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EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

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SUMÁRIO

Introdução................................................................................................................................... 3
Marcos Internacionais de Memória ............................................................................................ 4
Marcos Nacionais de Memória Século XIX............................................................................. 15
O momento atual e a Educação Física...................................................................................... 23
A nossa missão; um compromisso para a toda a vida .............................................................. 24
Referências ............................................................................................................................... 24

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Introdução

https://trabalhosparaescola.com.br/historia-da-educacao-fisica/

Quando se pensa sobre a história da Educação Física escolar no Brasil, é muito


importante lembrar que a sua recomendação, introdução e permanência na educação formal
ocorreu em um cenário de época bastante conservador; ocupou um espaço físico modesto e
foi marcada por uma história social com muitos percalços.
Filha das fileiras militares, guiada por preceitos médicos, os nossos
primeiros professores de gymnástica foram os soldados de D. Leopoldina. Princesa austríaca,
e Imperatriz do Brasil, D. Leopoldina trouxe consigo um grupo pequeno, porém, muito
importante formado por cientistas e pela sua guarda pessoal. Esta guarda pessoal praticava
exercícios que foram adotados pelos nossos soldados. A partir deste fato, a prática
da gymnástica foi gradualmente “ganhando espaços”. Vencendo os costumes, combatendo o
preconceito e ampliando seus conteúdos a citada prática motora de então, hoje, educação
física, é oferecida aos escolares brasileiros sem distinção de sexo, gênero ou classe social.
Educação Física Escolar é um elemento do processo educacional formal, que tem como
meio específico as atividades físicas exercidas a partir de uma intenção educativa,
possibilitando o desenvolvimento das dimensões cognitiva, afetivo-social e motora de crianças
e adolescentes através de exercícios ginásticos, jogos, esportes, danças e lutas. Para se abordar
as manifestações da Educação Física escolar brasileira, requer, primeiramente, que se
estabeleçam alguns marcos de memória gerais que contribuíram para o seu desenvolvimento.
Uma definição de partida concerne à interpretação temporal do corpo que, pouco valorizado
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no período medieval, reconquistou seu espaço no período renascentista, tendo o exercício


físico denominado de ginástica desde o século XVIII, recebido maior ênfase na escola.

Marcos Internacionais de Memória

1423: A escola La Giocosa de Mantova


foi estabelecida por Vittorino Rambaldoni da
Feltre no norte da Itália, primeiro educador a
colocar a educação do corpo no mesmo nível das
disciplinas tidas como intelectuais.
Século XVII: A Educação Física não era
considerada como um aspecto essencial da
educação para ser tratado, salvo em raras exceções.
Século XVIII: A Educação Física já era alvo de atenção a qual eram buscadas
soluções, apesar de que, na maioria dos casos, as mesmas se fundamentassem em mero
empirismo.
1762: Jean Jacques Rousseau (1712-1778), enciclopedista
e pedagogo suíço, escreveu e publicou a obra “Emílio ou da
Educação” em que foi ressaltada a importância do exercício do
corpo e do espírito. A Educação F ísica ocupou uma importante
função na concepção de Rousseau, já que era considerado um dos
meios mais seguros para se estabelecer relações naturais entre o
homem e as coisas (experiência que a criança adquiria sob a ação
das coisas externas).
1774: Johann Bernard Basedow (1723-1790), estabeleceu sua escola-modelo –
Philanthropinum, em Dessau, Alemanha, onde a ginástica estava
incluída no currículo escolar e possuía o mesmo status que as
disciplinas intelectuais. Inicialmente, nessa instituição eram
praticadas atividades originárias dos tempos medievais como a
equitação, o volteio, a natação, a esgrima, a dança e os jogos,
posteriormente, foram acrescentados exercícios naturais como o
correr, saltar, arremessar, transportar e trepar.

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1784: Christian Gotthilf Salzmann (1744-1811), pedagogo e


educador alemão, criou um estabelecimento semelhante ao de Basedow,
localizado, também, na Alemanha, na cidade de Schnepfenthal. Era, nele,
acentuada a importância da educação sensorial para a formação física, para
o desenvolvimento e aperfeiçoamento da capacidade intelectual do
educando, como também, desenvolvido o interesse educativo do esforço,
que deveria ser executado de acordo com as possibilidades dos alunos.
1785: Johann Christoph Guts Muths (1759-1839), educador alemão, iniciou a lecionar
como professor de Ginástica no Instituto de Schnepfenthal, fundado por Salzmann, e lá
permaneceu por 54 anos. A Educação Física para Guts Muths possuía, então, o objetivo de
exercitar uma ação educativa destinada a harmonizar o corpo com as forças espirituais e
morais e desenvolver, na criança, qualidades e capacidades que lhe permitisse superar
obstáculos de caráter físico. Observa-se, também, a sua preocupação em proporcionar às
mulheres atividades físicas, fundando a primeira escola de ginástica feminina onde os
exercícios físicos eram adaptados ao sexo, como, também, possuía a consciência do valor que
o esporte oferecia à formação física e da personalidade da juventude.

1794: Gerhard Ulrich Anton Vieth (1763-1836) publicou o


primeiro de três volumes de sua obra “Ensaios de uma Enciclopédia
dos Exercícios do Corpo” (Versuch einer Enzyklopädie der
Leibesübungen), onde atribuía importância à prática do exercício
físico para a formação moral e física do indivíduo e insistia na
obrigatoriedade de Educação Física nos âmbitos da escola e da
universidade. Afirmando que os exercícios físicos deveriam visar o aperfeiçoamento completo
do corpo humano, Vieth os classificava de acordo com as diferentes partes do corpo em
exercícios simples e combinados. Preferia, entretanto, classificá-los em exercícios passivos

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(exercícios de oscilação, atitudes, fricções e massagens, banho e exercícios de endurecimento)


