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Luciana Daimone Jó

Orquídea Maria Mussa Luís


Rainha da F.S.A. Serviço

Orações Subordinadas: comparativas e consecutivas


(Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa)

Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
Luciana Daimone Jó

Orquídea Maria Mussa Luís

Rainha da F.S.A. Serviço

Orações Subordinadas: comparativas e consecutivas

Trabalho da cadeira de SSPPII (sintaxe,


semântica pragmática do português II) para
efeito de avaliação, orientado pelo Msc.
António Cuatuacha

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2022
1. Introdução

O presente trabalho vem abordar intimamente sobre os aspectos relativos a orações


subordinadas: comparativas e consecutivas. Os pontos em destaque serão tratados de
forma discriminada com os seus respectivos exemplos de modo a trazer uma boa
percepção em relação as orações comparativas e consecutivas. Desta senda, temos como
objectivo geral do trabalho, compreender a cerca das orações subordinadas. E como
objectivos específicos, conceitualizar a oração subordinada; classificar as orações
subordinadas e exemplificar as orações comparativas e as consecutivas. Assim, para a
realização deste trabalho iremos nos focar nos dizeres dos seguintes autores: CUNHA E
CINTRA (1984), SAID ALI (1969:144), CINQUE (1999:48) e mais outros autores que
serão mencionados, ou seja, referenciados no decorrer do trabalho. Assim, para a
produção do presente trabalho, recorreu-se ao método de consulta bibliográfica que se
manifestou na leitura e interpretação dos conteúdos abordados pelas obras que bem
tratam do tema em causa
2. Orações subordinadas: comparativas e consecutivas
2.1. Conceitos

Neste ponto importa-nos trazer alguns conceitos sobre o tema em causa com base em
alguns autores, assim:

De acordo com CINQUE (1999:48) Oração é um enunciado linguístico contendo ou não


um sentido completo. É caracterizado pela presença de sujeito e predicado e o núcleo da
frase, cujo denomina‒se por verbo.

SAID ALI (1969:144) define a oração como sendo uma unidade sintáctica ou um
enunciado linguístico cuja estrutura caracteriza-se, obrigatoriamente, pela presença de
um verbo.

Mergulhando-se nas ideias dos autores referenciados acima, o grupo percebe que a
oração é todo enunciado com sentido completo que apresenta, ao menos, um verbo em
sua estrutura. Ou seja, um enunciado sem verbo não é uma oração, mas há a presença do
verbo, ai estamos perante a uma oração.

Para melhor compreensão em relação a oração, vejamos os seguintes exemplos:

(i) Tudo bem?


(ii) Não chegamos tão atrasadas.

O primeiro enunciado é uma frase, já que é dotado de sentido completo, mas não é uma
oração, pois não apresenta verbo. Já o segundo enunciado, além de ser uma frase, é
também uma oração, já que apresenta um verbo (chegamos).

2.2. Orações subordinadas

Segundo PIMENTA (2000:46), “há construção de subordinação quando duas ou mais


orações de uma frase composta tem entre si uma relação de dependência. Sendo a
oração subordinada a que adquire sentido na dependência da oração subordinante”.

CUNHA E CINTRA (1984) Orações subordinadas são aquelas que desempenham uma
função em relação à oração principal, complementando o seu significado e sendo
dependente dela.
Em relação as orações subordinadas, para o grupo, as orações subordinadas são orações
que exercem uma função sintáctica em relação à oração principal. Isso significa que elas
dependem da principal para fazer sentido, pois completam o seu significado.

Exemplo:

(i) Eu espero que você consiga ir à festa.

Nesta frase temos duas orações: (Eu espero), e (que você consiga ir à festa). Quando
lemos a primeira oração sozinha eu espero, nos percebemos que ela não veio depois de
algo, mas está no início do sentido. Assim, é preciso que algo a complete em seguida,
então ela é a principal.

2.3. Classificação das orações subordinadas

Depois dos conceitos acima ditos, importa-nos trazer a classificação das orações
subordinadas, assim, as orações subordinadas classificam-se em varias formas, mas,
aqui ira apenas debruçar-se das orações subordinadas comparativas e consecutivas.

 Orações subordinadas comparativas

Para CUNHA E CINTRA (1984) as orações comparativas iniciam uma oração que
encerra o segundo membro de uma comparação ou de um confronto, ou seja, orações
comparativas são aquelas exprimem uma ideia de comparação entre dois ou mais seres.

Segundo SAID ALI (1969:144), a oração comparativa serve para esclarecer um


pensamento ou um conceito mostrando a semelhança, a igualdade (ou desigualdade), ou
aquilo com que outra coisa está ou deixa de estar de acordo.

