1. Denunciar o caráter eurocêntrico e racista da Filosofia através de trechos de Filósofos 1.1 Trecho de Kant que mostra o eurocentrismo e o racismo antinegro – Mostra um trecho da obra “Observações sobre o sentimento do belo e do sublime”, onde retrata nitidamente o eurocentrismo. 1.2 Trecho de Hume que ajuda a compreender o racismo na Filosofia – Com a ideia de mostrar que não apenas Kant, mas outros filósofos também possuem trechos eurocêntricos e racistas, lemos o trecho onde podemos ver claramente o racismo de Hume, dizendo que os negros africanos não possuem talentos e nem sentimentos, alegando que há uma imensa diferença entre os negros e brancos, em relação às suas capacidades mentais. 1.3 Tentativa de amenizar as falas de Kant e Hume – O autor mostra exemplos do que os seguidores do pensamento de Kant diriam, que devemos levar em conta a época vivida por ele, e não podemos considerar apenas um trecho, e sim o contexto todo. Realmente não podemos desconsiderar esses fatos, porém continua sendo algo 1.4 Trecho de Tocqueville em “A democracia na América” com mais um exemplo do eurocentrismo – O negro nunca será igual ao europeu, não é possível esconder sua origem e suas raízes, sempre será um estrangeiro. 1.5 Exemplo de Durkheim – Durkheim considera uma hierarquia entre as religiões, onde as religiões inferiores são civilizações inferiores. 1.6 Exemplo de Marx – Tentativa de relatar as invasões e a violência nas civilizações da Índia 1.7 Conclusão – Os autores viveram em uma época eurocêntrica e racista, estavam em uma sociedade que já inseria esse pensamento racista, de que o negro é inferior ao branco, nas pessoas. 1.7.1 Argumentação por parte dos seguidores desses filósofos – Não podemos tomar fragmentos de um pensamento pelo seu todo, seria uma forma incorreta de usar esses textos tão belos para esse intuito de relatar o racismo e eurocentrismo. 1.7.2 Ponderação sobre o argumento – Realmente não podemos só pegar um trecho de uma obra tão bela, porém devemos ter cuidado ao escrever filosofia sobre política, ética e sociedade nos tempos de hoje para não cometer esses mesmos erros. Como garantir que a visão desses filósofos não se baseou nesses pensamentos. Não é possível garantir que esses pensamentos racistas interfiram na forma de interpretar política e ética. Esses filósofos não ficam só na época em que viveram, estão presentes até hoje, por isso não devemos esquecer desses pensamentos deles, e deve-se sempre conhecer o posicionamento ético e racial dos filósofos. 1.7.3 Trecho da obra Tratado de Metafísica de Voltaire – Mais um relato de racismo, comprovando os diversos problemas, não podemos somente dizer que na época era esse espírito de visão que eles possuíam, é muito mais grave, seus pensamentos não duraram apenas naquela época, estão presentes até os dias de hoje.
2. Hegel, um caso à parte
2.1 Retorno de Hegel – Filosofia de Hegel retorna através de filósofos mais próximos a nossa atualidade como Lacan, Zizek, Sloterdijk, Honneth. 2.2 Seu impacto e o real problema– Sua filosofia aparece como forma de inspiração para empreender filosoficamente tanto na direita quanto na esquerda. Mesmo com tanta repercussão de sua filosofia não podemos deixar de lado o grande problema do racismo nas obras. 2.3 Influência de maneira equivocada – Axel, que defende muito a ética e que “leva como base Hegel”, porém no trecho notasse uma contradição a sua base, como um pensamento tão racista e tão agressivo poderia servir de base para algo. 2.4 Novamente pontos de defesa dos defensores do filósofo alemão – Não se deve considerar apenas um trecho, e com esse trecho mudar o foco da obra, apagando a grandiosidade do texto, a dialética 2.5 Contraponto sobre a defesa – A visão da dialética está diretamente entrelaçada com a visão de mundo de Hegel, logo, não podemos apenas desconsiderar esses trechos eurocêntricos. 