e exercícios ativos, que se dividiam em exercícios para os sentidos e para os membros, como
marchar, corridas, exercícios de trepar, saltos, dança, exercícios de tração e de repulsão,
lançamentos, lutas, esgrimas, volteios e transporte de fardos, além da patinação, do tiro, da
equitação e de jogos diversos. Vieth tornou-se o primeiro professor de ginástica a demonstrar
a necessidade de se proporcionar ao exercício físico uma base anátomo-fisiológica tendo em
vista a sua preparação científica, que lhe permitia compreender e delinear os efeitos biológicos
e higiênicos da ginástica, como também, estabelecer uma relação de causa e efeito entre a
atividade física e as suas influências sobre o corpo.
1799: Vivat Victorius Franziskus Nachtegall (1777–
1847 ), educador dinamarquês, influenciado por Guts Muths,
inaugurou seu ginásio particular ao ar livre, primeira
instituição européia dos tempos modernos, direcionada
exclusivamente ao ensino da Educação Física, que ocupou
lugar de destaque nos meios educacionais europeus por mais
de 25 anos. Nachtegall acreditava num programa de Educação
Física de natureza ampla, mas, com a destruição de seu
Instituto pelos bombardeios a Copenhague durante as guerras
Napoleônicas (1801 a 1814), foi forçado, pelas circunstâncias,
a atribuir uma característica militar a seu programa. Embora não tenha estabelecido um novo
sistema de ginástica na Dinamarca, organizou e sistematizou a prática da Educação Física de
uma forma não observada, na época, em outros países. É, também, considerado o primeiro
educador a mencionar a utilização de colchões como forma de segurança.
Século XIX: Foram observadas preocupações
metodológicas do ensino da Educação Física,
principalmente, na primeira metade, em vários países
europeus. Certamente que o crescimento e interesse
pelos problemas da Educação Física, em 1800, deu-se
com base em experiências pedagógicas dos
enciclopedistas, dos filantropos, de Pestalozzi, Fröbel entre outros. O desenvolvimento das
escolas públicas alemãs para as massas aconteceu no século XIX. As sociedades ginásticas
intituladas Turnvereine, logo que se constituíram, não alteraram as práticas escolares nem
introduziram a ginástica nas escolas, tinham, entretanto, a tendência de agir de forma

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suplementar ao trabalho escolar, em vez de nelas assegurar o espaço para a prática da Educação
Física. A Educação Física, em particular a ginástica, passou a ser introduzidas nas escolas
públicas com caráter obrigatório. Entretanto, a imposição legal da obrigatoriedade
freqüentemente não era atendida por falta de meios adequados para a sua prática e porque os
objetivos pretendidos eram baseados em doutrinas com pouca fundamentação científica e
orientação pedagógica, como também, metodologia inadequada. 1801 Nachtegall tornou o
ensino da ginástica compulsório numa escola pública de ensino fundamental freqüentada por
crianças de baixo poder aquisitivo, em 1801. Pode-se, então, observar que a Dinamarca,
tornou-se o primeiro país a exigir o ensino da Educação Física nas escolas públicas de ensino
fundamental e médio, administrada diariamente fora do horário escolar com previsão para a
utilização de aparelhos e espaço externo entre 96 a 144 metros quadrados para essa prática.
1804: Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), suíço,
educador por excelência e pedagogo influenciado por Rousseau,
estabeleceu, no Castelo de Yverdon na cidade de Yverdon, nas
cercanias do Lago NeuChâtel, Suíça, seu instituto de educação
onde aplicou suas ideias educacionais. A Educação Física, ou
melhor, a ginástica era considerada um meio de formação do
espírito, sob o ponto de vista intelectual, e uma forma de
desenvolvimento moral e estético, sob o ponto de vista da moral e
da beleza. Observa-se, assim, a influência formativa do exercício
físico, no desenvolvimento integral do indivíduo. Pestalozzi, também, considerava que o
movimento era uma necessidade natural, indispensável à criança e a Educação Física, um meio
de formação física e de desenvolvimento sensorial e estético essencial na educação e na saúde
da juventude.
1807: Foi aprovada uma legislação na Suécia que determinava que, em cada
estabelecimento de ensino, de acordo com as suas possibilidades, deveriam ser
disponibilizados locais para a prática da ginástica onde seriam praticadas atividades de saltar,
trepar, fazer volteios, nadar entre outras, sob a supervisão de um mestre (professor). Nota-se
que Pehr Henrik Ling (1776-1839), embora tenha tido a intenção de desenvolver a ginástica
escolar através de sua ginástica pedagógica, somente teve essa idéia concretizada através de
seu filho Hjälmar Frederick Ling.

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1820: Foi determinado na Suécia que não poderiam ser dispensados da prática da
ginástica os jovens considerados inaptos para tais atividades, a não ser aqueles autorizados
pela direção do estabelecimento.
1823: A Round Hill School foi criada por Joseph Cogswell (1786- 1871) e George
Bancroft (1800-1891), na cidade de Northampton, Massachusetts, Estados Unidos. A escola
utilizava a instrução individual e primava pela preservação da saúde e melhoria dos aspectos
moral e mental das crianças. Os fundadores da escola acreditavam que uma forma de se
alcançar tais objetivos era através do estabelecimento de um programa de Educação Física,
assim, foram, então incluídas aulas de dança, de equitação e de ginástica, esta última,
ministrada por Charles Beck (1798-1866), discípulo de Jahn. A Round Hill School tornou-se
pioneira na inclusão da atividade física como parte integral do currículo escolar nos Estados
Unidos. Inicialmente, a prática da Educação Física nas escolas fundamentais era prerrogativa
dos meninos, apenas. Em 1825, William Bentley Fowle (1795-1865) introduziu em sua escola
de meninas, em Boston, Massachusetts, a utilização de aparelhos como barras e as roldanas
para serem usadas nos horários de recreio.
1826: Friedrich Fröbel (1782-1852), pedagogo alemão, fundador dos jardins da
infância, discípulo e continuador das ideias de Pestalozzi, escreveu a obra Educação do
Homem em que era salientada a importância da manutenção de um corpo vigoroso e ativo.
Fröbel retorna à idéia de Platão e de Vittorino da Feltre, mas a ultrapassa ao afirmar que os
exercícios corporais conduziam a criança a um conhecimento claro da estrutura interna de seu
corpo, levando-a a sentir, com maior intensidade, as conexões mútuas internas da atividade de
seus membros. Ao defender a idéia de se utilizar o jogo e os exercícios ginásticos com um
sentido recreativo e de educação sensorial, acompanhados de música e de canto na educação
pré-escolar, demonstrou a sua preocupação em relacionar a Educação Física, intelectual e
moral da criança à formação de sua personalidade.
1857: o superintendente das escolas de Cicinnati, Ohio, Estados Unidos, propôs que
todos os professores contratados deveriam aprender um sistema de ginástica adaptado a todas
as séries do ensino fundamental.
1863: Foram alteradas de 4 para 6 horas de ginástica e de exercícios com armas, para
as classes mais adiantadas e para as mais atrasadas, 3 horas apenas, na Suécia. Assim, mesmo
com esses dispositivos legais, a ginástica pedagógica de Ling não conseguiu ser desenvolvida.

