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2016
Copyright © UNIASSELVI 2016
Elaboração:
José Alfredo Pareja Gomes de La Torre
Anderson da Silva
382
L111c La Torre; José Alfredo Pareja Gomes de
Comércio Exterior / José Alfredo Pareja Gomes de La Torre: UNIASSELVI,
2016.
194 p. : il
ISBN 978-85-515-0025-5
1. Comércio exterior.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Impresso por:
Apresentação
Seja bem-vindo ao caderno de estudos de Comércio Exterior.
Para poder lhe ajudar nos seus estudos desta disciplina, este caderno
está dividido em três unidades.
III
Na Unidade 3, vamos estudar sobre as condições técnicas do comércio
exterior brasileiro, apreendendo sobre como são classificadas as mercadorias
no padrão de comercialização internacional e como elas são codificadas por
meio da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). Logo depois estaremos
lendo sobre as condições logísticas do comércio internacional, apreendendo
sobre os Incoterms. E por último, estaremos analisando como é feita a
precificação no comércio exterior.
Bons Estudos!
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
UNI
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL..................................................... 1
VII
3.1.2 O dumping e antidumping.................................................................................................... 49
3.2 BARREIRAS NÃO TARIFÁRIAS................................................................................................... 50
3.2.1 Barreiras técnicas..................................................................................................................... 51
3.2.2 Subsídios................................................................................................................................... 54
3.2.3 Quotas de importação............................................................................................................. 55
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 56
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 59
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 60
VIII
2.4.1 Departamento de Operações de Comércio Exterior – DECEX......................................... 101
2.4.2 Departamento de Negociações Internacionais – DEINT................................................... 102
2.4.3 Departamento de Defesa Comercial – DECOM.................................................................. 102
2.4.4 Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio
Exterior – DEPLA.................................................................................................................... 102
2.5 SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL - SRF............................................................................. 103
2.6 BANCO CENTRAL DO BRASIL – BACEN.................................................................................. 104
2.7 MINISTÉRIO DA SAÚDE............................................................................................................... 104
2.8 MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO................................. 105
3 REGIME ADUANEIRO BRASILEIRO.............................................................................................. 106
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 110
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 111
IX
4.1.1 O despacho aduaneiro de importação.................................................................................. 157
4.1.2 Despacho aduaneiro de exportação...................................................................................... 159
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 161
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 162
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................................... 192
X
UNIDADE 1
DINÂMICA COMERCIAL
INTERNACIONAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. Em cada um deles você encontrará
atividades que o auxiliarão a fixar os conhecimentos abordados.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
O COMÉRCIO INTERNACIONAL E O
COMÉRCIO EXTERIOR DOS PAÍSES
1 INTRODUÇÃO
Para entender como funciona a dinâmica do comércio internacional
devemos saber que o comércio faz parte da economia de qualquer civilização atual
ou antiga. O ser humano comercializa bens e serviços entre irmãos, entre famílias,
entre vizinhos, entre cidades de um mesmo estado, entre estados do Brasil, entre
países vizinhos e entre países distantes.
Inclusive existem relatos arqueológicos de que essa rota já era utilizada desde
antes de 7.000 a.C. A seguir podemos observar a rota da seda e suas ramificações
para as diversas civilizações do mundo antigo por onde comercializavam
ativamente desde aquela época, ajudando assim, aos poucos, no desenvolvimento
socioeconômico daquela área.
3
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
No mundo antigo, um dos povos que era bem ativo no comércio exterior
eram os fenícios, o povo fenício foi um dos principais povos a contribuir para
o desenvolvimento do comércio exterior de 2.300 a 50 a.C. A civilização fenícia,
por meio do comércio internacional, contribuiu significativamente para o
desenvolvimento da economia e da ciência das civilizações da antiguidade que se
localizavam no entorno do Mar Mediterrâneo.
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TÓPICO 1 | O COMÉRCIO INTERNACIONAL E O COMÉRCIO EXTERIOR DOS PAÍSES
essencial para a dinâmica econômica dos países. Aliás, hoje, sem o comércio
exterior, a economia de qualquer país do mundo simplesmente ficaria parada. De
fato, por meio do fenômeno conhecido como “globalização” é que os países geram
intercâmbios de bens e serviços de maneira contínua todos os dias do ano, por
meio de uma logística internacional que cada dia é mais dinâmica e interativa.
ATENCAO
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TÓPICO 1 | O COMÉRCIO INTERNACIONAL E O COMÉRCIO EXTERIOR DOS PAÍSES
Aliás, foi nessa época que tiveram início os governos fascistas da Alemanha,
Itália e Espanha. E o resultado? Entre outros fatores históricos/socioeconômicos
– a Segunda Guerra Mundial. Época que todos nós conhecemos, que foi muito
negativa para o mundo, porém, época que também trouxe grandes aprendizados,
como veremos a seguir.
Por meio da liderança dos Estados Unidos é que a partir de 1945 se iniciou
um processo de reorganização internacional, e no que diz respeito ao comércio
internacional algumas mudanças importantes aconteceram. Nessa época, perante
a reconstrução das relações internacionais, os países precisavam reorganizar e
reestruturar o comércio internacional.
Assim, nesse ambiente de cooperação entre países foi que tiveram início
as negociações para a criação de órgãos internacionais de controle e ajuda ao
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UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
NOTA
8
TÓPICO 1 | O COMÉRCIO INTERNACIONAL E O COMÉRCIO EXTERIOR DOS PAÍSES
9% ao ano desde a década de 1980, época na qual esse país começou a abrir sua
economia ao mundo.
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UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
• O Brasil passou de um PIB de US$ 235 bilhões, em 1980, para US$ 2.2 trilhões em
2012.
• A Índia passou de US$ 190 bilhões para US$ 1,9 trilhões em 2012.
• A Rússia passou de US$ 506 bilhões, em 1989, para US$ 2,1 trilhões em 2012.
Cabe observar que a Rússia só possui dados a partir de 1989, antes disso fazia
parte, como o Estado principal, da ex-União Soviética.
Destes países menores, ao comparar com o Brasil, devemos dar uma olhada
especial para o Chile. País que atingiu um grau de desenvolvimento econômico
quase de primeiro mundo. O Chile teve um PIB de US$ 280 bilhões em 2012, mas
com uma população de só 17 milhões de pessoas, ou seja, em termos de riqueza
média, o país possui o melhor nível de desenvolvimento da América Latina.
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TÓPICO 1 | O COMÉRCIO INTERNACIONAL E O COMÉRCIO EXTERIOR DOS PAÍSES
cenário comercial atual está sendo articulado, especialmente a partir do ano 2008,
quando aconteceu a grande crise econômica dos países desenvolvidos.
DICAS
Assista ao filme “A Grande Aposta”. Esse filme retrata como estourou a bolha
imobiliária e financeira e suas repercussões internacionais.
NOTA
Apesar da grande salvatagem feita pelo governo dos EUA, assim como
pelos governos europeus para salvar suas economias, a crise espalhou-se pelo
mundo com grande força. Ainda hoje, economias europeias estão lutando com as
sequelas do terremoto econômico.
