em 29 de setembro de 2012, que integra uma comissão composta por
especialistas, mestres e até mesmo doutores com publicações e linhas de
pesquisas inseridas na área da odontologia voltada ao esporte, que geram
trabalhos científicos que capacitam o reconhecimento das especificidades do
atendimento ao atleta e o rendimento (BARBERINI, 2016).
O Conselho Federal de Odontologia (CFO) em 6 de novembro de 2015,
reconheceu por meio da resolução CFO 160/2015 a Odontologia do Esporte como
sendo uma nova especialidade da Odontologia. É uma área de atuação do
cirurgião-dentista que inclui teorias e práticas com a finalidade de investigar,
prevenir, reabilitar e compreender a influência das doenças da cavidade bucal no
desempenho dos atletas tanto profissionais como amadores para melhorar o
rendimento esportivo (CFO, 2015).

1.2 PROBLEMAS ODONTOLÓGICOS X DESEMPENHO DOS ATLETAS

Vários esportes como boxe, jiu-jitsu, karatê e futebol podem provocar danos
ás estruturas orafaciais como fraturas faciais (fraturas nos maxilares) e até
mesmo dentais podendo resultar em complicações. Assim sendo, a prevalência
dessas incidências orofaciais ocorridas no esporte e também a prevalência do uso
de protetores bucais vem ganhando destaque dentro da odontologia esportiva. O
uso desses dispositivos de proteção bucal durante as práticas esportivas tem sido
destacado como o tipo de prevenção mais indicada para os traumatismos dentais,
porque oferecem proteção dental e até periodontal (GOMES et al, 2014).
Foi realizado um estudo no Brasil sobre esportes de contato onde diversos
atletas de várias modalidades esportivas como boxe, handebol, basquete, kung
fu, karatê e outros foram entrevistados, podendo concluir nessas entrevistas que
73% dos atletas já sofreram lesões orofaciais, sendo que 60% foram em tecidos
8

moles, 16% traumatismos dentários, 9% fraturas maxilares e mandibulares


(BARBERINI, 2002).
O traumatismo dental é um problema que atinge um grande número de
pessoas, em que alguns casos acontecem à perda do elemento dental. O
aumento significativo da frequência de lesões dentárias e faciais que contribuíram
com grande proporção do total de lesões ocorridas está diretamente relacionada à
crescente prática esportiva, principalmente de esportes de contato, como boxe,
jiu-jitsu, tae-kwo-do, karatê, futebol e outros (PERCINOTO et al, 2013).
O traumatismo dentário é uma lesão orofacial sendo prevalente na prática
esportiva, mas que pode ser prevenida, dispondo a possibilidade de diminuir os
níveis de sua ocorrência através do uso de protetores bucais que promovem a
proteção de toda estrutura dental e periodontal. A presença do cirurgião-dentista
ajuda prevenir as alterações bucais encontradas em muitos atletas, buscando
dessa forma melhorar o desempenho físico durante a prática esportiva (VANZ et
al, 2014).
Estudos têm mostrado que a falta de cuidados com a saúde bucal dos
atletas pode ser evitada e prevenida com instruções de higiene bucal e
acompanhamentos com um profissional da área. As principais ocorrências
relacionadas aos problemas de desordem bucal são a cárie dentária, erosão
dental e doenças periodontais (NEEDLEMAN, 2015).
Um dos problemas odontológicos que pode afetar o bom desempenho dos
atletas são as maloclusões que podem prejudicar a mastigação e a absorção de
nutrientes causando problemas na articulação temporomandibular (ATM), dores
de cabeça e até mesmo perda de massa muscular. A dor e o desconforto também
ocasionam diminuição do rendimento do atleta, prejudicado a concentração e o
desempenho dos mesmos (SIQUEIRA, 2005; SOUZA et al, 2011).
Um fator muito importante no desempenho dos esportistas é a postura que
está ligada com a articulação têmporomandibular (ATM). A disfunção da
articulação têmporomandibular leva a condições dolorosas na musculatura da
mastigação, ruídos articulares, trismo, retração gengival, oclusão incorreta,
distúrbios auditivos, dores de cabeça, sensibilidade em toda musculatura do
sistema estomatognático caracterizadas por um quadro agudo e até crônico
9