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1864: O Instituto Central Real de


Ginástica, fundado por Pehr Henrik Ling em 1814,
foi reorganizado, assumindo o controle da
ginástica escolar seu filho Hjälmar Frederick Ling
(1820-1886). Ao desenvolver a ginástica escolar
ou higiênica, este recebeu o título de pai da
ginástica escolar sueca, disseminando a prática de
tal atividade nas escolas suecas com o apoio de Ellin Falk (1872- 1942), Inspetora de Ginástica
das Escolas Elementares de Estocolmo, criadora da ginástica moderna infantil adaptada às
características psíquicas da criança e às suas necessidades lúdicas. Enquanto que no século
XIX os sistemas ginásticos, centrados na saúde do corpo, na perfeição física e de movimentos
e utilizados como forma de servir à nação estavam sendo transformados em programas de
Educação Física na Alemanha e na Escandinávia, na Inglaterra, as escolas públicas estavam
vivenciando uma outra forma de educação, através de
jogos e esportes, cuja ênfase estava nos valores de
honestidade, jogo limpo (fair play), espírito esportivo,
esforço individual, iniciativa e coragem.
1866: Foi inaugurada a Escola Normal da União
de Ginástica Norte-Americana, que formava professores
de ginástica de acordo com o movimento alemão de
Jahn, com enfoque no treinamento físico. No curso, com duração de um ano, desenvolvido à
noite, os alunos estudavam história e objetivos da Educação Física, anatomia, primeiros
socorros, dança e ginástica combinada com métodos de ensino.
1874: August Hermann (1835-1906), professor de
ginástica na escola de ensino médio – Ginásio Martino
Katharineum – em Brunswick, Alemanha, após permanecer por
algum tempo na Inglaterra, ficou tão convencido da importância
do jogo como poder educativo que introduziu a prática do rugby
nas escolas de meninos, sendo seguido pela implantação do
baseball americano em 1875 e o críquete, em 1876.
1877: Na Suécia, com a visita do professor e capitão Lars
Mauritz Törngren (1839-1912), diretor do Instituto Real Central de Ginástica de Estocolmo,
às escolas públicas inglesas, foi escrito um livro sobre jogos escolares.

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1880: Em Hartford, Cicinnati, Estados Unidos, nas duas escolas de meninas de


Catharine Beecher (1800-1878), eram realizados exercícios semelhantes à ginástica sueca de
Ling, quando começou a ser divulgada nos Estados Unidos. Outros planos e sistemas de
Educação Física foram introduzidos nos Estados Unidos a partir da década de 1880, incluindo
o sistema ginástico sueco cujo precursor foi Hartwig Nissen (1855-1924), que o introduziu em
Washington, DC e, posteriormente, em Boston. Outro divulgador deste sistema foi Nils Posse
(1862-1895) em Boston, Massachusetts que estabeleceu uma escola de formação de
professores que muito contribuiu para a popularidade da ginástica sueca, no continente norte-
americano. A Educação Física curricular no século XIX possuía, principalmente, natureza
corretiva, com ênfase na prática de exercícios formais. Os sistemas de Educação Física
utilizados nas escolas americanas eram os de origem européia e escandinava. Poucas eram as
salas específicas para os exercícios físicos nas escolas públicas dos Estados Unidos. As aulas
eram ministradas nas salas de aula regulares, reunindo um grande número de alunos num
pequeno espaço, e os professores não estavam preparados pedagogicamente para ministrar
atividades físicas. O sistema sueco de ginástica começa a ser mais aceito do que o sistema
alemão, pois o primeiro não era praticado com aparelhos, era mais flexível no que se refere às
condições de oferta do que a ginástica alemã.
1884: Pierre Fredi, Barão de Coubertin (1863-1937), ao
visitar a Inglaterra, conheceu as doutrinas pedagógicas de Thomas
Arnold e o deixou convencido da repercussão que o movimento
desportivo poderia ter na educação da juventude e na melhoria do
entendimento entre as classes sociais, os povos e as nações do mundo
contemporâneo. Ao retornar à França, tentou utilizar a estrutura dos
jogos como instrumento pedagógico para revitalizar a juventude
francesa.
1892: Na convocação da Associação Americana para o Avanço da Educação Física-
AAAPE, hoje conhecida como American Alliance for Health, Physical Education, Recreation
and Dance (Aliança Americana para a Saúde, Educação Física, Recreação e Dança) –
AAHPERD, Nils Posse, defensor do sistema ginástico sueco, face ao que foi intitulado de
“batalha dos sistemas”, entre os defensores dos sistemas de ginástica sueco e alemão, sugeriu
que os sistemas de ginástica estrangeiros fossem substituídos por um sistema nacional baseado
nas necessidades do povo americano. Para esta idéia, contribuiu John Dewey (1859-1952) que
sugeria mudanças no processo educacional, com enfoque na criança. A Educação Física nova

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propunha um ambiente no qual as crianças pudessem vivenciar experiências sociais e


psicomotoras. Aqueles programas tradicionais que não utilizassem o jogo e a dança associados
à atividades espontâneas, não mais atingiriam as necessidades de desenvolvimento das
crianças. Assim, a Educação Física deveria se tornar o componente principal no currículo
escolar. Estes foram os indícios de uma mudança de paradigma, isto é, da utilização de
sistemas rígidos de Educação Física para uma Educação Física nova, mais centrada no
desenvolvimento integral da criança.
1896: Observa-se a influência do movimento inglês na Dinamarca através de Wilhelm
Bardenfleth, Ministro da Igreja e de assuntos Escolares quando enviou uma circular para todas
as autoridades escolares, solicitando a inclusão dos jogos no programa de Educação Física das
escolas públicas dinamarquesas. No ano seguinte, um orçamento, por um período de 3 anos,
foi encaminhado ao Comitê Nacional para a promoção de jogos entre escolares dinamarqueses.
Observa-se, então, que esta atitude estimulou o desenvolvimento de um novo enfoque à prática
da ginástica nas aulas de Educação Física.
1908: A Educação Física Escolar recebeu impulso na Suécia, por Elin Falk (1872-
1942) quando ocupava o cargo de inspetora de Educação Física das Escolas Primárias de
Estocolmo. Nota-se que Elin Falk criticava a ginástica escolar preconizada por Ling, na época,
por sua rigidez de movimentos e de atitudes com conotação militarista, pelo conteúdo
corretivo que limitava a liberdade de ação e o sentimento de liberdade da criança, pelo excesso
de exercícios de ordem, pouco justificados e pelo excesso e falta de adequação nas vozes de
comando. Ao observar crianças que jogavam entre si, fora da atividade escolar, notou que o
faziam de forma alegre, com vivacidade e entusiasmo o que não era observado nas aulas de
ginástica, então ministradas nas escolas. Para interferir neste processo, acrescentou nas aulas
de Educação Física os jogos, as rodas, os exercícios em forma de jogo e as sessões historiadas.
Ellin Falk é considerada a criadora da ginástica moderna infantil, essencialmente adaptada às
características psíquicas da criança e às suas necessidades lúdicas, acreditava que a finalidade
da ginástica era libertar o corpo e a alma para alcançar o indivíduo a sua totalidade.
1910-1930: Período em que Josef Gottfrid Thulin (1875-1965) dominou a ginástica na
Suécia. Ao tratar da Educação Física para crianças de 6 a 8 anos, dizia que a sessão deveria
enfocar vários temas e os exercícios, deveriam ser ministrados em forma de jogo, com a
finalidade de desenvolver as qualidades de observação, de criatividade, de vivacidade e de
coragem da criança, como também, da confiança em si próprio. Pretendia, então, constituir
um todo coerente em que as formas de exercícios e de jogos dariam expressão às ações de uma