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UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
DICAS
Após ter ido à falência, a General Motors fez uma engenharia financeira e de
processos de produção, conseguindo pagar a bilionária salvatagem do governo dos EUA. Veja
na íntegra o artigo de opinião do jornal O Estado de São Paulo: <http://economia.estadao.
com.br/noticias/geral,gm-sera-terceira-maior-falencia-da-historia-dos-eua,380334>.
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TÓPICO 1 | O COMÉRCIO INTERNACIONAL E O COMÉRCIO EXTERIOR DOS PAÍSES
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UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
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TÓPICO 1 | O COMÉRCIO INTERNACIONAL E O COMÉRCIO EXTERIOR DOS PAÍSES
3.1 EXPORTAÇÕES
Qual o significado de exportar? Exportar significa oferecer produtos
e serviços no mercado internacional, ou seja, é o ato comercial de vender uma
mercadoria ou serviços para outro país, fora das fronteiras nacionais. Segundo
Vazquez (2009, p. 181):
15
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
• A China precisa alimentar mais de 1 bilhão de pessoas, assim, procura soja, milho
e outros produtos do Brasil.
Estes são alguns exemplos dos produtos que o Brasil exporta, mas quem
realmente faz a exportação acontecer são as empresas. O governo, por meio de
seus órgãos e infraestrutura pública, oferece serviços às necessidades de comércio
exterior das empresas, agindo como uma peça-chave nos processos administrativos
da exportação.
16
TÓPICO 1 | O COMÉRCIO INTERNACIONAL E O COMÉRCIO EXTERIOR DOS PAÍSES
No entanto, nem toda empresa precisa ou está apta para exportar, muito
dependerá das particularidades do tipo de negócio, e de indústria, onde a empresa
está inserida. Assim, o motivo de exportar deve ser uma decisão de estratégia de
negócio em si. É uma questão de estratégia porque, para poder executar, com
sucesso, a exportação existe a necessidade de tempo de análise e consolidação
de mercados. Assim como demandará análise das particularidades dos hábitos,
costumes e leis dos consumidores desses mercados internacionais. Essa adequação
aos costumes e leis desses mercados internacionais exigirá adequações na produção,
na gestão e nas embalagens, entre outros assuntos.
como nos espalhados em diversos países. E do lado das importações, será que um
país consegue se virar só exportando, sem ter que importar? Seria muito difícil,
inclusive, muitos dos produtos que o Brasil exporta possuem insumos importados.
3.3 AS IMPORTAÇÕES
Para fazer acontecer uma exportação, muitas vezes é necessário importar
parte das matérias-primas e insumos dessa mercadoria a ser exportada. Por que
acontece isso? Em um mundo globalizado, os fornecedores de uma indústria são
de fato nacionais e internacionais. No contexto do comércio internacional, tudo
fica em função da competitividade relativa dos mercados, sejam estes nacionais ou
internacionais.
NOTA
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TÓPICO 1 | O COMÉRCIO INTERNACIONAL E O COMÉRCIO EXTERIOR DOS PAÍSES
Como foi exposto anteriormente, é por meio das exportações que um país
acumula divisas (moeda estrangeria) para poder importar. Assim, podemos dizer
que tanto as exportações como as importações estão interligadas. Essa inter-relação
é administrada pelo comércio exterior de um país, e todo país tenta manter um
saldo positivo da Balança Comercial, ou seja, exportações menos importações. O
objetivo disso é manter um mínimo de reservas internacionais, isto é, manter uma
cesta de divisas (moeda estrangeira) para que o país possa garantir suas obrigações
comerciais e financeiras com a comunidade internacional.
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UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
DICAS
Você sabia que o Japão é um país pouco maior que o Estado de Rio Grande
do Sul, mas possui uma população de 130 milhões de pessoas e é a terceira economia
do mundo? Esse país, em função de seu território pequeno e grande população, importa
diversos produtos alimentares do Brasil. Entre esses, importa ovos frescos. Sabia que o
Brasil é o maior fornecedor de ovos frescos para esse país? Se ficou curioso, acompanhe
o seguinte artigo: <http://www.agricultura.gov.br/comunicacao/noticias/2016/04/crescem-
exportacoes-brasileiras-de-ovos-frescos-para-o-japao>.
• Bens de capital que não são produzidos no país. Nesta situação a importação de
equipamento industrial ou diversos tipos de máquinas se torna indispensável.
Uma empresa, para se manter competitiva, precisa de bens de capital de alta
produtividade, caso contrário, corre o risco de ficar fora do mercado. Geralmente
este tipo de bens de capital importados oferece um know-how (tecnologia
industrial de última geração) que ainda a indústria nacional não consegue
desenvolver.
21
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
22
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, vimos que:
23
AUTOATIVIDADE
25
26
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Desde a antiguidade, os países vêm tendo a necessidade de criar parcerias
comerciais em função de suas necessidades econômicas e comerciais. Na era
mercantilista, entre 1500 até finais do século XVIII, e a Revolução Industrial; no
século XIX esses interesses comerciais ficaram bem mais evidentes, inclusive, entre
outras coisas, foram grandes motivadores de guerras longas e contínuas dessa
época.
• Franklin Roosevelt, presidente dos Estados Unidos por quatro vezes, sendo seu
último período até 1945 ao final da Segunda Guerra Mundial.
• John Foster, político e diplomata dos Estados Unidos, como secretário de Estado
participou nas negociações para a elaboração de vários tratados internacionais,
entre os mais importantes, o acordo multilateral para formalizar o organismo
internacional de todas as nações, a Organização das Nações Unidas (ONU).
27
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
28
TÓPICO 2 | BLOCOS ECONÔMICOS E O MERCOSUL
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UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
Os países que fazem parte deste grande acordo são: Estados Unidos,
Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru,
Cingapura, Vietnã.
30
TÓPICO 2 | BLOCOS ECONÔMICOS E O MERCOSUL
Para colocar isto em contexto, vamos continuar com nosso caso hipotético exposto
anteriormente, mas agora considerando a União Aduaneira.
31
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
3.3.1 Mercosul
O Mercosul está no processo de ser um “Mercado Comum”, sua constituição
formal foi feita no Tratado de Assunção do ano de 1991. Os sócios fundadores do
Mercosul são, por ordem alfabética: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Hoje,
o bloco conta com cinco países-membros e como países associados todos os países
que fazem parte de América do Sul, conforme podemos observar a seguir:
32
TÓPICO 2 | BLOCOS ECONÔMICOS E O MERCOSUL
33
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
DICAS
DICAS
Quer saber mais sobre o Mercosul? Acesse o site oficial, você poderá saber
com maior profundidade as diversas áreas de interesse comercial e socioeconômico do
MERCOSUL: <http://www.mercosul.gov.br/>.
