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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - IFES

COORDENAÇÃO DO CURSO LICENCIATURA EM QUÍMICA


LICENCIATURA EM QUÍMICA

Érica Maciel da Vitória


Ludmila Baldan do Rosario
Thaynara Regina de Souza Costa

Prática n° 02 (14/09/2022), Grupo G2:


REAÇÕES QUÍMICAS - QUÍMICA DESCRITIVA

Disciplina: Química Inorgânica Experimental


Professor: Mauro César Dias

VILA VELHA
2022
1. INTRODUÇÃO

Reações químicas é quando ocorre uma mudança ou transformação em uma


substância em que a constituição da matéria é alterada. As reações químicas
envolvem mudanças relacionadas à alteração nas conectividades entre os átomos
ou íons, na geometria das moléculas das espécies reagentes ou ainda na conversão
do tipo de energia entre dois tipos de isômeros. Muitas dessas reações químicas
estão presentes diariamente em nossas vidas, como por exemplo, a ferrugem.

Ao se levar em consideração à forma com que os átomos se organizam, as


reações químicas podem ser classificadas em cinco tipos: de síntese ou
combinação, de decomposição, de deslocamento ou troca, de dupla troca e de
reagrupamento interno, numa combinação, duas ou mais substâncias se unem
para formar um único composto.
Figura 1 - Tipos de reações químicas.

Fonte: Google imagens, 2022.

O presente relatório tem como objetivo identificar a ocorrência de reações através


das suas evidências e classificá-las, entendendo a química descritiva dos elementos
segundo a tabela periódica.

2. OBJETIVOS
Compreender a Química descritiva dos elementos segundo a Tabela Periódica.

3. MATERIAIS E MÉTODOS
● Sódio metálico; ● Zinco;
● Alumínio; ● Ácido clorídrico 10%;
● Cobre metálico; ● Ácido nítrico 10%;
● Ferro; ● Ácido acético 3%;
● Hidróxido de sódio 10%; ● Nitrato de prata 0,20 mol/L;
● Cloreto de sódio 3%; ● Cloreto de sódio 0,20 mol/L;
● Ácido Sulfúrico P.A; ● Cloreto de bário 0,2 mol/L;
● Ácido nítrico P.A; ● Zinco em pó;
● Ferricianeto de potássio 1%; ● Béquer;
● Solução de amônia 20%; ● Tubos de ensaio;
● Solução de ácido clorídrico ● Grade para tubo de ensaio.
20%;
● Carbonato de cálcio P.A;
● Solução de sulfato de cobre II
0,20 mol/L;

4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

4.1 REAÇÃO DO SÓDIO NA ÁGUA

Preparou-se banho de gelo com água da torneira e deixou-se na capela.


Adicionou-se 100 mL de água destilada em béquer e colocou-se no banho de gelo.
Em seguida, adicionou-se pequena porção de sódio metálico no béquer com água
destilada e adicionou-se gotas de indicador fenolftaleína.

4.2 REAÇÕES DO COBRE

4.2.1 Parte A

Utilizando a capela, colocou-se aproximadamente 1 mL de ácido sulfúrico


concentrado PA em um tubo de ensaio. Em seguida adicionou-se um fio de cobre
previamente lixado com palha de aço, o fio foi submerso na solução e observou-se a
reação.

4.2.2 Parte B

Utilizando a capela, colocou-se aproximadamente 1 mL de ácido nítrico PA em um


tubo de ensaio. Em seguida adicionou-se um fio de cobre previamente lixado, o fio
foi submerso na solução e observou-se a reação.
4.2.3 Parte C

Em um tubo de ensaio, adicionou-se 1 mL de ácido acético/cloreto de sódio 3% (3


mL de ácido acético PA, 3 g de NaCl e 100 mL de água destilada). Em seguida
adicionou-se um pequeno fio de cobre, o mesmo foi submerso na solução e
observou-se a reação.

4.3 REAÇÕES DE FERRO

4.3.1 Parte A

Utilizando a capela, colocou-se aproximadamente 1 mL de ácido clorídrico 10% em


um tubo de ensaio. Em seguida adicionou-se um pedaço de palha de aço, o fio foi
submerso na solução e observou-se a reação.