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narração ou de um conto, também conhecido como sessão historiada de exercícios. Foi,


também, o introdutor das sessões historiadas ou contos do movimento nas práticas infantis,
assinalando a transição da concepção anátomo-fisiológica, característica principal do sistema
de Pehr Henrik Ling, para o enfoque psicológico-social.
Década de 1920: Período em que Karl Gaulhofer (1885-1941) e Margarete Streicher
(1891 -?) estabeleceram a filosofia da escola austríaca de ginástica. A ginástica escolar ou
natural austríaca de Gaulhofer e de Streicher, contribuiu para o desenvolvimento da Educação
Física Escolar. Influenciado por Jahn e Spiess e familiarizado com as obras de Guts Muths e
Vieth, Gaulhofer desenvolveu seu próprio programa de Educação Física, incluindo uma
variedade de atividades e respeitando a individualidade da criança. A ginástica escolar
austríaca, contrapondo-se aos outros sistemas europeus que previam exercícios com
movimentos criados artificialmente, considerava a Educação Física como educação do
indivíduo e o corpo, seu ponto de aplicação. Os exercícios físicos tinham o objetivo principal
de desenvolver os movimentos necessários para a vida cotidiana e para o trabalho físico aos
quais as pessoas estavam engajadas. Assim, era postulado que a ginástica natural compreendia
todos os meios de formação empregados dentro e fora da escola e que, ao se exercitar o corpo,
seguindo princípios pedagógicos rígidos, tinha-se como objetivo educar o homem em sua
totalidade.
1930-1945: Período de amadurecimento dos estudos sobre o desenvolvimento motor,
a partir da Inglaterra. A abordagem desenvolvimentista partiu de estudos feitos primeiramente
por Arnold Gesell, em 1928, e Myrtle McGraw, em 1935, a partir da perspectiva maturacional
que argumentava ser o desenvolvimento uma função de processos biológicos que resultavam
na aquisição da habilidade motora infantil; Mary Shirley, em 1931, e Nancy Bailey, em 1935,
cujos estudos estavam relacionados ao interesse pelo relacionamento da maturação e de
processos de aprendizado com o desenvolvimento cognitivo. Monica Wild, em 1938, realizou
a primeira investigação abordando os padrões motores desenvolvimentistas em crianças em
idade escolar. Após a segunda grande guerra, as investigações se concentravam na descrição
das capacidades de desempenho motor de crianças, liderados por Anna Espenschade, Ruth
Glassow e G. Lawrence Rarick.
1933: Deu-se a implementação do programa Movimentando-se e Crescendo (“Moving
and Growing”) e Planejando o Programa (“Planning the Programme”) em substituição ao
Plano de Treinamento Físico para as Escolas primárias inglesas, pelo Departamento de
Educação da Inglaterra, estendendo-se o movimento expressionista alemão, através de Rudolf

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von Laban (1879-1958), ao campo educacional. Nota-se a influência de Laban nessa nova
proposta, através do estudo da arte do movimento que propunha a substituição do ritmo de
classe imposto pelo professor e da posição ocupada pela ginástica na educação, pelo
movimento e pelas atividades individuais. Assim, Laban defendia a idéia de que para as
crianças realizarem movimentos adequados deviam passar pelas etapas da exploração, da
experiência e da repetição, assegurando-se a elas, o desenvolvimento de formas pessoais de
movimentos.
1945: É apresentado, em dezembro, por Maurice Baquet, diretor técnico do Instituto
Nacional de Esportes da França-INS, após longa discussão entre técnicos e representantes de
cada federação esportiva francesa, o projeto da Educação Esportiva que contribuiu para a
introdução do esporte nas escolas de ensino fundamental, como também, nas de ensino médio.
É atribuído ao Dr. Bellin de Coteau, a sistematização do método esportivo. A Educação Física
Esportiva Generalizada surgiu como uma opção mais prazerosa do que o exercício físico feito
por mera obrigação. Era, então, proposta uma atividade corporal voluntária a jovens franceses
de ambos os sexos que não conheciam a satisfação do esforço físico, do domínio corporal e
da exaltação de seu ser. Os vários métodos de Educação Física utilizados na França e em
outros países europeus tornaram-se inoperantes, porque não levavam em consideração o fator
psicológico, elemento preponderante. A expressão Educação Física conotava apenas o aspecto
físico e não a melhoria ou manutenção da estrutura corporal. Ao desenvolver uma educação
integral, a Educação Física Esportiva atuava simultaneamente sobre o corpo, o espírito, o
caráter e sobre o senso social do indivíduo, através da utilização do desporto, isto é, da
iniciação desportiva e do treinamento desportivo generalizado ou especializado. O esporte e a
Educação Física, não eram um fim em si mesmos, mas um meio de formação e preparação
para a vida. Assim, a iniciação esportiva generalizada proporcionaria à criança, a partir dos 6
anos de idade, uma iniciação à vida social e coletiva, através de jogos e competições
esportivas; iniciação ao esforço progressivo, dosado em relação à idade e as possibilidades
fisiológicas das crianças e iniciação técnica a qualquer esporte.
Década de 1960: Período em que a Educação Física Infantil se fundamentou nas
questões da psicomotricidade, com enfoque reeducativo e após, terapêutico. A
psicomotricidade, além de incorporar, inicialmente, o mesmo paradigma da Educação Física,
através da ginástica, da dança, do jogo e do esporte, utilizou a primeira, através de diferentes
grupos de exercícios, no diagnóstico de variáveis físico-motoras ou no tratamento re-educativo
terapêutico de crianças. Observa-se, então, que a psicomotricidade, como também, a Educação

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Física é utilizadas no âmbito da Educação Física Escolar numa perspectiva educativa. A