34
TÓPICO 2 | BLOCOS ECONÔMICOS E O MERCOSUL
Nas suas primeiras décadas o bloco foi criado por seis países-membros,
isto é: Alemanha Ocidental, Bélgica, França, Holanda, Itália e Luxemburgo. Hoje,
a EU possui 28 membros ativos, sendo estes, por ordem alfabética: Alemanha,
Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia,
Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia,
Lituana, Luxemburgo, Malta, Países Baixos (Holanda), Polônia, Portugal, Reino
Unido, República Checa, Romênia e Suécia.
Como podemos observar, são muitos países que fazem parte da EU. Destes,
os de maior importância, em função de seu peso econômico, são: Alemanha, França,
Reino Unido, Itália e Espanha. Entre eles, o Reino Unido merece uma atenção
especial, este membro está em processo de desligamento da União Europeia,
pois a partir de junho de 2016 entrou numa fase de separação, e em função da
complexidade do tema, possivelmente, para efetuar seu desligamento levará mais
de dois anos. No entanto, não é porque esses países retêm a maior economia da UE
que necessariamente tenham a melhor renda per capita e nível de desenvolvimento
de suas economias, ou seja, há países menores dentro da UE cuja população possui
um nível de riqueza individual igual ou maior que da Alemanha, como Holanda,
Dinamarca, Luxemburgo, entre outros.
Devemos observar que, desses países, nem todos têm adotado o euro como
moeda comum, aliás, 19 dos 28 países têm adotado o euro. Hoje, o euro é a segunda
moeda mais importante, logo após o dólar americano, sendo aceito para fins de
transações financeiras e comerciais ao redor do mundo. Em função dessa divisão,
entre países que utilizam o euro e países que não o utilizam, a UE divide-se em três
grandes sub-blocos:
• Países da zona do euro. Dezenove países que utilizam o euro como moeda
comum, sendo estes: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Eslováquia,
Eslovênia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Letônia, Lituana,
Luxemburgo, Malta, Países Baixos (Holanda), Portugal.
• Países que ainda estão por definir entrada na zona do euro. Sete países
que não têm adotado o euro, sendo estes: Croácia, Dinamarca, Estônia, Hungria,
Polônia, Reino Unido, República Checa, Romênia e Suécia. A maioria destes países
está, ainda, analisando ou alinhando suas economias para poder ser parte da zona
do euro.
• Países que não adotaram o euro. Dois países não optaram por participar
da zona do euro, sendo estes: Dinamarca e Reino Unido. E como já falamos, a
partir de junho de 2016 o Reino Unido entrou numa fase de separação e saída do
bloco da UE.
A União Europeia (UE) como um todo tem mais de 500 milhões de pessoas,
23 línguas oficiais, sendo assim, aliás, o maior mercado do mundo em termos de
capacidade econômica para se exportar. A extensão territorial da UE é de 4.324.782
km², aliás, 50% menor que o Brasil, pensem o tamanho continental do Brasil, que
possui 8.515.767 km²!
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UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
DICAS
Quer saber mais sobre a UE? Acesse o site oficial, você poderá saber com maior
profundidade as diversas áreas de interesse comercial e socioeconômico da União Europeia,
segue o endereço: <http://europa.eu/index_pt.htm>.
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RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você estudou sobre:
37
AUTOATIVIDADE
6 Dos países da União Europeia (UE), será que todos adotaram o euro como
moeda única ou há países da UE que não fazem parte da zona do euro? Se há
países que não fazem parte, ou que ainda não fazem parte, da zona do euro,
determine quais são.
38
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Nos dois primeiros tópicos estudamos sobre o significado entre comércio
internacional e comércio exterior, assim como aprendemos sobre quais os grandes
blocos atuantes no comércio internacional. Nesse cenário, cabe perguntar: como
é regulamentado e normatizado o comércio internacional? Hoje, temos diversos
organismos internacionais que ajudam a dinamizar e normatizar o comércio entre
os países atuantes no cenário global.
39
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
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TÓPICO 3 | ORGANISMOS INTERNACIONAIS E BARREIRAS AO COMÉRCIO INTERNACIONAL
desde o ano de 1986 até 1993, foi estabelecido o marco jurídico da Organização
Mundial do Comércio (OMC).
NOTA
Após mais de duas décadas de existência, no ano 2016 a OMC tem 162
países-membros. Por meio da OMC os países de menor peso econômico possuem
tratamento igual às economias de países desenvolvidos, assim, possíveis abusos
e disputas comerciais podem ser monitorados entre os países. Para qualquer
processo de índole comercial os países possuem os mesmos direitos de comércio
internacional. Isto pode ajudar muito em situações de conflito de interesses entre
um país de porte menor com um de economia maior.
O que se afirma é que, agora, a OMC ‘tem dentes’. Tal afirmação significa
que, agora, a OMC tem poder para impor as decisões dos painéis e
permitir que os membros que ganhem a controvérsia possam aplicar
retaliações aos membros que mantenham medidas incompatíveis com
as regras da OMC. Tal retaliação, por exemplo, pode ser efetuada
através do aumento de tarifas para os bens exportados pelo membro
infrator, em um valor equivalente ao das perdas incorridas.
41
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
• A vigilância e o exame das políticas comerciais dos seus membros, bem como
a consecução da transparência nos acordos regionais e bilaterais.
• A prestação de assistência no processo de adesão dos países que ainda não são
membros da organização.
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TÓPICO 3 | ORGANISMOS INTERNACIONAIS E BARREIRAS AO COMÉRCIO INTERNACIONAL
TUROS
ESTUDOS FU
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UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
TUROS
ESTUDOS FU
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TÓPICO 3 | ORGANISMOS INTERNACIONAIS E BARREIRAS AO COMÉRCIO INTERNACIONAL
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UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
E
IMPORTANT
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TÓPICO 3 | ORGANISMOS INTERNACIONAIS E BARREIRAS AO COMÉRCIO INTERNACIONAL
Deste modo, ao ser mais custoso importar, o preço deste produto fica
mais caro, inviabilizando, ou diminuindo, a venda no mercado nacional, e, claro,
beneficiando os produtores nacionais. É por meio das tarifas de imposto de
importação que em muitas situações os países tendem a proteger sua agricultura
e indústria nacional.
47
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
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TÓPICO 3 | ORGANISMOS INTERNACIONAIS E BARREIRAS AO COMÉRCIO INTERNACIONAL
49
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
países fazem isto, e o Brasil não é a exceção. Aqui no Brasil existem vários
antidumpings vigentes, entre eles para a importação de cadeados.
DICAS
NOTA
50
TÓPICO 3 | ORGANISMOS INTERNACIONAIS E BARREIRAS AO COMÉRCIO INTERNACIONAL
Uma situação de barreira não tarifária poderia ser, por exemplo, o Brasil
considerar que os brinquedos para crianças de até três anos vindos da China
podem ser prejudiciais à saúde das crianças. Logo, sob essa ameaça o Brasil
bloqueia as importações desse tipo de brinquedo vindo da China até que possa ser
demonstrado, por meio de um certificado, que eles não são prejudiciais à saúde
pública. Esta seria uma barreira não tarifária “sanitária”.
