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ESTUDO DAS ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS DA PETROBRAS APLICANDO


MATRIZ SWOT E BSC

Conference Paper · November 2020

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2 authors:

Hugo Carvalho Tiago Soares


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense (IFF) Universidade Estadual do Norte Fluminense
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ESTUDO DAS ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS DA
PETROBRAS APLICANDO MATRIZ SWOT E BSC
TIAGO RIBEIRO ESPÍNDOLA SOARES – tiagoespindola3@hotmail.com
INSTITUTO FEDERAL FLUMINENSE - IFF

HUGO MACHADO CARVALHO - hugomcarv@hotmail.com


INSTITUTO FEDERAL FLUMINENSE - IFF

Área: 6 - ENGENHARIA ORGANIZACIONAL


Sub-Área: 6.1 – GESTÃO ESTRATÉGICA ORGANIZACIONAL

Resumo: A FORMAÇÃO DE UMA EMPRESA E SUA CONSOLIDAÇÃO NO


MERCADO DEPENDEM DE FATORES IMPORTANTES QUE DEFINIRÃO O SUCESSO
OU O FRACASSO DE SUA POSIÇÃO, AS PRINCIPAIS ATIVIDADES QUE ESTÃO
PRESENTES DURANTE TODO TEMPO DE VIDA DE UMA EMPRESA É A GESTÃO
ESTRATÉGICA E O PLANEJAMENTO. DESSA FORMA O PRESENTE ARTIGO TEM
COMO FINALIDADE A ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS DA PETROBRAS E SEUS
SEGMENTOS ATUANTES NO MERCADO DE ÓLEO E GÁS. NORTEADOS POR
FERRAMENTAS DE GESTÃO COMO A MATRIZ SWOT, FUNÇÕES EMPRESARIAIS E
O BALANCED SCORECARD, FOI FEITA UMA PESQUISA ATRAVÉS DE ARTIGOS,
PORTFÓLIOS E RELATÓRIOS DA EMPRESA PARA IDENTIFICAR COMO A
COMPANHIA ESTÁ ESTABELECENDO SUAS ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS E
PLANEJANDO SUAS ATIVIDADES PARA O FUTURO. OS RESULTADOS MOSTRAM
QUE A PETROBRAS ESTÁ UTILIZANDO SUA FORÇA DE DOMÍNIO TECNOLÓGICO
EM ÁGUAS PROFUNDAS PARA ATUAR NAS OPORTUNIDADES DO PRÉ-SAL,
DIANTE DAS DESCOBERTAS DE RESERVAS DE ÓLEO DE BOA QUALIDADE NESTA
REGIÃO GEOLÓGICA. A EMPRESA ESTÁ BUSCANDO FOCAR SEUS
INVESTIMENTOS EM EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO, SOLUÇÕES MAIS PRODUTIVAS
E DE BAIXO CUSTO, VISANDO CONCORRER NO MERCADO PELA LIDERANÇA DE
CUSTO, SOLUÇÕES LOGÍSTICAS E GESTÃO DE ATIVOS, ENQUANTO FAZ
DESINVESTIMENTOS EM OUTRAS ÁREAS.

Palavras-chaves: ESTRATÉGIA COMPETITIVA; MATRIZ SWOT; PETROBRAS


XXVII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Economia Circular e suas Interfaces com a Engenharia de Produção
Bauru, SP, Brasil, 11 a 13 de novembro de 2020

