PROJETOS EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO I

Planejamento de escopo
Escopo do projeto é a especificação do trabalho necessário para realizar a entrega
do(s) produto(s) atendendo aos respectivos requisitos. É um objetivo básico da gestão
do projeto, e em geral o não cumprimento completo do escopo implica fracasso do
projeto. Associados ao escopo estão os requisitos que são características,
funcionalidades e especificações do produto resultante do projeto, incluindo
expectativas de desempenho e qualidade. O conjunto de requisitos constitui o escopo
do produto.

Escopo
 Exemplo
Suponha que você disponha de um terreno no qual
pretende construir uma casa. O produto principal
(ou entrega) do projeto é a casa. O escopo do
produto inclui as especificações gerais da casa, tais
como: área construída de 100 m2, com 4 quartos,
sendo 2 suítes, 1 banheiro social, 1 dependência
de empregada com banheiro, cozinha, sala e
garagem. Fazem parte do escopo do produto ainda
o conjunto de requisitos definidos pelo cliente do
projeto em conjunto com arquitetos e
engenheiros. Estes podem envolver demandas
sobre iluminação, conforto térmico, quantidade de
dormitórios, integração de ambientes etc.
O escopo do projeto inclui a entrega do produto
final (a casa), bem como de produtos
intermediários (por exemplo, as plantas e projetos
de engenharia), além de toda a especificação do
trabalho associado à construção da casa, seguindo
o ciclo de vida típico de uma obra de engenharia.

Fluxo para definição do escopo

 Planejamento

Gerenciamento do escopo
 O plano de gerenciamento do escopo define os procedimentos para a
elaboração e manutenção do escopo do projeto. Pode especificar:
• Os responsáveis e envolvidos nos processos de definição,
modificação e controle do escopo;
• Os documentos que constituem o gerenciamento do escopo;
• As ferramentas a serem utilizadas para a elaboração e para o
gerenciamento do escopo;
• Procedimentos de tratamento de solicitações ou necessidade de
mudanças no escopo.

Plano do gerenciamento do escopo

 Requisitos são o ponto de partida para a construção do escopo
do projeto, pois caracterizam o produto final.

– Refletem as características esperadas para o produto do

projeto.

– Devem estar estritamente ligados à necessidade ou

oportunidade geradora do projeto, evitando que o escopo
do projeto seja inflado com falsas necessidades que não
geram valor para o propósito original que criou o projeto.

Requisitos
 • Obrigatórios: representam as funcionalidades fundamentais,
cuja ausência caracteriza o não cumprimento do escopo ou da
qualidade esperada, e por conseguinte, o fracasso do projeto.

• Necessários: podem ser implementados após os obrigatórios

serem concluídos.

• Desejáveis: ficam numa fila para implementação se houver

tempo e recursos ou podem ser implementados em projeto
futuro.

Classificação dos requisitos

 Entrevistas

Dinâmicas de grupo

Oficinas facilitadas

Técnicas de tomada de decisão em grupo

Questionários e pesquisas

Observações

Protótipos

Benchmarking

Análise de documentos

Coletar os requisitos
 ➢ Não ambíguo

➢ Mensurável e passível de teste

➢ Investigável/Rastreável

➢ Completo

➢ Consistente

➢ Aceitável para as principais partes

interessadas

Características de um bom requisito

 https://www.youtube.com/watch?v=iPPE87399xM&
Requisitos do cliente: são as
expectativas, necessidades e
grau de importância de cada
requisito, explicitados pelo
cliente e obtidos através de
pesquisas.

Os graus de importância dos

requisitos dos clientes também
são obtidos através de
pesquisa com o cliente, que
refletem a hierarquização de
sua opinião em uma escala de
1 (menor) a 5 (maior).

Coletar os requisitos – QFD (quality function deployment)

 https://www.youtube.com/watch?v=iPPE87399xM&
Requisitos do projeto: são as
ações ou propriedades que
agregam valor ao produto, sendo
definidas pelos técnicos da
organização que servem o
cafezinho.

Coletar os requisitos – QFD (quality function deployment)

 https://www.youtube.com/watch?v=iPPE87399xM&
Relacionamento dos “o que” e
“como”: verificar a intensidade do
relacionamento dos “o que” e os
“como”.

Coletar os requisitos – QFD (quality function deployment)

 https://www.youtube.com/watch?v=iPPE87399xM&
Relacionamento dos
“como”: verificar a intensidade
do relacionamento entre si dos
“como”.

Coletar os requisitos – QFD (quality function deployment)

 https://www.youtube.com/watch?v=iPPE87399xM&
Benchmarking Externo: verificar o
desempenho dos concorrentes na
visão dos clientes

Coletar os requisitos – QFD (quality function deployment)

 https://www.youtube.com/watch?v=iPPE87399xM&
Benchmarking Interno: verificar o
desempenho dos concorrentes na
visão dos técnicos da empresa.