Parafraseando as definições acima, para o grupo as orações subordinadas comparativas


estabelecem uma comparação com a oração subordinante.

Para que a comparação aconteça, são introduzidas por uma conjunção, (como,
Conforme, consoante, segundo, que) ou locuções conjuncionais (do que, assim como,
também, bem como, mais ... do que, menos ... do que).
Exemplos:
(i) Desviou o olhar, como quem não quer ver a coisa, (conjunção).
(ii) Gostava dele mais do que de qualquer outro. (locução)

2.4. Classificação das orações comparativas

BECHARA (2000: 493) classifica semanticamente este tipo de oração, mencionando


que, se trata de uma oração comparativa quando a subordinada exprime o ser com que
se compara outro ser da oração principal. Desta feita, este autor classifica as orações
comparativas da seguinte forma:

 Oração comparativa Assimilativa

Está oração consiste em assimilar uma coisa, pessoa, qualidade ou facto a outra mais
impressionante, ou mais conhecida.
Exemplo:
(i) Os importunos são como as moscas que, enxotadas, revertem logo.

 Oração comparativa Quantitativa


Está oração consiste em comparar, na sua quantidade ou intensidade, coisas, pessoas,
qualidades ou factos.
Exemplo:
(i) Nada conserva e resguarda tanto a vida como a virtude;
(ii) Um homem pode saber mais do que muitos, porém nunca tanto como todos.

 Orações subordinadas consecutivas

MATEUS et al. (2003: 754) refere-se que as orações consecutivas exprimem uma
consequência da intensidade de uma qualidade, da quantidade de um objecto, da
qualidade de um processo descritos na oração subordinante.
As orações consecutivas indicam a consequência do que foi declarado na
subordinante, mediante os seguintes conectores: que (combinado com
uma das palavras tal, tanto, tão ou tamanho, constantes da oração
subordinante), de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que
CUNHA e CINTRA (1984).

O grupo entende que as orações Consecutivas resultam da subordinante cuja se encontra


na primeira sentença, tendo como função trazer a tona o resultado de uma determinada
acção. Assim podemos definir As orações Consecutivas como sendo as orações que
exprimem uma consequência, ou seja, Orações subordinadas consecutivas são aquelas
que desempenham, por subordinação, as funções de complementos circunstanciais de
efeito (de consequência) da ideia expressa em outras orações principais a elas
subordinadas.

As orações subordinadas consecutivas iniciam-se sempre pelas conjunções


subordinativas consecutivas ou por locuções conjuntivas consecutivas precedidas de
vírgula. São elas: Locuções conjuncionais (de maneira que, de forma que, tão, de modo
que, de sorte que (...), Conjunções: (de tal modo que) que;

Exemplos:

(i) Ela atrasou-se, de forma que perdeu o comboio, (locuções).


(ii) O Pedro caiu de tal modo que partiu uma perna, (conjunções).
3. Conclusão

O trabalho, tinha como tem orações subordinadas: comparativas e consecutivas. Assim,


chegou-se a conclusão de que as orações subordinadas são orações que se relacionam
com a oração subordinante (principal) da qual depende o seu sentido. Esta relação faz-se
através de uma conjunção ou locução conjuncional, de um pronome relativo ou de um
pronome ou de um advérbio interrogativo. Ou seja as Orações Subordinadas são aquelas
que exercem função sintáctica sobre outras, ou seja, a oração que subordina ou depende
da outra e por fim falou-se das orações comparativas que são aquelas que exprimem
uma ideia de comparação entre dois ou mais seres. E a oração consecutiva que são
aquelas que expressam uma consequência.
4. Referencia Bibliográficas

BECHARA, Evanildo (2000), Moderna Gramática Portuguesa, Editora Lucerna, Rio


de Janeiro.

CUNHA, Celso e CINTRA, Luís F. Lindley (1984), Nova Gramática do Português


Contemporâneo, Edições João Sá da Costa, Lisboa.

FERNAO, Isabel Arnaldo; MANJATE, Nélio José. Português 12ª classe-Pre-


universitário. 1ª Edição. Longman Moçambique, Maputo, 2010.

MATEUS, Maria Helena Mira et alii (2003), Gramática da Língua Portuguesa,


Caminho, Lisboa.
MATEUS, Maria Helena Mira e CARDEIRA, Esperança (2007), Norma e Variação,
Editorial Caminho

VILELA Mário (1995), Gramática da Língua Portuguesa, Almedina, Coimbra.

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