levando assim o atleta a ter uma queda significativa no seu desempenho


(COSTA, GUIMARÃES, CHAOBAS, 2004).
Tanto as fraturas dentárias como faciais e dilacerações de tecidos moles
decorrentes de impacto gerados no esporte podem afastar os atletas
temporariamente de competições. Por isso que essas situações fazem com que o
cirurgião-dentista seja um profissional da área de saúde essencial dentro das
comissões técnicas do Futebol e outros esportes (LIMA DLF, 2009).
A dor causada por uma infecção dentária pode provocar uma queda no
rendimento do atleta, havendo uma necessidade de uso de medicamentos que
também podem comprometer o seu desempenho, gerar doping e até trazer outras
consequências. Quando há um foco infeccioso na cavidade bucal, a um aumento
de microrganismos circulando pela corrente sanguínea, deixando as lesões
musculares de ombros e de joelhos serem mais constantes e causar uma difícil
recuperação (COSTA, 2009; BASTOS et al., 2013).
Alterações bucais podem levar à redução do desempenho do atleta como:
má oclusão, respiração bucal, perdas dentárias, desordens na ATM (articulação
têmporo-mandibular), alterações periodontais e cárie dentária. Desta forma, o
tratamento do atleta abrange assim diversas especialidades odontológicas, com a
finalidade de promover sua saúde bucal, buscando prevenir as fraturas dos ossos
da face e dos dentes bem como lesões de língua, lábios e bochechas (MOURA
APF, 2017).
Diante de diversos problemas que acometem nos atletas, a respiração bucal
está presente como sendo uma complicação que muitas vezes é negligenciado, e
que pode vir a alterar o desempenho aeróbico com repercussões sistêmicas. A
respiração bucal não é uma doença e sim uma síndrome com sinais e sintomas
bem característicos e com um grande número de etiologias. Pode-se relatar que
pequenas diferenças em se tratando de um alto desempenho, pois podem
influenciar nos resultados presentes quando comparados com grupos de
respiradores nasais e respiradores bucais (ABREU et al. 2006).
Nota-se que quando o atleta é respirador bucal isso pode prejudicar as
estruturas bucais e da orofaringe, onde ficam as tonsilas palatinas, parte do
sistema linfóide, incluindo as tonsilas faríngeas, bem como os gânglios
sublinguais, submandibulares. Toda essa agressão pode gerar uma hipertrofia
10

