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Ergonomia e Segurança

do Trabalho
Material Teórico
Ergonomia e Segurança do Trabalho

Responsável pelo Conteúdo:


Profa. Ms. Cristhiane Eliza dos Santos

Revisão Textual:
Profa. Ms. Fátima Furlan
Ergonomia e Segurança do Trabalho

• Conceito de Ergonomia
• Origem da Ergonomia
• Objetivos Básicos da Ergonomia
• Os Precursores da Ergonomia
• A Ergonomia, do Taylorismo até os Dias de Hoje
• A Abrangência da Ergonomia

OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Apreender sobre o conceito de Ergonomia, sua origem, objetivos
básicos, seus precursores, sua evolução e abrangência.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.

No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Ergonomia e Segurança do Trabalho

Contextualização
Um dos principais objetivos no mundo de hoje é a produção máxima com um
custo mínimo. Isso vale tanto para os países subdesenvolvidos que buscam de alguma
maneira alternativas que possam melhorar os seus custos para eventualmente
alcançar o crescimento, quanto para os países desenvolvidos que buscam o controle
econômico, deixando, muitas vezes, de lado o bem estar do ser humano, sendo
necessário que exista algo que possa tratar da sua segurança.
Explor

Veja a chage no link a seguir: https://goo.gl/fKr1Wk

A partir do exposto, cabe considerar que os conceitos de segurança e ergonomia


podem e devem atuar em conjunto como vetor de eficiência nas organizações,
tanto as manufatureiras como as empresas prestadoras de serviços.

Nesse momento, cabe um esclarecimento: é considerado manufatura de um


produto quando, durante o processo produtivo, há mudança na característica física
do produto. Caso contrário, todos os demais “trabalhos” são prestação de serviço:
bancos, hospitais, escolas, portos e aeroportos etc...

É possível afirmar que não há relevância específica do estudo da ergonomia e da


segurança do trabalho em um segmento de mercado específico, ou em um trabalho
específico. Todos os tipos de trabalhos em todos os segmentos de mercado justificam
o conhecimento, a aplicação e a gestão da ergonomia e da segurança do trabalho.
Nas empresas, como meio de se obter a motivação e o bom resultado (lucro) a
partir da sustentabilidade do trabalho. E, fora do “trabalho”, na vida quotidiana,
como política de bem-estar pessoal.

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Conceito de Ergonomia
O conceito de ergonomia está relacionado à concepção do trabalho, de todo
tipo de trabalho, e remonta a história do homem na Terra:

A primeira definição de trabalho conhecida está nas Sagradas Escrituras em


Gênesis 3: 17 b, 19:
Disse, pois, o Senhor Deus ao ser humano: maldita é a terra por tua causa;
em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida. Do suor do rosto come-
rás teu pão, até que tornes a terra; pois dela foste tomado; pois és pó, e
ao pó tornarás.

É conclusivo que o trabalho está relacionado com a noção geral de sofrimento


e pena. (Bíblia, 1995).

Há muitas definições sobre ergonomia. Vamos apresentar algumas delas.

Segundo Falzon (2009), a International Ergonomics Association (IEA), em


2000, adotou uma definição que é referência internacional. Todavia, vamos
apresentar a definição que antecedeu a definição de 2000 para que o leitor possa
compreender a evolução da conceituação entre os próprios ergonomistas. Assim,
ilustramos a premissa de que além de ser uma disciplina “nova”, em especial no
Brasil, o conceito vem sendo continuamente revisto causando uma constante
ampliação do escopo da citada disciplina.

Primeira definição de ergonomia proposta pelo IEA:


A ergonomia é o estudo científico da relação entre o homem e seus
meios, métodos e ambientes de trabalho. Seu objetivo é elaborar, com a
colaboração de diversas disciplinas científicas que a compõem, um corpo
de conhecimentos que, numa perspectiva de aplicação, deve ter como
finalidade uma melhor adaptação ao homem dos meios tecnológicos de
produção e dos ambientes do trabalho e da vida.

