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AULA 1

GERENCIAMENTO DA QUALIDADE

O gerenciamento da qualidade do projeto deve abordar o gerenciamento do projeto


e do produto do projeto.

Enquanto o gerenciamento da qualidade do projeto se aplica a todos os projetos, as medidas


e técnicas de qualidade do produto são específicas do tipo particular de produto produzido
pelo projeto.

Um elemento essencial do gerenciamento da qualidade no contexto do projeto é transformar


as necessidades, desejos e expectativas das partes interessadas em requisitos pela análise
das partes interessadas, realizada durante o gerenciamento do escopo do projeto.

O gerente de projetos e a equipe de gerenciamento de projetos são responsáveis por


determinar e fornecer os níveis exigidos de qualidade e de grau. Precisão e exatidão não são
equivalentes.

Precisão, de acordo com o dicionário Aurélio, significa:

Qualidade do que é preciso, exato, rigoroso. / Falta ou carência de alguma coisa;


necessidade. / Exatidão na execução. / Nitidez rigorosa no pensamento ou no
estilo.

Já o termo Exatidão, de acordo com a mesma fonte, significa:

Qualidade daquilo que é exato, verdadeiro: a exatidão de um raciocínio. /


Pontualidade, regularidade, precisão: agir com exatidão

Ou seja, enquanto precisão corresponde à homogeneidade de medições repetidas que são


agrupadas com pouca dispersão, exatidão é a correção com que o valor medido se aproxima
do valor real.

As medições precisas não são necessariamente exatas. Uma medição muito exata não é
necessariamente precisa. A equipe de gerenciamento de projetos precisa determinar o
quanto a exatidão ou a precisão ou ambas são necessárias.

O moderno gerenciamento da qualidade complementa o gerenciamento de projetos. Por


exemplo, ambas as disciplinas reconhecem a importância de:

- Satisfação do cliente. Entendimento, avaliação, definição e gerenciamento de


expectativas de forma a atender às necessidades do cliente. Isso exige uma combinação de
conformidade com os requisitos (o projeto deve produzir o que afirmou que produziria) e
adaptação ao uso (o produto ou serviço deve satisfazer as necessidades reais).
Fonte: http://www.dentaloffice.com.br/areaplus/master_dicas/dica166/dica166.html Acesso
em: Maio de 2014

- Prevenção sobre inspeção. O custo de prevenção de erros em geral é muito menor que
o custo de corrigi-los, conforme revelado pela inspeção.

- Responsabilidade da gerência. O sucesso exige a participação de todos os membros da


equipe, mas é sempre responsabilidade da gerência fornecer os recursos necessários para
que exista sucesso.

- Melhoria contínua. O ciclo PDCA é a base da melhoria da qualidade (conforme definido


por Shewhart e modificado por Deming, no ASQ Handbook, páginas 13 e 14, American
Society for Quality, 1999).

Além disso, as iniciativas de melhoria da qualidade realizadas pela organização executora,


como GQT e Seis Sigma, podem melhorar a qualidade do gerenciamento do projeto e
também a qualidade do produto do projeto.

Fonte: http://www.redesegura.com.br/gerenciamento-de-vulnerabilidades/estrategia-e-
planejamento-do-processo/objetivo-do-processo/ Acesso em Maio de 2014
O custo da qualidade se refere ao custo total de todos os esforços relacionados à qualidade.
As decisões do projeto podem afetar os custos operacionais da qualidade como resultado de
devoluções de produtos e reclamações em garantia.

No entanto, a natureza temporária do projeto significa que os investimentos em melhoria da


qualidade de produtos, especialmente prevenção e avaliação de defeitos, podem muitas
vezes ser realizados pela organização contratante, e não pelo projeto, pois o projeto pode
não durar o suficiente para aproveitá-los.

AULA 1
1 – O GERENCIAMENTO DA QUALIDADE

O gerenciamento da qualidade inclui a criação e utilização de políticas e procedimentos para


garantir que o projeto alcance as necessidades definidas que se pretende encontrar.

Significa completar o projeto sem nenhum desvio com relação aos requerimentos do projeto.