dos tecidos linfoides que vai diminuir o espaço da orofaringe e como


consequência a captação de oxigênio (ARAGÃO, 2009).
Hoje, considera-se o bruxismo como sendo de etiologia complexa, é muito
comum em atletas, podendo causar desgastes nas superfícies dentárias, dores
musculares, e cefálicas dependendo da sua intensidade. Diante disso, foi
identificada correlação positiva entre o aumento da concentração de
catecolaminas, uma condição presente em atletas, na urina e os estados de
ansiedade e outras anormalidades emocionais do estresse (FERNANDES G,
2011).
A Erosão dentária é uma alteração que pode ser definida como perda
progressiva da estrutura dental causada por processos químicos que resulta na
perda de tecido dental. O atleta está sujeito a um maior número de fatores de
risco, inclusive a ter erosão dental devido à ingestão de algumas bebidas como
energéticos. Por isso, é importante ter um profissional odontólogo no esporte que
indicará a necessidade de conceitos odontológicos que vão prevenir e permitir o
tratamento adequado para os esportistas (SOUZA BC, 2017).
Em um estudo in vitro, a ação erosiva sobre o esmalte dentário, resultante
da frequente ação de contato com bebidas energéticas, foi experimentada 10
bebidas energéticas mais comercializadas e encontrou potencial erosivo evidente
em todas elas, devido ao baixo pH. Portanto, se pode inferir que atletas que
ingerem líquidos energéticos em alta frequência podem sofrer erosão do esmalte
superficial de seus dentes e isto pode ser prevenido com a orientação do
cirurgião-dentista para a forma de consumo. Uma bebida energética contém
diversos produtos, mas os principais como a cafeína e a taurina aliviam o cansaço
muscular (MATSUMOTO, 2008).
A doença periodontal pode levar bactérias da cavidade bucal para outras
áreas do organismo ou até caracterizar o estabelecimento de um quadro de uma
doença sistêmica. Concentrações plasmáticas elevadas de mediadores químicos
oriundos da inflamação crônica que sustentada pela própria doença periodontal
na boca, pode vir a interferir com uma evolução de outras doenças sistêmicas
com seu início ou até sua progressão (FERES & FIGUEIREDO, 2007).
As bactérias de infecções focais podem utilizar duas vias para induzirem as
manifestações sistêmicas. A primeira seria quando a disseminação ocorre por
11

uma bacteremia transitória, causada por procedimentos dentários em regiões


infectadas. Esta bacteremia não excede por mais de 1 hora e os microrganismos
são rapidamente destruídos pelas defesas do hospedeiro, a não ser que o
paciente apresente fatores predisponentes e diante nisso, pode se instalar uma
infecção focal. Já a segunda via seria pela disseminação de complexos imunes ou
por meio de antígenos, que se combinam a anticorpos circulantes que pode se
depositar em outras regiões do corpo que induz reações de hipersensibilidade
imunológica. Sendo assim, os complexos imunes formados em lesões peri-
radiculares crônicas ficam confinados, não sendo distribuídos sistemicamente.
Por outro lado, em casos de abscesso agudo, os níveis circulantes de complexos
imunes são superiores, podendo causar reações imunológicas. Aconselham os
dentistas, em especial os endodontistas para prestarem atenção a medidas
profiláticas na manipulação de problemas infecciosos de origem bucal,
principalmente no tratamento de pacientes de risco para complicações sistêmicas.
(MELO DA SILVA et al, 2007).
Foi realizado um estudo epidemiológico com atletas de 42 países que
competiam nos jogos Pan Americanos no Rio de Janeiro, o estudo mostrou que a
prevalência dos traumas dentais entre os atletas foi de 49,6%. Sendo relatadas as
maiores injúrias nos treinamentos durante as competições com 63,6%. O esporte
com as injúrias mais prevalente foi à luta livre com 83,3% e a injúria dental mais
comum foi à fratura de esmalte com 39,8% tendo os incisivos centrais como
dentes mais afetados (ANDRADE et al, 2010).
Há uma existência de dois tipos de protetores como os pré-fabricados e os
sob medida. As propriedades essenciais dos materiais utilizados na confecção
dos protetores bucais incluem a absorção de água, espessura, temperatura,
absorção de energia e resistência. Por isso a odontologia tem uma importância
individual no desenho desses protetores bucais que irá depender das
necessidades de cada atleta, tendo como função melhorar a relação da posição
da cabeça da mandíbula em relação à fossa articular, atuando como uma
palmilha individualizada, contribuindo com perfeita harmonia e abrindo as vias
aéreas e proporcionando uma melhor oxigenação (TUNA & OZEL, 2014).

