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Roteiro de Estudo Colaborativo: Avaliação Bimestral (7° ano)

1. Grandes Navegações e Renascimento (Caroline)


As Grandes Navegações se iniciaram devido à necessidade de um reino ter ouro, isto é, Portugal e Espanha
procuravam caminhos que chegassem às Índias, sem que passassem pelo Mar Mediterrâneo, onde a Itália já
havia dominado. Quando estivessem em seu destino, comprariam especiarias por um preço mais barato que
pagavam antes - dos italianos - e venderiam para obter ouro.
Nessa busca pelas terras indianas, o rei de Portugal enviou navios para contornarem a África e, então
chegarem nas Índias. Essas navegações foram bem sucedidas, pois, com elas, Portugal ficou muito rico.
Já os espanhóis tiveram que arranjar uma nova estratégia que não passasse pelo Mar Mediterrâneo e que
não contornasse a África. Por isso, Cristóvão Colombo foi pago para realizar uma viagem para o Oeste, no qual
daria a volta no mundo - segundo seus conhecimentos geográficos da época, a Terra possuia formato plano.
Porém, ao navegar rumo à Oeste, os espanhóis encontraram terras, no qual pensaram ser as Índias. Também
tiveram em mente que aquele poderia ser o tão idolatrado Paraíso. Mal sabiam eles que aquela seria a descoberta
de um novo continente (a América). Lá, encontraram criaturas que, para eles, eram muito diferentes dos seres
humanos… Os indígenas foram denominados "índios" pelos espanhóis - principalmente Cristóvão Colombo - que
acreditava estar nas Índias.
Nesses anos todos, os mapas eram baseados na imaginação com o que eles conheciam, cercado de
fantasias (o mundo que eles conheciam se resumia à Europa, Ásia e África, haviam monstros marítimos, o
próprio Paraíso e até o inferno ficavam nas superfícies terrestres). Isso, sem nenhum critério científico, vinha de
ideias do período da Idade Média. Foi depois do Renascimento que os europeus começaram a ter uma melhor
noção de como realmente é a Terra e a não ter medo de Deus (começaram a explorar o mundo, mas ainda com
receio de criaturas), por meio da razão e da ciência, então melhoraram muito suas representações dos espaços
geográficos. Ou seja, tudo que não conhecemos, fantasiamos! É a mesma situação com as pessoas daquela
época: acrescentavam uma porção de mistério e fantasia.

2. Mercantilismo e Absolutismo (Vinícius)


No absolutismo, o território teria que ter só um rei, dessa forma tanto o rei escolhido quanto a burguesia se
beneficiavam. A burguesia se dava bem, pois tendo um só rei, ela precisaria pagar um só imposto e o rei se
beneficiava, já que a burguesia dava uma parte de seu lucro para ele. Em outros casos, o rei também financiava
alguns empreendimentos burgueses, a exemplo das Grandes Navegações, esperando um retorno ainda maior
que o seu financiamento por meio da conquista de mercados pelo mundo todo. As viagens espanholas e
portuguesas, ou seja, a conquista do mercado de especiarias nas Índias e dos impérios asteca e inca são
exemplos de empreendimentos que visavam a ampliação do mercado, patrocinados pelos reis da Espanha e de
Portugal.
Vale ressaltar que com um só rei, ou seja, com o Absolutismo, teve início o mercantilismo, conjunto de
práticas adotadas pelas monarquias nacionais para obter metais preciosos e fortalecer o reino. No mercantilismo,
existem 5 preceitos:
1ª- Ter muito ouro (metalismo)
2ª- Importar pouco e exportar muito (balança comercial favorável)
3ª- Cobrar impostos da importação (protecionismo)
4ª- Incentivo às manufaturas locais (para concorrer de forma “desleal” com os produtos importados).
5ª- Dominar territórios para se apropriar de suas riquezas e explorar a mão de obra dos povos conquistados
(conquista de colônias)
3. Astecas e Incas: (Carolina)
Os Astecas e Incas possuem algumas semelhança e diferenças.
Os Astecas ficavam na América do Norte, no México, e o imperador dos astecas cobrava altos impostos do
seu povo, explorava o trabalho, era um grande conquistador de terras, dominava e oprimia os povos
conquistados. A maioria dos povos conquistadas se incomodavam com esses fatores.
Já os Incas, ficavam na América do Sul, no Peru, e viviam mais em harmonia com um imperador muito mais
agradável, chamado pelo povo de “Sapa Inca”. O Sapa Inca era muito importante para todos, ele era considerado
o filho do Deus do Sol (o que o tornava uma divindade). Quanto à produção de alimento (agricultura) ele fornecia
terras para todos os súditos do império, e o tamanho da terra variava de acordo com o números de pessoas da
família. Além de fornecer terras para a subsistência, também fornecia roupas e outras coisas para os seus súditos
em troca da MITA (trabalho em grandes obras públicas). A agricultura asteca utilizava as chinampas (ilhas
artificiais) e os incas praticavam a agricultura em grandes terraços. Além da agricultura, as duas sociedades
praticavam o comércio em cidades bem planejadas, com templos dedicados aos deuses nas praças principais.
Nos dois casos, sacrifícios humanos eram praticados nesses grandes templos, localizados nas cidades do
império. Exemplos: Templo Mayor (Tenochtitlán) e as pirâmides de Machu Picchu (Peru).