Acréscimos aos requerimentos do projeto: dar requerimentos extras para o projeto


(funcionalidade extra, componentes de alta qualidade, extraescopo, etc.). Esta prática não é
recomendada, pois não adiciona valor ao projeto. Gerentes de projetos devem utilizar melhor
seu tempo em atingir apenas os requerimentos para o projeto.

Prevenção sobre inspeção: o custo da inspeção é muito alto, logo é melhor gastar mais
dinheiro na prevenção de problemas.

A qualidade tem que ser planejada no projeto, não ficando à mercê da inspeção.

Melhoria contínua: pequenas melhorias em produtos ou processos para reduzir custos e


garantir consistência no desempenho de produtos ou serviços.

Responsabilidade pela qualidade: toda a organização tem responsabilidade com a


qualidade. O gerente de projetos tem a responsabilidade maior pela qualidade do produto do
projeto. Porém, cada membro do time deve checar seu trabalho.

A gerência tem a responsabilidade maior pela qualidade na organização como um todo.

Impacto de uma qualidade ruim: aumento dos custos, baixa moral do time do projeto,
baixa satisfação do cliente, aumento dos riscos, retrabalho e atrasos no cronograma.

Os processos de gerenciamento da qualidade do projeto incluem:

Planejamento da qualidade:

Identificação dos padrões de qualidade relevantes para o projeto e determinação de como


satisfazê-los.
Realizar a garantia da qualidade:

Aplicação das atividades de qualidade planejadas e sistemáticas para garantir que o projeto
emprega todos os processos necessários para atender aos requisitos.

Realizar o controle da qualidade:

Monitoramento de resultados específicos do projeto a fim de determinar se eles estão de


acordo com os padrões relevantes de qualidade e identificação de maneiras de eliminar as
causas de um desempenho insatisfatório.
AULA 1
2 PLANEJAMENTO DA QUALIDADE

O planejamento da qualidade envolve a identificação dos padrões de qualidade relevantes


para o projeto e a determinação de como satisfazê-los.

Ele é um dos principais processos durante a execução do grupo de processos de


planejamento e o desenvolvimento do plano de gerenciamento do projeto e deve ser
realizado em paralelo com outros processos de planejamento do projeto.

Mudanças necessárias no produto para atender aos padrões de qualidade identificados


podem exigir ajustes nos custos ou no cronograma ou a qualidade desejada do produto pode
exigir uma análise de risco detalhada de um problema identificado.

Importante:

Os primeiros passos no planejamento da qualidade é identificar todos os padrões relevantes


para a qualidade do produto do projeto e para os esforços de gerenciamento da qualidade do
projeto.

O projeto deve obedecer a qualquer padrão externo aplicável tão bem como políticas e
procedimentos organizacionais.

O gerente de projetos deve planejar o projeto para ir ao encontro dos padrões de qualidade
do cliente. Deve também criar qualquer padrão necessário para o projeto.
Quando todos os padrões forem encontrados ou criados, o planejamento da qualidade
envolve determinar qual trabalho será feito para alcançar estes padrões. Deverá determinar
as medições específicas que serão feitas a cada período ou para cada entrega para garantir
conformidade com todos os padrões.

O planejamento da qualidade irá resultar em adições ou mudanças no plano de


gerenciamento do projeto para ter certeza de que os padrões serão alcançados.

Trabalho poderá ser adicionado para a EAP, recursos poderão ser alterados e ações extras
poderão ser adicionadas pelo gerente de projetos.

A qualidade deve ser equilibrada com o escopo, tempo, custo e satisfação do cliente.

O que segue deve ser feito para realizar o planejamento da qualidade:

Análise de custo-benefício: o planejamento da qualidade deve considerar o equilíbrio


entre custo e benefício.

O principal benefício de atender aos requisitos de qualidade é o menor retrabalho, o que


significa maior produtividade, menores custos e maior satisfação das partes interessadas.

O principal custo de atender aos requisitos de qualidade é a despesa associada às atividades


de gerenciamento da qualidade do projeto.

Benchmarking: envolve a comparação de práticas de projeto reais ou planejadas às de


outros projetos para gerar ideias de melhoria e para fornecer uma base pela qual deve ser
medido o desempenho.

