S586p
Silva, Joselma Gomes da.
Protocolo para a otimização das aulas remotas de alunos com transtornos:
adaptação curricular [recurso eletrônico] / Joselma Gomes da Silva. – Imperatriz:
Resilience Clínica Multidisciplinar, 2020.
Livro eletrônico.
Disponível em: www.clinicaresilience.com
Suporte: e-book.
Formato PDF.
ISBN 978-65-00-03593-3
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO............................................................................. 7
1 DOMÍNIOS AMBIENTAIS COMO DISPARADORES DE 9
APRENDIZAGEM..............................................................................
2 PRIMEIRO DOMÍNIO: ROTINA......................................................... 10
2.1 Responsabilidades direcionadas a pais e/ou responsáveis....... 10
2.1.1 Dicas: Organização da rotina para manutenção da atenção e 10
motivação.........................................................................................
3 SEGUNDO DOMÍNIO: AMBIENTE DA CASA COMO MELHOR 13
ESPAÇO DE APRENDIZAGEM........................................................
3.1 Dicas:Organização do ambiente de aprendizagem....................... 14
4 TERCEIRO DOMÍNIO: COMUNICAÇÃO ENTRE A TRÍADE: o 15
mediador, a professora e a criança nos processos de aulas
remota...............................................................................................
4.1 Dicas: Comunicação eficiente nos mometos de aulas remotas. 15
5 QUARTO DOMÍNIO: O LUGAR DA ESCOLA E DOS 19
PROFESSORES NA APLICABILIDADE DAS AULAS
REMOTAS.........................................................................................
5.1 Dicas: Organização das Aulas Remotas Propostas pela Escola e 20
Professores...................................................................................
5.1.1 Horário e Pontualidade...................................................................... 21
5.1.2 Interatividade entre Pais e Escola..................................................... 22
5.1.3 Logística e seleção dos conteúdos prioritários................................ 23
5.2 Dicas: Estrutura Curricular Eficiente............................................. 24
5.3 Dica: Planejamento antecipado compartilhado............................ 27
5.4 Dica: Planejamento de aprendizagem executável em tempos de 28
pandemia..........................................................................................
5.5 Postura e indumentárias da professora na hora da aula ........... 33
5.6 Dicas: Organização do professor nos momentos de aula 34
remota...............................................................................................
5
SOBRE A AUTORA
7
APRESENTAÇÃO
Com base nesse cenário, esse livro apresenta uma proposta de adequação
curricular de alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental até o 5º ano (Anos
Iniciais). Entende-se que, para essa etapa da vida, o sujeito aprendente necessita de
instruções que o conduza a processos mais complexos de aprendizagens na sua
inteireza, ou seja, nas diferentes dimensões (cognitiva, emocional, social e
acadêmica) como preconiza a BNCC
(Base Nacional Comum Curricular).
Para tanto, deve-se priorizar a prática,
a experiencia, o nível de significado de
cada aprendizagem, a generalização
de comportamento, o controle
emocional e, principalmente, o
envolvimento de todos, para o
desenvolvimento de competências e
habilidades para a vida.
Vale lembrar que essa
proposta não tem pretensão de ser
definitiva, mas sim um ponto inicial para muitas outras tomadas de decisão de
profissionais da educação. Afinal, o ensino de alunos em geral, e aqueles com
deficiência em particular, pressupõem reflexão de posturas profissionais e humanas
além de modelos de atendimentos diferenciados, mediante as mudanças tanto no
contexto quanto no próprio sujeito aprendente / ensinante.
A busca de novas práticas no exercício da profissão de educador, a inovação
de ações e práxis, o desafio de se redesenhar, de se reinventar no campo da inclusão
se torna ainda mais significativa em um momento como estamos vivendo.