STUDY OF PETROBRAS'S COMPETITIVE


STRATEGIES APPLYING SWOT MATRIX AND BSC
Abstract: THE FORMATION OF A COMPANY AND ITS CONSOLIDATION IN THE
MARKET DEPEND ON IMPORTANT FACTORS THAT WILL DEFINE THE SUCCESS
OR FAILURE OF ITS POSITION, THE MAIN ACTIVITIES THAT ARE PRESENT
THROUGHOUT THE LIFE OF A COMPANY IS THE STRATEGIC MANAGEMENT AND
PLANNING. THEREFORE, THE PURPOSE OF THIS ARTICLE IS TO ANALYZE THE
STRATEGIES OF PETROBRAS AND ITS SEGMENTS OPERATING IN THE OIL AND
GAS MARKET. GUIDED BY MANAGEMENT TOOLS SUCH AS THE SWOT MATRIX,
CORPORATE FUNCTIONS, AND THE BALANCED SCORECARD, A SURVEY WAS
CONDUCTED THROUGH ARTICLES, PORTFOLIOS, AND COMPANY REPORTS TO
IDENTIFY HOW THE COMPANY IS ESTABLISHING ITS COMPETITIVE STRATEGIES
AND PLANNING ITS ACTIVITIES FOR THE FUTURE. THE RESULTS SHOW THAT
PETROBRAS IS USING ITS STRENGTH OF TECHNOLOGICAL DOMINANCE IN
DEEP WATERS TO ACT ON PRE-SALT OPPORTUNITIES, CONSIDERING THE
DISCOVERIES OF GOOD QUALITY OIL RESERVES IN THIS GEOLOGICAL REGION.
THE COMPANY IS SEEKING TO FOCUS ITS INVESTMENTS ON EXPLORATION AND
PRODUCTION, MORE PRODUCTIVE AND LOW-COST SOLUTIONS, AIMING TO
COMPETE IN THE MARKET FOR COST LEADERSHIP, LOGISTICS SOLUTIONS, AND
ASSET MANAGEMENT, WHILE DIVESTING IN OTHER AREAS.

Keywords: COMPETITIVE STRATEGY; SWOT MATRIX; PETROBRAS

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1. Introdução

A indústria de petróleo pode ser dividida em upstream (exploração, desenvolvimento e


produção) e downstream (transporte, refino e distribuição). O papel central é desempenhado
pelas chamadas petroleiras, como Shell, Exxon e Petrobras, atuando principalmente no setor
upstream (PIQUET, 2010). As empresas petrolíferas são divididas em dois grupos as NOCs
(National oil companies) e as IOCs (International oil companies). A primeira são empresas
estatais e a seguinte, empresas privada (KOOLWAL; KHANDELWAL, 2020).
Segundo Xavier (2004), na cadeia de exploração do petróleo, as empresas possuem o
diferencial sobre outros mercados, de possuírem a capacidade de lidar com incertezas para
viabilizar projetos e garantir um bom fator de recuperação do investimento. A estratégia de
avaliar diversos cenários econômicos, pode auxiliar as tomadas de decisões e definir o
sucesso na execução e consolidação da empresa no mercado. Devido ao elevado número de
incertezas, os altos investimentos e o alto impacto financeiro, as fases de avaliação e
desenvolvimento dos campos petrolíferos passou a ser feito por procedimentos probabilísticos
e não mais determinístico, como era adotado no passado.
Pela característica de alto investimento, complexa cadeia logística e concorrência de
mercado associada à exposição de fatores externos como cotação do dólar e do barril, além da
concorrência natural do mercado, se faz essencial a implementação de estratégias. Em um
cenário econômico cada vez mais competitivo e globalmente instável, as empresas
petrolíferas precisam adquirir a capacidade de enfrentar os desafios característicos de forma
que garanta suas vantagens competitivas para o longo prazo. Mesmo estando claro os fatores e
impactos externos, como relevantes no mercado, é consenso entre as empresas que a gestão
adequada dos processos internos seja fundamental para o desempenho da empresa (CAETANI
et al., 2013).
Para avaliar esse desempenho, as empresas adotam o sistema Balanced Scorecard,
para integrar os resultados das estratégias ao desempenho atual e futuro, promovendo
aprendizagem a respeito da adequação das estratégias estabelecidas ou definir ajustes para
restabelecer o rumo da empresa (RIBEIRO, 2006).
No estudo das estratégias, está inserida a análise SWOT. É uma metodologia usada
para construir uma matriz que contenha as forças (strenghts), fraquezas (weakness),
oportunidades (opportunities) e ameaças (threats). Os dois primeiros elementos estão
relacionados a fatores internos da empresa e sua cadeia de valor, enquanto os dois últimos à