Projeto de experimentos (DOE - Design Of Experiments): é um método estatístico que


ajuda a identificar quais fatores podem influenciar variáveis específicas de um produto ou
processo em desenvolvimento ou em produção. Ele também desempenha um papel na
otimização de produtos ou processos. O aspecto mais importante dessa técnica é que ela
fornece uma estrutura estatística para alterar sistematicamente todos os fatores
importantes, em vez de alterar um fator de cada vez.

A análise dos dados experimentais deve fornecer as condições ideais para o produto ou
processo, realçando os fatores que influenciam os resultados e revelando a presença de
interações e sinergismos entre os fatores.

Custo da qualidade: são os custos totais incorridos pelo investimento em prevenção de não


conformidade com os requisitos, avaliação do produto ou serviço em relação à conformidade
com os requisitos e não atendimento dos requisitos (retrabalho). Os custos de falhas são
chamados de custos da baixa qualidade.

AULA 1
2.1 SAÍDAS DO PLANEJAMENTO DA QUALIDADE

Plano de gerenciamento da qualidade: deve incluir o seguinte:

 Quais serão os padrões aplicáveis no projeto.


 Quem será envolvido no gerenciamento da qualidade, quando será envolvido e quais
serão seus deveres e obrigações.
 Revisões das decisões para ter certeza que estão corretas.
 Reuniões para direcionamento de como realizar a qualidade.
 Relatórios que serão utilizados para relatar a qualidade atingida.
 Quais métricas serão utilizadas para medir a qualidade.
 Quais partes do projeto ou entregas serão medidas.

Métricas de qualidade:

Uma métrica é uma definição operacional que descreve, em termos muito específicos, o que
é alguma coisa e como ela é medida pelo processo de controle da qualidade.

Uma medição é um valor real. O gerente de projetos deve saber se o projeto está indo bem
e quando são necessárias ações corretivas ou preventivas. Para isto, ele tem que saber o
que medir e decidir quais medidas são aceitáveis.

Listas de verificação (Checklist):

Usadas para verificar se foi executado um conjunto de etapas necessárias. Ou seja, uma lista
de itens para inspecionar ou uma figura de um item a ser inspecionado, onde serão anotados
os defeitos encontrados.

Geralmente, são redigidas com o verbo no imperativo (“Faça isto!”) ou na forma de


perguntas (“Você fez isto?”).

As listas de verificação da qualidade são usadas no processo de controle da qualidade.

Plano de melhorias no processo:

O gerente de projetos também deve melhorar os processos utilizados no projeto para


diminuir os defeitos e economizar tempo e dinheiro. O plano de melhorias no processo
detalha as etapas de análise dos processos que irão facilitar a identificação de desperdícios e
de atividades sem nenhum valor agregado, como:
 limites do processo,
 configuração do processo,
 métricas do processo e
 metas para melhorar o desempenho.

Linha de base da qualidade:

Registra os objetivos de qualidade do projeto. A linha de base da qualidade é a base para


medição e emissão de relatórios de desempenho da qualidade como parte da linha de base
da medição de desempenho. (wpm.wikidot.com/artefato:linha-de-base-da-qualidade)

AULA 2
PLANEJAMENTO DA QUALIDADE

Desde a revolução da qualidade, que foi experimentada pelo Japão no chamado pós-guerra,
anos recentes após a Segunda Grande Guerra, até a nossa época, segundo Miranda (1994),
a qualidade ou o seu planejamento tem sido reestruturados à medida que a sociedade
empresarial evolui, no que diz respeito à compreensão do mercado econômico, bem de como
a própria sociedade evolui, no tocante a sua compreensão daquilo que lhe é mais necessário
e primordial, quanto a consumo de bens e serviços.

Estas mudanças vêm ocorrendo, basicamente, à medida que as empresas percebem que
existe concorrência entre elas, para produzir o melhor produto ou serviço e encantar o
cliente, e também pelo fato de que a qualidade tem sido vista como parte essencial de um
processo, na elaboração e confecção de um bem, visando eliminar desperdícios para se
alcançar a qualidade final que tanto se quer. Este aperfeiçoamento da qualidade, pelo menos
no tocante ao planejamento, vem crescendo, com o passar dos anos, em importância e se
tornando fundamental na elaboração de qualquer planejamento da qualidade pretendido
pelas empresas.