A segunda definição de ergonomia proposta pelo IEA em 2000:


A ergonomia (ou fatores humanos) é a disciplina científica que visa a
compreensão fundamental das interações entre os seres humanos e outros
componentes de um sistema, e a profissão que aplica princípios teóricos,
dados e métodos com o objetivo de otimizar o bem estar das pessoas e o
desempenho global dos sistemas.

Os profissionais que praticam a ergonomia, os ergonomistas, contribuem


para planificação, concepção e avaliação das tarefas, empregos, produtos,
organizações, meios ambientes e sistemas, tendo em vista torná-los
compatíveis com as necessidades, capacidades e limites das pessoas.

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UNIDADE Ergonomia e Segurança do Trabalho

Note que, conforme apontado anteriormente, é evidente a ampliação do escopo


da ergonomia. Se compararmos atentamente as duas definições do IEA notaremos
que há uma evolução significativa na percepção do conceito de trabalho e de quem
o executa vindo ao encontro com a “Escola das relações humanas” e em oposição
à “Escola da Administração Científica de Taylor”, especificamente, no reconheci-
mento da força de trabalhador (homem) como ser humano. Nota-se também uma
“preocupação” no sentido de adequar harmonicamente a interação da força de tra-
balho humana com os sistemas, de maneira que a especificação do trabalho laboral
não venha prejudicar a saúde do homem e nem tampouco venha a comprometer
sua força de trabalho futura.

Ainda na segunda definição do IEA, o universo da ergonomia é dividido em


três dimensões:
• Ergonomia física: está relacionada com as características da anatomia hu-
mana, antropometria, fisiologia e biomecânica e sua relação à atividade
física. Os tópicos relevantes incluem o estudo da postura no trabalho, ma-
nuseio de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios musculoesqueléticos
relacionados ao trabalho, projeto de posto de trabalho, segurança e saúde.
• Ergonomia cognitiva: refere-se aos processos mentais, tais como percepção,
memória, raciocínio e resposta motora conforme afetem as interações entre
seres humanos e outros elementos de um sistema. Os tópicos relevantes in-
cluem o estudo da carga mental de trabalho, tomada de decisão, desem-
penho especializado, interação homem computador, stress e treinamen-
to conforme esses se relacionam a projetos envolvendo seres humanos
e sistemas.
• Ergonomia organizacional: refere-se à otimização dos sistemas sociotécni-
cos, incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e processos. Os tópicos
relevantes incluem comunicações, gerenciamento de recursos de tripulações
(CRM - domínio aeronáutico), projeto de trabalho, organização temporal
do trabalho, trabalho em grupo, projeto participativo, novos paradigmas
do trabalho, trabalho cooperativo, cultura organizacional, organizações
em rede, teletrabalho e gestão da qualidade.

As “áreas de especialização da ergonomia” proposta pelo IEA, segundo Fal-


zon (2009), são citadas por autores em todo mundo e, assim, adotada como
referência internacional.

E, segundo Falzon (2009), ainda na segunda definição proposta pelo IEA em


2000 esclarece-se que:

A palavra Ergonomia deriva do grego Ergon [trabalho] e nomos [normas, regras,


leis]. Trata-se de uma disciplina orientada para uma abordagem sistêmica de todos
os aspectos da atividade humana.

Para darem conta da amplitude dessa dimensão e poderem intervir nas atividades
do trabalho é preciso que os ergonomistas tenham uma abordagem multidisciplinar
de todo o campo de ação da disciplina, tanto em seus aspectos físicos e cognitivos,
como sociais, organizacionais, ambientais etc.

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Contudo, pode dizer que ergonomia está apoiada em dois pilares fundamentais:

De um lado o objetivo centrado nas organizações e sua busca incansável pela


eficiência, produtividade, confiabilidade, qualidade, durabilidade etc. a fim de serem
mais competitivas reduzindo custos. De outro, o objetivo centrado no ser humano
considerando-se segurança, saúde, conforto, facilidade de uso, motivação etc.

Sob o enfoque de projeto do trabalho, a ergonomia é definida por Barnes


(2008) como o meio de encontrar a mais eficiente combinação entre homem e
máquinas, equipamentos e materiais no ambiente de trabalho e cita que o objetivo
da ergonomia é a adaptação das tarefas ao ambiente de trabalho às características
sensoriais, perceptivas, mentais e físicas das pessoas, e, como resultado, obtém-se
então melhores projetos de equipamentos, sistemas homem-máquina, de produtos
de consumo, métodos e ambiente de trabalho.