4.3.2 Parte B

Em outro tubo de ensaio em uma capela, fez-se o ataque com adição de 1 mL de


HNO3 10%. Observou-se a reação e fez-se às devidas anotações.

4.3.2 Parte C - A gota salina – formação da ferrugem

Com cautela, gotejou-se 0,10 mL (duas gotas) da solução de NaCl 3 % (m/V)


contendo ferricianeto de potássio, e fenolftaleína na superfície da pequena placa de
ferro. Observou-se atentamente as colorações formadas nas partes externa e central
da gota.

4.4 REAÇÕES DE ALUMÍNIO

4.4.1 Parte A

Utilizando a capela, colocou-se aproximadamente 1 mL de ácido clorídrico 10% em


um tubo de ensaio. Em seguida adicionou-se um fio de alumínio previamente lixado,
o fio foi submerso na solução e observou-se a reação.

4.4.2 Parte B
Em outro tubo, realizou-se o ataque em um fio de alumínio previamente lixado e o
mesmo foi submerso na solução com 1 mL de NaOH 10% e observou a reação.

4.5 REAÇÕES DE ZINCO

4.5.1 Parte A

Em um tubo de ensaio, adicionou-se 1 mL de ácido clorídrico 10%. Em seguida


adicionou-se uma ponta de espátula de pó de zinco metálico, o mesmo foi submerso
na solução e observou-se a reação.

4.5.2 Parte B

Em outro tubo fez-se o ataque de pó de zinco metálico com 1mL de NaOH 10% e
observou a reação.

4.6 REAÇÃO DE MAGNÉSIO

4.6.1 Parte A

Em um tubo de ensaio, adicionou-se 1 mL de ácido clorídrico 10%. Em


seguida adicionou-se um pequeno pedaço de magnésio metálico, o mesmo foi
submerso na solução e observou-se a reação.

4.6.2 Parte B

Em outro tubo fez-se o ataque de magnésio metálico com 1mL de NaOH 10% e
observou a reação.

4.6.3 Parte C

Com auxílio de uma pinça metálica aqueceu-se diretamente um pequeno pedaço de


fita de magnésio em chama de bico de Bunsen. Transferiu-se imediatamente o
produto da queima sobre vidro de relógio. Verificou-se o pH da substância formada
com dissolução de água destilada e gotas de fenolftaleína. Observou-se o
fenômeno.

4.7 OUTRAS REAÇÕES SEGUNDO A TABELA PERIÓDICA

4.7.1 Parte A
Adicionou-se em um tubo de ensaio uma solução de amônia 20% de modo que não
molhasse as paredes do tubo. Introduziu-se de forma lenta, sem encostar nas
paredes do tubo, um bastão de vidro umedecido com solução de ácido clorídrico
20%. A reação foi observada e devidamente anotada.

4.7.2 Parte B

Em um tubo de ensaio, adicionou-se 0,5 g de carbonato de cálcio. Em seguida foi


adicionado 2 mL de solução de HCl 20%. A reação foi observada e devidamente
anotada.

4.7.3 Parte C

Adicionou-se em um béquer 5 mL de solução de sulfato de cobre II 0,20 mol/L. Em


seguida adicionou-se a ponta de espátula de zinco em pó ao béquer. A reação foi
observada e devidamente anotada.

4.7.4 Parte D

Em um tubo de ensaio foi adicionado 1 mL de nitrato de prata 0,2 mol/L. Em


seguida, adicionou-se o mesmo volume de solução de cloreto de sódio 0,2 mol/L no
mesmo tubo. A reação foi observada e devidamente anotada.

4.7.5 Parte E

Em um tubo de ensaio foi adicionado 1 mL de cloreto de bário 0,2 mol/L. Em


seguida, adicionou-se o mesmo volume de solução de sulfato de sódio (Na2SO4) 0,2
mol/L no mesmo tubo. A reação foi observada e devidamente anotada.

4.7.6 Parte F

Em um tubo de ensaio foram adicionados 2 mL de solução de sulfato de cobre II. Em


seguida, adicionou-se lentamente gotas de solução de amônia 20% até mudança de
coloração para azul intenso. A reação foi observada e devidamente anotada.

