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Análise da resistência à flexão de

vigas de madeira laminada


colada com diferentes
espessuras de lâminas

Prof. Júnior Henrique Canaval


Disciplina: Resistência dos Materiais II
Discentes

• Ana Paula Aparecida de Faria;


• Camila Ferreira Faria;
• Josiane Mírian Rodrigues;
• Lavínia Apolyane Costa;
• Mariana Lara Oliveira.
Introdução

● A utilização da madeira laminada colada (MLC), é vastamente


disseminado em diversos países, tais como Estados Unidos,
Canadá e países Europeus.

● Nas construções brasileiras, resultado da pequena tradição no


seu uso, elevado custo de adesivos e reduzido número de
empresas envolvidas na sua fabricação.

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Introdução

● Pfeil (2012, p.13) define a madeira laminada colada como sendo


um produto estrutural, formado por associação de lâminas de
madeira selecionada, coladas com adesivos e sob pressão, com
espessura de lâminas variando de 15mm à 30mm, podendo
excepcionalmente atingir até 50mm.

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Introdução

● Conforme o item 7.4.4 da NBR 7190 (1997, p. 29), as peças de


madeira laminada colada devem ser formadas por lâminas com
espessuras não superiores a 30mm de madeira de primeira
categoria;

● O item 6.3 da ANSI A190.1 (2017, p. 05) determina que as


laminações não devem exceder 51 mm de espessura;

● O item 6.2.3 da DIN EN 386 (2001, p. 09) especifica espessura


máxima de 45mm para coníferas de primeira classe.

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Introdução
● presente trabalho, pretende-se verificar a influência da
espessura das lâminas integrantes de vigas de madeira
laminada colada no seu comportamento quando
submetida à ensaios de flexão à quatro pontos.

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Materiais e Métodos

● Vigas de madeira Pinus Elliottis com seção transversal de 50 x


150 mm;

Figura 1: Seções transversais das vigas


Fonte: MARQUARDT, 2017, p. 5.

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Materiais e Métodos

● Adesivo estrutural à base de resina epóxi;

Figura 2: Exemplo de adesivo estrutural Figura 3: Exemplo de adesivo estrutural


Fonte:https://vedacit.com.br/produtos-e-soluco Fonte:https://bra.sika.com/pt/construcao/colage
es/adesivos/vedacit-compound-adesivo m-estrutural/adesivo-epoxi/adesivo-epoxi-de-me
dia-fluidez/sikadur-32.html

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Materiais e Métodos

Figura 4: Fluxograma do Procedimento Experimental


Fonte: MARQUARDT, 2017, p. 3.

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Materiais e Métodos

● Caracterização da Madeira:

Tabela 01: Propriedade do Pinus Elliottis

Fonte: NBR 7190/1997

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Materiais e Métodos

● Caracterização do Adesivo:

○ Adesivo estrutural à base de resina epóxi, de média


viscosidade;

○ Segundo especificação técnica do produto, fornecidas pelo


fabricante, possui resistência à compressão de 60 MPa a
90 MPa;

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Materiais e Métodos

● Ensaio de Umidade:

○ Item B.5 da NBR 7190/1997;

○ Relação entre a massa inicial e a massa seca da madeira;

○ Analisar de 6 em 6 horas a ∆umidade ;

○ Massa seca, ∆umidade ≤ 0,5%;

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Materiais e Métodos

● Ensaio de Umidade:

Figura 5 : Balança com precisão de 0,01g Figura 6 : Estufa com T de 103°C ± 2°C
máx
Fonte:http://www.marte.com.br/produto/411/ Fonte:https://www.splabor.com.br/produto/estufa-de-secag
balanca-de-precisao-ad5002 em-e-esterilizacao-digital-temperatura-5c-250c-2-portas-m
odelo-sp-100/

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Materiais e Métodos

● Ensaio de Densidade Básica:

○ Item B.6 da NBR 7190/1997;

○ Relação entre a massa da amostra seca e volume saturado;

○ Precisão da balança: 0,01g;

○ Estufa com temperatura máxima em torno de 103ºC ± 2ºC;

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Materiais e Métodos

● Confecção das vigas:

○ Seção transversal de 5x15cm;

○ Comprimento de 200cm;

○ Lâminas de 15, 25, 30 e 50mm de espessura;

○ Valores cotemplados nas normas NBR 7190/1997, DIN EN


386 e ANSI A190.1

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Materiais e Métodos
● Confecção das vigas:

Figura 7: Seções transversais das vigas


Fonte: MARQUARDT, VITO, 2017, pag. 5

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Materiais e Métodos

● Confecção das vigas:

○ 4 furos de 6mm de diâmetro;

○ Parafusos com rosca sem fim com diâmetro de 5mm;

○ Localização dos parafusos a 25cm das extremidade;

○ Distâncias entre os parafusos de 50cm;

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Materiais e Métodos

Figura 8: Furos na seção longitudinal da viga (medidas em cm)


Fonte: MARQUARDT, VITO, 2017, pag. 5

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Materiais e Métodos

● Confecção das vigas:

○ Utilização de porcas, arruelas e chave sextavada;

○ Espessura da linha de cola de 1mm;

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Materiais e Métodos

Figura 9: a) Pressão manual; b) Aplicação resina epóxi


Fonte: MARQUARDT, VITO, 2017, pag. 6

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Materiais e Métodos

● Ensaio de flexão à 4 pontos:

○ Ensaio realizado nas 15 vigas;

○ Vigas posicionadas acima de dois roletes;

○ Carregamento vertical “P”;

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Materiais e Métodos

● Ensaio de flexão à 4 pontos:

Figura 10: Carregamento das amostras (medidas em cm)


Fonte: MARQUARDT, VITO, 2017, pag. 6

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Materiais e Métodos

● Ensaio de flexão à 4 pontos:

○ QuantumX modelo MX84OB;

○ Medidores LVTD (Transformador Diferencial Variável Linear);

○ Rompimento por flexão na madeira;

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Materiais e Métodos

● Ensaio de flexão à 4 pontos:

Figura 11: a) Ensaio de flexão estática à quatro pontos;; b) Viga rompida após ensaio de flexão à 4 pontos
Fonte: MARQUARDT, VITO, 2017,pag. 7

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Resultados e discussão

● Ensaio de umidade e densidade básica

○ Teor de umidade de madeira

○ Densidade básica

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Resultados e discussão

● Percentuais de umidade e valores de densidade básica

Tabela 02: Teor de umidade (%) e densidade básica média (Kg/m³)


Fonte: Do Autor, 2017.

