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EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
SUMÁRIO
Introdução................................................................................................................................... 3
Marcos Internacionais de Memória ............................................................................................ 4
Marcos Nacionais de Memória Século XIX............................................................................. 15
O momento atual e a Educação Física...................................................................................... 23
A nossa missão; um compromisso para a toda a vida .............................................................. 24
Referências ............................................................................................................................... 24
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Introdução
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suplementar ao trabalho escolar, em vez de nelas assegurar o espaço para a prática da Educação
Física. A Educação Física, em particular a ginástica, passou a ser introduzidas nas escolas
públicas com caráter obrigatório. Entretanto, a imposição legal da obrigatoriedade
freqüentemente não era atendida por falta de meios adequados para a sua prática e porque os
objetivos pretendidos eram baseados em doutrinas com pouca fundamentação científica e
orientação pedagógica, como também, metodologia inadequada. 1801 Nachtegall tornou o
ensino da ginástica compulsório numa escola pública de ensino fundamental freqüentada por
crianças de baixo poder aquisitivo, em 1801. Pode-se, então, observar que a Dinamarca,
tornou-se o primeiro país a exigir o ensino da Educação Física nas escolas públicas de ensino
fundamental e médio, administrada diariamente fora do horário escolar com previsão para a
utilização de aparelhos e espaço externo entre 96 a 144 metros quadrados para essa prática.
1804: Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), suíço,
educador por excelência e pedagogo influenciado por Rousseau,
estabeleceu, no Castelo de Yverdon na cidade de Yverdon, nas
cercanias do Lago NeuChâtel, Suíça, seu instituto de educação
onde aplicou suas ideias educacionais. A Educação Física, ou
melhor, a ginástica era considerada um meio de formação do
espírito, sob o ponto de vista intelectual, e uma forma de
desenvolvimento moral e estético, sob o ponto de vista da moral e
da beleza. Observa-se, assim, a influência formativa do exercício
físico, no desenvolvimento integral do indivíduo. Pestalozzi, também, considerava que o
movimento era uma necessidade natural, indispensável à criança e a Educação Física, um meio
de formação física e de desenvolvimento sensorial e estético essencial na educação e na saúde
da juventude.
1807: Foi aprovada uma legislação na Suécia que determinava que, em cada
estabelecimento de ensino, de acordo com as suas possibilidades, deveriam ser
disponibilizados locais para a prática da ginástica onde seriam praticadas atividades de saltar,
trepar, fazer volteios, nadar entre outras, sob a supervisão de um mestre (professor). Nota-se
que Pehr Henrik Ling (1776-1839), embora tenha tido a intenção de desenvolver a ginástica
escolar através de sua ginástica pedagógica, somente teve essa idéia concretizada através de
seu filho Hjälmar Frederick Ling.
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1820: Foi determinado na Suécia que não poderiam ser dispensados da prática da
ginástica os jovens considerados inaptos para tais atividades, a não ser aqueles autorizados
pela direção do estabelecimento.
1823: A Round Hill School foi criada por Joseph Cogswell (1786- 1871) e George
Bancroft (1800-1891), na cidade de Northampton, Massachusetts, Estados Unidos. A escola
utilizava a instrução individual e primava pela preservação da saúde e melhoria dos aspectos
moral e mental das crianças. Os fundadores da escola acreditavam que uma forma de se
alcançar tais objetivos era através do estabelecimento de um programa de Educação Física,
assim, foram, então incluídas aulas de dança, de equitação e de ginástica, esta última,
ministrada por Charles Beck (1798-1866), discípulo de Jahn. A Round Hill School tornou-se
pioneira na inclusão da atividade física como parte integral do currículo escolar nos Estados
Unidos. Inicialmente, a prática da Educação Física nas escolas fundamentais era prerrogativa
dos meninos, apenas. Em 1825, William Bentley Fowle (1795-1865) introduziu em sua escola
de meninas, em Boston, Massachusetts, a utilização de aparelhos como barras e as roldanas
para serem usadas nos horários de recreio.
1826: Friedrich Fröbel (1782-1852), pedagogo alemão, fundador dos jardins da
infância, discípulo e continuador das ideias de Pestalozzi, escreveu a obra Educação do
Homem em que era salientada a importância da manutenção de um corpo vigoroso e ativo.