No Brasil, contamos com a ABERGO – Associação Brasileira de Ergonomia,


que é uma associação sem fins lucrativos cuja finalidade é o estudo, a prática
e a divulgação das interações das pessoas com a tecnologia, a organização e o
ambiente, considerando as suas necessidades, habilidades e limitações.

Origem da Ergonomia
A ergonomia surgiu em meados da Segunda Guerra Mundial em virtude da
complexidade de manuseio de armamento e dispositivos de ataque. Todo planeja-
mento e investimento feito no desenvolvimento de materiais bélicos seria inútil se
o “operador” (soldado) não soubesse como fazê-lo. E ainda, frente aos horrores da
guerra muitos soldados desenvolviam doenças psiquiátricas. Para amenizar o im-
pacto, tanto de manuseio como da saúde mental dos soldados e procurar “manter
a produtividade”, grupos multidisciplinares foram mobilizados para entrar como
“suporte” no cenário da guerra.

Figura 1
Fonte: historiaybiografias.com

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UNIDADE Ergonomia e Segurança do Trabalho

Mais especificamente, a ergonomia nasceu em 12 de junho de 1949, data em


que se reuniu, pela primeira vez na Inglaterra, um grupo de cientistas e pesquisa-
dores motivados em discutir essa “nova disciplina” interessada em discutir e forma-
lizar esse novo campo de pesquisa multidisciplinar da ciência que propunha uma
interação harmônica entre homens e sistemas.

Todavia, já em meados de 1857, um polonês, Wojciech Jastrzebowski já havia


publicado um artigo sob o título “Ensaios de ergonomia ou ciência do trabalho,
baseada nas leis objetivas da ciência sobre a natureza”. Entretanto, a ergonomia só
veio adquirir status de disciplina mais organizada em na primeira metade de 1950
com a fundação da Ergonomics Research Society, na Inglaterra. Os membros
dessa organização, muitos deles pesquisadores, disseminavam seus conhecimentos
e propunham a aplicação da ergonomia na indústria e não somente na área militar
como era difundido até então.

Objetivos Básicos da Ergonomia


Conforme citado anteriormente, o objetivo da ergonomia é estudar a interação
entre o homem e os sistemas considerando fatores físicos e psicológicos a fim de
obter ganhos em eficiência para os sistemas (empresas) bem como a manutenção
da saúde por parte dos colaboradores procurando reduzir a fadiga, estresse,
erros e acidentes. Nesse cenário, a eficiência produtiva bem como motivação é
consequência direta da assertividade dessas ações.

Para o “exercício e aplicação da ergonomia” conforme discutido até agora é


preciso deixar claro que não é o empenho de apenas um colaborador, ou ainda,
a contribuição de uma área específica de conhecimento que vai obter resultados
esperados. É preciso contar com grupo multidisciplinar com representantes de
várias áreas da organização, como: médico do trabalho, psicólogos dos recursos
humanos, técnicos da segurança do trabalho, representantes da operação,
engenheiros da produção, engenheiros do desenvolvimento do produto ou serviço
e do processo, profissionais da manutenção e demais áreas que possa se fazer
necessário. E ainda, além do grupo multidisciplinar é preciso ter o conhecimento
de que, se necessário, profissionais de outros campos de conhecimento devem
ser convidados a participar dos projetos de ergonomia tais como: Psicologia,
Anatomia e Fisiologia, Organização do Trabalho, Design e Métodos de
Avaliação, Tecnologia da informação, entre outros.

Os Precursores da Ergonomia
Discorrendo sobre a ergonomia é imprescindível citar as definições, a origem,
mas, para um completo entendimento da aplicação da ergonomia nos dias de hoje,
não podemos deixar passar despercebido os precursores da ergonomia.

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Vamos a eles!