4.7.7 Parte G
Em um béquer, foram adicionados 1 mL de solução de HCl 1 mol/L. Em seguida,
adicionou-se 1 mL de solução de Pb(NO3)2 0,1 mol/L. A reação foi observada e
devidamente anotada.

4.7.8 Parte H

Em um béquer, foram adicionados 1 mL de solução de FeCl3 1 mol/L. Em seguida,


adicionou-se ao mesmo béquer 1 mL de solução de NaOH 1 mol/L. A reação foi
observada e devidamente anotada.

4.7.9 Parte I

Em um béquer, foram adicionados 1 mL de solução de FeCl3 1 mol/L. Em seguida


adicionou-se ao mesmo béquer 1 mL de solução de KSCN 0,1 mol/L. A reação foi
observada e devidamente anotada.

4.7.10 Parte L

Em um béquer, foram adicionados 1 mL de solução de FeCl3 1 mol/L. Em seguida,


adicionou-se ao mesmo béquer 1 mL de solução de SnCl2 1 mol/L. A reação foi
observada e devidamente anotada.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 EXPERIMENTO 1 - REAÇÃO DO SÓDIO NA ÁGUA

Segundo J.D Lee (1999) todos os metais do grupo 1 sofrem reação com a água
formando hidrogênio e seus respectivos hidróxidos, conforme mostra a reação 1.
Durante a realização do experimento observou-se uma pequena explosão, isso se
deve pois como há a liberação de gás hidrogênio e por se tratar de uma reação
exotérmica ocorre a combustão do hidrogênio. Após a adição de fenolftaleína
também observou-se a mudança de coloração da solução para rosa, assim
indicando a presença de NaOH, tornando o meio básico.

2 Na(s) + 2 H2O(l) —> 2 NaOH(s) + H2(g) (1)

5.2 EXPERIMENTO 2 - REAÇÃO DO COBRE


5.2.1 Parte A

Segundo J.D Lee (1999), o cobre não reage com ácidos não oxidantes, em
contrapartida, o mesmo reage tanto com HNO3 e H2SO4 concentrado, conforme
mostra a reação 2, podemos caracterizar essa reação como uma reação de
oxidação, visto que, o Cu passa do estado Cu0 para Cu2+, conforme mostra a reação
3. Após uma semana da realização do experimento observou-se que a solução
contida no tubo de ensaio obteve coloração azul, assim indicando a formação de
sulfato de cobre.

Cu(s) + H2SO4(aq) —> CuSO4(aq) + H2(g) (2)

Cu0(aq) —> Cu2+(s) + 2e- E° = -0,337 V (3)

Figuras 2, 3 e 4 - Reação da formação de Sulfato tetraminocobre.

Fonte: acervo próprio, 2022.

5.2.2 Parte B

Segundo J.D Lee (1999), o cobre não reage com ácidos não oxidantes, em
contrapartida, o mesmo reage tanto com HNO3 e H2SO4 concentrado, conforme
mostra a reação 4, podemos caracterizar essa reação como uma reação de
oxidação, visto que, o Cu passa do estado Cu0 para Cu2+, conforme mostra a reação
5. Durante a reação observou-se que a solução contida no tubo de ensaio obteve
coloração azul, assim indicando a formação de nitrato de cobre, além disso
observou-se um gás castanho, proveniente da formação do Dióxido de Nitrogênio.
Cu(s) + 4 HNO3(aq) —> 2 NO2(g) + Cu(NO3)2(aq) + 2 H2O(l) (4)

Cu0(aq) —> Cu2+(s) + 2e- E° = -0,337 V (5)

5.2.3 Parte C

Segundo o J.D Lee (1999), o cobre pode sofrer uma reação de oxidação, no qual o
mesmo passa do estado Cu0 para Cu2+, a reação que observamos para a formação
do azinhavre ocorre naturalmente entre entre o cobre exposto ao ar contendo
oxigênio como podemos ver na reação 6. A solução de ácido acético/cloreto de
sódio 3% é utilizada para aumentar a presença de eletrólitos na solução, permitindo
que a formação de Diidróxicarbonato de Cu-II ocorra rapidamente.