2.6 Trecho Negligenciado – Textos acabam sendo tão eurocêntricos que fica impossível considerarmos o espírito de tempo, como se cometesse algo muito grave de maneira recorrente e sempre pedisse desculpa como se fosse resolver 2.6.1 Trecho de Hegel deixado de lado – Trechos extremamente agressivos são deixados de lados como se não causassem interferência na interpretação por parte dos intelectuais contemporâneos. Como se esses trechos não causassem distorção na forma de visão do mundo 3. Dialética em outras visões 3.1 Como compreender, e Duseel – Não se compreende a dialética na lógica ou na metodológica, já que ela é ontológica e política. É preciso que seja imposto uma metodologia de superação desse método dialético. 3.2 Falsa dialética – A falsa dialética hegeliana, fez com que ocorresse a busca por uma nova, uma mais verdadeira. É falsa por tratava-se de um diálogo entre uma afirmação e uma negação, entre o ser e o próprio ser. 3.3 Falta de crítica à dialética e suas consequências – A falta de alguém criticar a dialética de Hegel, faz com que permaneça até os tempos atuais sem nenhum questionamento, logo sem nenhuma mudança. Escondendo todos os princípios racistas que existem, evidenciado esses fatos extremamente importantes e alienando apenas na dialética hegeliana, e caso questionem sempre será o espírito de tempo. 4. Tribunal de Hegel – Deve-se passar a filosofia de Hegel por um tribunal, para ser reconstituída nos tempos modernos, criando uma visão contemporânea. E para os seguidores da filosofia hegeliana devem se submeter ao processo de purificação, tentar criar uma autonomia e criar diferentes visões de Hegel e suas práticas eurocêntricas. Pensamentos modernos e contemporâneos não devem se basear em ideias passadas cheias de preconceitos raciais e de posição no mundo, deve-se substituir os pilares por princípios modernos. 5. Considerações Finais 5.1 Inserção dos assuntos étnico-raciais na Filosofia – Assuntos étnico-raciais estão muito presentes na maioria dos campos das Ciências Humanas e Sociais, porém na área da Filosofia acaba faltando ser tratado esse assunto. Se tratado nessa área ajudaria no entendimento filosófico nesse âmbito, podendo trazer novas percepções do assunto e até uma nova forma de pensar sobre. 5.2 Pensamento Pós-Colonial – O pensamento era do homem branco, ocidental, heterossexual e cristão, foi então questionado e passou a partir do princípio de que não existe um sujeito universal, desconstruindo o pensamento antigo do homem europeu. Derrubam gradativamente o pensamento eurocêntrico de que a Europa é o centro do planeta, começa então a surgir uma nova visão de mundo, novos tipos de cartografia mais fiéis ao plano real. 5.3 Cegueira de conhecimento – Era comum se alienar a pensamentos que muitas vezes causava cegueira, não se enxergava nada além daquilo, impedindo o surgimento de novos conhecimentos para si, dificultando a criação de novos ideais (Acredito que esses tipos de pensamentos tinham exatamente essa função, alienar a pessoa para não criar conceitos, logo as pessoas não tinham a capacidade de criticar esses pensamentos, então o filósofo que dissipou essa corrente mantém seus ideais presentes) 5.4 Presença do ocidente na epistemologia, e os conceitos de sujeito e objeto – Como a epistemologia se intensificou no Ocidente, criou-se uma visão que somente princípios ocidentais seriam aceitos, logo a Ciência teria influência direta com o meio Ocidental, sendo possível assim a manipulação de tudo que é existente para a visão de mundo ocidental. É o mesmo que acontece com o sujeito e objeto, a Europa coloca-se como fundadora do sujeito e tudo além dela obrigatoriamente está submisso a tornar-se objeto. 6. Visão do Homem moderno – A visão do sujeito moderno é aquela que é tanto sujeito quando objeto, que segundo Michel Foucault cria-se o sono antropológico através da visão kantiana. Porém se é na filosofia de Kant que o homem nasce como conhecemos, devemos levantar uma pergunta, será que devemos considerar a visão de homem submetida por alguém com traços tão racistas e eurocêntricos em suas obras e em seu pensamento? 7. Conclusão Final – Não podemos nos fazer de cego e ignorar a presença eurocêntrica na Filosofia Ocidental. Deve-se então criar uma releitura bem profunda das ideias ocidentais, para tentar concertar a lógica para o tempo contemporâneo, e assim ser possível a utilização desses pensamentos nos tempos modernos