De acordo com Roberto Lira Miranda (1994), à medida que as empresas a utilizam e a
aperfeiçoam, de acordo com seus métodos próprios, essa qualidade acaba por ser tornar
uma espécie de melhoria nos processos produtivos, em suma, a adequação ao uso e a
ausência de defeitos. Por isso, o planejamento para se obter esta qualidade total acabou por
se caracterizar como a fase fundamental, quando se trata de implantação da qualidade total,
por uma empresa. Seja uma reengenharia na estrutura da empresa, um novo sistema de
informações a adquirir, a redefinição da linha do processo produtivo, a própria implantação
da qualidade total na empresa visando eliminar desperdícios e defeitos e obter um produto
ou serviço com alta qualidade, tudo isso envolve planejamento, pois na implantação de
qualquer que seja o modelo de qualidade, sem planejamento, o fracasso é quase que certo.

Entradas do processo: Planejamento da qualidade

1 Fatores ambientais da empresa.


2 Ativos de processos organizacionais.
3 Declaração do escopo do projeto.
4 Plano de gerenciamento do projeto.

Ferramentas e técnicas do processo: Planejamento da qualidade

1 Análise de custo-benefício.
2 Benchmarking.
3 Projeto de experimentos.
4 Custo da qualidade.
5 Ferramentas adicionais de planejamento da qualidade – Podem incluir brainstorming,
diagramas de afinidade, análise de campo de força, técnicas de grupo nominal, diagramas de
matriz, fluxogramas e matrizes de priorização.

Saídas do processo: Planejamento da qualidade

1 Plano de gerenciamento da qualidade.


2 Métricas de qualidade.
3 Listas de verificação da qualidade.
4 Plano de melhorias no processo.
5 Linha de base da qualidade.
6 Plano de gerenciamento do projeto (atualizações).

AULA 2
Realizar a garantia da qualidade

A garantia da qualidade (GQ) é a aplicação de atividades de qualidade planejadas e


sistematizadas para garantir que o projeto irá empregar todos os processos necessários para
atender aos requisitos.

A GQ também fornece uma base para outra importante atividade de qualidade, a melhoria
contínua dos processos. A melhoria contínua dos processos fornece um meio iterativo para
melhorar a qualidade de todos os processos.

A melhoria contínua dos processos reduz os desperdícios e as atividades sem nenhum valor
agregado, o que permite que os processos operem em níveis maiores de eficiência e eficácia.
A melhoria dos processos se destaca por sua identificação e revisão dos processos de
negócios da organização. Ela também pode ser aplicada a outros processos dentro de uma
organização, desde micro- processos, como a codificação de módulos dentro de um
programa de software, até macroprocessos, como a abertura de novos mercados.

Identificar se os padrões estão sendo seguidos, se o trabalho é continuamente melhorado e


deficiências corrigidas são partes do processo de realizar a garantia da qualidade.
Inclui a identificação de melhorias que a organização necessita fazer.

Com o progresso da garantia da qualidade, o processo resultará em recomendação de


mudanças e ações corretivas. Desenvolver a garantia da qualidade é feito essencialmente
durante o grupo de processos de execução e inclui:

Auditorias de qualidade:

É uma análise estruturada e independente para determinar se as atividades do projeto estão


de acordo com políticas, processos e procedimentos do projeto e da empresa.

O objetivo de uma auditoria de qualidade é identificar políticas, processos e procedimentos


ineficientes e ineficazes em uso no projeto. O esforço subsequente para corrigir essas
deficiências deve resultar em uma redução no custo da qualidade e um aumento no
percentual de aceitação do produto ou serviço pelo cliente ou patrocinador dentro da
organização executora. As auditorias de qualidade confirmam a implementação de
solicitações de mudança aprovadas, ações corretivas, reparo de defeito e ações preventivas.

Análise do processo:

Segue as etapas descritas no plano de melhorias no processo para identificar as melhorias


necessárias do ponto de vista organizacional e técnico.

A análise do processo inclui a análise da causa-raiz, uma técnica específica para analisar um
problema/situação, determinar as causas subjacentes que conduziram a ele e criar ações
preventivas para problemas semelhantes.

AULA 2

Entradas do processo: Realizar a garantia da qualidade

 Plano de gerenciamento da qualidade.