Se um país achar que existe ameaça, por parte de algum produto, contra
a saúde de sua população, esse país simplesmente pode proibir a importação
51
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
até conferir que não seja prejudicial. Exemplo disso, a União Europeia (UE) tem
proibido a importação de soja transgênica, assim, para que as empresas brasileiras
possam exportar para a UE elas precisam do certificado conferindo que a soja não
é transgênica.
52
TÓPICO 3 | ORGANISMOS INTERNACIONAIS E BARREIRAS AO COMÉRCIO INTERNACIONAL
53
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
E
IMPORTANT
3.2.2 Subsídios
Quando o governo de um país oferece benefícios econômicos diretos, sem
exigir retorno dos processos produtivos da agricultura, da agroindústria ou da
indústria, logo estes podem ser considerados subsídios. Segundo o site do MIDC
(2016).
Significado de Subsídio
Definição: Entende-se como subsídio a concessão de um benefício, em
função das seguintes hipóteses:
o existência, no país exportador, de qualquer forma de sustentação
de renda ou de preços que, direta ou indiretamente, contribua para
aumentar exportações ou reduzir importações de qualquer produto; ou
o existência de contribuição financeira por um governo ou órgão
público, no interior do território do país exportador.
recebe este dinheiro do governo, aplica em seu negócio e acaba reduzindo os seus
custos” (TREDESINI, 2011, p. 49).
55
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
intraquota), para um mais alto, uma vez que a quota seja extrapolada
(tarifa extraquota) (ABIMAQ, 2016).
LEITURA COMPLEMENTAR
A participação nas cadeias mundiais de valor será cada vez mais importante
para determinar se um país poderá ou não se beneficiar desse novo mundo, mais
interligado hoje que na segunda metade do século 19. Aqueles países que não
souberem ou puderem fazê-lo estarão limitados a exportar somente produtos de
menor valor agregado.
57
UNIDADE 1 | DINÂMICA COMERCIAL INTERNACIONAL
58
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você estudou que:
• Além das barreiras tarifárias, existem outros meios para tentar barrar ou
diminuir o fluxo de importação de determinadas importações, estas são
conhecidas como barreiras não tarifárias, as quais são impostas por meio de
condicionais de certificações de quotas, de qualidade, de segurança ambiental,
de segurança alimentar, de segurança à saúde, entre outras.
59
AUTOATIVIDADE
a) ( )V–F–F–V
b) ( )F–V–V–F
c) ( ) V – F – V -F
d) ( )F–V–F-V
60
( ) Os Incoterms, no comércio internacional, estabelecem finalidades
operativas e logísticas tanto para o exportador como para o importador, cabe
às partes definir as responsabilidades e assim desenvolver o Incoterm ideal à
operação internacional.
61
62
UNIDADE 2
ESTRUTURA FINANCEIRA E
COMERCIAL INTERNACIONAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A Unidade 2 está dividida em quatro tópicos. Para um melhor aprofunda-
mento do conteúdo e fixação dos conhecimentos, ao final de cada tópico você
terá oportunidade de realizar as atividades propostas.
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64
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Na Unidade 1 foram apresentados os conceitos de economia internacional
e comércio exterior. Dentro deste tema foram tratados assuntos como: cenário
econômico internacional, blocos econômicos, organismos internacionais e barreiras
ao comércio internacional.
Vamos começar?!
65
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
Destes centros financeiros, os que atuam com grande peso mundial são
Nova York, Londres, Frankfurt e Tóquio. Devido às suas localizações geográficas,
quando um está encerrando suas atividades, o outro está iniciando.
UNI
66
TÓPICO 1 | CENTROS FINANCEIROS E A MOVIMENTAÇÃO DE CAPITAIS INTERNACIONAIS
3 CAPITAIS ESTRANGEIROS
Os capitais estrangeiros, atualmente, têm se tornado um dos principais
fatores propulsores financeiros para o desenvolvimento da economia ao redor
do mundo. Em função das condições conjunturais, seus efeitos na economia
das nações podem ser positivos ou negativos, a partir de uma série de fatores e
condições que vamos apresentar.
67
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
68
TÓPICO 1 | CENTROS FINANCEIROS E A MOVIMENTAÇÃO DE CAPITAIS INTERNACIONAIS
UNI
69
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
Esta classificação permite uma análise por parte dos investidores para
auxiliar na decisão de investir ou não no país ou empresa.
DICAS
4 MERCADO DE CÂMBIO
Devido ao fato de não serem aceitas moedas estrangeiras em pagamento
das exportações, assim como a moeda nacional como pagamento das importações,
aqui no Brasil, e em qualquer país do mundo, constitui-se a base de um mercado
internacional muito dinâmico em que são compradas e vendidas as moedas dos
diversos países. Este mercado é denominado mercado de câmbio ou mercado de
divisas, que atua de maneira constante ao redor do mundo.
71
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
A taxa de câmbio mede o valor externo da moeda nacional, ela fornece uma
relação direta entre os preços domésticos das mercadorias e os fatores produtivos
e dos preços nos demais países, a formação do preço está ligada à lei de oferta e
procura. Para auxiliar no entendimento, vamos a um exemplo:
Neste contexto, vamos supor que você precisa comprar US$ 20,00 e que a
taxa de câmbio está em R$ 3,20 por US$, logo, quantos reais você precisará para
compra desses dólares? Você precisará de R$ 64,00 em função da taxa de câmbio
do dia, neste caso, R$ 3,20, ou seja: US$ 20,00 x 3,20.
72
TÓPICO 1 | CENTROS FINANCEIROS E A MOVIMENTAÇÃO DE CAPITAIS INTERNACIONAIS
73
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
UNI
74
TÓPICO 1 | CENTROS FINANCEIROS E A MOVIMENTAÇÃO DE CAPITAIS INTERNACIONAIS
exterior devido à venda das mercadorias pelas empresas; assim, quando existe
uma desvalorização da moeda nacional perante a estrangeira, a lucratividade em
um certo prazo pode até dobrar, conforme a taxa cambial. Com as importações a
situação é contrária, pois ao importar são enviados recursos financeiros ao exterior
para pagar pela mercadoria.
75
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, vimos que:
• Para captar recursos para suas economias, os países ofertam taxas atrativas no
mercado financeiro.
76
AUTOATIVIDADE
1 O Brasil possui o real como moeda oficial do país, ela é utilizada para
pagamento de produtos e serviços comercializados internamente. Quando
uma empresa compra um produto de outro país, ela necessita trocar a
moeda nacional, pois o real não é aceito no mercado externo como moeda
de pagamento. Muitas empresas, quando atuam com importação, procuram
garantir taxas de câmbio mais baixas, em alguns casos elas negociam as
taxas antecipadamente com os bancos para que no momento de adquirir
a moeda estrangeira elas não tenham seu custo elevado pela oscilação da
moeda. Nesta visão, qual o tipo de câmbio que proporciona estabilidade no
futuro para as empresas? Justifique sua resposta.
77
78
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
As empresas que necessitam de recursos financeiros para financiar suas
exportações ou importações podem contar, atualmente, com organizações privadas
e governamentais que oferecem linhas de crédito com taxas diferenciadas para
cada tipo de transação.