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fatores externos (políticos, econômicos sociais e tecnológicos). Esse modelo permite à


empresa se posicionar e estruturar para definir seus objetivos estratégicos e já foi utilizado
para análise de empresas petrolíferas (KOBAYASHI, 2007).
As Estratégias Competitivas Genéricas das empresas podem ser divididas em três:
Liderança em Custo, onde a empresa busca diminuir seus custos através da produção em
massa; diferenciação, quando as companhias atendem menos clientes porém de forma
personalizada; buscando a fidelização; e enfoque, onde o objetivo é centrar as forças em um
grupo específico de compradores ou em uma região específica escolhendo estratégia de baixo
custo ou de diferenciação, ou ambas (PORTER, 2005). Porém, esse conceito tem sido
criticado por autores, pois algumas empresas adotam estratégias intermediárias entre custo e
diferenciação e conseguem obter vantagens competitivas no seu setor (ROYER, 2010).
As empresas que extraem petróleo costumam adotar a estratégia liderança em custo.
Uma vez que os preços são definidos em mercados internacionais, sem que a empresa e o
poço tenham influência no preço, o óleo pode ser vendido para qualquer refinador no mundo
desde que seja viável logisticamente (DOWNEY, 2009). No entanto, as principais IOCs estão
sentindo a pressão sobre a necessidade de transição energética para de baixo carbono,
alterando suas estratégias para aumento da produção de gás e investimento em energias de
baixo carbono (PENG; LI; YI, 2019). Também é destaque no setor a estratégia de
investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PLENKINA et al., 2018).
A Petrobras é uma empresa brasileira de capital aberto especializada na indústria de
óleo, gás natural e energia. Segundo Caetano e Santos (2019), a Petrobras está optando por
focar na distribuição eficiente dos seus investimentos para o longo prazo, adotando
desinvestimentos nos ativos menos rentáveis, direcionando seu capital para oportunidades
onde tem a perspectiva de maiores rentabilidades, de forma a maximizar o retorno.
No contexto de estudo das estratégias das empresas, este trabalho tem o objetivo de fazer uma
análise das estratégias da Petrobras, através da elaboração de uma matriz SWOT, BSC e
avaliado seu planejamento estratégico.
2. Metodologia

Esta pesquisa se classifica como exploratória e um estudo de caso, pois envolve o


estudo aprofundado de uma empresa, a Petróleo Brasileiro SA (Petrobras). A partir da leitura
de trabalhos publicados em congressos e periódicos, foi feita uma análise dos elementos do
ambiente externo e interno que influenciam na Petrobras, construindo uma matriz SWOT,
com as forças (strenghts), fraquezas (weakness), oportunidades (opportunities) e ameaças

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(threats) da empresa. Com esses elementos, foi feita uma análise, construindo uma matriz
TOWS, relacionando as forças e fraquezas com oportunidades e ameaças, de maneira a
estabelecer uma estratégia para a empresa.
Com o Fact Sheet disponível no portal da Petrobras, foi feita uma análise do
planejamento estratégico da empresa, sua estratégia competitiva genérica e funções
empresariais mais importantes relacionadas.
Foi elaborada uma proposta de BSC (Balanced Scorecard) para a Petrobras, a partir
das matrizes SWOT e TOWS elaboradas neste trabalho e da estratégia competitiva genérica
adotada pela empresa.
3. Resultados e discussão

3.1. Análise estratégica

O QUADRO 1 mostra a matriz SWOT da Petrobras


QUADRO 1. Matriz SWOT
Ambiente externo
Oportunidades Ameaças
Venda para o mercado interno Guerra comercial EUA x China
Aumento de produção Fontes energéticas alternativas e problema ambiental
IMO 2020 Pandemia e guerras comerciais
Flutuação de preço do barril
Ambiente interno
Forças Fraquezas
Domínio da tecnologia Influências políticas
Gestão de ativos Escândalos de corrupção
Participação no mercado
Baixo custo do pré-sal
3.1.1. Análise Externa

Venda para o mercado interno: Apesar de ser nominalmente autossuficiente na


produção de petróleo, ainda há oportunidade para a Petrobras no mercado interno. Entre 2015
e 2018, o Brasil obteve superávit no comércio internacional de petróleo e derivados, pois a
exportação líquida de petróleo em volume superou a importação líquida de derivados. É
necessário importação pois a capacidade das refinarias nacionais não é suficiente, e parte do
petróleo produzido no Brasil não pode ser processada por uma barreira tecnológica, o tipo de
óleo. O país também é dependente da importação de gás natural, a maior parte proveniente da