 Métricas de qualidade.
 Plano de melhorias no processo.
 Informações sobre o desempenho do trabalho.
 Solicitações de mudança aprovadas.
 Medições de controle da qualidade – As medições de controle da qualidade são os
resultados das atividades de controle da qualidade fornecidos como feedback para o
processo de GQ para uso na reavaliação e na análise dos processos e padrões de
qualidade da organização executora.
 Solicitações de mudança implementadas.
 Ações corretivas implementadas.
 Reparo de defeito implementado.
 Ações preventivas implementadas.

Ferramentas e técnicas do processo: Realizar a garantia da qualidade

 Ferramentas e técnicas de planejamento da qualidade.


 Auditorias de qualidade.
 Análise do processo.
 Ferramentas e técnicas de controle da qualidade.

Saídas do processo: Realizar a garantia da qualidade


 Mudanças solicitadas.
 Ações corretivas recomendadas.
 Ativos de processos organizacionais (atualizações).
 Plano de gerenciamento do projeto (atualizações).

AULA 2

Realizar o controle da qualidade

A realização do Controle da Qualidade (CQ) envolve o monitoramento de resultados


específicos do projeto a fim de determinar se eles estão de acordo com os padrões
relevantes de qualidade e a identificação de maneiras de eliminar as causas de resultados
insatisfatórios.

Ele deve ser realizado durante todo o projeto. Os resultados do projeto incluem entregas e
resultados de gerenciamento de projetos, como desempenho de custos e de prazos.

A equipe de gerenciamento de projetos deve ter um conhecimento prático de controle


estatístico da qualidade, especialmente de amostragem e probabilidade, para ajudar a
avaliar as saídas do CQ.

Entre outros assuntos, a equipe pode achar útil saber as diferenças entre os seguintes pares
de termos:

 Prevenção (manter os erros fora do processo) e inspeção (manter os erros afastados


das mãos do cliente).
 Amostragem de atributos (o resultado está de acordo ou não) e amostragem de
variáveis (o resultado é classificado em uma escala contínua que mede o grau de
conformidade).
 Causas especiais (eventos incomuns) e causas comuns (variação normal do
processo). As causas comuns também são chamadas de causas aleatórias.
 Tolerâncias (o resultado será aceitável se ficar dentro do intervalo especificado pela
tolerância) e limites de controle (o processo estará sob controle se o resultado ficar
dentro dos limites de controle).

Uma característica principal do Controle da Qualidade é a inspeção, ou seja, checar a


qualidade do trabalho para ver se está conforme com os padrões definidos.

Pode ser realizada enquanto o trabalho é feito e após ser finalizado. O gerente de projetos
deve utilizar o seu tempo para avaliar a efetividade do seu plano de gerenciamento do
projeto e também dos processos. Isto para prover informações sobre medições reais e
valiosas para o projeto.

Assim ficará confortável com os esforços no controle da qualidade, pois dirão como o projeto
realmente está indo.

AULA 3
CONTROLE DA QUALIDADE

Uma característica principal do controle da qualidade é a inspeção, ou seja, checar a


qualidade do trabalho para ver ser está conforme os padrões definidos.
Pode ser realizada enquanto o trabalho é feito e após ser finalizado.

O gerente de projetos deve utilizar o seu tempo para avaliar a efetividade do seu plano de
gerenciamento do projeto e também dos processos. Isso para prover informações sobre
medições reais e valiosas para o projeto. Assim ficará confortável com os esforços no
controle da qualidade, pois eles dirão como o projeto realmente está indo.

AULA 3
Ferramentas para realizar o controle da qualidade

Acesse os links a seguir para conhecer cada item.

Diagrama de causa e efeito

Elaboração de fluxogramas

Diagrama de Pareto

Diagrama de dispersão

Gráfico de controle

Amostragem estatística

Inspeção

Diagrama de causa e efeito

Também chamado de diagrama de Ishikawa ou diagrama espinha de peixe, ilustra como


diversos fatores podem ser ligados a possíveis problemas ou efeitos.

Este diagrama é mais uma das sete ferramentas básicas da qualidade e foi criado pelo
professor da Universidade de Tóquio, Kaoru Ishikawa em 1943.