Já foi mencionado, nessa seção, que identificamos nas escrituras da Bíblia a


noção de trabalho dedicado ao homem para a sua sobrevivência. Vimos também
que a noção de ergonomia acompanha a necessidade de trabalho que homem tem
a partir da mais básica, que é caçar para comer. Ainda na pré-história quando o
homem era nômade precisava caçar para comer e, quando a comida começava
faltar em uma determinada região, migravam para outra. E, quando saiam para a
caça, procuravam uma pedra que melhor se encaixasse à sua mão a fim de usá-la
como arma e auxiliar na caçada.

Nota-se que desde a pré-história, ainda que intuitivamente, o homem procura


por dispositivos que o auxiliem no trabalho.

Essa ideia também esteve presente na era da produção artesanal que antecedeu
a revolução industrial quando os artesãos procuravam adaptar as tarefas às
necessidades humanas.

A Inglaterra foi “arrastada” para a Revolução Industrial a partir da formação de


uma classe burguesa ávida por consumir bens, pelo êxodo dos ingleses do campo
para a cidade e, ainda, o domínio da tecnologia da máquina a vapor.

Essa união de fatores promoveu a Revolução Industrial na Inglaterra, evento esse


que mudou a face do mundo. A onda da “produção de bens” em escala industrial
(larga escala) invadiu a Europa rapidamente por uma questão de proximidade
geográfica e subsequentemente, a América. As primeiras fábricas que surgiram
nesse cenário eram sujas, escuras, barulhentas e perigosas; era o ambiente de
trabalho de milhares de pessoas. As fábricas dessa época em nada parecem com
o ambiente industrial nos moldes que conhecemos hoje em dia. Naquela época,
o trabalho era realizado por homens, mulheres e crianças que tinham jornadas de
trabalho de até 18 horas por dia e, constantemente, submetidos a castigos físicos,
sem férias, sem indenizações de qualquer espécie e o pagamento pelo trabalho era
feito diariamente.

Figura 2 – Frederick Wisnlow Taylor (1856 – 1915) Figura 3 – Cena do Filme Tempos Modernos - “Não sois
Fonte: The Henry Ford Museum, Greenfield Village máquinas; Homens é o que sois” – Charlie Chaplin
Fonte: Wikimedia/Commons

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UNIDADE Ergonomia e Segurança do Trabalho

No final do século XVIII e início do século XIX, surge


nos Estados Unidos da América um simples operário
que revolucionaria a maneira de se produzir bens
industrialmente (em larga escala), seu nome é Frederick
Winslow Taylor. Taylor estudou e tornou-se Engenheiro
Mecânico e, no ambiente que conhecia, foi de simples
operário à gerente industrial promovendo estudos
sistêmicos acerca de como organizar a produção e
melhorar a sua eficiência. Esses estudos transformaram-
se em publicações que preconizavam uma maneira
sistêmica, científica de analisar o trabalho buscando
redução de movimentos e aumento de eficiência. A essa Figura 5 – Frederick Wisnlow
“maneira científica” de “organizar o trabalho” deu-se o Taylor (1856 – 1915)
nome de Administração Científica ou Taylorismo. Fonte: Wikimedia/Commons

Na Europa, mais especificamente na Alemanha e França e países escandinavos


em meados de 1900, surgiram estudos sobre a fisiologia humana voltada ao trabalho
(fisiologia do trabalho) e gastos energéticos na tentativa de migrar os conhecimentos
sobre fisiologia desenvolvidos em laboratório para ambientes extremos tais como:
minas de carvão, fundições e outras situações onde a energia gasta para realizar o
trabalho humano era máxima e o ambiente extremante agressivo à saúde humana.

Ao redor do mundo, muitos esforços foram mobilizados para realização de


estudos relacionados sobre os movimentos do corpo como: fadiga muscular, fadiga
psicológica, aptidão física, postura no trabalho, desenvolvimento de mobiliário,
iluminação, ventilação, temperatura, ruído, umidade, vibração etc.

Todos esses conhecimentos que foram acerca da combinação harmônica entre


homens e sistemas acumulados em todas as partes do planeta foram de grande
valor na ocasião da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) com a finalidade de
desenvolver projetos e promover a construção de materiais bélicos sofisticados tais
como submarinos, tanques, radares, navios, aviões, sistemas contra incêndio etc.
Além do alto custo de cada um desses produtos, o operador (soldado) no manuseio
dessas “máquinas” era exposto a condições de extrema fadiga física e psicológica.
Assim, estudos foram promovidos por equipes multidisciplinares a fim de melhorar
a adaptação do homem ao sistema, ou seja, do soldado às máquinas bélicas no
campo de batalha.