Educação Psicomotora, vertente da psicomotricidade, é a ação psicológica e pedagógica que
utiliza os meios da Educação Física com o objetivo de normalizar ou melhorar o
comportamento da criança. Assim, parte dos pressupostos re-educativo e terapêutico cuja
finalidade é de normalizar o comportamento da criança, tomando como referência o
diagnóstico através de provas de avaliação do perfil psicomotor, e do pedagógico, que busca
a melhoria dos padrões motores de comportamento através de grupamentos de exercícios
utilizados pela ginástica. Entre os defensores da Psicomotricidade encontram-se Picq e Vayer.
Le Boulch defende a idéia de que a educação básica pelo movimento, associada aos jogos e as
atividades esportivas, constituem um meio educativo primordial que deveria ocupar um lugar
de destaque no ensino de crianças na faixa etária de 6 a 14 anos. Lapierre, Vayer, Aucouturier,
Costalatt, entre outros, inicialmente adotaram uma postura re-educativa-terapêutica para,
posteriormente, expandirem suas ideias para o aspecto educativo. Tais estudiosos fizeram uma
inovação no âmbito do exercício físico, e por extensão, no da Educação Física Escolar,
determinando novas variáveis de investigação e de diagnóstico relativos ao desenvolvimento
de habilidades motoras das crianças.
Décadas de 1960 e de 1970: os estudos sobre a abordagem desenvolvimentista foram
direcionados para a aquisição de padrões motores maduros fundamentais. Observou-se, então,
um período normativo-descritivo nas investigações relativas ao desenvolvimento motor.
Décadas de 1980 e 1990 O enfoque das investigações concentrou- se na compreensão
dos processos subjacentes envolvidos no desenvolvimento motor, ao invés de se centralizar
no produto do desenvolvimento. Observa-se, então, a contribuição de Esther Thelen e de Jane
Clark e colaboradores na formulação da teoria de sistemas dinâmicos de desenvolvimento
motor.
1992: A abordagem ecológica do desenvolvimento humano, de Urie Bronfenbrenner
surgida, como teoria, a partir de 1992, com a publicação de sua Teoria dos Sistemas
Ecológicos, considera de forma equilibrada, a questão pessoa-contexto. Ao caracterizar o ser
humano em desenvolvimento, como alguém ativo em seu meio, inter-relacionando-se com
outras pessoas direta ou indiretamente, amplia a visão de homem e de mundo, ao considerar
as dinâmicas que se estabelecem entre as pessoas e seus contextos e as transformações daí
advindas.
1999: A Agenda de Berlim vem a público depois de uma reunião internacional com
mais de 500 representantes de 60 países, convocada pelo International Council of Sport

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Science and Physical Education-ICSSPE. Este documento listou os problemas comuns


diagnosticados em mais de 50 países quanto à prática da Educação Física (pesquisa sob
responsabilidade de Ken Hardman da Universidade de Manchester, Inglaterra). De um modo
geral foi constatado um estado de retrocesso da Educação Física Escolar em escala mundial,
em grande parte devido à impossibilidade da escola e dos órgãos dirigentes da educação
manterem adequadamente as atividades físicas e jogos nos currículos, já saturados por
demandas de novos conhecimentos. Foi aventada ainda a possibilidade da extinção da
Educação Física nas escolas, pela extensão do problema tanto nos países ricos como pobres.
A Agenda – nome derivado do fato de ter sido feito um elenco de recomendações a serem
implementadas pelos países signatários – foi então orientada no sentido de redefinir a
Educação Física na área de saúde mais sensível e envolvida com os benefícios das atividades
físicas em qualquer país (vide texto da Agenda de Berlim, em destaque neste capítulo). Logo
se seguindo à emissão da Agenda, realizou-se a Terceira Conferência Internacional de
Ministros e Representantes Oficiais responsáveis pela Educação Física e Esporte-MINEPS III,
em Punta Del Este – Uruguai de 30 de Novembro a 3 de Dezembro de 1999, quando se
referendou as recomendações de Berlim e tendo o Brasil como um de seus signatários (vide
textos da Agenda de Berlim e da MIMEPS III em destaque, neste capítulo).

Marcos Nacionais de Memória Século XIX

No Brasil, desde o início deste século houve manifestações relacionadas à Educação


Física. Na origem, os primeiros vínculos se referiram às instituições militares e à classe média,
sendo conduzidos para caminhos higienistas, que visavam à melhoria da condição de saúde e
de higiene da população brasileira. Favorecendo a educação do corpo, objetivava a
constituição de um físico saudável e equilibrado organicamente, menos suscetível às doenças.
Associado a essas ideias, observava-se nos meios políticos e intelectuais, uma preocupação
com a eugenia já que o contingente de escravos negros era relativamente grande e poderia
gerar, segundo aquela concepção, uma desqualificação da raça branca. A Educação Física,
neste contexto, juntamente com a educação sexual, sensibilizaram os brasileiros para
manterem a “pureza” e a “qualidade” da raça branca. Apesar dos pressupostos higiênicos,
eugênicos e físicos da Educação Física serem defendidos, a prática das atividades físicas era
um tanto prejudicada, pois havia, no período, uma associação do trabalho físico ao trabalho

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escravo. Essa relação gerava na sociedade uma discriminação no que tange à prática das
atividades físicas que, de certa forma, dificultou a sua obrigatoriedade nas escolas.
1834: Primeiro aluno brasileiro é matriculado no Philanthropinum de Schnepfentahl,
na Alemanha, escola modelo de Educação Física na Europa, e que foi seguido por mais três
dezenas nos anos seguintes, vindos de varias regiões do Brasil.
1837: Antonio Ferreira França possibilitou, em cada escola paroquial de primeiras
letras do Município do Rio de Janeiro – então capital do país –, o ensino da ginástica e defesa
do corpo, natação, equitação e dança.
1851: É registrado, através do Decreto No. 630, de 17 de setembro, a reforma dos
ensinos primário e secundário do Município da Corte no qual nada consta sobre a
obrigatoriedade do ensino da Educação Física (ginástica) nas escolas.
1854: O deputado e Ministro do Império, Luiz Pedreira do Couto Ferraz aprova o
“Regulamento da Instrução Primária e Secundária do Município da Corte” que incluía no
ensino fundamental (primário, na época) das escolas públicas, a ginástica.
1855: Em 17 de fevereiro, é aprovado o regulamento do Colégio D. Pedro II (colégio
modelo do país) que previa o ensino da dança e de
exercícios ginásticos, durante as horas de recreação dos
alunos.
1876: O regulamento do Colégio D. Pedro II foi
alterado, através do Decreto No.6.130, de primeiro de
março, pelo qual o ensino da ginástica continuava obrigatória aos alunos. Ficava, entretanto,
ao critério dos diretores (reitores, na época) a dispensa dos alunos que estivessem
impossibilitados de praticá-la. Os alunos que se distinguissem nas aulas de ginástica,
receberiam uma menção nas notas de aprovação relacionadas a cada ano escolar.
1877: O Decreto No. 6.479, de 18 de janeiro, aprovou o regulamento para as escolas
públicas de instrução primária no Município da Corte que dividia as escolas de instrução
primária em duas classes: as que pertenciam à instrução primária elementar com denominação
de 1o. grau e as complementares, chamadas de 2o. grau. O ensino da ginástica era previsto nas
escolas primárias de 1o. grau. Salienta-se que o ensino da ginástica não era obrigatório a não
ser três anos após a promulgação do regulamento em questão, para que os professores
pudessem se habilitar no ensino dessa disciplina.
1879: Contribuição de Rui Barbosa através de seu parecer, em nome da Comissão de
Instrução Pública, sobre a reforma decretada pelo ministro Leôncio de Carvalho. O parecer,