2 Cu(s) + H2O(l) + CO2(g) + O2(g) → Cu2(OH)2CO3(s) (6)

5.3 EXPERIMENTO 3 - REAÇÕES DO FERRO

5.3.1 Parte A

Segundo J.D Lee (1999) é possível obter FeCl2 através da reação do ferro com HCl,
durante a reação ocorre a formação de gás hidrogênio, conforme mostra a reação 7,
esse indício de formação de hidrogênio foi visível através da formação de bolhas no
interior da solução contida no tubo de ensaio. Aqui novamente temos uma reação de
oxidação onde o Fe0 passa para o estado Fe2+, conforme mostra a reação 8.

Fe(s) + 2 HCl(aq) —> FeCl2(aq) + H2(g) (7)

Fe0(aq) —> Fe2+(s) + 2 e- E° = + 0,440 V (8)

5.3.2 Parte B

Segundo Vogel (1981) o ferro é solúvel em ácido nítrico, na reação 9, pode-se ver a
formação dos íons de Fe2+ e íons amônio. Como na reação observada houve a
formação de um gás com coloração castanha, conclui-se que a reação que ocorreu
foi a reação 10, pois nela ocorre a liberação de NO que é um gás castanho.

4 Fe + 10 H+ + NO3 - → 4 Fe2+ + NH4 + + 3 H2O (9)

Fe + HNO3 + 3 H+ → Fe3+ + NO↑ + 2 H2O (10)


5.3.3 A gota salina

Segundo Wartha (2012), no experimento é possível a formação de uma coloração


rosa, que se deve ao aumento de pH em razão do aumento de OH-, a partir do
oxigênio dissolvido na solução, que é representada na reação 11, no qual ocorre a
redução. A aparição de uma região azul é proviniente se deve a formação dos íons
ferrosos, a representado na reação 12, dentro da gota salina também ocorre a
formação de (Fe4[Fe(CN)6]3) que tem uma coloração azul prússia. em contato com a
atmosfera, o Fe3+ é mais estável que o Fe2+, o Fe(OH)2 será oxidado a Fe(OH)3 na
presença de oxigênio. A representação completa da reação pode ser retratada pela
reação 13. Também é importante destacar a função do NaCl (aq) pois, o íons Cl− e
Na+ da solução aquosa de NaCl compensa o balanço de cargas, permitindo um fluxo
constante de íons entre a Gota Salina e a lâmina do metal.

O2 + 2 H2O + 4e - → 4OH- (11)

Fe → Fe2+ + 2e- (12)

2 Fe + O2 + 2 H2O → 2 Fe(OH)2 (13)

A Figura 1 procura representar, por meio de um diagrama, as reações que ocorrem


no interior da Gota Salina.

Figura 5: Representação do interior da gota salina.

Fonte: WARTHA, 2012.

5.4 EXPERIMENTO 4 - REAÇÕES DO ALUMÍNIO

5.4.1 Parte A
Segundo J.D Lee (1999) todos os metais do grupo 13 reagem com HCl, o alumínio
em específico forma cloreto de ferro e gás hidrogênio, conforme mostra a equação
14, durante o experimento foi possível constatar a formação de bolhas de hidrogênio
na solução contida no tubo de ensaio, demonstrando a efetividade da reação. Nessa
reação o alumínio passa do estado de oxidação Al0 para o estado de oxidação Al3+,
conforme mostra a reação 15.

2 Al (s) + 6 HCl(aq) —> 2 AlCl 3(aq) + 3 H2(g) (14)

Al0(aq) —> Al 3+(s) + 3 e- E° = + 1,66 V (15)

5.4.2 Parte B

Segundo J.D Lee (1999) todos os metais do grupo 13 reagem com NaOH, o
alumínio em específico forma aluminato de sódio e gás hidrogênio, conforme mostra
a equação 16, durante o experimento foi possível constatar a formação de bolhas de
hidrogênio na solução contida no tubo de ensaio, além de, a solubilização do
aluminado de sódio, demonstrando a efetividade da reação.

Al(s) + NaOH(aq) + H2O(l) —> NaAlO2(aq) + H2(g) (16)

Nessa reação o alumínio passa do estado de oxidação Al0 para o estado de


oxidação Al 3+, conforme mostra a reação 17.