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Bolívia. É possível ver que ainda há espaço no mercado interno para venda de petróleo e gás
natural para consumo, caso a Petrobras aumente a produção destes recursos (ANP, 2019).
Aumento de produção: Segundo Ferreira (2009), o processo de internacionalização da
Petrobras se iniciou em 1999, com seu foco em expansão de atividades para a américa latina.
A região, segundo o boletim estatístico anual da OPEP, possuía no ano de 2018, a segunda
maior reserva mundial de petróleo comprovada, porém, sendo a quarta maior produtora
petróleo no mesmo ano. Esse fato mostra que a região apresenta uma boa oportunidade para a
Petrobras. (OPEC, 2020).
IMO 2020: A International Maritime Organization (IMO) é uma agência
especializada da ONU que regulamenta as normas de segurança e meio ambiente, para
controlar a emissão de poluentes para o transporte marítimo mundial. No ano de 2008 foi
estabelecido na convenção de MARPOL (IMO 2020), novas diretrizes visando redução da
emissão de poluentes pelo transporte marítimo, com meta para alcançar esse objetivo no ano
de 2020. Basicamente esse requisito buscou limitar o teor de enxofre no óleo combustível
marítimo, que antes era de 3,5% passando a ser 0,5% (IMO, 2020). Essa restrição representou
uma ótima oportunidade para a Petrobras, pois devido a boa qualidade do petróleo explorado
no pré sal, seu baixo teor de enxofre agregou um bom valor comercial para o produto
brasileiro, resultando no aumento dos números de exportação (PETROBRAS, 2020d).
Guerra comercial EUA x China: No início de julho de 2018, o presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, pôs em prática seu discurso de restabelecimento da economia norte
americana, ao anunciar uma série de sobretaxas aos produtos chineses, que imediatamente
retaliou com sobretaxas às mercadorias americanas. Num mundo globalizado, qualquer
mudança de preço, redução ou aumento de produção, afeta diretamente seus parceiros
comerciais, por exemplo o Brasil. A rixa entre os dois países afetou diversos produtos de
exportação, como a soja, e ainda com a possibilidade dos mercados petrolífero e de gás
natural serem atingidos (MONTEIRO; OBREGON, 2019).
Fontes energéticas alternativas e problema ambiental: O problema ambiental e o
surgimento de energia alternativas podem ser uma ameaça aos produtores de petróleo, porém,
este é um tema que divide autores. O uso de combustíveis fósseis são uma preocupação por
conta da emissão de gases do efeito estufa, além dos problemas ambientais causados pela
atividade de exploração. Nesse contexto, o uso de novas energias tornaria a extração de
petróleo inviável devido ao baixo preço. No entanto, outros pesquisadores afirmam que por
conta da dependência mundial de petróleo e como ele está inserido na cadeia energética, não

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existe alternativa a vista para substituir as fontes fósseis, que devem continuar sendo usadas
nas próximas décadas (ABAS; KALAIR; KHAN, 2015; GOLDENSTEIN; AZEVEDO,
2006).
Pandemia e guerras comerciais: Os dois pontos surgiram de forma quase simultânea
no ano de 2020, gerando a derrubada do preço do petróleo de maneira drástica comparada a
outras crises. A queda no preço do barril ocorreu devido a queda na demanda mundial e
aumento da produção. Após uma guerra de preços entre dois dos maiores produtores
mundiais, Rússia e Arábia Saudita, em março de 2020, o preço despencou quando o país do
Oriente Médio decidiu inundar o mercado aumentando a produção. Semanas depois, a crise
do coronavírus forçou o isolamento social em diversos países, fazendo a demanda cair. A
expectativa de recuperação é lenta e gradual. Representando uma incapacidade defensiva para
a Petrobras, pois afetou todos os países (FGV ENERGIA, 2020).
Flutuação de preço do barril: Pedrosa Jr e Corrêa (2016) abordam o fato de que
indústria petrolífera mundial sempre conviveu com flutuações cíclicas de preços, com quedas
abruptas seguidas de uma boa reestruturação do setor. As maiores variações sempre
ocorreram durante eventos geopolíticos, como a Guerra do Golfo (1990), Crise financeira
asiática (1997), o ataque terrorista de 11 de setembro (2001), a crise financeira de 2008 e a
crise mais recente, em 2014 onde o preço do petróleo colapsou e até então não retornou ao
mesmo nível. A queda do preço se torna uma ameaça pela diminuição das receitas, lucros e
inviabilidade econômica de alguns campos. Vale ressaltar, que durante esses eventos, a OPEP
exerce seu papel de controlar os preços através de estabelecimentos de quotas de produção
para os países membros com o objetivo de atenuar a tendência de queda de preços,
provocados pelo aumento da capacidade de produção.
Morais (2017) ilustra o impacto dessa última crise de 2014 para a Petrobras, comparado
com as outras empresas pelo mundo, onde através do levantamento do lucro nos anos de 2013
e 2016, foi estabelecido uma comparação entre a posição no ranking das empresas que
tiveram melhor desempenho. Empresas como a Shell, Sinopec Group, China National
Petroleum e Exon se mantiveram entre as 10 primeiras empresas do ranking de receita, já a
Petrobras ocupava a 28ª posição em 2013 e passou a ocupar a 75ª posição em 2016. Vale
ressaltar outro fator agravante para esse resultado no Brasil, que foram os episódios
desencadeados após a Operação Lava Jato em 2016 que revelou um grande sistema de
corrupção no País.
3.1.2. Análise Interna