1.3 PROTOCOLO DE ATENDIMENTO


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Existe uma proposta de um protocolo de atenção à saúde bucal dos atletas


relatada por quatro fases, sendo que na primeira eliminam-se os focos
infecciosos, na segunda, um tratamento ortodôntico conjugado ao da respiração
bucal, na terceira fase a reabilitação bucal e na quarta é indicado a manutenção e
o controle do padrão de saúde bucal que é alcançado por meio de educação da
saúde bucal e uma ação preventiva. Diante disso, a atenção à saúde do atleta
deve ser analisada de forma multidisciplinar e a odontologia deve fazer parte
desta atuação para que de forma conjunta os atletas sejam bem sucedidos na sua
atividade seja ela amadora ou profissional (BASTOS et al, 2013).
Nesse mesmo contexto o Atlético Mineiro é também hoje uma referência
nacional nos clubes de futebol, assim como o Botafogo, por possuírem um
departamento odontológico. Sendo que o protocolo de atendimento dos atletas é
composto por um programa preventivo na primeira fase, que conta com palestras
de conscientização sobre a higienização oral, relação dieta com a cárie dentária,
traumatismos, doping, uso de energéticos e desgastes dentários. Depois os
atletas são encaminhados ao consultório para uma profilaxia e controle de placa
bacteriana. Na segunda fase, são realizados os exames clínicos e radiográfico da
boca inteira para o diagnóstico de lesões carie e doenças periodontais. Na
terceira fase, são executados os tratamentos endodônticos e periodontais para a
eliminação da dor, bem como os tratamentos restauradores, ortodônticos e de
desordens temporomandibulares. Na quarta fase é realizada uma manutenção
por meio do controle de placa e das restaurações e do acompanhamento dos
tratamentos endodônticos e ortodônticos. Esse protocolo de atendimento ainda
dispõe de um programa de emergência com uma escala de plantão entre os
cirurgiões-dentistas com a finalidade de eliminar dores agudas e solucionar
problemas de origem traumática na hora da competição (ASSIS, 2013).

2. MATERIAIS E MÉTODOS

Para a realização deste trabalho em base de revisão de literatura, foram


necessárias pesquisas bibliográficas através de artigos científicos, que foram
publicados em bancos de dados virtuais na internet em sites como SCIELO,
PUBMED, GOOGLE ACADÊMICO de 2002 á 2017. Tendo como objetivo principal
13

buscar informações específicas que correspondiam aos objetivos do artigo em


questão.

3. DISCUSSÃO

A Odontologia deve participar desde o começo da carreira do atleta com


uma cuidadosa avaliação e acompanhamento do atleta profissional ou amador de
alto rendimento esportivo dentro da Odontologia do Esporte. O cirurgião-dentista
é um profissional que deve integrar a equipe multidisciplinar de saúde com o
objetivo de zelar pela saúde bucal e consequentemente pela saúde integral do
atleta para que o mesmo possa ter rendimento físico.
Segundo PADILHA ACL (2012) a Odontologia do Esporte surgiu pela
necessidade de promover saúde bucal entre os atletas, pois para eles se exigi
muito mais do seu condicionamento físico em relação às outras pessoas, e a
demanda de cuidados são maiores com sua saúde. As lesões que podem
comprometer o rendimento de um atleta geram consequências como interrupção
de jogos e despesas.
Confirmando os relatos de PADILHA ACL (2012) os autores PASTORE GU
(2017) e SOUZA (2014) relatam que a odontologia esportiva hoje vem crescendo
de forma visível e se mostrando ampla em comparação a outras especialidades
odontológicas. Sendo assim, a função do Cirurgião-Dentista é justamente
proporcionar ao esportista a promoção e prevenção bucal atuando na equipe
multidisciplinar de clubes, confederações e associações esportivas.
Diante disso, COSTA et al (2015) relata que o acompanhamento de um
Cirurgião-Dentista no esporte é importante para assim tratar problemas como a
cárie e doenças periodontais, podendo o mesmo atuar nessa área por contribuir
para uma melhor fase no desempenhos dos atletas, pois dores e incômodos
podem atrapalhar a concentração dos esportistas.
Para autores como SIQUEIRA (2005); SOUZA et al (2011) um dos
problemas odontológicos que pode afetar o bom desempenho dos atletas são as
maloclusões que prejudicam a mastigação e a absorção de nutrientes causando
problemas na articulação temporomandibular (ATM), dores de cabeça e até
mesmo perda de massa muscular. Demostrando assim que a dor e o desconforto
14