Portanto, você educador inclusivo, tenha sempre em mente essa premissa de
Sócrates “Só seu que nada sei” e faça do seu oceano de dificuldades iniciais, um
oceano de oportunidades de grandes e belos descortinamentos tanto para você
quanto para o seu aluno.
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A rotina, no seu
ponto mais geral,
configura-se como um
comportamento
organizado que o ser
humano instala, para
lidar, cotidianamente,
e de modo
organizado, com
aberturas para flexibilidades controladas pelo próprio indivíduo e como forma de
administrar, de modo eficiente, suas aprendizagens e emoções diárias.
2.1.1 Dicas:
Organização da rotina para manutenção da atenção e motivação
✓ organize uma rotina visual para a criança. Essa rotina precisa determinar dias
e horas de cada atividade a ser desenvolvida pela criança, sempre
supervisionada pelos responsáveis. Nela faz-se necessário conter o horário de
atividades escolares dos dois momentos distintos: horário da aula com a
professora e o horário determinado para que os pais realizem a atividade de
casa com a criança e especifique uma atividade no turno da criança na escola
e outra no contra turno;
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✓ para fazer a rotina visualizada, pesquise na internet figuras das tarefas que a
criança precisa desenvolver, selecione e imprima em um tamanho de 5cm por
5cm. Pegue uma cartolina branca (ou folha de papel chamex suficiente) separe
em colunas – 10 cm de largura por 40 cm de comprimento) os 7 dias para a
semana. Separe as colunas nomeadas, cada dia numa coluna, cortando-as,
ficando então 7 tiras e em cada uma delas o nome de cada dia da semana.
Você irá apresentar um dia de cada vez à criança. Assim, gradativamente, vai
fixando as figuras das atividades que serão realizadas durante o dia da criança,
com a hora associada;
✓ apresente um dia de cada vez. Nesse momento, chame a criança e diga a ela
que dia é hoje, diga também o que será realizado e vá fixando gradativamente
as figuras das atividades que serão realizadas, associada à hora. Desde o
momento que ela acorda, até a hora de ir dormir.
✓ reserve um local da parede próximo ao local onde a rotina foi fixada e fixe uma
faixa de papel, com 20cm de largura por 30cm de comprimento para que seja
colocado nessa tabela as gravuras das atividades já executadas. No topo da
folha deverá estar escrito: FIZ - GANHEI e um local onde seja possível colocar
uma recompensa visual (estrela, like, adesivos de cadernos, beijinhos com
batom para ficarem no papel, emoticons, etc.)
✓
Fiz Ganhei
✓ o que gera muito prazer; o que é normal para ela; e o que é formal. Faça essas
intercalações deixando sempre uma atividade prazerosa para DEPOIS das
atividades formais;
✓ o que precisa de orientação direta do adulto. Organize para que esses
momentos também sejam
possíveis para você – pai
e/ou responsável estar
junto de modo intenso, sem
preocupação com outros
afazeres;
✓ nesse momento há uma
necessidade de uma
dedicação exclusiva do
adulto mediador;
Vale ressaltar que a mediação do adulto se faz necessária em toda a rotina.
Porém, em momentos de aprendizagem formal, essa responsabilidade aumenta, haja
vista que, você mediador (pai e/ou responsável), estará conduzindo direto e
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presencialmente a criança.
P. S. Se você tiver mais de uma criança e precisar fazer uma rotina a ela
também, faça com uma criança de cada vez, pois, as atividades a serem realizadas
podem ser diferentes.
Outro aspecto a ser enfatizado é o ambiente, este precisa ser organizado para
o fim que se busca. Nesse sentido, estar atento às variáveis ambientais que podem
colaborar ou atrapalhar a aprendizagem, no seu sentido mais amplo, devem ser um
requisito, ao qual necessita de um olhar cuidadoso, para que seja possível eliminar ou
acrescentar demandas importantes que possam ser identificadas como facilitadores e
/ ou dificultadores dessa aprendizagem.