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Domínio da tecnologia: A Petrobras arrematou a maior parte dos blocos licitados


desde a abertura do mercado, em 1997, em parte, pelo grande conhecimento acumulado
necessário para a exploração no território brasileiro. A empresa possui um centro de pós
graduação e uma universidade corporativa, oferecendo treinamentos sistemáticos a seus
empregados, com média anual de horas em treinamentos três vezes maior que empresas dos
Estados Unidos, Europa e Ásia. Com grande capacidade técnica, a Petrobras líder mundial em
tecnologia para exploração e produção em águas profundas. Prova disso foi a descoberta das
reservas do pré-sal. (AZEVEDO, 2012; TROJBICZ; LOUREIRO, 2018).
Gestão de ativos: A Petrobras promove a gestão de seus ativos com o objetivo de se
tornar seu custo operacional superior ao seu custo de capital, posicionando seus ativos e
direcionando investimentos para focar nas operações de exploração de óleo e gás, avançando
na produção do pré-sal brasileiro. Seu plano de investimento até o ano de 2024, projeta um
investimento de US$ 64,3 bilhões para o setor de produção e exploração, desse valor 59%
serão destinados ao pré-sal, com isso, a empresa pretende alcançar a capacidade de processar
1,1 milhões de barris por dia, concentrando as atividades para o eixo Rio, São Paulo
(PETROBRAS, 2020c).
Participação no mercado: Desde sua criação em 1953 até 1997, a Petrobras teve por lei
o monopólio de exploração de Petróleo. Mesmo após a abertura do mercado, a empresa
manteve sua hegemonia na exploração onshore e offshore, pela sua grande capacidade
técnica, com participação de mais de 90% da produção de petróleo entre os anos de 2005 e
2014, apesar do aumento das firmas participantes em todos os anos. A participação na
produção de derivados chegou a 98,2% em 2018. Caracteriza-se como uma força pois tendo
grande parte da produção, não há competição, pelo menos no mercado interno, para a venda
dos produtos (SANTOS; SOUZA JUNIOR, 2016).
Baixo custo do pré-sal: Com a flutuação do preço do barril é importante ter baixos
custos de produção. A Petrobras, como grande operadora e descobridora do pré-sal, possui
uma vantagem por atuar nesse campo. O pré-sal brasileiro possui uma das maiores
produtividades do mundo, chegando a 22.400 barris/dia/poço, tendo assim um baixo custo de
produção, inferior a 7 US$ por barril, gerando uma vantagem competitiva para a Petrobras
(PETROBRAS, 2020a; SANDREA; GODDARD, 2016).
Influências políticas: Se por um lado a Petrobras adquiriu vantagens por ser estatal,
por outro lado acumulou prejuízos por influências políticas. O governo brasileiro tem
influenciado nos preços dos combustíveis através do controle acionário da Petrobras, que

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detém quase a totalidade do refino. No período de 2011 a 2014, num momento de alto valor
do barril, a empresa importou derivados de petróleo e vendeu a preços inferiores no mercado
interno, somando perdas de 21 bilhões de reais, além de receita perdida de 98 bilhões de reais.
O objetivo dessa prática era evitar que os reajustes inflacionários fossem repassados ao
consumidor final, evitando assim impactos políticos negativos (ALMEIDA; OLIVEIRA;
LOSEKANN, 2015). Entretanto, Silvestre et al. (2018) afirmam que que hoje gerenciamento
estratégico é de responsabilidade dos diretores, e sem influência política nas decisões
organizacionais a empresa pode atingir seus objetivos financeiros sendo ainda uma ferramenta
política econômica e social.
Escândalos de corrupção: Os escândalos de corrupção deflagrados pela operação Lava
Jato impactaram negativamente no valor da empresa, com queda nos preços das ações da
companhia. A Petrobras perde também capacidade de atrair investimentos externos, reduzindo
seu grau de competitividade no mercado (VILELA et al., 2018).
3.1.3. Matriz TOWS