O governo também tem sua parte nesse mercado, porém, o foco maior é
para as exportações, pois a visão de crescimento dessa linha de comércio exterior
traz ganhos para a economia do país como um todo, gerando emprego e renda
para a população, assim como proporciona uma melhoria na produtividade das
organizações. Estas linhas de crédito são ofertadas por bancos governamentais
como BNDES e Banco do Brasil.
79
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
TUROS
ESTUDOS FU
2.1 ACC
A sigla ACC significa Adiantamento sobre Contrato de Câmbio e é referente
ao adiantamento parcial ou integral do valor da venda em moeda nacional para
o exportador. Para esta linha de financiamento é necessário que o exportador já
tenha fechado o contrato de compra e venda e possua a previsão de embarque das
mercadorias e recebimento dos valores.
2.2 ACE
ACE significa Adiantamento sobre Cambiais Entregues, nesta modalidade
o exportador solicita o financiamento após o embarque da mercadoria, para receber
o financiamento ele deve entregar todas as documentações exigidas pelo banco.
80
TÓPICO 2 | RECURSOS MONETÁRIOS AO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
2.3 PROEX
PROEX é o Programa de Financiamento às Exportações de bens e serviços.
Sua finalidade é proporcionar aos exportadores brasileiros maior competitividade
na venda de seus produtos no mercado externo.
2.4 FINAMEX
O Finamex é uma modalidade de financiamento destinada à exportação
de máquinas e equipamentos produzidos no Brasil e registradas no Finame.
Esta modalidade de financiamento só pode ser oferecida por agentes financeiros
autorizados pelo BNDES.
81
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
No caso do Brasil, o Banco Central leva até três semanas para aprovar a
emissão do título.
82
TÓPICO 2 | RECURSOS MONETÁRIOS AO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
2.10 FINAMIM
Trata-se de uma modalidade de financiamento direcionada à importação
de máquinas e equipamentos. Para ter acesso a esta modalidade o importador
deve procurar uma das instituições financeiras credenciadas ao BNDES e solicitar
o enquadramento e o financiamento da operação.
Com estas posições, ele é visto pelo mundo como um país de grandes
potenciais para negociações na área do comércio exterior. Com a globalização
dos mercados é estritamente indispensável que o país participe do mercado
internacional, formando acordos comerciais entre blocos econômicos e países.
83
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
84
TÓPICO 2 | RECURSOS MONETÁRIOS AO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
• Tarifas.
• Cotas tarifárias.
• Medidas de defesa comercial.
• Subsídios à exportação.
• Barreiras não tarifárias.
85
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
• Superávit: que significa que o país teve um resultado maior nas exportações
que nas importações. Neste termo, o país recebeu mais dinheiro com as vendas de
seus produtos no exterior que com as compras de produtos importados, ou seja,
ao final do período o saldo da balança comercial foi positivo. O superávit ainda é
dividido em dois tipos: nominal e primário.
• Déficit: para a balança comercial significa que o país importou mais que
exportou. Quando isto ocorre, existe uma evasão de valores devido à compra de
produtos importados. Para a balança comercial significa o saldo negativo.
ATENCAO
86
TÓPICO 2 | RECURSOS MONETÁRIOS AO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
Nos últimos anos, o governo brasileiro tem se esforçado para tornar o país
uma liderança política representativa da América do Sul perante o mundo. Seus
esforços para ocupar cargos em organizações mundiais, como ONU e OMC, têm
atraído a atenção de investidores estrangeiros para investimentos no mercado,
assim como parcerias em áreas como tecnologia, pesquisas, entre outras.
87
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
Para gerenciar todas estas situações o país possui órgãos como a Secex,
MDIC e outros, que estaremos estudando no próximo tópico.
LEITURA COMPLEMENTAR
88
TÓPICO 2 | RECURSOS MONETÁRIOS AO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
Nesse contexto, tanto com os países da África, quanto com o Oriente Médio,
o Brasil teve sua atuação modificada em direção a um perfil de menor intensidade.
As instituições multilaterais, do comércio internacional, de segurança coletiva,
mudanças climáticas, eixos relevantes da ação externa brasileira enfrentam
dificuldades para encaminhar os desafios e demandas presentes nas agendas, ao
passo que alguns espaços de articulação, como o G-20 financeiro, diminuíram sua
relevância, ao menos nos termos que tinham assumido no período imediatamente
posterior à crise financeira de 2008.
90
TÓPICO 2 | RECURSOS MONETÁRIOS AO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
Relações Exteriores, que parece não ter a delegação presidencial para avançar na
cooperação Sul-Sul. Com relação à conjuntura doméstica, os desdobramentos da
“Operação Lava Jato”, a implementação de uma política econômica mais ortodoxa
e uma composição ministerial que desagradou parte da base de apoio do governo
na sociedade encerram um quadro que não contribui para o fortalecimento das
relações Sul-Sul.
91
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, vimos que:
• Com as exportações o país tem impacto positivo sob vários pontos na economia,
como a entrada de capital estrangeiro provindo de pagamentos dos produtos
comercializados para o mercado externo, e o aumento da oferta de empregos
devido à demanda de produtos para exportação; até mesmo as organizações
que não atuam no comércio exterior se beneficiam ao fornecer matéria-prima às
empresas exportadoras, gerando assim um fortalecimento econômico.
• Apesar de necessárias, as importações não são vistas com bons olhos para a
economia, pois a importação de produtos significa para os cofres a evasão de
divisas. Além disso, quando o país importa mais do que exporta, isto representa
um impacto direto no mercado interno, pois muitas organizações não possuem
recursos para competir com seus concorrentes no exterior.
92
AUTOATIVIDADE
I - Export Note
II - Commercial Papers
III - Supplier’s Credit
IV - Buyers Credit
a) ( ) I – II – III – IV.
b) ( ) IV – III – I – II.
c) ( ) III – I – IV – I.
d) ( ) II – IV – II – III.
93
94
UNIDADE 2
TÓPICO 3
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO
COMÉRCIO EXTERIOR NO BRASIL
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, vamos abordar a estrutura do comércio exterior brasileiro,
como está dividido e quais os principais organismos responsáveis por gerenciar e
desenvolver a área no país.
95
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
96
TÓPICO 3 | ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO COMÉRCIO EXTERIOR NO BRASIL
97
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
98
TÓPICO 3 | ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO COMÉRCIO EXTERIOR NO BRASIL
DICAS
Nos últimos anos o órgão tem fixado representantes em mais de 220 locais
espalhados pelo mundo, promovendo os interesses do país e prestando suporte aos
cidadãos brasileiros e empresas brasileiras no exterior. O Itamaraty é responsável
por manter e administrar as relações do Estado Brasileiro em cada um dos países
onde há representação diplomática, organizando feiras e eventos promocionais
com âmbito internacional, assim como as visitas de chefes de Estado e de governo
de outras nações no país, como também as visitas do Presidente e Vice-Presidente
da República a outras nações.