podem também ocasionar a diminuição do rendimento do atleta, prejudicando a


concentração e o desempenho.
Segundo GOMES et al (2014) esportes como boxe, jiu-jitsu, karatê e futebol
podem provocar danos orafaciais como fraturas dentais e faciais podendo resultar
em complicações. Relatando também que a prevalência dessas incidências
orofaciais ocorridas no esporte e também à prevalência do uso de protetores
bucais vem ganhando destaque dentro da odontologia esportiva. O uso desses
dispositivos de proteção durante as práticas esportivas tem sido destacado como
o meio de prevenção mais indicada para os traumatismos dentais.
ANDRADE et al (2010) realizou um estudo com atletas de 42 países que
competiam nos jogos Pan Americanos no Rio de Janeiro, o resultado do estudo
mostrou que a prevalência dos traumas dentais entre os atletas foi de 49,6%.
Sendo relatadas as maiores injúrias nos treinamentos durante as competições
com 63,6%. É ainda relatou que o esporte com as injúrias mais prevalentes foi à
luta livre com 83,3% e a injúria dental mais comum foi à fratura de esmalte com
39,8%.
Conforme também os estudos de BARBERINI (2002) no qual foram
entrevistados os atletas dos diversos esportes de contato onde os muitos atletas
de várias modalidades esportivas como boxe, handebol, basquete, kung fu,
karatê, relataram que já sofreram algumas lesões, podendo concluir nessas
entrevistas que 73% dos atletas já sofreram lesões orofaciais, sendo que 60%
foram em tecidos moles, 16% traumatismos dentários, 9% fraturas maxilares e
mandibulares.
Os estudos NEEDLEMAN (2015) relata que as principais ocorrências
relacionadas aos problemas de desordem bucal são a cárie dentária, erosão
dental e doenças periodontais. Diante disso, demostra que a falta de cuidados
com a saúde bucal dos atletas pode ser prevenida com instruções de higiene
bucal e acompanhamentos com um profissional da área.
SOUZA B.C (2017) relata que a erosão dentária é uma alteração que pode
ser definida como perda progressiva da estrutura dental causada por processos
químicos resultando na perda de tecido dental. Sendo assim o atleta está sujeito a
um maior número de fatores de riscos, inclusive a ter erosão dental por causa da
ingestão de algumas bebidas como energéticos.
15

Confirmando o estudo de SOUZA B.C sobre a eroção dentária,


MATSUMOTO (2008) em seu estudo in vitro, fez um experimento com 10 bebidas
energéticas mais comercializadas e encontrou um potencial erosivo evidente em
todas elas, devido ao baixo pH. Portanto se se pode relatar que atletas que
ingerem líquidos energéticos em alta frequência podem sofrer erosão do esmalte
superficial de seus dentes e isto pode ser prevenido com a orientação do
cirurgião- dentista para assim saberem utilizar forma menos agressiva, pois essas
bebidas energéticas contém diversos produtos.
Para FERNANDES G (2011) o bruxismo é considerado atualmente como
sendo de etiologia bastante complexa, sendo muito comum em atletas, e podendo
causar desgastes nas superfícies dentárias, dores musculares, e dores de cabeça
dependendo da sua intensidade. Diante disso, foi identificada relação entre o
aumento da concentração de catecolaminas, uma condição presente em atletas,
na urina e os estados de ansiedade e outras anormalidades emocionais do
estresse.
ARAGÃO (2009) relata que quando o atleta é respirador bucal isso pode
prejudicar as estruturas bucais e da orofaringe, onde ficam as tonsilas palatinas,
parte do sistema linfóide, incluindo as tonsilas faringeanas, bem como os gânglios
sublinguais, submandibulares. Toda essa agressão pode gerar uma hipertrofia
dos tecidos linfoides que vai diminuir o espaço da orofaringe e como
consequência a captação de oxigênio
Para FERES & FIGUEIREDO (2007) a doença periodontal pode impulsionar
bactérias da cavidade bucal para outras áreas do organismo, e caracterizar o
estabelecimento de um quadro de uma doença sistêmica crônica. Concentrações
plasmáticas elevadas de mediadores químicos oriundos da inflamação crônica
que sustentada pela própria doença periodontal na boca, pode vir a interferir com
uma evolução de outras doenças sistêmicas com seu início ou até sua
progressão.
MELO DA SILVA et al (2007) foi mais suscinto e relatou que as bactérias de
infecções focais podem utilizar duas vias para induzirem as manifestações
sistêmicas. A primeira seria quando a disseminação ocorre por uma bacteremia
transitória causada por procedimentos dentários em regiões infectadas. Esta
bacteremia não excede mais de 1 hora e os microrganismos são rapidamente
16