A partir dos principais elementos da matriz SWOT, foi elaborada a matriz TOWS para
a Petrobras, mostrada no Quadro 2.
QUADRO 2. Matriz TOWS
Ambiente Ambiente externo
interno Oportunidades Ameaças
Capacidade ofensiva Capacidade defensiva
Aproveitar domínio tecnológico em águas O baixo custo de produção e domínio
Forças profundas e baixo custo do pré-sal para tecnológico permite à empresa, de maneira
aumentar e expandir sua produção de economicamente viável, produzir com preço do
petróleo, gás e óleo combustível. barril baixo.
Incapacidade ofensiva Incapacidade defensiva
Influências políticas e corrupção podem O conflito entre países importadores dos
Fraquezas atrapalhar a captação de investimentos e produtos brasileiros, como EUA e China,
expansão da produção. representa um risco para a Petrobras. Além da
flutuação do preço do barril.
A empresa tem como ponto mais forte o domínio tecnológico para exploração em
águas profundas, onde tem focado seus investimentos para expandir a produção a baixo custo.
Influências políticas e escândalos de corrupção prejudicaram a empresa e são uma fraqueza da
empresa que já causaram prejuízo. Por atuar num setor inserido na economia global, está
ameaçada por guerras comerciais e flutuação do preço do barril.
3.2. Estratégia Competitiva Genérica

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A Petrobras atua em importantes áreas do mercado energético, possuindo várias fontes


geradoras de receitas, onde a constante evolução delas, resulta no surgimento recorrente de
oportunidades de investimento, resultado da a sua atuação relevante em pesquisas e
desenvolvimento. As áreas e atuação são: exploração e produção de petróleo e gás, refino de
petróleo e gás, transporte e comercialização, distribuição, produção de biocombustíveis,
petroquímica e fertilizantes e geração de energia elétrica (PETROBRAS, 2020b).
Atualmente a Petrobras possui 13 refinarias espalhadas pelo território nacional.
Segundo seu plano estratégico de 2019, a empresa está com planos de desinvestimento de 8
refinarias, para focar seus investimentos nas outras 5, localizadas nos estados de São Paulo e
Rio de janeiro. Esse movimento faz parte do processo de abertura de mercado que está em
andamento, entretanto a empresa estima continuar participando dessa atividade com em 50%
da capacidade de refino do país.
A exploração e a produção de petróleo e gás natural são as atividades centrais que
estão sempre se desenvolvendo para atender a crescente demanda de energia. A produção do
pré-sal, em águas ultra profundas, é o foco dos investimentos desse setor, estando previsto um
crescimento de 5% na produção até 2023. Por meio do seu plano estratégico do ano de 2019, a
empresa estima um investimento de US$ 74.7 Bilhões até 2024, onde 85% serão destinados à
produção e exploração. Espera-se se atingir uma meta de produção de 3,5 milhões de barris
em 2024 sendo 1 milhão esperados apenas na bacia de campos. Em conjunto com essa
expectativa a Petrobras pretende adquirir 13 novas plataforma.
A Petrobras almeja ser a melhor empresa de energia na geração de valor para seus
acionistas. Para alcançar esse objetivo a empresa estabeleceu no seu mais recente plano, se
basear em cinco pilares estratégicos: i) maximização do retorno sobre o capital empregado; ii)
redução do custo de capital; iii) busca incessante por custos baixos; iv) meritocracia; v)
respeito às pessoas, meio ambiente e segurança. Apelidado de Mind the Gap, o plano
estratégico visa eliminar o gap de performance que separa a empresa das melhores empresas
do mundo no setor de petróleo e gás, criando assim, valor para os acionistas. O plano conta
com o foco em três métricas: segurança das pessoas, redução da dívida e geração de valor.
• Taxa de acidentes registráveis por milhão de homens hora (TAR abaixo de 1,0;
• Dívida Líquida/EBTIDA ajustada abaixo de 1,5 vezes;
• Valor Econômico Adicionado (EVA) consolidado de US$ 2,6 bilhões