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Resultados e discussão
● Carga de ruptura

Tabela 03: Carga de Ruptura (Kgf) e Deslocamento Vertical na Carga de Ruptura (mm)
Fonte: Do Autor, 2017.

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Resultados e discussão

● Os valores de ruptura obtidos no ensaio de flexão à quatro


pontos estão descritos na Tabela, onde tem-se a Carga de
Ruptura (Kgf) e deslocamento vertical máximo (mm).
○ Grupo com maior carga de ruptura é o grupo A (com maior
quantidade de linhas de cola);

○ Grupo com menor carga de ruptura é o grupo E (vigas


maciças);

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Resultados e discussão
○ A amplitude de resultados nas médias da Carga de Ruptura
foi de 764,53 Kgf, e nas médias de deformação vertical de
22,54mm.
○ Os valores dos coeficientes de variação das médias foram,
para Carga de Ruptura e Deslocamento Vertical,
respectivamente, de 49,39% e 75,93% para o grupo A, de
16,62% e 17,51% para o grupo B, de 11,41% e 8,11% para
o grupo C, de 38,31% e 40,72% para o grupo D e 18,46% e
98,58% para o grupo E.

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Resultados e discussão
○ Ao analisar estes dados estatisticamente, é possível verificar
na figura xxa o gráfico para a carga de ruptura e na figura
xxb o gráfico para os dados de deslocamento vertical na
carga de ruptura.
○ Os valores de “p”, na análise de variância para a carga de
ruptura foi de 0,035 e o de deslocamento vertical na carga
de ruptura foram 0,019.
○ O que comprova com 95% de probabilidade, a existência de
pelo menos uma diferença estatisticamente significativa
entre as médias, por meio do ensaio de Tukey ( tabela 4).
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Resultados e discussão

Figura xx: Gráfico Boxplot para a Carga de Ruptura (Kgf); b) Gráfico Boxplot para Deslocamento Vertical na Carga de Ruptura (mm)
Fonte: Do Autor, 2017.

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Resultados e discussão

Tabela 04: Resultado do teste de médias para Carga de Ruptura e Deslocamento Vertical na Carga de Ruptura.
Fonte: Do Autor, 2017.

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Resultados e discussão
○ As médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si
pelo teste de Tukey ao nível de significância de 5%.
Observa-se na tabela 3 e na Figura xxa, a grande
heterogeneidade entre os valores das vigas dos grupos A e
D.
○ Por meio da análise estatística, é possível concluir,
conforme a tabela 4, que os únicos grupos que diferem
entre si são os grupos A e E (lâminas de 15mm e de viga
maciça).

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Resultados e discussão
○ Dessa forma existem dois grupos com comportamentos
estatisticamente iguais, sendo um grupo composto por todas
as vigas de madeira laminada colada e outro composto
pelas vigas maciças e pelas vigas dos grupos B, C e D
(lâminas de 25, 30 e 50mm de espessura).
○ Para os deslocamentos verticais na carga de ruptura,
verifica-se na tabela 3 e na figura xxb, grande amplitude nos
valores das amostras do grupo E.

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Resultados e discussão
○ Por meio da tabela 4, conclui-se então a existência de dois
grupos com comportamento estatisticamente iguais, sendo
que um deles é constituído por todas as vigas de madeira
laminada colada e o outro é constituído pelas vigas maciças
e pelas vigas do grupo A (lâminas com 15mm de
espessura).

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Considerações Finais

● Quando analisados os valores apresentados para as 15 vigas


de madeira laminada colada apresentam o mesmo
comportamento, independentemente da espessura das lâminas
de madeira da espécie Pinus Elliottis.

● quando comparadas com as vigas de madeira maciça,


analisando-se a carga de ruptura, apenas as vigas com lâminas
de 15mm apresentaram valores que diferem estatisticamente.

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Considerações Finais

● Já no deslocamento vertical na carga de ruptura, as vigas de


madeira laminada colada que diferem das vigas maciças são as
do grupo B, C e D (25, 30 e 50mm).

● Portanto, de maneira geral, conclui-se que não temos diferença


estatisticamente significativa entre as diferentes espessuras de
lâminas para as variáveis estudadas neste trabalho.

● .

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Considerações Finais

● Foi possível observar que a NBR 7190 está gerando um maior


custo na fabricação das vigas, quando comparada com a DIN
EN 386 e a ANSI A.190, já que exige um maior número de
linhas de cola.

● Conclui-se também que as vigas de madeira laminada colada


apresentaram comportamentos superiores e diferenças
estatisticamente significativas quando comparadas com as
vigas maciças.

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Referências

MARQUARDT, Lucas; VITO, Márcio. Análise da resistência à


felxão de vigas de madeira laminada colada com diferentes
espessuras de lâminas. 2017. Disponível em:
<http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/5917/1/LucasMarquardt.pdf
>. Acesso em: 25 fev. 2021

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