destruídos pelas defesas do hospedeiro, a não ser que o paciente apresente


fatores predisponentes e desta forma á infecção focal se instala. Já a segunda via
seria pela disseminação de complexos imunes ou por meio de antígenos solúveis
que se combinam a anticorpos podendo se depositar em outras regiões do
organismo induzindo assim reações de hipersensibilidade imunológica.
Segundo ASSIS (2013) tanto o clube Atlético Mineiro e Botafogo são uma
referência nacional nos clubes de futebol, pois possuem um departamento
odontológico. Sendo que em seu estudo a autora relata que o protocolo de
atendimento para esses atletas é composto de um programa preventivo na
primeira fase, como palestras de conscientização sobre a higienização oral,
relação dieta com a cárie dentária, traumatismos, doping, uso de energéticos e
desgastes dentários. Na segunda fase, são realizados os exames clínicos e
radiográficos da boca inteira para o diagnóstico de lesões cariosas e doenças
periodontais. Na terceira fase, são executados os tratamentos endodônticos e
periodontais, para a eliminação da dor, bem como os tratamentos restauradores,
ortodônticos e de desordens temporomandibulares. Na fase quarta fase, é
realizada a manutenção, através do controle de placa e das restaurações e do
acompanhamento dos tratamentos endodônticos e ortodônticos.
BASTOS e seus colaboradores (2013) relataram também um protocolo de
atenção à saúde bucal dos atletas por quatro fases, primeiro eliminam-se os focos
infecciosos, na segunda, um tratamento ortodôntico conjugado ao da respiração
bucal do atleta, na terceira fase a reabilitação bucal e na ultima indicaram a
manutenção e o controle da saúde bucal que é alcançado por meio de educação
e ação preventiva. Confirmando assim que uma atenção à saúde do atleta deve
ser analisada de forma multidisciplinar, estando odontologia atuando também.
Diante desses estudos expostos na literatura, ainda se faz necessário mais
estudos sobre a importância da odontologia na equipe multidisciplinar para assim
educar e evitar possíveis problemas bucais que possam atrapalhar no
desempenho dos atletas.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio dos achados literários pode-se concluir que a odontologia é uma
das áreas da saúde de extrema importância na prática das atividades esportivas,
17

e por isso que o dentista deve estar na equipe multidisciplinar atuando nos
cuidados com a saúde bucal dos atletas, pois existem vários problemas bucais
que podem acometer os mesmos, e durante as atividades esportivas também
podem ocorrer fraturas de face e dentais. Por isso, a odontologia deve avaliar e
acompanhar o atleta profissional e amador no seu rendimento esportivo dentro da
Odontologia do Esporte para assim contribuir para a saúde e evitar problemas na
sua atuação.

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ANEXO A
23

ANEXO B

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