Al0(aq) —> Al 3+(s) + 3 e- E° = + 1,66 V (17)

5.5 EXPERIMENTO 5 - REAÇÕES DO ZINCO

5.5.1 Parte A

Segundo o J.D Lee (1999), o zinco reage com o ácido clorídrico, isso ocorre pois o
zinco é mais reativo que o hidrogênio, fazendo assim o deslocamento do mesmo. O
produto dessa reação é o cloreto de zinco e o gás H2, a reação está representada na
reação 18.

Zn + 2 HCl → ZnCl2 + H2 (18)

5.5.2 Parte B
Segundo o Vogel (1999), o zinco reage como o NaOH, a reação está expressa na
reação 19, essa reação entre essas substância forma um precipitado branco, esse
precipitado branco é o Hidróxido de zinco. Esta propriedade pode ser usada como
um teste para íons de zinco na solução, mas não é exclusiva, uma vez que
compostos de alumínio e chumbo se comportam de forma bastante similar.

Zn2+ + 2 OH- → Zn(OH)2 (19)

5.6 EXPERIMENTO 6 - REAÇÕES DO MAGNÉSIO

5.6.1 Parte A

Segundo J.D Lee (1999) todos os metais do grupo 2 reagem com HCl, o magnésio
em específico forma cloreto de magnésio e gás hidrogênio, conforme mostra a
reação 20. Durante o experimento foi possível constatar a formação de bolhas de
hidrogênio na solução contida no tubo de ensaio, demonstrando a efetividade da
reação. Também foi possível observar o aquecimento do tubo de ensaio,
demonstrando que essa é uma reação exotérmica.

Mg(s) + 2 HCl(aq) —> MgCl2aq) + H2(g) (20)

Nessa reação o magnésio passa do estado de oxidação Mg0 para o estado de


oxidação Mg2+, conforme mostra a reação 21.

Mg0(aq) —> Mg2+(s) + 2 e- E° = + 2,37 V (21)

5.6.2 Parte B

Segundo J.D Lee (1999) Mg, Ca, Sr e Ba não sofrem reação com NaOH, isso ocorre
pois já são elementos de caráter básico, essa informação está de acordo com o
experimento realizado, já que não foi possível observar nenhuma reação.

5.6.3 Parte C

Segundo J.D Lee (1999) todos os metais do grupo 2 reagem com oxigênio formando
óxidos normais, o magnésio em específico forma óxido de magnésio, conforme
mostra a reação 22. Durante o experimento foi possível constatar liberação de calor
além de uma forte luz branca, demonstrando que a reação é exotérmica.
2 Mg(s) + O2(g) —> 2 MgO(s) (22)

Nessa reação o magnésio passa do estado de oxidação Mg0 para o estado de


oxidação Mg2+, conforme mostra a reação 23.

Mg0(aq) —> Mg2+(s) + 2 e- E° = + 2,37 V (23)

5.7 EXPERIMENTO 7 - OUTRAS REAÇÕES SEGUNDO A TABELA


PERIÓDICA

5.7.1 Parte A

Segundo J.D Lee (1999) o NH3 reage com ácidos formando sais de amônio. Durante
o experimento foi possível observar a liberação de uma fumaça esbranquiçada nas
paredes do tubo, demonstrando a presença do sal NH4Cl, representado na reação
24.

NH3(aq) + HCl(aq) —> NH4Cl(s) (24)

5.7.2 Parte B

Os carbonatos quando reagem ou quando se decompõem formam o gás carbônico


(CO2), que corresponde a cerca de 2.500 bilhões de toneladas na atmosfera (LEE,
J.D. 1999), tal reação pode ser observada abaixo com a decomposição térmica do
calcário para formação do cal (CaO), representada na reação 25.

CaCO3 → CaO + CO2 (25)


aquec.

Quando reagimos o ácido clorídrico com o carbonato de cálcio somente


conseguimos observar a formação de bolhas, que demonstra que houve a formação
e liberação do CO2, representada na reação 26.

2HCl (aq) + CaCO3 (s) → CaCl2 (aq) + H2O (l) + CO2 (g) (26)

5.7.3 Parte C
Durante o experimento foi possível observar a formação de uma camada preta em
volta da placa de zinco, essa camada corresponde ao Cu depositado ao redor da
placa de zinco conforme a reação 27.

