Lau é um nkisi (amuleto) para caça usado nas florestas do norte do Congo. Os homens realizam cerimônias com o nkisi para trazer sorte na caça, onde tocam instrumentos e arrastam o amuleto no telhado de casas. Se pegarem alguma presa, acreditam que o nkisi trouxe sorte, senão culpam alguém que teve contato sexual antes da caçada.
Lau é um nkisi (amuleto) para caça usado nas florestas do norte do Congo. Os homens realizam cerimônias com o nkisi para trazer sorte na caça, onde tocam instrumentos e arrastam o amuleto no telhado de casas. Se pegarem alguma presa, acreditam que o nkisi trouxe sorte, senão culpam alguém que teve contato sexual antes da caçada.
Lau é um nkisi (amuleto) para caça usado nas florestas do norte do Congo. Os homens realizam cerimônias com o nkisi para trazer sorte na caça, onde tocam instrumentos e arrastam o amuleto no telhado de casas. Se pegarem alguma presa, acreditam que o nkisi trouxe sorte, senão culpam alguém que teve contato sexual antes da caçada.
Nas áreas densamente florestadas do norte do Kongo, caçar é mais importante do que no sul. É uma tarefa exclusivamente masculina, não apenas praticamente, como mostra este texto, mas ideologicamente. Uma caçada de sucesso é uma função da solidariedade coletiva de homens não contaminados por contato com mulheres. O nkisi pode ser usado não apenas na caçada, isto é, para "soltar" a caça, mas também para soltar alguém que foi capturado por uma aldeia hostil. Soltar é mais uma vez matéria de "trazer abaixo" do alto do telhado. A assistente feminina do sacerdote do amuleto é requerida para mimar o desespero do inimigo. O arbusto nlombo é empregado porque seu nome implica a “escuridão, obscuridade” que vai ajudar o prisioneiro a escapar! O nkisi também traz sorte. Na aldeia, se um homem acha que sua sorte se foi, ele combina um dia com o nganga de Ma mbuku mongo, ou algum outro nkisi. O nganga lhe diz, "vá atrás de Lau, pois ele é que está mantendo sua sorte afastada". Então, o homem vai atrás do nganga Lau.. No dia em que a caçada está marcada, todos os caçadores da aldeia reúnemse, seguram o bastão e arrastam o nkisi todos de uma vez. Quando eles alcançam a casa do homem [da aldeia], põem o nkisi no telhado e repentinamente o fazem cair de novo. Se o osso de algum animal, tal como um gato selvagem, cai durante a puxada ou a queda do nkisi, eles dizem, "Agora vamos caçar, porque vamos matar um gato selvagem". Após terem puxado o nkisi, ninguém que abraçar uma mulher naquela noite pode se juntar a eles. Após o tratamento, o nganga dá sua benção aos caçadores e eles partem para a caçada. Se eles matarem alguma caça, aplaudem o nkisi; do contrário, o que eles acreditam e dizem então é que alguém teve um encontro sexual e arruinou a puxada do nkisi e por isso é que não há caça. Se pegam alguma coisa, dividem tudo entre eles e dão uma perna para o nganga Lau. Se não conseguem nada, então estão com problemas, ele não poderá ajudálos. Este nkisi está dividido em duas partes. Uma é para matar caça, então qualquer que seja o animal que cacem, ou que seja pego com uma armadilha, será amarrado numa corda; se fêmea, pelo lado esquerdo, se macho, pelo lado direito. No dia marcado para a caçada, tocam berrantes em todas as entradas da aldeia. A segunda parte do nkisi é dedicada a soltar um cativo. Eles vão à floresta, arrancam um arbusto nlombo e amarramno no alto do mastro de uma casa; então os homens e as mulheres se aproximam e puxamno para fora. Assim que é trazido abaixo, todos eles seguram suas tangas. Naquele dia, a pessoa que foi aprisionada noutra aldeia será capaz de escapar. É este o poder do nkisi. Nota: Ninguém fica rico no Kongo com agricultura de subsistência. A maior parte do trabalho nas plantações é feito por mulheres. Um homem precisa de pelo menos uma mulher, para produzir comida para seu lar, e crianças, para aumentar sua importância social, mas ele mesmo engaja a maior parte de sua energia para ficar rico, se ele puder, através de táticas agressivas de comércio, guerra e caça combinado. As metáforas utilizadas em relação a estas atividades eram similares, e expressavam a visão de que o sucesso do homem nelas dependia em parte em evitar contato com mulheres. Uma distinção ritual era feita, como no nkisi Mbumba, entre o sangue de matar, com o qual os guerreiros se lambuzam, e o sangue menstrual, que devem evitar. A floresta, domicílio de animais e ancestrais era o domínio dos homens; a aldeia e a vegetação baixa eram relativamente femininas. As mulheres, entretanto, estavam incluídas entre os itens da prosperidade que um homem de sucesso esperava obter, e que ele então teria de ter para se proteger contra os interesses predatórios de seus iguais. Supunhase que um nkisi como Mwivi, “Ladrão”, favorecia tanto a caça quanto a sedução de mulheres. oloje iku ike obarainan Curtir · · Compartilhar
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