99
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
DICAS
DICAS
Para maiores informações sobre o ministério, você pode acessar o site oficial,
disponível em: <http://www.mdic.gov.br/>.
101
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
102
TÓPICO 3 | ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO COMÉRCIO EXTERIOR NO BRASIL
103
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
Por meio de seus fiscais, ela exerce o controle da entrada e saída dos
produtos no país. Toda arrecadação coletada nos pontos alfandegados por meio
de tributações dos produtos importados é de sua responsabilidade. Junto com a
Secretaria de Comércio Exterior e o Banco Central do Brasil, ela exerce o maior
poder sobre o comércio exterior brasileiro.
104
TÓPICO 3 | ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO COMÉRCIO EXTERIOR NO BRASIL
105
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
106
TÓPICO 3 | ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO COMÉRCIO EXTERIOR NO BRASIL
107
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
108
TÓPICO 3 | ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO COMÉRCIO EXTERIOR NO BRASIL
DICAS
109
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, vimos que:
110
AUTOATIVIDADE
a) ( )V–V–V–V
b) ( )F–V–F–V
c) ( )V–F–V–F
d) ( )F–F–F–F
111
3 O Regime Aduaneiro é o tratamento tributário e administrativo aplicado
a mercadorias submetidas ao controle aduaneiro, considerando as leis e
regulamentos estipulados pelos órgãos competentes conforme a natureza e
objetivo de cada operação. Existem dois tipos de regimes: geral ou comum
e especiais, explique qual a diferença entre os dois modelos.
112
UNIDADE 2
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Ao longo da história da humanidade, o comércio entre povos sempre
movimentou grande parte das economias das civilizações antigas e dos países do
mundo atual.
113
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
Para atuar no mercado internacional a empresa não pode ter uma postura
radical, pois, desta forma, ao invés de colher resultados, ela poderia trazer prejuízos.
DICAS
114
TÓPICO 4 | QUESTÕES CULTURAIS E SEU IMPACTO NO COMÉRCIO INTERNACIONAL
115
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
Quando isto não ocorre, o erro cometido pode representar uma falta
de respeito com a parte envolvida, ocasionando uma predisposição da parte e
prejudicando as relações comerciais.
3.1 O TEMPO
O cumprimento de horários e prazos preestabelecidos é de extrema
importância, pois para algumas culturas os atrasos são considerados falta de
educação. E em uma negociação isto pode influenciar negativamente na imagem
que se busca demonstrar ao mercado. Em relação ao tempo que influencia nas
negociações, podemos citar:
116
TÓPICO 4 | QUESTÕES CULTURAIS E SEU IMPACTO NO COMÉRCIO INTERNACIONAL
• Fuso horário: muitos países têm diferença de horário e dia quando comparados
ao Brasil.
117
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
3.4 O IDIOMA
A questão do idioma já deixou muitos chefes de Estado em situações
embaraçosas. No mercado internacional ficou estabelecida a utilização de dois
idiomas:
118
TÓPICO 4 | QUESTÕES CULTURAIS E SEU IMPACTO NO COMÉRCIO INTERNACIONAL
quando o presidente disse que havia deixado os EUA para viajar, o tradutor
interpretou a frase como se Carter houvesse "abandonado" os EUA para sempre.
3.5 A RELIGIÃO
A religião é um ponto que provoca grandes discussões a nível interno em
nosso país. Quando elevado ao mercado internacional, este tema eleva a tensão. Para
muitas culturas este tema influencia diretamente nas negociações internacionais,
assim, as empresas, junto com seus profissionais, devem respeitar e se adequar às
exigências de seus clientes.
As culturas diferem entre si, mesmo em países que utilizam a mesma língua,
como EUA, Austrália e Inglaterra, ou como México, Espanha e a Argentina. Existem
maiores semelhanças alimentares entre um brasileiro do Sul e um argentino, que
entre um peruano e um argentino.
119
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
4.1 CHINA
Sua cultura é milenar, assim, os chineses possuem costumes diferentes dos
nossos no processo de negociação.
120
TÓPICO 4 | QUESTÕES CULTURAIS E SEU IMPACTO NO COMÉRCIO INTERNACIONAL
4.3 ARÁBIA
Na cultura árabe existe um provérbio que diz; “Se não se negocia de forma
rentável, não se negociará durante muito tempo”. Este provérbio é seguido por
muitos dos empresários dessa cultura.
As negociações sempre estão ligadas ao seu entorno, seja ele pelo deserto,
clima, meio social ou político. O tempo para os árabes é diferente do relógio, pois
mesmo tendo o entendimento de que “tempo é dinheiro”, eles desenvolvem as
negociações considerando cada ponto acordado, o que pode arrastar as negociações
por certo tempo.
121
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
4.4 JAPÃO
O Japão possui em sua característica a cortesia, tecnologia e paciência. As
negociações com empresas e empresários do país podem ser um desafio, pois sua
cultura, costumes, estrutura e hábitos são diferentes de todos os países ocidentais.
Antes de iniciar uma negociação com este mercado é preciso conhecer seus
costumes, hábitos e sua cultura. Com base nestas informações, o profissional ou
empresa poderá preparar todas as informações necessárias para ter êxito em suas
negociações.
LEITURA COMPLEMENTAR
NEGOCIAÇÃO INTERNACIONAL:
ASPECTOS COMPORTAMENTAIS E CULTURAIS
Leila Rockert
122
TÓPICO 4 | QUESTÕES CULTURAIS E SEU IMPACTO NO COMÉRCIO INTERNACIONAL
Em primeiro lugar:
Em segundo lugar:
123
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
Quando ele traz isso para a mesa de negociação num país completamente
diferente, numa cultura diferente, o que ele está fazendo? Ele está se apoiando
nesses elementos de cultura.
124
TÓPICO 4 | QUESTÕES CULTURAIS E SEU IMPACTO NO COMÉRCIO INTERNACIONAL
125
UNIDADE 2 | ESTRUTURA FINANCEIRA E COMERCIAL INTERNACIONAL
126
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, vimos que:
127
AUTOATIVIDADE
I - Distância geográfica.
II - Crenças e costumes.
III - Idioma.
IV - Demanda do mercado interno.
I - Mercados Primitivos.
II - Mercados Subdesenvolvidos.
III - Mercados Semi-industrializados.
IV - Mercados Industrializados.
V - Mercados em Desenvolvimento.
128
( ) Neste modelo existe uma evolução econômica que permite uma
diversificação de ramos de atuação e, por consequência, produtos e serviços,
gerando renda e lucros mais elevados.
a) ( ) V – IV – II – III – I.
b) ( ) I – II – III – IV – V.
c) ( ) II – I – IV – V – III.
d) ( ) IV – III – I – II – V.
129
130
UNIDADE 3
A NOMENCLATURA
COMUM DO MERCOSUL
(NCM) E OS INCOTERMS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. Ao final de cada um deles você
deverá fazer as autoatividades respectivas, pois irão lhe ajudar a fixar melhor
o conhecimento estudado.