Piaget (2000) ressalta que o desenvolvimento de um aluno / ser humano,
resulta de combinações entre o potencial do organismo humano e as circunstâncias
oferecidas pelo meio e que os esquemas de assimilação vão se modificando
progressivamente, considerados estágios de desenvolvimento.
Neste contexto é possível compreender a estreita relação existente entre
capacidade de aprendizagem e o local de ensino, tornando o mesmo, ou seja, o
ambiente, um potencializador desses momentos pelos registros significativos (ou não)
que podem resultar dessa relação.
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3.1 Dicas:
Organização do ambiente de aprendizagem
4.1 Dicas:
Comunicação eficiente nos mometos de aulas remotas
✓ É certo que não será fácil inicialmente. Mas a sua persistência diária, mesmo
que se inicie com momentos menores e, gradativamente vai aumentando, sua
meta será alcançada com êxito. Não se trata de tarefa fácil instalar
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✓ No momento das aulas remotas, quando você: papai, mamãe e/ou responsável
não entender algo orientado pela professora, peça a ela para repetir, pois você
adulto precisa também interagir com a professora nesse momento, uma vez
que você se tornou o filtro facilitador da aprendizagem e do desenvolvimento
da criança.
✓ Na condição de mediador, vá observando o momento da criança. Veja a
receptividade dela quanto aos conteúdos recebidos, como ela está absorvendo
os conhecimentos passados, observe o tempo dela para entender que ela tem
um tempo de tolerância que precisa ser respeitado, e esse tempo precisa ser
replanejado para que a meta seja alcançada.
✓ No momento das aulas remotas evitem falar os dois ao mesmo tempo,
(responsáveis e professor). Atendendo a essa postura será minimizada a
confusão auditiva para a criança e os comandos passarão a ser compreendidos
com mais limpeza de estímulos auditivos;
✓ Esteja em um ambiente livre de ruídos ao máximo, para que os mesmos não
se tornem distratores excessivos; (por isso a escolha do local, orientado a
priori). Sabemos que poderão haver
distratores, mas o importante é evitá-los
ao máximo.
✓ Aproveite você, responsável! Aproveite
esse momento para aprender com seu
filho (a), ver conteúdos que estão sendo
trabalhados, de que forma se dá a
absorção da criança, em que ele
apresenta mais facilidade e / ou
dificuldade, avalie o modo que o seu filho
aprende. No final, passe um feedback à
professora para que ela também entenda
e adeque as suas ações ao movimento interno de aprendizagem da criança.
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Lembre-se:
a criança está aprendendo e se adaptar a muitas situações diferentes ao mesmo
tempo. O papel do
adulto nesse momento é dar tranquilidade a essas adaptações, para que o melhor
resultado possível seja alcançado.
Os dois momentos: tanto da aula remota, quanto o da tarefa de casa, precisam
ocorrer com os mesmos critérios de organização e comunicação;
Que você, adulto, não apresente expertise acadêmica pedagógica para
desempenhar esse papel sem a ajuda
da professora, no entanto quando
precisar, peça novas explicações, etc.;
anote o tempo de tolerância da criança.
Depois passe esse tempo de
sustentação da atenção para a
professora para que ela adeque micro
quebras planejadas, para que essa
atenção tenha uma manutenção mais
qualitativa. Ex. Se a criança consegue
se manter ligada na fala da professora
por um tempo entre 5 a 8 minutos, se
antecipe, quando usar esse tempo, direcione a criança a fazer coisas rápidas como:
tomar um pouco d`água e logo depois retorne à atividade, ou peça para a criança
mostrar algo, depois volte, ou peça para fazer alguma ação como bater palmas, ou
cantar um fragmento de uma música, etc.