A ergonomia do pós-guerra, em tempos de paz, era frequentemente ridicularizada


por sua “falta de credibilidade” que perdurou até o Departamento de Defesa dos
EUA desenvolver pesquisas em Universidades e Centros de Pesquisa Especializados.

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A Ergonomia, do Taylorismo
até os Dias de Hoje
Conforme citado anteriormente, o ícone da Administração Científica é o En-
genheiro americano, Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915), todavia, devido à
importância de seus métodos, vamos conhecê-lo melhor.

Retomando, Taylor começou sua vida profissional como simples funcionário


de uma empresa metalúrgica americana e chegou, como engenheiro mecânico
ao nível, do que se conhece de estrutura organizacional nos dias de hoje, diretoria
industrial tendo passado também pelo nível gerencial.

Pelo fato de Taylor iniciar sua vida profissional como simples operário, nessa
função, teve a oportunidade de vivenciar o que a sociologia do trabalho chama de
código de trabalho. Código de trabalho é quando os funcionários de um determinado
setor de uma empresa definem regras próprias quanto ao ritmo de trabalho e,
muitas vezes, regras próprias para o método de trabalho também. Por isso, mais
tarde, Taylor definiu os funcionários de “indolentes”; oportunamente retornaremos
a essa afirmação.

Ao receber sua primeira promoção, Taylor, como qualquer líder, inclusive nos
dias de hoje, passou a ser cobrado por resultados. Como era conhecedor de
como o trabalho era realizado em sua empresa, sabia que era vital para seu suces-
so profissional organizar a parte feia, suja e desorganizada da empresa chamada
de produção.

Como não havia nenhum histórico anterior relacionado a estudos específicos


sobre organização da produção ou eficiência do processo produtivo, Taylor pode
realizar, sem nenhum tipo de cobrança ou expectativa, seus experimentos acerca
do que ele, Taylor, imaginava ser uma empresa organizada e eficiente. Fez muitos
testes tipo tentativa e erro. O resultado desses testes e observações fez com que
Taylor publicasse sua teoria de organização do trabalho conhecido como “Princípios
da Administração Científica” que consistia primeiramente na divisão do trabalho.

Taylor pregava que para se obter ganhos de eficiência na produção de todo


trabalho a ser realizado, esse “trabalho todo” deveria ser dividido em tarefas simples
e repetitivas e que o funcionário deveria ser treinado nas suas tarefas seguindo
rigorosamente a “prescrição da tarefa”. Naquela época, o funcionário recebia por
dia e não havia um vínculo formal de trabalho na forma de “emprego” como
conhecemos hoje. Antes de seu método, não havia nenhuma recomendação da

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UNIDADE Ergonomia e Segurança do Trabalho

sequência de atividades que deveriam ser feitas ou como essas atividades deveriam
ser feitas. Cada um fazia, mais ou menos, o que queria da forma que queria e
com a “carga de trabalho” que achava justa pelo seu ganho diário. Ou seja, um
funcionário que trabalhava muito ganhava o mesmo dinheiro que um funcionário
que trabalhava pouco; logo, a realização do trabalho era nivelada por baixo. E
Taylor sabia disso, sabia que havia uma boa parcela de ineficiência aceita pelo
formato de trabalho da época. Foi nesse cenário que Taylor, ao dividir o trabalho,
impôs uma sequência de trabalho, posto a posto de trabalho. Definiu que, em cada
posto de trabalho, as tarefas deveriam ser feitas de maneira simples e repetitivas.
Foi uma maneira inteligente de definir um fluxo contínuo de produção além de
tentar garantir que o trabalho fosse feito, sempre, da mesma maneira e, como
consequência distribuiu a carga de trabalho uniformemente entre os operários em
cada um dos seus postos der trabalho.