O Diagrama de Causa e Efeito, também chamado de “Diagrama de Ishikawa” ou “Diagrama


Fishbone”, tem como objetivo facilitar a identificação das causas de problemas que devem
ser sanados ou mesmo os fatores que levam a determinado resultado que desejamos obter
pela representação gráfica.

Para elaborar o diagrama, Ishikawa definiu as chamadas “causas principais” de qualquer


problema, que também são chamadas de 6 M’s:

 Mão de obra: qualquer fator relacionado à falha humana ou relacionado às pessoas;


 Materiais: problemas ou fatores relacionados com componentes, insumos ou
matérias-primas;
 Máquinas: problemas ou fatores relacionados com equipamentos;
 Métodos: problemas ou fatores relacionados com métodos;
 Meio ambiente: problemas ou fatores relacionados com meio/local;
 Medição: problemas ou fatores relacionados com controle do processo,
monitoramento.

A seguir, as etapas para a construção do diagrama:


1. Defina o problema ou o tema que será abordado no diagrama e o objetivo, mas evite
usar termos muito abstratos ou genéricos.
2. Reúna informações sobre o problema ou tema abordado.
3. Selecione um grupo (de pessoas que estejam relacionadas ao problema/tema) para
ajudar na elaboração do diagrama, apresente os fatos e discutam o problema/tema
pedindo que cada um dê sua opinião (brainstorming).
4. Organize todas as informações em poucas palavras e estabeleça as causas principais
eliminando o que for desnecessário e monte o diagrama identificando as causas de
acordo com os 6 M’s.

Elaboração de fluxogramas

Ajuda a analisar como os problemas ocorrem. Um fluxograma é uma representação gráfica


de um processo.

Existem muitos estilos, mas todos os fluxogramas de processo mostram atividades, pontos
de decisão e a ordem do processamento.

Os fluxogramas mostram como os diversos elementos de um sistema se inter-relacionam. A


elaboração de fluxogramas pode ajudar a equipe do projeto a prever quais problemas de
qualidade podem ocorrer e onde eles ocorrem e, portanto, podem ajudar a desenvolver
abordagens para tratá-los.

O fluxograma é uma representação de um processo que utiliza símbolos gráficos para


descrever passo a passo a natureza e o fluxo deste processo. O objetivo é mostrar de forma
descomplicada o fluxo das informações e elementos, além da sequência operacional que
caracteriza o trabalho que está sendo executado.

As etapas do fluxograma são apresentadas utilizando-se figuras geométricas que podem ser
círculos, triângulos, retângulos, linhas ou setas, sendo que cada símbolo possui um
significado importante.
Diagrama de Pareto

É um tipo específico de histograma, ordenado por frequência de ocorrência, que mostra


quantos defeitos foram gerados por tipo ou categoria de causa identificada.

A técnica de Pareto é usada principalmente para identificar e avaliar não-conformidades. Nos


diagramas de Pareto, a classificação é usada para orientar as ações corretivas.

A equipe do projeto deve tomar ações para resolver primeiramente os problemas que estão
causando o maior número de defeitos. Os diagramas de Pareto estão conceitualmente
relacionados à Lei de Pareto que afirma que um número relativamente pequeno de causas
normalmente produzirá a grande maioria dos problemas ou defeitos. Isso geralmente é
chamado de princípio 80/20, em que 80% dos problemas se devem a 20% das causas. Os
diagramas de Pareto também podem ser usados para resumir todos os tipos de dados para
análises 80/20.
Para construir o diagrama de Pareto siga os seguintes passos:

 Determine o tipo de perda que você quer investigar.


 Especifique o aspecto de interesse do tipo de perda que você quer investigar.
 Organize uma folha de verificação com as categorias do aspecto que você decidiu
investigar.
 Preencha a folha de verificação.
 Faça as contagens, organize as categorias por ordem decrescente de frequência,
agrupe aquelas que ocorrem com baixa frequência sob denominação “outros” e
calcule o total.
 Calcule as frequências relativas e as frequências acumuladas.

O diagrama de Pareto é um recurso gráfico utilizado para estabelecer uma ordenação nas
causas de perdas que devem ser sanadas, auxiliando na identificação dos problemas,
priorizando-os para que sejam resolvidos de acordo com sua importância. Isso não quer
dizer que nem todos os problemas são importantes, mas sim que alguns precisam ser
solucionados com maior urgência.