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emitido em setembro de 1882, previa a ginástica para os meninos nos dois primeiros anos da
escola primária elementar e calistenia, para as meninas. Nos dois anos de estudos seguintes,
chamados de escola primária média, seria observado a mesma prática do período anterior. Na
escola primária superior, isto é, nos quatro anos que se seguiam, seriam oferecidos: a ginástica
e os exercícios militares para meninos e calistenia para meninas.
1882: Em 9 de janeiro é aprovado o programa de ensino que deveria ser observado,
provisoriamente, nas escolas públicas de instrução primária do Município da Corte em que a
ginástica, através de exercícios de corpo livre, constituía-se em matéria facultativa a ser
ministrada no intervalo das aulas, isto é, das 11:30 ás 13:30. Apresentação do parecer sobre a
Reforma do Ensino Primário, na sessão de 12 de setembro de 1882 da Câmara dos Deputados.
Rui Barbosa, além de defender a inclusão da ginástica nas escolas, equiparou os professores
de ginástica aos das outras disciplinas, destacando a necessidade de se ter um corpo saudável
para sustentar as atividades intelectuais. Seu parecer sobre a Reforma do Ensino Primário,
repercutiu, também, em outros estados brasileiros, além do Município da Corte. Observa-se,
no Amazonas e no Pará, medidas que davam uma posição de destaque à Educação Física.
Apesar de ter sido aprovado seu projeto na Câmara dos Deputados, jamais foi posto em
execução.
1883: O regimento interno para as escolas públicas primárias do Município da Corte é
aprovado em 6 de novembro e previa a prática de exercícios de ginástica durante as pausas
existentes entre as aulas, de meia hora cada. O ensino da ginástica compreendia exercícios de
corpo livre, consistindo de flexões, extensões, passos, marchas, carreiras e saltos.
1885: A prática da ginástica nas escolas públicas de instrução primária é declarada
obrigatória, em 23 de novembro, através da Decisão Imperial No. 71. Assim, a ginástica se
tornaria obrigatória no currículo das escolas primárias.
Século XX: No início desse século, a Educação Física, sob o título de ginástica, foi
incluída nos currículos escolares da Bahia, do Ceará, do Distrito Federal, de Minas Gerais, de
Pernambuco e de São Paulo. Nesse período, a educação brasileira estava sendo influenciada
pelo movimento que discutia a reconstrução educacional do Brasil, através de uma nova
educação voltada para o desenvolvimento integral do indivíduo. A Educação Física, como
meio para se alcançar o objetivo almejado, seria um dos agentes de importância no processo.
Nesse período, a Educação Física seguia os moldes europeus – o alemão, o sueco e o francês
– baseados em princípios biológicos e que estavam inseridos num movimento mais amplo, de
natureza política, cultural, e científica denominado de Movimento Ginástico Europeu. Assim,

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no período de 1889 a 1920, enquanto o método alemão era utilizado nos estabelecimentos
militares, nas escolas civis brasileiras predominava o método sueco. O método alemão foi
oficialmente substituído no Brasil em 27 de abril de 1921, pelo decreto n.º 14.784, emitido
pelo, então, Ministério da Guerra que oficializou o método de Géorges Hébert, adaptado às
teorias da Escola Militar Francesa de Joinville-le-Pont.
1905: O deputado pelo Estado do Amazonas, Jorge de Morais, defendeu a inclusão da
Educação Física no ensino fundamental podendo ser continuado tal empreendimento, no
ensino secundário.
1929: Um ante-projeto de lei foi submetido pelo Ministro da Guerra General Nestor
Sezefredo dos Passos, à Comissão de Educação Física. A Educação Física, ministrada dentro
dos moldes do Método Francês sob o título de Regulamento Geral da Educação Física, seria
obrigatória em todos os estabelecimentos de ensino brasileiros, a partir dos seis anos para
meninos e meninas. Apesar das intenções de implementar a prática da Educação Física nas
escolas, observava-se uma ausência de professores que pudessem administrá-la de forma
competente porque não existia, anterior a 1929, uma instituição superior que formasse
professores de Educação Física para atuar nas escolas de Ensino Fundamental. Criação do
Curso Provisório de Educação Física, na escola de Sargentos de Infantaria, que diplomou 22
professores públicos primários (ensino fundamental) encaminhados pelo então, Diretor da
Instituição Pública do Distrito Federal (Rio de Janeiro-RJ), Prof. Fernando de Azevedo, além
dos 60 sargentos instrutores, 8 oficiais e 2 médicos militares.
Década de 1930: Com a expansão das ideologias fascistas, a idéia da eugenia da raça
associada à Educação Física voltou a ser enfatizada. O Exército Brasileiro passou a se
constituir na principal instituição de estruturação de um movimento em prol de uma Educação
Física que mesclasse objetivos patrióticos e de preparação pré-militar. Nota-se, entretanto, que
o discurso eugênico cedeu seu espaço aos objetivos higiênicos e de prevenção de doenças,
possíveis de serem trabalhados no contexto escolar. Como pode ser observada na Constituição
outorgada por Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937, a Educação Física passou a ser
obrigatória em todas as escolas de ensino fundamental, médio, como também, nos cursos de
magistério em nível médio.
1930-1941: Para dar uma maior amplitude ao ensino da Educação Física, o General
Nestor Sezefredo dos Passos, Ministro da Guerra, sensibilizado pelo comentário do Presidente
da República, Washington Luis, de que a Educação Física merecia ser melhor considerada e
era um problema de máxima relevância para a nação, determinou a reabertura do Centro