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5.1 Dicas
Organização das Aulas Remotas Propostas pela Escola e Professores
✓ Horário e pontualidade;
✓ Interatividade entre pais e
escola;
✓ Logística e seleção dos
conteúdos prioritários;
✓ Planejamento antecipado
compartilhado;
✓ Postura e indumentárias da
professora na hora da aula;
✓ Cuidados com os recursos
necessários usados nas aulas;
Nesse sentido, segue os
direcionamentos necessários para conduzir com qualidade esse momento mais
sensível da aprendizagem.
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A escola precisa: orientar seu professor que este momento deverá ser
conduzido PELO PROFESSOR e não pelos pais. Os pais estão ali como auxiliares do
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processo que estiver ao seu alcance. É preciso lembrar que os pais não apresentam
expertise didático-pedagógica para esse modelo de mediação.
✓ Precisa reorganizar –
caso seja necessário - os
recursos utilizados no que se
refere a tempo, materiais e
ferramentas digitais;
✓ Precisa filtrar o que de fato é importante a ser aprendido. Não adianta desejar
que se tenha a mesma estrutura curricular que o ano normal. Esse processo
não irá acontecer a contento por nenhuma das partes;
Por currículo entende-se como uma infinidade de conceitos desde aquilo que
nomeamos de prévio, ou seja, desenvolvido sem a preseça da escola, advindos de
experiências que o sujeito tenha experienciado no percurso de vida, até a estrutura
organizada, pensada pela escola com o propósito de, numa escala evolutiva,
desenvolver com o aluno, seja ele deficiente ou não. Todos os seus modelos, porém
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5.2 Dicas:
Estrutura Curricular Eficiente
o pela inabilidade que os pais ainda apresentam para orientar essa infinidade
de tarefas tal qual acontecia na escola. O tempo menor, menos tarefas
escritas;
✓ A aula - deverá ser ministrada somente para a criança com transtorno
inicialmente. O professor deverá,
junto com os pais, estabelecer um
horário fixo para a criança, para que
ela tenha aulas todos os dias no
mesmo horário previamente
combinado, com comandos
direcionados a ela, sem que, nesse
momento haja outras interferências
(no caso, a intervenção dos colegas
de sala);
✓ No primeiro momento – é
necessário que a criança se habitue
a esse modelo de aula, para
posteriormente os colegas serem inseridos na sala, gradativamente;
✓ A inserção dos colegas na aula – deverá ser gradativa, ou seja, a criança
precisa ir se acostumando com outros estímulos nesse contexto. Por isso,
inicie com ela sozinha, (tempo - 2 a 3 semanas) depois, insira um colega,
convidado antecipadamente para estarem juntos e, novamente, precisa
observar as reações da criança com a inserção dos colegas;
✓ Participação com colegas – no caso das crianças do 2º ao 5º ano, se as
mesmas assim desejarem estar com eles, pode entrar na aula dos colegas no
momento deles. Assim a criança poderá vê-los, interagir como for possível.
Porém, seu momento será só seu na sua aula formal.
