O escopo do projeto é o produto ou conjunto de produtos que o projeto deve
entregar. A administração do escopo caberá o planejamento, execução e controle dos produtos ou entregáveis do projeto. Para o planejamento do escopo, é necessário definir Necessidade, Produto e Objetivo. • Necessidade: entendimento do motivo do produto do projeto, compreendendo sua função; • Objetivos: o produto faz parte de um conjunto de objetivos, cujo ponto inicial é sua necessidade. O produto é o objetivo primário do projeto. Sua utilidade é o objetivo imediato. E A utilidade do objetivo imediato é o objetivo fina. Também são considerados objetivos variáveis de desempenho, definidas no planejamento; O planejamento do escopo é feito em duas etapas: Declaração, resumo dos produtos que serão fornecidos pelo projeto, podendo ter uma exclusão de escopo explicando também o que o projeto não fará, sempre com objetivo de manter o foco, e Detalhamento, descrição detalhada dos produtos, realizando divisão do produto final em produtos menores, uma estrutura analítica do projeto(EAP), onde as menores divisões são chamadas de pacotes de trabalho. Vale ressaltar que a EAP é uma relação de produtos, não de tarefas. Para sua montagem pode ser utilizados dois critérios: a Estrutura analítica por produtos, como a já discutida, e a Estrutura analítica por fase do projeto (PBS), separando o projeto em suas diferentes fases. Durante a produção do escopo é importante também ter claras as expectativas dos stakeholders, sendo um dos mais importantes a satisfação direta dos clientes, que avalia os resultados de um projeto. Logo, os objetivos devem ser definidos em função dos clientes e das partes interessadas. Após a implantação do projeto, o Controle de escopo tem a função de verificar se o escopo está sendo cumprido, analisando a necessidade de modificações no escopo original. Dentro do escopo deve haver uma forma de administrar mudanças e imprevistos. Capítulo 4: Administração de qualidade A qualidade é definida como o conjunto de características de uma entidade, que definem a capacidade de atender as necessidades. O gerenciamento da qualidade do projeto pode ser dividido em dois tipos: • Qualidade do produto: definição das especificações que realizam as necessidades e interesses do cliente. O produto deverá incorporar especificações como o desenho para facilitar a produtividade, projeto para facilitar a montagem e projeto para facilitar a manutenção. Também deverá abranger os impactos sociais e ambientais; • Qualidade do projeto: definida no IPMA como o atendimento dos requisitos acordados no projeto. Seu gerenciamento é de responsabilidade de toda a equipe. O processo de administrar a qualidade é divido em 3 subprocessos: • Planejamento da qualidade do produto: definir as características do produto de acordo com as necessidades e funções, dividias em especificas e funcionais. A qualidade de aceitação mede a coincidência da qualidade esperada e real. As especificações funcionais são definidas como as necessidades e expectativas do cliente. As especificações técnicas são as características técnicas do produto, nela são utilizadas técnicas para evitar a adição de características indesejadas ou desnecessárias para o projeto. • Garantia da qualidade: garante que as características desejadas estejam no produto final. Para garantir a qualidade, é preciso estruturar um sistema da qualidade, analisando elementos como: Padrões, procedimento de analise, formação de pessoal, definição de responsabilidades, testes e manuais. • Controle da qualidade: tem ênfase em encontrar erros e assegurar que o resultados corretos sejam obtidos; Para transformar as necessidades em características técnicas, pode ser utilizada a QFD. Sua primeira etapa é a Casa da qualidade que mostra o cruzamento das especificações técnicas em as especificações funcionais. Consiste em: Pesquisar as necessidades, identificar o grau de importância de cada uma, definir características técnicas, definir as relações entre necessidades e características técnicas, relacionar as características técnicas entre si e estabelecer metas. Práticas de projeto defensivo garantem que que o projeto não tenha características que possam dar prejuízo ao cliente ou que possam usar de maneira indevida. Essas práticas são usadas na fase inicial de desenvolvimento, e além de identificar problemas, gravidades e a probabilidade de cada um e planejar maneira de evita-los. Uma ferramenta para projeto defensivo é a FMECA(failure modes, effect and critically analysis). Criticidade é definido pela frequência com que o problema ocorre e Severidade é o impacto desse problema. Ambos são medido em escalas com pontuações. A aplicação da FMECA também mede a probabilidade de detecção das falhas. Para o uso do FMECA é realizado a analise dos seguintes elementos de um produto: Item; Função; Modos de falha; Causas de falha; Efeitos de falha; Modos de detecção; Avaliação da frequência, severidade e probabilidade de detecção; Calculo do rpn e Ações corretivas. Assim, o plano para administração de um projeto definirá como lidar com a qualidade do produto e do projeto, utilizando as características discutidas.