O diagrama de Pareto faz parte das sete ferramentas da qualidade e permite uma fácil
visualização e identificação das causas ou problemas mais importantes, possibilitando a
concentração de esforços para saná-los.

Histograma

É um gráfico de barras que mostra a distribuição de variáveis. Cada coluna representa um


atributo ou uma característica de um problema/situação.

A altura de cada coluna representa a frequência relativa da característica. Esta ferramenta


ajuda a identificar a causa de problemas em um processo pela forma e amplitude da
distribuição.

Passos para elaboração do histograma:

 Determinação da amostra: A amostra deve ser obtida da forma mais aleatória


possível, de maneira que possa representar a totalidade.
 Cálculo da amplitude: A amplitude de uma série de dados numéricos de uma
amostra é a diferença entre o maior e o menor valor dos dados, sendo representada
pela letra R (range, em inglês).
 Escolha do número de classes: Deve-se definir o número de classes a ser utilizado no
histograma, ou seja, o número de faixas de variação a ser lançado no gráfico. Não
existe uma regra determinada para esta escolha. O número de faixas não deve ser
muito grande, de forma a dispersar demasiadamente os dados; nem muito pequeno,
de forma a descaracterizar o histograma. O número de classes depende do tamanho
da amostra.
 Cálculo do intervalo das classes: O intervalo entre as classes é calculado dividindo-se
a amplitude pelo número de classes.
 Cálculo dos extremos das classes: Selecionar o menor valor da amostra e, se for
conveniente para facilitar os cálculos, arredondar para baixo. Para determinar o
limite superior da primeira classe, basta somar o valor do intervalo de classe.

Gráfico de execução

Mostra o histórico e o padrão da variação. Um gráfico de execução é um gráfico de linha que


mostra pontos de dados traçados na ordem em que ocorrem.

Os gráficos de execução mostram tendências em um processo ao longo do tempo, variações


ao longo do tempo, ou degradações ou melhorias em um processo ao longo do tempo.

A análise das tendências é realizada usando os gráficos de execução. A análise das


tendências envolve o uso de técnicas matemáticas para prever resultados futuros com base
em resultados históricos. A análise das tendências muitas vezes é usada para monitorar
desempenho técnico e desempenho de custos e de prazos.
Diagrama de dispersão

Mostra o padrão da relação entre duas variáveis. Esta ferramenta permite que a equipe de
qualidade estude e identifique a possível relação entre as mudanças observadas em duas
variáveis.

São traçadas as variáveis dependentes versus as variáveis independentes. Quanto mais


próximos os pontos estiverem da linha diagonal, mais próxima será a relação entre eles.

Gráfico de controle

Determina se um processo é ou não estável ou tem desempenho previsível. Os gráficos de


controle podem servir como uma ferramenta de coleta de dados para mostrar quando um
processo está sujeito a uma variação de causa especial, que cria uma condição fora de
controle.
Os gráficos de controle também ilustram como um processo se comporta ao longo do tempo.
Eles são uma representação gráfica da interação de variáveis de processo em um processo
para responder à pergunta: As variáveis do processo estão dentro dos limites aceitáveis?

O exame do padrão não-aleatório dos pontos de dados em um gráfico de controle pode


revelar flutuações desordenadas de valores, saltos ou deslocamentos repentinos de
processos ou uma tendência gradual de aumento nas variações. Através do monitoramento
das saídas de um processo ao longo do tempo, um gráfico de controle pode ser usado para
avaliar se foram obtidas as melhorias desejadas após a aplicação de mudanças no processo.

Quando um processo está dentro dos limites aceitáveis, ele não precisa ser ajustado.
Quando um processo está fora dos limites aceitáveis, ele deve ser ajustado. Em geral, o
limite de controle superior e o limite de controle inferior são ajustados em +/- 3 sigma (ou
seja, o desvio padrão).

Os gráficos de controle podem ser usados para os processos de ciclo de vida do projeto e do
produto. Um exemplo de utilização de gráficos de controle no projeto é determinar se as
variações de custos ou as variações de prazos estão fora dos limites aceitáveis (por exemplo,
+/- 10%). Um exemplo de utilização de gráficos de controle no produto é avaliar se o
número de defeitos encontrados durante os testes é aceitável ou inaceitável em relação aos
padrões de qualidade da organização.