Zn(s) + CuSO4(aq) —> ZnSO4 + Cu(s) (27)

Podemos definir essa reação como de oxirredução, uma vez que o cobre sofre
redução passando do estado de Cu2+ para Cu0, conforme a reação 28. Já o zinco
sofre oxidação passando do estado de Zn0 para Zn2+, conforme a reação 29.

Zn0(s) —> Zn2+(aq) + 2 e- E° = +0,763 V (28)

Cu2+(aq) + 2 e- —> Cu0(s) E° = +0,153 V (29)

5.7.4 Parte D

Durante o experimento foi possível observar a mudança de cor da solução para


branco, além da precipitação de um sólido branco. Conforme a reação 30 a
mudança de cor deve-se à formação de AgCl, um sólido branco, que apresenta
baixa solubilidade em água, dessa forma explicando a precipitação observada no
experimento.

AgNO3(aq) + NaCl(aq) —> AgCl (s) + NaNO3(aq) (30)

5.7.5 Parte E

Durante o experimento observou-se a mudança de cor da solução para branco, além


da precipitação de um sólido branco. Conforme a reação 31 a mudança de cor
deve-se à formação de BaSO4, um sólido branco, que apresenta baixa solubilidade
em água, dessa forma explicando a precipitação observada no experimento.

BaCl2(aq) + Na2SO4(aq) —> BaSO4(aq) + 2 NaCl(aq) (31)

Figuras 6 e 7 - Reação da formação de BaSO4.


Fonte: acervo próprio, 2022.
5.7.6 Parte F

Durante o experimento observou-se a mudança de cor da solução para um azul bem


escuro e característico. Essa mudança de coloração deve-se à formação do
complexo sulfato de tetraaminacobre, que possui coloração azulada, conforme a
reação 32.

4 NH3(aq) + CuSO4(aq) —> [Cu(NH3)4]SO4(s) + 4 H2O(l) (32)

5.7.7 Parte G

Durante o experimento observou-se a formação de um precipitado branco no interior


do tubo de ensaio, assim evidenciando a formação de PbCl2, conforme mostra a
reação 33. O PbCl2 é um sólido branco que possui baixa solubilidade em água.

2 HCl(aq) + Pb(NO3)2(aq) —> PbCl2(s) + 2 HNO3(aq) (33)

5.7.8 Parte H

Durante o experimento observou-se a mudança de coloração da solução para


marrom, representado na reação 34.

FeCl3(aq) + 3 NaOH(aq) —> Fe(OH)(aq) + 3 NaCl (34)

Figuras 8 e 9 - Formação de Fe(OH).


Fonte: acervo próprio, 2022.
5.7.9 Parte I

Durante esse experimento foi possível observar a mudança de coloração para um


vermelho muito forte, similar ao sangue. Essa mudança de coloração deve-se pois o
ânion formado Fe(SCN)2+ possui coloração vermelha, enquanto o Fe3+ possui
coloração amarelada, assim, obedecendo a reação 36.

FeCl3(aq) + 3 KSCN(aq) —> Fe(SCN)(aq) + 3 KCl(aq) (35)

Fe3+(aq) + SCN-(aq) —> Fe(SCN)2+(aq) (36)

Figuras 10 e 11 - Formação de Fe(SCN).

Fonte: acervo próprio, 2022.

6. CONCLUSÃO

As reações inorgânicas são fenômenos químicos que envolvem a utilização e a


formação de substâncias inorgânicas, como ácidos, bases, sais e óxidos. Conhecer
as reações que compõem esse ramo da química é de extrema importância, tanto
para compreender o comportamento das substâncias como para identificá-las, dessa
maneira a prática realizada cumpre com o objetivo de trabalhar as transformações
químicas envolvendo as substâncias inorgânicas, além de trazer para o aluno um
aprofundamento nos conteúdos já trabalhados ao longo dos seus estudos.

7. REFERÊNCIAS

LEE, J. D. Química inorgânica não tão concisa. Editora Blucher, 1999.

VOGEL, A. Química Analítica Qualitativa. 5ª. Ed., Editora Mestre Jou, São Paulo,
1981.

WARTHA, Edson José et al. O experimento da gota salina e os níveis de


representação química. Educación química, v. 23, n. 1, p. 55-61, 2012.

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