131
132
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Após estudarmos como é a dinâmica econômica, comercial e financeira
internacional e sua influência no comércio exterior brasileiro, estamos no
momento de adentrar na parte operacional da comercialização internacional de
bens e serviços. Iniciaremos os estudos da parte comercial analisando “como” é
determinada a codificação de todos os bens comercializados ao redor do mundo.
133
UNIDADE 3 | A NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM) E OS INCOTERMS
134
TÓPICO 1 | CODIFICAÇÃO INTERNACIONAL DAS MERCADORIAS
A composição dos códigos do SH, formada por seis dígitos, permite que
sejam atendidas as especificidades dos produtos, tais como origem, matéria
constitutiva e aplicação, em um ordenamento numérico lógico, crescente e de
acordo com o nível de sofisticação das mercadorias.
135
UNIDADE 3 | A NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM) E OS INCOTERMS
Assim, fica exposto, pela lógica e a dinâmica do SH, que o Brasil, por
meio do Mercosul, aplica nas suas atividades comerciais a codificação do Sistema
Harmonizado (SH). Esta codificação leva em consideração seis dígitos para
a identificação respectiva das mercadorias, codificação que possui a seguinte
sequência numérica: “0000.00”, números que representam:
136
TÓPICO 1 | CODIFICAÇÃO INTERNACIONAL DAS MERCADORIAS
137
UNIDADE 3 | A NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM) E OS INCOTERMS
138
TÓPICO 1 | CODIFICAÇÃO INTERNACIONAL DAS MERCADORIAS
Para fazer isso devemos vincular o produto com sua função e sua natureza
técnica ou natureza de uso comercial. Hoje podemos fazer isso de várias maneiras,
e entre as ferramentas disponíveis temos à disposição o site de busca da Receita
Federal: <http://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/PesquisarNCM.jsp>. No
site da Receita Federal há a facilidade de analisar diversos tipos de mercadorias
e condições administrativas da comercialização internacional. No exemplo do
chocolate em barra teremos:
139
UNIDADE 3 | A NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM) E OS INCOTERMS
140
TÓPICO 1 | CODIFICAÇÃO INTERNACIONAL DAS MERCADORIAS
141
UNIDADE 3 | A NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM) E OS INCOTERMS
NOTA
Se desejar saber detalhes sobre as taxas TEC ou se desejar saber o valor específico
de uma TEC, você pode acessar o site do MDIC, através do link: <www.mdic.gov.br/arquivos/
dwnl_1339698278.xlsx>.
Nessa tabela podemos analisar a NCM das mercadorias com sua respectiva
taxa TEC. No exemplo do queijo, exposto anteriormente, falamos que sua TEC era
de 16%. Essa taxa podemos conferir observando a Tabela TEC do grupo de produto
que pertencem ao Capítulo nº 4, correspondente aos seguintes produtos: Leite e
laticínios; ovos de aves; mel natural; produtos comestíveis de origem animal, não
especificados nem compreendidos em outros capítulos, conforme a parte de tabela
exposta a seguir:
142
TÓPICO 1 | CODIFICAÇÃO INTERNACIONAL DAS MERCADORIAS
143
UNIDADE 3 | A NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM) E OS INCOTERMS
144
RESUMO DO TÓPICO 1
145
AUTOATIVIDADE
2 Cada ano o mundo moderno inventa novos produtos, faz mercadorias com
insumos diferentes, entre outras inovações, isto é, constantemente estamos
refazendo as mercadorias necessárias para a sociedade moderna, estas
mercadorias são comercializadas no mundo todo. Para a padronização de
seus códigos existe a SH e o sistema da Merceologia. Defina qual o objetivo
da Merceologia.
146
UNIDADE 3 TÓPICO 2
A LOGÍSTICA E FORMALIZAÇÃO DA
COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL
1 INTRODUÇÃO
No mercado nacional, para cada acordo de compra existem obrigações
tanto por parte do vendedor como por parte do comprador. Entre essas obrigações,
e dependendo dos termos do contrato de compra, haverá toda uma logística de
entrega da mercadoria até o local desejado pelo comprador. Exatamente igual
acontece no mercado internacional, mas a grande diferença é que os termos de
compra acordados entre o vendedor e o comprador estarão sujeitos a estritos
padrões internacionais de acordos comerciais e de condições de logística.
Nesta citação, o autor fala sobre pessoas, neste caso, entende-se que pessoas
abrangem todo o universo de pessoas físicas e jurídicas, isto é, em termos básicos:
os contratos internacionais podem ser feitos entre uma empresa exportadora,
ou pessoa física exportadora; um intermediário, se houver; e uma empresa
importadora, ou pessoa física importadora.
147
UNIDADE 3 | A NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM) E OS INCOTERMS
DICAS
Essa entrega pode acontecer tanto no país de origem (do exportador) como
no país de destino (do importador), dependerá do que for definido no acordo
comercial entre as partes. No entanto, para poder padronizar a formalização da
entrega e delinear obrigações de logística internacional entre as partes, existem as
condições de logística dos Incoterms, conforme estudaremos a seguir.
148
TÓPICO 2 | A LOGÍSTICA E FORMALIZAÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL
[...] o termo FOB (Free on Board – Livre a Bordo) impõe que o vendedor
tem a responsabilidade de entregar a mercadoria a bordo do navio, mas
sem precisar pagar o frete internacional ou seguro do transporte, que
ficam sob a responsabilidade do comprador. Já pelas regras do termo
CIF (Cost, Insurance and Freight), o vendedor é responsável não só pela
entrega do bem a bordo do navio, mas também pelo pagamento do frete
e do seguro até o país de destino (LUZ, 2012, p. 384, grifos nosso).
Além dos Incoterms FOB e CIF existem mais nove! A escolha do Incoterm
dependerá dos termos negociados na transação internacional entre as partes, e da
modalidade de transporte internacional a se utilizar. Como um todo, os Incoterms
são facilitadores para os processos de exportação/importação, pois em vez de
detalhar inúmeras condições relativas às reponsabilidades e logística, as partes
atuantes no comércio internacional utilizam regras preestabelecidas conforme o
Incoterm escolhido na negociação. Dessa maneira, as regras e condições de um
Incoterm na transação comercial internacional passam automaticamente a ser
parte do contrato comercial acordado entre as partes. Agora observe que:
149
UNIDADE 3 | A NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM) E OS INCOTERMS
Estas são algumas das responsabilidades a serem cumpridas por uma das
partes, e assim como estas, existem mais outras. Todas essas responsabilidades
ficam explícitas no Incoterm negociado. Com o Incoterm escolhido entre as partes,
tanto o exportador como o importador saberão quais serão suas obrigações e seus
direitos, bem como quais os custos a serem calculados para a formação do preço
das mercadorias.