Amostragem estatística

Envolve a escolha de uma parte de uma população de interesse para inspeção (por exemplo,
selecionar dez desenhos de engenharia aleatoriamente de uma lista de setenta e cinco).

Uma amostragem adequada pode muitas vezes reduzir o custo do controle da qualidade.
Existe um conjunto de conhecimentos substancial na amostragem estatística; em algumas
áreas de aplicação, talvez seja necessário que a equipe de gerenciamento de projetos esteja
familiarizada com diversas técnicas de amostragem.

Inspeção

É o exame de um produto do trabalho para determinar se ele está de acordo com as normas.
Em geral, os resultados de uma inspeção incluem medições.
As inspeções também são chamadas de revisões, avaliações por pares, auditorias e
homologações.

AULA 4
ENCERRANDO O CONTEÚDO

Prezado(a) aluno(a).

Chegamos ao final de nosso estudo.

Neste módulo, você aprendeu um pouco sobre o gerenciamento da qualidade em projetos.

O gerenciamento da qualidade do projeto deve abordar o gerenciamento do projeto e do


produto do projeto.

Enquanto o gerenciamento da qualidade do projeto se aplica a todos os projetos, as medidas


e técnicas de qualidade do produto são específicas do tipo particular de produto produzido
pelo projeto.

Um elemento essencial do gerenciamento da qualidade no contexto do projeto é transformar


as necessidades, desejos e expectativas das partes interessadas em requisitos através da
análise das partes interessadas, realizada durante o gerenciamento do escopo do projeto.

Um dos princípios fundamentais do moderno gerenciamento da qualidade é: a qualidade é


planejada, projetada e incorporada—não inspecionada.

O projeto deve obedecer a qualquer padrão externo aplicável tão bem como políticas e
procedimentos organizacionais.

O gerente de projetos deve planejar o projeto para ir ao encontro dos padrões de qualidade
do cliente. Deve também criar qualquer padrão necessário para o projeto.

Quando todos os padrões forem identificados ou criados, o planejamento da qualidade


envolve determinar qual trabalho será feito para alcançar estes padrões.

Deverá determinar as medições específicas que serão feitas a cada período ou para cada
entrega para garantir conformidade com todos os padrões.

O planejamento da qualidade irá resultar em adições ou mudanças no plano de


gerenciamento do projeto para ter certeza que os padrões serão alcançados.

Trabalho poderá ser adicionado para a EAP, recursos poderão ser alterados e ações extras
poderão ser adicionadas pelo gerente de projetos.

A qualidade deve ser equilibrada com o escopo, tempo, custo e satisfação do cliente.

Entradas do processo: Realizar o controle da qualidade

 Plano de gerenciamento da qualidade.


 Métricas de qualidade.
 Listas de verificação da qualidade.
 Ativos de processos organizacionais.
 Informações sobre o desempenho do trabalho.
 Solicitações de mudança aprovadas.
 Entregas.

Ferramentas e técnicas do processo: Realizar o controle da qualidade

 Diagrama de causa e efeito.


 Gráficos de controle.
 Elaboração de fluxogramas.
 Histograma.
 Diagrama de Pareto.
 Gráfico de execução.
 Diagrama de dispersão.
 Amostragem estatística.
 Inspeção.
 Revisão de reparo de defeito.

Saídas do processo: Realizar o controle da qualidade

 Medições de controle da qualidade – As medições de controle da qualidade


representam os resultados das atividades de CQ fornecidos como feedback para a
GQ para reavaliar e analisar os processos e padrões de qualidade da organização
executora.
 Reparo de defeito validado.
 Linha de base da qualidade (atualizações).
 Ações corretivas recomendadas.
 Ações preventivas recomendadas.
 Mudanças solicitadas.
 Reparo de defeito recomendado.
 Ativos de processos organizacionais (atualizações).
 Entregas validadas.
 Plano de gerenciamento do projeto (atualizações).

Agradecemos a sua participação e colocamo-nos à disposição.

Atenciosamente,

Carlos Rafael Guimarães Pena

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