Fröbel retorna à idéia de Platão e de Vittorino da Feltre, mas a ultrapassa ao afirmar que os
exercícios corporais conduziam a criança a um conhecimento claro da estrutura interna de seu
corpo, levando-a a sentir, com maior intensidade, as conexões mútuas internas da atividade de
seus membros. Ao defender a idéia de se utilizar o jogo e os exercícios ginásticos com um
sentido recreativo e de educação sensorial, acompanhados de música e de canto na educação
pré-escolar, demonstrou a sua preocupação em relacionar a Educação Física, intelectual e
moral da criança à formação de sua personalidade.
1857: o superintendente das escolas de Cicinnati, Ohio, Estados Unidos, propôs que
todos os professores contratados deveriam aprender um sistema de ginástica adaptado a todas
as séries do ensino fundamental.
1863: Foram alteradas de 4 para 6 horas de ginástica e de exercícios com armas, para
as classes mais adiantadas e para as mais atrasadas, 3 horas apenas, na Suécia. Assim, mesmo
com esses dispositivos legais, a ginástica pedagógica de Ling não conseguiu ser desenvolvida.
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von Laban (1879-1958), ao campo educacional. Nota-se a influência de Laban nessa nova
proposta, através do estudo da arte do movimento que propunha a substituição do ritmo de
classe imposto pelo professor e da posição ocupada pela ginástica na educação, pelo
movimento e pelas atividades individuais. Assim, Laban defendia a idéia de que para as
crianças realizarem movimentos adequados deviam passar pelas etapas da exploração, da
experiência e da repetição, assegurando-se a elas, o desenvolvimento de formas pessoais de
movimentos.
1945: É apresentado, em dezembro, por Maurice Baquet, diretor técnico do Instituto
Nacional de Esportes da França-INS, após longa discussão entre técnicos e representantes de
cada federação esportiva francesa, o projeto da Educação Esportiva que contribuiu para a
introdução do esporte nas escolas de ensino fundamental, como também, nas de ensino médio.
É atribuído ao Dr. Bellin de Coteau, a sistematização do método esportivo. A Educação Física
Esportiva Generalizada surgiu como uma opção mais prazerosa do que o exercício físico feito
por mera obrigação. Era, então, proposta uma atividade corporal voluntária a jovens franceses
de ambos os sexos que não conheciam a satisfação do esforço físico, do domínio corporal e
da exaltação de seu ser. Os vários métodos de Educação Física utilizados na França e em
outros países europeus tornaram-se inoperantes, porque não levavam em consideração o fator
psicológico, elemento preponderante. A expressão Educação Física conotava apenas o aspecto
físico e não a melhoria ou manutenção da estrutura corporal. Ao desenvolver uma educação
integral, a Educação Física Esportiva atuava simultaneamente sobre o corpo, o espírito, o
caráter e sobre o senso social do indivíduo, através da utilização do desporto, isto é, da
iniciação desportiva e do treinamento desportivo generalizado ou especializado. O esporte e a
Educação Física, não eram um fim em si mesmos, mas um meio de formação e preparação
para a vida. Assim, a iniciação esportiva generalizada proporcionaria à criança, a partir dos 6
anos de idade, uma iniciação à vida social e coletiva, através de jogos e competições
esportivas; iniciação ao esforço progressivo, dosado em relação à idade e as possibilidades
fisiológicas das crianças e iniciação técnica a qualquer esporte.
Década de 1960: Período em que a Educação Física Infantil se fundamentou nas
questões da psicomotricidade, com enfoque reeducativo e após, terapêutico. A
psicomotricidade, além de incorporar, inicialmente, o mesmo paradigma da Educação Física,
através da ginástica, da dança, do jogo e do esporte, utilizou a primeira, através de diferentes
grupos de exercícios, no diagnóstico de variáveis físico-motoras ou no tratamento re-educativo
terapêutico de crianças. Observa-se, então, que a psicomotricidade, como também, a Educação
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escravo. Essa relação gerava na sociedade uma discriminação no que tange à prática das
atividades físicas que, de certa forma, dificultou a sua obrigatoriedade nas escolas.
1834: Primeiro aluno brasileiro é matriculado no Philanthropinum de Schnepfentahl,
na Alemanha, escola modelo de Educação Física na Europa, e que foi seguido por mais três
dezenas nos anos seguintes, vindos de varias regiões do Brasil.
1837: Antonio Ferreira França possibilitou, em cada escola paroquial de primeiras
letras do Município do Rio de Janeiro – então capital do país –, o ensino da ginástica e defesa
do corpo, natação, equitação e dança.