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Militar de Educação Física em 11 de janeiro, o qual havia sido fechado em 1922. Embora
destinado a formar instrutores e monitores, além de difundir, unificar e intensificar o ensino
da Educação Física no Exército, o Centro Militar de Educação Física, que em 19 de outubro
de 1933 se transformou na Escola de Educação Física do Exército, estava aberto, também, aos
oficiais e sargentos das forças auxiliares, professores federais, estaduais ou municipais e civis.
Nota-se, então, uma ação mais efetiva na formação profissional, no âmbito civil em Educação
Física, no mesmo período, sobretudo a partir da criação da Escolas de Educação Física de São
Paulo e Espírito Santo, e principalmente, a partir de 1939, através do Decreto Lei Nº 1.212, de
17 de abril de 1939, que criou a Escola Nacional de Educação Física e Desportos-ESEF na
Universidade do Brasil, hoje, Universidade Federal do Rio de Janeiro. A Escola Nacional da
Educação Física teve a incumbência de oferecer o curso superior de Educação Física (2 anos
de duração), curso normal de Educação Física (1 ano), curso de técnica desportiva (1 ano),
curso de treinamento e massagem (1 ano) e curso de medicina da Educação Física e dos
Desportos (1 ano). Assim, a partir de 1941, o exercício da função de professor de Educação
Física, nos estabelecimentos oficiais de ensino fundamental das capitais dos estados brasileiros
e nas cidades com população superior a 50.000 habitantes, seria prerrogativa de professor
normalista especializado em Educação Física.
1931: O Ministério dos Negócios da Educação Pública, criado no governo de Getúlio
Vargas em 14 de novembro, aprovou o Decreto n.º 19.890, de 18 de abril de 1931, que previa
a obrigatoriedade da Educação Física nos estabelecimentos de ensino médio (secundário, na
época) voltado para o desenvolvimento harmonioso do corpo e do espírito, concorrendo, desta
forma, para formar um indivíduo de ação, física e moralmente sadio, alegre e resoluto,
consciente de seu valor e de suas responsabilidades.
1937: A Constituição de 1937 tornou-se a primeira referência sobre a Educação Física
feita em textos constitucionais federais sendo incluída no currículo, como prática educativa
obrigatória e não como disciplina curricular, juntamente com o ensino cívico e os trabalhos
manuais, em todas as escolas brasileiras. Segundo o art. 132 dessa mesma Carta, havia uma
previsão de serem organizados para a juventude períodos de trabalhos anuais nos campos e
nas oficinas e desenvolvida a disciplina moral e o adestramento físico, de maneira a prepará-
la para o cumprimento de seus deveres para com a economia e a defesa da Nação. Em 24 de
dezembro de 1937, o Estado da Bahia criou a Inspetoria de Educação Física, Recreação e
Jogos Escolares que tinha como finalidade difundir, regulamentar e controlar a Educação
Física nas escolas de ensino, fundamental e normal em nível médio; elaborar e reunir dados

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biométricos necessários à dedução de médias e extremos de normalidade dos escolares


baianos, para que pudesse ser agrupado, de forma homogênea inicial e de verificação final, o
aproveitamento dos mesmos; organizar festas e torneios desportivos escolares, como forma de
incentivo, entre as escolas, no desenvolvimento de jogos, de exercícios ginásticos e de
educação desportiva. O Estado da Bahia, com essa iniciativa, e, de acordo com a Constituição
de 1937, proporcionou um tratamento que tinha como objetivo revigorar a prática da Educação
Física escolar no território brasileiro.
1939: Com o Decreto Lei Nº 1.212/39, deram início Cursos de Educação Física nos
estados do Espírito Santo, de São Paulo, de Minas Gerais, de Pernambuco, do Pará, da Bahia,
de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, todos seguindo os padrões da Escola de Educação
Física do Exército que, conseqüentemente, estava fundamentada nas diretrizes emanadas pela
Escola francesa de Joinville-Le-Pont. A idéia do desenvolvimento da aptidão física nos cursos
formadores profissionais de Educação Física do Brasil, já que seus conteúdos e programas
estavam vinculados às Ciências Biológicas, não era observado na Escola de Educação Física
do Exército, pois, primeiramente era considerado necessário o suporte da Educação Física
regular para depois se desenvolver a aptidão física e o rendimento desportivo. Considerando-
se o estabelecimento de instituições de ensino superior formadoras de profissionais de
Educação Física, o contingente de professores habilitados na área começou a ser
disponibilizado no mercado de trabalho que se consolidou, principalmente a partir de 1937
(Estado Novo), através do processo de escolarização da Educação Física, com forte ênfase no
método francês originado na Escola de Joinville-Le-Pont.
1945: No período de 1945 a 1961, com a promulgação da Lei Nº 4024, de 20 de
dezembro de 1961 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – L.D.B.), houve um
amplo debate a respeito do sistema educacional brasileiro. Na discussão do projeto de lei que
resultou na LDB de 1961 não se verificava menção sequer à Educação Física, o que causou
um grande impacto, entre os idealistas, os técnicos e os educadores especializados da área, que
se esforçavam em introduzir essa prática educativa no sistema educacional brasileiro. Com a
intervenção do diretor da Divisão de Educação Física, do Ministério da Educação e Saúde,
Prof. Antônio Pires de Castro Filho, a Educação Física foi agregada à lei e se constituiu na
única prática educativa a receber um tratamento especial. O art. 22 da LDB obrigava a sua
prática nos cursos primários (ensino fundamental) e médio, até os 18 anos de idade, as demais
disciplinas seriam regulamentadas no currículo escolar, por decisão dos Conselhos Federais e
Estaduais de Educação.

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1946: O Governo Federal aprovou o Decreto No. 8529, de 2 de janeiro, que tratava da
Lei Orgânica do Ensino Primário, primeiro passo para a centralização da educação e,
conseqüentemente, da Educação Física no Brasil, que dividia a educação primária em curso
elementar, primeiros quatro anos de escolarização e curso complementar, um ano após o curso
elementar. Tal Lei mencionava que a Educação Física deveria ser incluída no currículo de
ambos os cursos, em cada série escolar. O Decreto No. 8530, de 2 de janeiro, lançou as bases
para a nova estrutura centralizada no ensino normal do Brasil. A Lei Orgânica do Ensino
Normal subdividiu o ensino normal em curso de 1o. e 2o. ciclos: o primeiro, efetuado nas
escolas normais regionais e formava regentes de ensino primário e o segundo, realizado nas
escolas normais e graduava professores primários. A Educação Física constava da lista de
disciplinas que deveriam ser oferecidas aos alunos do curso normal, através de atividades
recreativas e jogos.
1948: O anteprojeto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional foi
encaminhado à Câmara de deputados, em novembro, resultado na Lei No. 4024 aprovada em
1961 que tornava a Educação Física obrigatória nas escolas de ensino fundamental e médio,
até a idade de 18 anos.
1961: Promulgou-se a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LBD.
Nº 4024 As diferentes estruturas de educação escolar receberam a denominação de Primário
(quatro anos), (o quinto ano) e o Ginásio também com quatro anos. Após este, havia o Curso
Colegial propedêutico e os Cursos Técnicos como Curso Normal ou Curso de Formação de
Professores; Curso de Contabilidade, de Secretariado, dentre outros.
Abrigadas sob esta estrutura vertical, a (aula de) Educação Física ministrada pelos
regentes “dada suas bases científicas, é atualmente considerada como um aspecto de educação
geral, oferecendo valiosa contribuição ao educando” (Programa da Escola Primária de São
Paulo, 1967:59).
“Na escola primária a educação física teve como objetivo a recreação (individual e
coletiva) nos seus variados aspectos era realizada por meio das atividades naturais, jogos,
atividades rítmicas, dramatizações, atividades complementares” (Programa da Escola
Primária de São Paulo, 1967:59), visando abarcar a totalidade do desenvolvimento do aluno.
A Educação Física na década de 60, também se preocupou com a atitude postural adequada,
com a coordenação sensório motor, o refinamento dos sentidos, e o aumento da sensibilidade
rítmica, favorecendo a co educação, e o conhecimento de nossos costumes.

