Resumo sobre a aula “Inovação de patentes” – Prof Leila
O conceito de descoberta consiste na revelação de algo, ou de algum
fenômeno, até então ignorado, mas já existente na natureza, que é determinado por meio da capacidade de observação do ser humano. Um exemplo para ilustrar esse conceito é a lei da gravidade. Já o conceito de invenção é a capacidade de criação do homem, manipulando ou interferindo na natureza, que represente a solução para um determinado problema, dentro de uma determinada área humana. Exemplo: telescópio, criado por Newton. As invenções podem ser patenteadas, enquanto que as descobertas não podem. A propriedade intelectual compreende os direitos autoriais e a propriedade industrial. Os direitos autorais abrangem os direitos pessoais, a criação intelectual, o trabalho e o investimento (relação tempo e dinheiro). Diferentemente, a propriedade industrial compreende os direitos comerciais, a criação industrial e a regulação da concorrência. Dentro da relação inovação e patentes, o conceito de privilégio é fundamental. O privilégio corresponde ao direito ou vantagem especial que se concede a uma pessoa ou a um grupo de pessoas, com exclusão de outras, fazendo exceção ao direito comum ou à regra geral. Dessa forma, a esse grupo de pessoas se concede o diploma que contém a concessão de um privilégio. A partir do momento que um grupo de pessoas apresenta esse privilégio de invenção, eles detêm a patente. A patente é um título de propriedade temporário outorgado pelo Estado ao inventor ou a pessoa legitimada. A patente permite que terceiros sejam excluídos de atos relativos à matéria protegida. Dessa forma, existem algumas diferenças que devem ser destacadas. A patente é um documento que concede esse privilégio a alguém. A descoberta existe por si só, não podendo ser patenteada. E a invenção é a criação que está na mão do ser humano, o objeto que realiza a ação. Em relação a uma ideia, não se pode patenteá-la. É preciso que a ideia esteja concretizada, ou que haja uma criação do intelecto, por meio de uma invenção. Além disso, deve ser demonstrada na prática a sua aplicação industrial. Já sobre o conhecimento que é descoberto, existem três destinos que podem ocorrer. Pode ocorrer o sigilo, mantendo-se aquela informação em segredo absoluto. Pode-se ocorrer um pedido de patente ou, ainda, tornar aquele conhecimento público para o meio científico. De acordo com a Lei 9.279/96, Art. 10, não se considera invenção e nem modelo de utilidade: descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos; concepções puramente abstratas e; obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação estética. As criações que envolvem aspectos puramente estéticos ou artísticos, por não apresentarem caráter técnico, não são consideradas invenções. Porém, são protegidas por direitos autoriais. Além disso, também não se considera invenção e nem modelo de utilidade, segundo a Lei 9.279/96, Art. 10, o todo ou parte de seres vivos e materiais biológicos encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais. Não são patenteáveis. Produtos químicos que possuam correspondentes de ocorrência natural, mesmo que obtidos sinteticamente ou de forma recombinante, não são patenteáveis. No entanto, produtos químicos que possuam correspondentes de ocorrência natural e que tenham sido modificados em sua identidade (mutação, por exemplo), são passíveis de serem patenteados, desde que a modificação introduzida seja dotada de atividade inventiva. Também não se considera invenção e nem modelo de utilidade, pela mesma legislação, técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal. Para o país, é importante a patente pois estimula pesquisadores e a esfera de produção. Além disso, estimula o desenvolvimento de novas tecnologias e o aperfeiçoamento das existentes. O consumidor, por meio desse contexto, acaba tendo suas necessidades atendidas e; a propriedade limitada temporariamente. Uma vez que o prazo de vigência da patente termina, o conhecimento que era protegido poderá ser usado livremente. Para o titular, também é interessante a patente. Além de comprovar que tem tecnologia própria e excluir terceiros do mercado, controla ou limita a concorrência e assegura os investimentos da empresa em seus elementos imateriais. Além disso, apresenta maior poder de negociação no comércio de seus produtos e pode investir em marketing, dominando o mercado. Em relação aos direitos autoriais, estes consistem na proteção, sob os aspectos morais e patrimoniais, ao criador de obras artísticas, literárias e científicas. Pela legislação brasileira, não são protegidos por direitos autorais as ideias, procedimentos normativos, sistemas, métodos, projetos ou conceitos matemáticos; formulários em branco para serem preenchidos por qualquer tipo de informação, científica ou não, e suas instruções. Além disso, os textos de tratados, convenções, leis, decretos, regulamentos, decisões judiciais e demais atos oficiais também não podem ser protegidos por direitos autoriais. As informações de uso comum como calendário, agenda, cadastros ou legendas, os nomes ou títulos isolados, o aproveitamento industrial ou comercial das ideias contidas nas obras também não pode ser protegido por direitos autoriais. O conceito de marca pode ser definido como símbolo ou nome suscetível de registro como marca os sinais distintivos visualmente perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais. Aluno: Sílvio André Lopes.