Na prescrição da tarefa dos postos de trabalho, Taylor procurava pensar na


tarefa e rever os movimentos de maneira a eliminar os movimentos desnecessários
a fim de economizar tempo e energia. A fim de tornar o trabalho mais eficiente e
menos exaustivo ao operário, começou a medir o trabalho no tempo, o que mais
tarde seria chamado de cronoanálise. Além de dividir o trabalho, passou a definir
a sequência e fazer a prescrição da tarefa, Taylor também imprimiu um ritmo de
trabalho na produção com as esteiras móveis. A esteira móvel a que nos referimos,
nesse momento, não é a esteira móvel de Ford que foi a precursora da produção
em massa. A esteira móvel de Ford veio mais tarde.

Além de todas as preocupações de Taylor relativas à organização da fábrica


bem como sua eficiência, preocupou-se também em organizar o espaço fabril orde-
nando os elementos (máquinas) de maneira eficiente no meio (fábrica).

Após as publicações de Taylor “Princípios da Administração Científica” muitas


empresas adotaram seus métodos.

Taylor foi muito criticado em sua obra, pois afirmava-se que ele rebaixava o
homem a condição de animal. Taylor dizia que o estudo do método de trabalho
deveria ser executado por uma parte da empresa composta por pessoas que
deveriam ser estudadas e devidamente preparadas para isso. Não deveria, jamais,
ser dado ao simples funcionário a autonomia de decidir o que, como e quando
fazer. Falava-se, com essa afirmação, que Taylor definia o simples funcionário
como “acéfalo”, ou, pouco dotado de inteligência e incapaz de tomar decisões
racionais. Taylor dizia também que o trabalho deveria ter um método definido com
ritmo a fim de “impedir” que funcionário “burlasse intencionalmente” os índices
de eficiência esperados, hoje em dia poderíamos dizer que Taylor não queria que
o simples funcionário “encostasse o corpo”, e, com essa situação, afirmava-se que
Taylor havia rotulado o simples funcionário de indolente, ou se preferir, vagabundo.

Taylor, para “motivar” seus funcionários, oferecia prêmios para ganhos em


produtividade; quem produzisse mais, ganhava mais.

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Todavia, nem sempre os princípios de Taylor eram devidamente empregados.
Muitas vezes o tempo definido para execução da tarefa e, muitas vezes o próprio
método eram definidos por quem sequer conhecia a fábrica e, muitas vezes,
impossíveis de ser cumpridos. Os funcionários sentiam-se oprimidos pela gerência
da fábrica e, muitas vezes, reagiam descumprindo as normas (prescrição da tarefa)
e danificando, intencionalmente, os equipamentos além de não se sentirem
minimamente comprometidos com a qualidade.
Por sentirem-se vítimas de um ambiente absolutamente coercitivo, houve recla-
mações generalizadas por todo país (EUA), envolvendo inclusive os sindicatos. O
descontentamento era tão grande que Taylor foi chamado a se explicar no Con-
gresso Nacional Americano sob o argumento de que, nesse “novo método de
trabalho”, trabalhava-se mais (produzia-se mais) e ganhava-se a mesma quantidade
em dinheiro além de ser coercitivo.

Taylor defendeu-se dizendo que, na Administração


Científica, o trabalhador não trabalhava mais, trabalha-
va melhor. Como havia uma grande preocupação com a
economia de energia do trabalhador através da raciona-
lização dos movimentos, ele trabalhava menos, produzia
mais e ainda tinha prêmio relativo ao seu desempenho.
Segundo a física, toda ação requer uma reação, e,
como reação à Administração Científica de Taylor, ou
Taylorismo, surge a Escola das Relações Humanas cujo
ícone é Elton Mayo.
Figura 6 – Georges Elton
Até Mayo, a noção de trabalho era relacionada à Mayo (1880 – 1949), psiólogo
pena bem como na Bíblia. E a imagem de operário australiano precursor da
era relacionada a quem não tem vontade, direitos ou, sociologia industrial
sequer, dores. Fonte: Wikimedia/Commons