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Neste período houve por parte governamental e pela iniciativa privada, um


significativo esforço para uma escolarização diversificada. Essa realidade pode ser notada pela
criação de inúmeras experiências inovadoras no processo de educação formal tais como os
ginásios pluri-curriculares, vocacionais, a unificação em dois níveis dos anos do primário
formando apenas dois blocos. A experiência não vingou e logo sofreu revezes devido ao
regime implantado pelo governo militar (ARANTES, 1991).
Quanto às aulas de Educação Física para a juventude, consistiam em ensinar a ginástica
formativa, fundamentos de jogo (modalidades esportivas coletivas), valendo-se do Método
“da Desportiva Generalizada”; não se previa processo de inclusão daqueles que não se
adequassem a normalidade.
1971: Dez anos depois da LDB. Nº 4224/61 foi implementada a segunda Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 5692. Os diferentes graus de escolarização
recebiam agora nova organização e unificação vertical. O primeiro segmento denominado 1º
Grau era composto por oito séries integradas pelo Núcleo Comum e Parte Diversificada.
Nomeavam-se Disciplina aquelas com orientação teórica e por Atividade as de cunho prático
sem reprovação exceto por faltas; Educação Artística, Inglês e Educação Física (PAR.CFE.
853/71).
O programa recomendado para as aulas de Educação Física compreendia “um conjunto
de ginástica, jogos desportos, danças e recreação, capaz de promover o desenvolvimento
harmonioso do corpo e do espírito e, de modo especial, fortalecer a vontade, formar e
disciplinar hábitos sadios, adquirir habilidades, equilibrar e conservar a saúde e incentivar o
espírito de equipe de modo que seja alcançado o máximo de resistência orgânica e de eficiência
individual” (SÃO PAULO,SE/CENP,1985:158).
O 2o. Grau; composto por três ou quatro séries, de cunho técnico profissionalizante foi
oferecido a todos os estudantes. Abriram-se à população a real possibilidade de acesso ao
ensino superior.
Em São Paulo, neste tempo (19..) deu-se a confecção do “Verdão” - material de apoio
e conteúdo obrigatoriamente seguido e desenvolvido por todos os professores da rede pública
estadual; apresentava orientação rígida e estrutural. O “Verdão” vinha acompanhado por outro
material explicativo o Manual do Professor. Em Educação Física, o documento explicava as
seqüências pedagógicas dos diferentes conteúdos das modalidades ginásticas, atléticas e
esportivas (SÃO PAULO, s.d).

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1983: Em São Paulo, a Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas (CENP.)


ofereceu ao professores da rede estadual, subsídios para a implementação da Proposta
Curricular de Educação Física para a pré-escola. Acompanhada do Manual para o Professor,
apresentava exercícios versando a construção da imagem e consciência corporal, atividades
temporo-espaciais, expressão corporal e recreação (SÂO PAULO, SE/CENP. 1983).
1985: com a instalação do processo democrático, abriram-se novas perspectivas para
multiplicidade de Propostas Curriculares em todas as Disciplinas e Atividades. Observa-se em
São Paulo a formulação das Propostas Curriculares pela Coordenadoria de Estudos e Normas
Pedagógicas para as escolas estaduais.
Este processo de intensa discussão acerca dos conteúdos escolares terminou em 1992
com a publicação do modelo final das Propostas Curriculares para o 1º e 2º. Graus para todas
as Disciplinas e Atividades coordenadas pela CENP. Quanto ao Curso de Habilitação
Específica para o Magistério HEM. (antigo Curso Normal), além das disciplinas já
implementadas, haviam as denominadas Instrumentais; as de Metodologias das diferentes
Disciplinas ou Atividades a serem ensinadas aos alunos da escolarização até 4ª. série do 1º.
Grau. As aulas de Metodologia da Educação Física estavam previstas no documento
demonstrando que seu conteúdo merecia ser estudado.

O momento atual e a Educação Física

Desde 1996 o currículo vigente está organizado segundo a terceira Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional LBD. Nº 9394. O processo de escolarização brasileiro apresenta-
se agora completo. Iniciando pela Educação infantil nosso Sistema Escolar termina
formalmente na Graduação, no Ensino Superior. Hoje, as propostas e os conteúdos têm a
preocupação em atender, incluir e integrar todos os estudantes em torno do Projeto Escolar.
As aulas de Educação Física ao contrário das épocas passadas, e, segundo o artigo 26,
deve ser “integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da educação

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básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa


nos cursos noturnos” (São Paulo; SE/CENP 1985;79).
A partir desta Lei vigente passou-se entender o currículo como um todo. A escola,
portanto, deve ser vista como um lugar de informação, de produção de conhecimento, de
socialização e de desenvolvimento integral de todos os estudantes. Para consecução de tal
tarefa, todos os especialistas, os professores, as Disciplinas e os Componentes Curriculares,
devem ter compromisso com o desenvolvimento dos aspectos teórico práticos além de
articulá-los aos Temas ou Eixos Transversais (saúde, meio ambiente, trabalho e consumo,
orientação sexual e ética). O plano de curso, de ensino e das aulas inclusive os de Educação
Física devem ser pensados segundo o Projeto Escolar e orientados de acordo com as
características dos estudantes.

A nossa missão; um compromisso para a toda a vida

Hoje, possuímos muitas linhas ou abordagens filosóficas; cinesiológica, motricidade


humana, cultura corporal do movimento, aptidão física, tradicional, desenvolvimentista, sócio
construtivista, sócio interacionista e a ligada ao meio ambiente. Demos um passo gigantesco
se comparamos ao Capitão Ataliba e aos idos século XIX.
Se esta realidade nos conforta e nos alimenta também nos alerta para a construção de
um Brasil com oportunidades mais amplas a todos. Somada a isto e, dentro de nossa
especificidade, tomara que possamos discutir e fazer praticar com excelência o jogo, a luta, o
esporte, a ginástica e a dança, sem nos esquecermos da sensibilidade que deve guiar os todos
os nossos passos.

Referências

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