150
TÓPICO 2 | A LOGÍSTICA E FORMALIZAÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL
151
UNIDADE 3 | A NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM) E OS INCOTERMS
152
TÓPICO 2 | A LOGÍSTICA E FORMALIZAÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL
153
UNIDADE 3 | A NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM) E OS INCOTERMS
154
TÓPICO 2 | A LOGÍSTICA E FORMALIZAÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL
NOTA
155
UNIDADE 3 | A NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM) E OS INCOTERMS
156
TÓPICO 2 | A LOGÍSTICA E FORMALIZAÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL
NOTA
Ao longo das unidades 2 e 3 você vem lendo sobre o SISCOMEX, mas o que
quer dizer? É o Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX), ou seja, é o sistema de
gestão da informação dos órgãos do governo atuantes no comércio exterior do Brasil. Por
meio do SISCOMEX consolida-se a interface de dados dos seguintes órgãos do Governo
Federal:
• a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX);
• o Banco Central do Brasil;
• a Secretaria da Receita Federal.
O portal do SISCOMEX é bem dinâmico e informativo, acesse para saber mais: <http://www.
portalsiscomex.gov.br/>.
158
TÓPICO 2 | A LOGÍSTICA E FORMALIZAÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL
E
IMPORTANT
Após o registro, a DI será submetida à análise fiscal e selecionada para um dos seguintes
canais de conferência aduaneira:
I - verde, pelo qual o sistema registrará o desembaraço automático da mercadoria,
dispensados o exame documental e a verificação da mercadoria;
II - amarelo, pelo qual será realizado o exame documental, e, não sendo constatada
irregularidade, efetuado o desembaraço aduaneiro, dispensada a verificação da mercadoria;
III - vermelho, pelo qual a mercadoria somente será desembaraçada após a realização do
exame documental e da verificação da mercadoria; e
IV - cinza, pelo qual serão realizados o exame documental, a verificação da mercadoria
e a aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro, para verificar elementos
indiciários de fraude, inclusive no que se refere ao preço declarado da mercadoria, conforme
estabelecido em norma específica.
159
UNIDADE 3 | A NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM) E OS INCOTERMS
E
IMPORTANT
160
RESUMO DO TÓPICO 2
161
AUTOATIVIDADE
162
UNIDADE 3
TÓPICO 3
MODALIDADE DE PAGAMENTOS E
COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL
1 INTRODUÇÃO
Assim como no comércio nacional, nos mercados internacionais existe
compra e venda de mercadoria antecipada, à vista e a prazo, e entre elas existe um
leque de possibilidades. Porém, existe uma grande diferença que devemos observar
ao apresentar transações internacionais: não existe uma mesma lei e uma mesma
moeda que possa normatizar essas transações, logo, o comércio internacional
apresenta condições com padrões internacionais de modalidades de pagamento
normatizadas pela International Chamber of Commerce (ICC).
ATENCAO
2 MODALIDADES DE PAGAMENTO
Para conseguir entender melhor as modalidades de pagamento, veremos
antes em que momento do processo de comercialização internacional a determinação
de uma modalidade, ou outra, é peça-chave. Quando o exportador conseguir enviar
a mercadoria ao país de destino, o importador poderá liberar a mercadoria da
163
UNIDADE 3 | A NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM) E OS INCOTERMS
MODALIDADES DE PAGAMENTOS
EMBARQUE DESEMBARAÇO
FONTE: O autor
164
TÓPICO 3 | MODALIDADE DE PAGAMENTOS E COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL
ATENCAO
165
UNIDADE 3 | A NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM) E OS INCOTERMS
166
TÓPICO 3 | MODALIDADE DE PAGAMENTOS E COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL
• Por ser uma modalidade prática, costuma-se usá-la entre filiais e casas
matrizes, e entre importadores e exportadores que possuem confiança mútua.
Deste modo, as despesas bancárias são bem menores, se comparar com a carta de
crédito ou com saque.
167
UNIDADE 3 | A NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM) E OS INCOTERMS
168
TÓPICO 3 | MODALIDADE DE PAGAMENTOS E COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL
ATENCAO
• Data de embarque - o exportador deverá cumprir com essa data, caso contrário
não poderá efetivar a L/C. E se não conseguir efetivá-lo, será impossível realizar
a cobrança dentro dos prazos estabelecidos na L/C.
169
UNIDADE 3 | A NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM) E OS INCOTERMS
170
TÓPICO 3 | MODALIDADE DE PAGAMENTOS E COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL
171
UNIDADE 3 | A NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM) E OS INCOTERMS
NOTA
Existem mais outros tipos de Cartas de Crédito? Destas duas grandes formas de
financiamento, à vista e a prazo, nascem várias submodalidades de L/C, tais como: L/C de
crédito restrito, L/C de crédito transferível, L/C de crédito rotativo, entre outras. Caso queira
se aprofundar sobre o mundo das L/C, acesse o site oficial da ICC sobre as condições da
UCP 600 (última versão da L/C) aqui no Brasil: <http://www.iccbrasil.org/publicacoes/46/>.
173
UNIDADE 3 | A NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM) E OS INCOTERMS
174
TÓPICO 3 | MODALIDADE DE PAGAMENTOS E COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL
175
UNIDADE 3 | A NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM) E OS INCOTERMS
DICAS
Para saber mais sobre as exportações de soja para a China, acesse: <http://www.
sescooprs.coop.br/comunicacao/noticias/1568-mercado-chines-pode-adquirir-soja-de-
cooperativas-brasileiras27>.
176
TÓPICO 3 | MODALIDADE DE PAGAMENTOS E COMERCIALIZAÇÃO INTERNACIONAL
venda não é tributada. Ela não é tributada porque o destino final é a exportação”
(TREDESINI, 2011, p. 157).
• Por meio dos serviços de uma trading company, por mais pequena que seja
a empresa ou o volume de exportação, é viável fazer acontecer a exportação.
É pelos motivos citados pela autora acima, e mais outros, que empresas
de pequeno e médio porte optam pela comercialização indireta. Contudo, para as
177
UNIDADE 3 | A NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL (NCM) E OS INCOTERMS
4 PRECIFICAÇÃO
No momento de comercializar entre países, devemos prestar especial
atenção ao quesito do custo total, isto é, custo da mercadoria mais todas as despesas
de logística e de internacionalização/nacionalização. Uma vez que identificamos
esse custo total, a empresa que está comercializando nos mercados internacionais
pode determinar um preço ideal para seus produtos, preço ideal que leva em
consideração tanto o custo total como a margem de lucro desejada. Este processo
de identificar o custo total mais o lucro desejado é conhecido como “precificação”.
Em outras palavras, devemos identificar o preço ideal que gere rentabilidade ao
processo.
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LEITURA COMPLEMENTAR
FINANCIAMENTO À EXPORTAÇÃO
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São operações que têm prazos um pouco maiores que os do ACC, mas que
também cumprem papel de capital de giro para os exportadores. Costumam ter
taxas um pouco maiores, mas como são linhas em que há mais flexibilidade que o
ACC na vinculação ao fluxo da exportação, têm atraído empresas.
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Com a piora dos mercados e a alta dos juros no país, o custo das linhas
externas hoje é considerado mais competitivo na comparação com os empréstimos
locais. Os recursos tomados via ACC também contam com a isenção de IOF.
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RESUMO DO TÓPICO 3
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AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
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