4. Povos Indígenas do Brasil (Duda)


Os povos indígenas do Brasil pertencem à vários grupos, distribuídos por todo o território.
As atividades realizadas atendiam à necessidade de alimento e abrigo, além de servir para a realização de
práticas rituais e para a guerra. Nas aldeias, as celebrações e os rituais serviam para agradecer aos espíritos
protetores, marcar momentos de passagem na vida da comunidade, indicar a chegada de certas épocas do ano ou
a vitória em um combate.
Como os povos indígenas do Brasil trabalhavam de acordo com a necessidade das aldeias, tinham muito
tempo livre para praticarem outras atividades como a arte, a dança, músicas e guerras (disputas).
Em alguns casos, praticava-se a antropofagia, ou seja, o guerreiro mais corajoso da tribo vencida passava a
viver na tribo vencedora, incorporando a sua cultura. Após algum tempo, era feito um ritual que sacrificava o
guerreiro prisioneiro. Nesse caso, acreditava-se que ao ingerir a carne do prisioneiro, o guerreiro vencedor ganharia
a sua força. Desse modo, sempre eram escolhidos os guerreiros mais corajosos e fortes das tribos que perderam
as batalhas. Portanto, a guerra indígena não disputava territórios, ela desempenhava um papel importante na
manutenção da reprodução da tribo (somente os guerreiros vencedores, que executavam o ritual antropofágico,
poderiam ter filhos). Desse modo, também se relacionava à disputa e ao status que ocupavam alguns homens
dentro das aldeias.
Os europeus criaram diversas imagens dos indígenas, retratando esse ritual como uma forma de canibalismo.
Nesse caso, criaram uma narrativa fictícia que afirmava que os indígenas matavam qualquer pessoa, em qualquer
momento, fazendo um “churrasco” com o corpo da vítima para toda a tribo se alimentar (como se não tivesse
história, uma mensagem por trás do ritual deles). Nesse sentido, a Europa iria demonizar as tribos indígenas para
justificar a conversão dos povos nativos e a conquista dos seus territórios. Vale ressaltar que o canibalismo, o ato
de comer qualquer carne humana, em qualquer lugar, sem nenhuma ritual associado, nunca fez parte da cultura
indígena.

5. A Conquista do Império Asteca e Inca: (Rodrigo Ismael e Franklin) ???


Slide 1 ao 4:
https://docs.google.com/presentation/d/1IVm0D4tgJggeEkib2D5YjBzAz0rtEnWkE2QWlheINb4/edit#slide=id.g5d82dffb8e_0_20
6. A Questão do “outro” (Profa.Verônica)
A visão dos europeus sobre os povos indígenas:
No encontro entre os europeus e os povos nativos do continente americano, os indígenas foram representados
como “monstros”, “selvagens”, ou seja, como povos “não-civilizados” que deveriam ser convertidos ao
cristianismo. Portanto, os europeus interpretaram a cultura indígena a partir de suas referências culturais,
especialmente a religião, não levando em consideração que as culturas da antiga América eram politeístas, com
diferentes organizações políticas, sociais e econômicas. Nesse caso, os europeus acreditavam que tinham a
missão de “civilizar” os povos nativos em troca da exploração do seu trabalho e apropriação da sua riqueza e de
seu território.

A visão dos indígenas sobre os povos europeus:


Ela foi variada, mas em quase todos os casos os europeus não foram atacados no primeiro encontro. Na medida
em que os europeus foram dizimando a população nativa, os povos indígenas tentaram interpretar a busca
constante por ouro promovida pelos invasores. Na visão indígena, a adoração do ouro só teria sentido para os
povos nativos se fosse atribuído ao metal algum significado divino, tornando incoerente o discurso cristão que
inferiorizava a população da América e buscava legitimar a conversão dos nativos.

ESTUDEM!

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