Quantificação dos “como” –

“quanto”: estabelecer as metas
para cada “como”.

Coletar os requisitos – QFD (quality function deployment)

 1 – moderadamente mais importante
3 – medianamente mais importante
5 – muito mais importante

Coletar os requisitos – Diagrama de Mudge

REQUISITOS DEVEM SER
FORMALIZADOS
E APROVADOS COM
O CLIENTE
 Uma declaração de escopo pode conter um ou mais dos seguintes
elementos:

1. Descrição do produto final;

2. Entregas intermediárias ou secundárias;

3. Requisitos;

4. Critérios de aceitação do produto;

5. Exclusões do escopo.

Declaração do escopo
Declaração do escopo
 Escopo de produto
– Características e funcionalidades do produto
– O que deve ser feito?
– É aconselhável criar em conjunto com o escopo do produto,
o seu critério de aceitação, que é uma medida mensurável
para a validação da entrega do produto ou parte dele

Escopo de projeto
– Trabalho a ser realizado para entregar o produto
– Como produzir o resultado esperado?

Escopo produto x projeto

Escopo produto x projeto
Aumento sem controle do produto ou escopo de projeto, sem ajustes de
tempo, custo e recursos.
– Mudança aceita sem avaliação de impacto ou controle de mudanças

– Geralmente feita pelo cliente diretamente à equipe de projeto

O Scope Creep surge quando há uma falha na documentação de requisitos,

comunicação entre os membros da equipe ou falta de experiência do gestor de
projetos. Em determinado momento, o projeto sai dos trilhos e muitas
funcionalidades passam a ser desenvolvidas sem justificativa. Na verdade,
ninguém saberá afirmar se as funcionalidades foram, de fato, solicitadas pelo
cliente, já que a documentação estará escassa. Nestes casos, o Scope Creep pode
resultar no cancelamento do projeto ou na quebra de contrato.

Scope creep
Dar ao cliente mais que o especificado e aprovado
– Funcionalidades extras, componentes de maior qualidade,
desempenho melhor que o esperado ou escopo
adicional.
– Em geral, um projeto objetiva atender às expectativas do
cliente, e não excedê-las.
. O gerente ou equipe do projeto adiciona ao escopo do
projeto novas funcionalidades ou entregas que não foram
solicitadas pelo cliente visando ajudar ou impressionar o
cliente, agindo como “adivinhos”. O intuito de agradar o
cliente pode ser bom, porém, é um erro gravíssimo cometer
esse tipo de ação, pois além de fazer com que o projeto tenha
um esforço adicional e um possível custo superior ao
planejado, a qualidade pode ser comprometida

Gold plating
 Fonte: PMI 2011

Principais falhas em projetos

Criar a EAP
Decomposição da EAP/EDT
Decomposição da EAP/EDT
Decomposição da EAP/EDT
 Desenvolvimento
PROJETO de um carro

Gerencia
Entregas Motor Suspensão mento do
projeto

Bloco do Amortecedores
Subentregas motor
Lubrificação
e molas
Escopo

Liberação
Grupos de trabalho Projeto Teste para EAP
produção

Teste no Teste no Bloco do

Pacotes de trabalho protótipo lote piloto motor

Decomposição da EAP/EDT
Decomposição da EAP/EDT
Algumas características de um pacote de trabalho (PT) que sugerem o momento de parar a
decomposição são:
• O PT permite um controle razoável de seu status: GP pode responder à pergunta “qual o
progresso atual desse PT” com facilidade?
• Custo, recursos e prazo são estimáveis com razoável precisão: o GP deve ser capaz de estimar
com razoável precisão a quantidade de recursos necessários, o prazo e o custo do PT.
• A duração do pacote de trabalho está dentro de limites razoáveis: o GP pode definir limites de
tempo mínimo e máximo para um PT, por exemplo, entre 40 e 160 horas de trabalho.
• Há uma entrega associada ao PT: pode ser um relatório, uma aprovação formal, uma
funcionalidade em um software ou um produto intermediário, que marca a conclusão do PT.

Critérios de parada da decomposição da EAP/EDT

Utilização da EAP/EDT
 Devemos representar todo o escopo do projeto,
incluindo escopo de produto, escopo de projeto, e
esforço em gerenciamento de projeto.

Planejamento por ondas sucessivas

 Deve ser desenvolvida em conjunto com a equipe de projeto

Revise a EAP com as partes interessadas

Utilize modelos de outros projetos

Não coloque atividades na EAP

Não decompor em demasia

Projetos de médio porte, pacotes de 8 a 80h

Projetos de grande porte, máximo 300h

Evite decompor apenas uma entrega

Não repetir o mesmo pacote de trabalho em grupos diferentes

Não se preocupe com a sequência

Regras da EAP
DICAS
DICAS
DICAS
DICAS
DICAS
DICAS
 DÚVIDAS E
QUESTIONAMENTOS?