1851: É registrado, através do Decreto No. 630, de 17 de setembro, a reforma dos
ensinos primário e secundário do Município da Corte no qual nada consta sobre a
obrigatoriedade do ensino da Educação Física (ginástica) nas escolas.
1854: O deputado e Ministro do Império, Luiz Pedreira do Couto Ferraz aprova o
“Regulamento da Instrução Primária e Secundária do Município da Corte” que incluía no
ensino fundamental (primário, na época) das escolas públicas, a ginástica.
1855: Em 17 de fevereiro, é aprovado o regulamento do Colégio D. Pedro II (colégio
modelo do país) que previa o ensino da dança e de
exercícios ginásticos, durante as horas de recreação dos
alunos.
1876: O regulamento do Colégio D. Pedro II foi
alterado, através do Decreto No.6.130, de primeiro de
março, pelo qual o ensino da ginástica continuava obrigatória aos alunos. Ficava, entretanto,
ao critério dos diretores (reitores, na época) a dispensa dos alunos que estivessem
impossibilitados de praticá-la. Os alunos que se distinguissem nas aulas de ginástica,
receberiam uma menção nas notas de aprovação relacionadas a cada ano escolar.
1877: O Decreto No. 6.479, de 18 de janeiro, aprovou o regulamento para as escolas
públicas de instrução primária no Município da Corte que dividia as escolas de instrução
primária em duas classes: as que pertenciam à instrução primária elementar com denominação
de 1o. grau e as complementares, chamadas de 2o. grau. O ensino da ginástica era previsto nas
escolas primárias de 1o. grau. Salienta-se que o ensino da ginástica não era obrigatório a não
ser três anos após a promulgação do regulamento em questão, para que os professores
pudessem se habilitar no ensino dessa disciplina.
1879: Contribuição de Rui Barbosa através de seu parecer, em nome da Comissão de
Instrução Pública, sobre a reforma decretada pelo ministro Leôncio de Carvalho. O parecer,
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emitido em setembro de 1882, previa a ginástica para os meninos nos dois primeiros anos da
escola primária elementar e calistenia, para as meninas. Nos dois anos de estudos seguintes,
chamados de escola primária média, seria observado a mesma prática do período anterior. Na
escola primária superior, isto é, nos quatro anos que se seguiam, seriam oferecidos: a ginástica
e os exercícios militares para meninos e calistenia para meninas.
1882: Em 9 de janeiro é aprovado o programa de ensino que deveria ser observado,
provisoriamente, nas escolas públicas de instrução primária do Município da Corte em que a
ginástica, através de exercícios de corpo livre, constituía-se em matéria facultativa a ser
ministrada no intervalo das aulas, isto é, das 11:30 ás 13:30. Apresentação do parecer sobre a
Reforma do Ensino Primário, na sessão de 12 de setembro de 1882 da Câmara dos Deputados.
Rui Barbosa, além de defender a inclusão da ginástica nas escolas, equiparou os professores
de ginástica aos das outras disciplinas, destacando a necessidade de se ter um corpo saudável
para sustentar as atividades intelectuais. Seu parecer sobre a Reforma do Ensino Primário,
repercutiu, também, em outros estados brasileiros, além do Município da Corte. Observa-se,
no Amazonas e no Pará, medidas que davam uma posição de destaque à Educação Física.
Apesar de ter sido aprovado seu projeto na Câmara dos Deputados, jamais foi posto em
execução.
1883: O regimento interno para as escolas públicas primárias do Município da Corte é
aprovado em 6 de novembro e previa a prática de exercícios de ginástica durante as pausas
existentes entre as aulas, de meia hora cada. O ensino da ginástica compreendia exercícios de
corpo livre, consistindo de flexões, extensões, passos, marchas, carreiras e saltos.
1885: A prática da ginástica nas escolas públicas de instrução primária é declarada
obrigatória, em 23 de novembro, através da Decisão Imperial No. 71. Assim, a ginástica se
tornaria obrigatória no currículo das escolas primárias.
Século XX: No início desse século, a Educação Física, sob o título de ginástica, foi
incluída nos currículos escolares da Bahia, do Ceará, do Distrito Federal, de Minas Gerais, de
Pernambuco e de São Paulo. Nesse período, a educação brasileira estava sendo influenciada
pelo movimento que discutia a reconstrução educacional do Brasil, através de uma nova
educação voltada para o desenvolvimento integral do indivíduo. A Educação Física, como
meio para se alcançar o objetivo almejado, seria um dos agentes de importância no processo.