✓ Manifestações de comportamentos – precisam ser observadas e anotadas
pelo mediador para que sejam relacionados os comportamentos mais
aversivos que a criança esteja manifestando como: resistências, choros,
inquietações, falta de interesse da criança, estereotipias, desinteresse dos
recursos utilizados, comportamentos repetitivos ou rituais, rigidez,
irritabilidade, hiperatividade e impulsividade, autolesão e agressividade, os
que interferem na aprendizagem e o tempo de tolerância (comportamento em
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excesso);
✓ Mediador, descreva os comportamentos como aparece na tabela abaixo, para
que seja possível reorganizá-lo. Observe o exemplo:
5.4 Dicas
Nome: ___________________________________________
Para Saber
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prazeroso;
✓ Pais ou responsáveis, as
atividades planejadas precisam ser
executadas - pela professora, ao vivo
para a criança. Para isso, tanto os pais,
quanto o professor deverão ter os recursos de modo igual para que os
responsáveis ACOMPANHEM a professora. Aqui a função é da professora e
não dos pais / responsável;
5.6 Dicas:
Organização do Professor nos Momentos de Aula Remota
✓ Separe os recursos e deixe todos ao seu alcance, para que não haja esperas
e espaços vazios;
✓ Fale devagar, espere a criança olhar para você, chame-a pelo nome quando
estiver realizando as atividades planejadas; interaja ainda mais do que antes;
✓ O local da aula deve ser organizado antes da aula pois, a mesma poderá
ocorrer na mesa, no chão, na cozinha, na área de casa. Isso vai depender do
que foi, a priori, planejado e enviado aos pais;
auxiliar;
✓ O que você for realizar, vá fazendo devagar, para que o mediador que estiver
com a criança, faça junto com você, utilizando-se dos mesmos recursos, a
priori, planejados;
✓ O mediador vai seguir suas instruções transformando para a criança aquilo que
ela está vendo projetado na televisão, computador, celular, etc. para a mesa,
tapete, etc.;
✓ Separe em uma caixa os recursos que serão utilizados na aula; você deverá
ter os mesmos recursos do professor, pois você: papai e mamãe vão
“transformar em verdade” aquilo que a professora está fazendo na televisão;
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5.7 Cuidados junto aos recursos necessários, usados nas aulas remotas
5.7.1 Dicas:
Uso dos recursos de modo eficaz
É preciso idealizar a sala de aula na casa da criança sabendo-se que nem sempre
será possível disponibilizar recursos semelhantes aos da escola, levando em conta
que:
✓ a mamãe não tem expertise de criar recursos didáticos;
Dicas
Obrigações antecedentes às aulas remotas e uso dos recursos
✓ selecione junto com as mães o que é possível e o que tem disponível em casa
para momentos de variações de recursos;
✓ peça para a mamãe guardar embalagens vazias de comida (isopor) de frios,
rótulos, etc.; elas podem ser utilizadas com muita frequência;
✓ veja se os pais têm possibilidade de fazer algum tipo de impressão quando for
necessário. Caso não tenha, é preciso
substituir a atividade impressa para um
outro formato;
✓ os pais, juntos a você professor,
poderão selecionar determinados
brinquedos da criança e separá-los
para que eles se transformem em
materiais didáticos, utilizados nos
planejamentos das aulas;
✓ os brinquedos que forem
selecionados, precisarão ficar numa caixa separada para serem usados de
modo planejado e nas horas adequadas;
✓ peça aos pais a determinação do (s) espaço (s) a ser (em) utilizado (s) para
que você professor planeje as aulas levando em conta esses espaços
determinados;
✓ explore os vários ambientes da casa pelo menos uma vez por semana para
inovar a proposta das atividades e, com isso, generalizar comportamentos,
dar função ao que está sendo ensinado;
✓ veja os exemplos abaixo de uma casa com: cozinha, quarto, sala, quintal e
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área:
Na cozinha Fazer uma receita, ver cores, cheiros, temperaturas, etc.; usar
bandejas de frios vazias para criar sequência de histórias; nomear os
móveis da cozinha e fixar em cada um; fazer lista de compras para
buscar; fazer lista de compras que não precisa comprar; somar os
gastos, etc.;
Por avaliação entende-se todo tipo de processo que evidencie, de modo claro,
situações de aprendizagem que possa retratar pontos, tanto que garantam o avanço,
quanto os que necessitem retornar, afim de manter uma qualidade esperada. Dentro
dessa categoria, três modelos são os mais discutidos – avaliação diagnóstica,
formativa e somativa.
Avaliação diagnóstica tem a função de identificar, numa visão plural, como
a aprendizagem do sujeito encontra-se organizada, evidenciando a linha de base em
que o aprendente se encontra. Esse modelo de avaliação permite uma visualização
dessa panorâmica para uma tratativa mais especifica sobre esse indivíduo, e assim
ele possa ser atendido nas suas demandas mais fragilizadas, potencializando-as por
reconhecê-las, reconhecer suas potencialidades e estimulá-las.