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O investimento total previsto para os próximos cinco anos (2020- 2024) soma US$
75,7 bilhões, com foco no desenvolvimento da produção em águas profundas e ultra-
profundas, notadamente nas áreas do pré- sal (PETROBRAS, 2020c)
A empresa tem adotado uma estratégia de liderança em custo, investimento em
exploração dos campos com maior produtividade para baixar os custos de operação, fazendo
desinvestimentos em outras áreas. Desse modo, e de acordo com o mercado em que a
companhia está inserida, as funções empresariais de estratégia e logística são importantes. A
diretoria e recursos humanos também são destaque pois a empresa está em processos de venda
e aquisição de instalações, quando decisões importantes são tomadas e é necessário realocar
pessoal.
3.3. Balanced Scorecard
O Quadro 3 mostra o BSC proposto
QUADRO 3. BSC
Perspectiva Indicador Objetivos/Metas
Finanças Lucro Não ter prejuízo em 2020. Aumento de 10 %
do lucro em 2021
Cliente Participação no mercado Participação de 95% do mercado
Processos internos Produtividade barril/poço/dia Aumentar a produtividade em 10% até 2022
Aprendizado e crescimento Treinamento dos colaboradores Aumentar as horas de treinamento em 10%
No BSC proposto, na perspectiva financeira, diante da queda da demanda energética, a
empresa teria como objetivo não registrar prejuízo em 2020, e aumentar o lucro em 10%
apenas em 2021. Em relação à perspectiva do cliente, a Petrobras deve manter sua
participação no mercado em no mínimo 95% da produção de óleo e gás natural no Brasil.
Relacionado aos processos internos, como a empresa tem adotado uma estratégia de liderança
em custo, tem como meta aumentar a produtividade de barril/poço/dia em 10% até 2022. Por
último, na perspectiva de aprendizado e crescimento, a companhia deve aumentar as horas de
treinamento dos seus colaboradores para manter sua força de domínio tecnológico.
4. Conclusões
A fim de identificar as estratégias adotadas pela Petrobras para esta pesquisa, buscou-
se identificar os pontos significativos que influenciam o mercado em que a empresa está
inserida, e analisando as ações da empresa para os próximos anos, aplicou-se as ferramentas
de Gestão Estratégica para estimar possíveis caminhos que serão percorridos pela empresa.
A pesquisa mostrou que o aproveitamento das oportunidades e a noção das limitações de uma
empresa são pontos essenciais para serem trabalhados durante a definição de uma estratégia

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empresarial. As decisões para grandes empreendimentos podem refletir em declínio ou


sucesso da empresa. Decisões ruins, problemas com corrupção ou exposição a riscos, podem
prejudicar não só a empresa, mas toda a sociedade a sua volta, e no caso da Petrobras, devido
a sua grande fatia de mercado no país, seus resultados refletem grande impacto para a
economia brasileira.
A Petrobras tem buscado fazer desinvestimentos e diminuir suas áreas de atuação, ao
contrário de outras empresas que têm procurado aumentar seu portfólio de negócios para
diminuir os riscos de substituição das fontes fósseis por energia mais limpa. A empresa está
focando nas refinarias na região Sudeste do Brasil e na exploração de óleo e gás em águas
profundas, região com maior produtividade e menores custos de produção, onde possui
elevado conhecimento técnico reconhecido mundialmente.
Vale ressaltar que o mercado de óleo e gás está sempre suscetível a mudanças de
cenários devidos a fatores externos e acontecimentos globais, por se tratar de um importante
recurso energético para todo mundo, tendo seu preço definido internacionalmente e sua cadeia
logística inserida globalmente.
A pesquisa traz uma contribuição para futuros profissionais que atuaram na elaboração
de estratégias, a terem uma visão de como se comporta uma empresa de grande porte em um
segmento extremamente importante para a sociedade.
Referências

ABAS, N.; KALAIR, A.; KHAN, N. Review of fossil fuels and future energy technologies.
Futures, v. 69, p. 31–49, maio 2015.

ALMEIDA, E. L. F. D.; OLIVEIRA, P. V. D.; LOSEKANN, L. Impactos da contenção dos


preços de combustíveis no Brasil e opções de mecanismos de precificação. Revista de
Economia Política, v. 35, n. 3, p. 531–556, set. 2015.

ANP - AGÊNCIA NACIONAL DE PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS.


Anuário estatístico brasileiro do petróleo, gás natural e biocombustíveis: 2019. Rio de
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