Nesse período, a Educação Física seguia os moldes europeus – o alemão, o sueco e o francês
– baseados em princípios biológicos e que estavam inseridos num movimento mais amplo, de
natureza política, cultural, e científica denominado de Movimento Ginástico Europeu. Assim,
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no período de 1889 a 1920, enquanto o método alemão era utilizado nos estabelecimentos
militares, nas escolas civis brasileiras predominava o método sueco. O método alemão foi
oficialmente substituído no Brasil em 27 de abril de 1921, pelo decreto n.º 14.784, emitido
pelo, então, Ministério da Guerra que oficializou o método de Géorges Hébert, adaptado às
teorias da Escola Militar Francesa de Joinville-le-Pont.
1905: O deputado pelo Estado do Amazonas, Jorge de Morais, defendeu a inclusão da
Educação Física no ensino fundamental podendo ser continuado tal empreendimento, no
ensino secundário.
1929: Um ante-projeto de lei foi submetido pelo Ministro da Guerra General Nestor
Sezefredo dos Passos, à Comissão de Educação Física. A Educação Física, ministrada dentro
dos moldes do Método Francês sob o título de Regulamento Geral da Educação Física, seria
obrigatória em todos os estabelecimentos de ensino brasileiros, a partir dos seis anos para
meninos e meninas. Apesar das intenções de implementar a prática da Educação Física nas
escolas, observava-se uma ausência de professores que pudessem administrá-la de forma
competente porque não existia, anterior a 1929, uma instituição superior que formasse
professores de Educação Física para atuar nas escolas de Ensino Fundamental. Criação do
Curso Provisório de Educação Física, na escola de Sargentos de Infantaria, que diplomou 22
professores públicos primários (ensino fundamental) encaminhados pelo então, Diretor da
Instituição Pública do Distrito Federal (Rio de Janeiro-RJ), Prof. Fernando de Azevedo, além
dos 60 sargentos instrutores, 8 oficiais e 2 médicos militares.
Década de 1930: Com a expansão das ideologias fascistas, a idéia da eugenia da raça
associada à Educação Física voltou a ser enfatizada. O Exército Brasileiro passou a se
constituir na principal instituição de estruturação de um movimento em prol de uma Educação
Física que mesclasse objetivos patrióticos e de preparação pré-militar. Nota-se, entretanto, que
o discurso eugênico cedeu seu espaço aos objetivos higiênicos e de prevenção de doenças,
possíveis de serem trabalhados no contexto escolar. Como pode ser observada na Constituição
outorgada por Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937, a Educação Física passou a ser
obrigatória em todas as escolas de ensino fundamental, médio, como também, nos cursos de
magistério em nível médio.
1930-1941: Para dar uma maior amplitude ao ensino da Educação Física, o General
Nestor Sezefredo dos Passos, Ministro da Guerra, sensibilizado pelo comentário do Presidente
da República, Washington Luis, de que a Educação Física merecia ser melhor considerada e
era um problema de máxima relevância para a nação, determinou a reabertura do Centro
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Militar de Educação Física em 11 de janeiro, o qual havia sido fechado em 1922. Embora
destinado a formar instrutores e monitores, além de difundir, unificar e intensificar o ensino
da Educação Física no Exército, o Centro Militar de Educação Física, que em 19 de outubro
de 1933 se transformou na Escola de Educação Física do Exército, estava aberto, também, aos
oficiais e sargentos das forças auxiliares, professores federais, estaduais ou municipais e civis.
Nota-se, então, uma ação mais efetiva na formação profissional, no âmbito civil em Educação
Física, no mesmo período, sobretudo a partir da criação da Escolas de Educação Física de São
Paulo e Espírito Santo, e principalmente, a partir de 1939, através do Decreto Lei Nº 1.212, de
17 de abril de 1939, que criou a Escola Nacional de Educação Física e Desportos-ESEF na
Universidade do Brasil, hoje, Universidade Federal do Rio de Janeiro. A Escola Nacional da
Educação Física teve a incumbência de oferecer o curso superior de Educação Física (2 anos
de duração), curso normal de Educação Física (1 ano), curso de técnica desportiva (1 ano),
curso de treinamento e massagem (1 ano) e curso de medicina da Educação Física e dos
Desportos (1 ano). Assim, a partir de 1941, o exercício da função de professor de Educação
Física, nos estabelecimentos oficiais de ensino fundamental das capitais dos estados brasileiros
e nas cidades com população superior a 50.000 habitantes, seria prerrogativa de professor
normalista especializado em Educação Física.