A avaliação diagnóstica para Haydt (2008) é a principal forma de pré-
requisitos para compreender se o aluno possui habilidades e conhecimentos para
receber novas aprendizagens. É também usada para caracterizar problemas de
aprendizagem.
O público alvo a quem esse protocolo se direciona, tem seja de modo formal
ou informal, sua avaliação diagnóstica, haja vista, ser ela a maneira mais eficiente de
identificar as necessidades e / ou habilidades de uma sujeito aprendente,
possiblitando construir um modelo de atendimento e recursos diferenciados, que
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avaliação somativa é uma avaliação muito geral, que serve como ponto de apoio para
atribuir notas, classificar o aluno e transmitir os resultados em termos quantitativos,
feita no final de um período” (BLOOM; HASTINGS; MADAUS, 1983, p. 100).
Frente aos três modelos avaliativos aqui discutidos, a avaliação formativa é a
recomendada para esse momento de sensibilidades, por levar em consideração o
conjunto de desordens que foram instalados nesse momento de quebras de rotina e
de processos de aquisições formais, na vida de todos os envolvidos (alunos, pais
professores, escolas).
O referido modelo de avaliação – a formativa – apresenta uma busca intensa
de sinais que possibilitarão a ordenação de processos, tanto internos, quanto externos
do aluno, garantindo uma qualidade de aprendizagem. O professor e os pais estarão
munidos de instrumentos que permitirão a visualização deses comportamentos
buscados, e discutirão sobre eles, tornando esse instrumento uma interface entre as
aprendizagens diárias e o modelo de mediação proposto.
o Escola Games
Game Arkos
https://www.instagram.com/p/CAInA2YD_VZ/?igshid=1rehq9h3bshmy
https://www.instagram.com/p/CAVEX09FGJ2/?igshid=sehxygvjvw
https://www.instagram.com/p/CADCnEEFEdE/?igshid=56d805elymhm
https://www.instagram.com/p/CADBv04lrPR/?igshid=1d0h5irv8ue12
Mundo Primaria
Material Educacional para trabalhar em casa ou on-line.
https://www.mundoprimaria.com/
Esses sites são algumas sugestões para você. Busque outros. O mais
importante é você ter ferramentas variadas para que a criança possa sentir-se
motivada a trabalhar em um modelo remoto com significado, planejado e
compartilhado com pais e /ou responsáveis
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entender que nesse momento a escola sofre uma mudança no que se refere
a quebras de paradigmas educacionais trazidos pela pandemia e que permanecerão
no pós-pandemia, é também entender que, mais do que nunca, a escola necessita
alavancar, seguindo em frente, se reorganizando no sentido de viver novas
experiências e oportunidades as quais estão sendo-lhes oferecidas.
Vários elementos citados nesse documento, traz à tona uma necessidade,
que até então manteve-se camuflada e, nesse momento, se descortina com toda a
força para que seja refeita, tornando-se mais inclusiva cotidianamente.
Todos, nesse momento, mostram-se deficientes frente a um cenário de
reconstrução, inserções, incertezas e modificabilidades, podendo assim sentir na pele
o deslocamento de um lugar de conforto que até então apresentava segurança, para
um lugar inseguro e instável. Necessidades constantes de novas adaptações, de
cuidados consigo, com o outro, com o meio, reconstruindo, reinventando, com olhares
e escutas refinadas, anotações, avaliações.
Assim, sempre foi, e sempre será o universo da inclusão: enxergar para
promover o acesso ao caminho, como condição sine qua non para o desenvolvimento
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REFERÊNCIAS
MITTLER, Peter. Educação Inclusiva: contextos sociais: Porto Alegre: Artmed, 2003.
Daeir, Célia E. A. Di Piero. São Paulo: Abril Cultural, 2000. (Os Pensadores).