1931: O Ministério dos Negócios da Educação Pública, criado no governo de Getúlio
Vargas em 14 de novembro, aprovou o Decreto n.º 19.890, de 18 de abril de 1931, que previa
a obrigatoriedade da Educação Física nos estabelecimentos de ensino médio (secundário, na
época) voltado para o desenvolvimento harmonioso do corpo e do espírito, concorrendo, desta
forma, para formar um indivíduo de ação, física e moralmente sadio, alegre e resoluto,
consciente de seu valor e de suas responsabilidades.
1937: A Constituição de 1937 tornou-se a primeira referência sobre a Educação Física
feita em textos constitucionais federais sendo incluída no currículo, como prática educativa
obrigatória e não como disciplina curricular, juntamente com o ensino cívico e os trabalhos
manuais, em todas as escolas brasileiras. Segundo o art. 132 dessa mesma Carta, havia uma
previsão de serem organizados para a juventude períodos de trabalhos anuais nos campos e
nas oficinas e desenvolvida a disciplina moral e o adestramento físico, de maneira a prepará-
la para o cumprimento de seus deveres para com a economia e a defesa da Nação. Em 24 de
dezembro de 1937, o Estado da Bahia criou a Inspetoria de Educação Física, Recreação e
Jogos Escolares que tinha como finalidade difundir, regulamentar e controlar a Educação
Física nas escolas de ensino, fundamental e normal em nível médio; elaborar e reunir dados
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1946: O Governo Federal aprovou o Decreto No. 8529, de 2 de janeiro, que tratava da
Lei Orgânica do Ensino Primário, primeiro passo para a centralização da educação e,
conseqüentemente, da Educação Física no Brasil, que dividia a educação primária em curso
elementar, primeiros quatro anos de escolarização e curso complementar, um ano após o curso
elementar. Tal Lei mencionava que a Educação Física deveria ser incluída no currículo de
ambos os cursos, em cada série escolar. O Decreto No. 8530, de 2 de janeiro, lançou as bases
para a nova estrutura centralizada no ensino normal do Brasil. A Lei Orgânica do Ensino
Normal subdividiu o ensino normal em curso de 1o. e 2o. ciclos: o primeiro, efetuado nas
escolas normais regionais e formava regentes de ensino primário e o segundo, realizado nas
escolas normais e graduava professores primários. A Educação Física constava da lista de
disciplinas que deveriam ser oferecidas aos alunos do curso normal, através de atividades
recreativas e jogos.
1948: O anteprojeto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional foi
encaminhado à Câmara de deputados, em novembro, resultado na Lei No. 4024 aprovada em
1961 que tornava a Educação Física obrigatória nas escolas de ensino fundamental e médio,
até a idade de 18 anos.
1961: Promulgou-se a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LBD.
Nº 4024 As diferentes estruturas de educação escolar receberam a denominação de Primário
(quatro anos), (o quinto ano) e o Ginásio também com quatro anos. Após este, havia o Curso
Colegial propedêutico e os Cursos Técnicos como Curso Normal ou Curso de Formação de
Professores; Curso de Contabilidade, de Secretariado, dentre outros.
Abrigadas sob esta estrutura vertical, a (aula de) Educação Física ministrada pelos
regentes “dada suas bases científicas, é atualmente considerada como um aspecto de educação
geral, oferecendo valiosa contribuição ao educando” (Programa da Escola Primária de São
Paulo, 1967:59).
“Na escola primária a educação física teve como objetivo a recreação (individual e
coletiva) nos seus variados aspectos era realizada por meio das atividades naturais, jogos,
atividades rítmicas, dramatizações, atividades complementares” (Programa da Escola
Primária de São Paulo, 1967:59), visando abarcar a totalidade do desenvolvimento do aluno.
A Educação Física na década de 60, também se preocupou com a atitude postural adequada,
com a coordenação sensório motor, o refinamento dos sentidos, e o aumento da sensibilidade
rítmica, favorecendo a co educação, e o conhecimento de nossos costumes.
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Desde 1996 o currículo vigente está organizado segundo a terceira Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional LBD. Nº 9394. O processo de escolarização brasileiro apresenta-
se agora completo. Iniciando pela Educação infantil nosso Sistema Escolar termina
formalmente na Graduação, no Ensino Superior. Hoje, as propostas e os conteúdos têm a
preocupação em atender, incluir e integrar todos os estudantes em torno do Projeto Escolar.
As aulas de Educação Física ao contrário das épocas passadas, e, segundo o artigo 26,
deve ser “integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da educação
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