Meados da década de 1920, Mayo promoveu uma pesquisa que revolucionou a


relação homem x trabalho na empresa Western Electric em Hawtorne, EUA.
Mayo pretendia estudar os efeitos da iluminação na eficiência da fábrica. Separou
um grupo de trabalhadores da produção e colocou-os num ambiente isolado da
produção. Nesse espaço, não havia a presença do “capataz”, encarregado ou
supervisor de produção nos dias de hoje. Muitas vezes o capataz era coercitivo a
ponto de castigar fisicamente o operário.
Mayo forneceu iluminação adequada e a produção aumentou. Em um segundo
momento, Mayo reduziu a iluminação e a produção continuou a subir. Esse foi
chamado o efeito Hawtorne e Mayo concluiu que a eficiência na produção não
era explicada ou justificada apenas por fatores físicos, havia o componente humano
que deveria ser identificado, reconhecido e valorizado. Os operários escolhidos
para essse estudo receberam atenção especial e, ao saberem que estavam sendo
filmados, sentiram-se valorizados.

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UNIDADE Ergonomia e Segurança do Trabalho

Ao contrário da proposta de Taylor, onde o operário era analisado isoladamente,


Mayo propôs, a partir do efeito Hawtorne, a humanização da produção criando
incentivos morais e psicológicos. Afinal, posto que o trabalho é um meio de vida
e não de morte, não precisa ser “penoso”. A partir do efeito Hawtorne, surge
um novo campo de pesquisa conhecido como sociologia industrial e, com ela, os
grupos autônomos com tarefas mais integradas nos moldes da organização do
trabalho como conhecemos nos dias de hoje.

Importante! Importante!

Importante destacar, nesse momento, que, apesar da origem da ergonomia estar


fortemente relacionada à indústria, a aplicação e gestão dessa disciplina NÃO SE LIMITA
apenas à manufatura, mas sim, sempre quando houver a interação, que deve ser “mais
harmônica possível”, entre homem (entenda-se trabalhador), sistema (método de
trabalho na manufatura ou prestação de serviços) e o ambiente (ambiente que envolve
o trabalhador: fatores químicos, físicos, mecânicos, ergonômicos e biológicos).

A Abrangência da Ergonomia
Conforme já citado anteriormente, a amplitude do conceito de ergonomia vem
sendo ampliado dia após dia. Quanto maior o conhecimento das pessoas em geral
sobre o que vem a ser ergonomia e suas respectivas aplicações, não só o conceito
fundamental se consolida como também se aperfeiçoa de acordo com a resposta
da sociedade.
No Brasil, não há cursos de graduação que forme ergonomistas, todavia, há
uma grande variedade de cursos de pós-graduação nessa área para os mais di-
versos profissionais que vão desde a engenharia até disciplinas ligadas à saúde e
psicologia e sociologia.
A maioria das empresas que aplica a ergonomia não possui uma área com-
posta de ergonomistas, mas, possui um grupo de profissionais ligados, direta ou
indiretamente, à execução do trabalho e suas derivações. Esse grupo deve ser
multidisciplinar, ou seja, composto por profissionais de áreas diversas, com apti-
dões e competências diferentes e complementares. Isso permite que grupos mul-
tidisciplinares de ergonomia possam e devam agir ergonomicamente em qualquer
tipo trabalho e em qualquer segmento de mercado no que diz respeito à atividade
ocupacional. Todavia, conforme citado anteriormente, a ergonomia é uma discipli-
na comportamental, ou seja, depende da sensibilização para o tema e treinamento
para posterior aplicação. Seguindo esse princípio, sua aplicação depende do ser
humano. O trabalhador, em qualquer profissão / ocupação tem o lado profissional
e o lado pessoal. Há uma outra dimensão da ergonomia que se apoia na assimila-
ção dos conceitos e premissas ergonômicas e, sua aplicação extrapola os limites
da empresa, acontece na vida quotidiana, no ambiente doméstico, na escola, com
os amigos.

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Na organização moderna, em um ambiente cada vez mais competitivo, não é
raro as empresas “incorporarem” a preocupação com a ergonomia e segurança do
trabalho até porque existem normas brasileiras que regulamentam a relação em-
pregador x empregado. Mais adiante, em uma unidade próxima, veremos as NR’r,
normas regulamentadoras brasileiras que regulamentam a aplicação da ergonomia,
NR 17, de trabalhos salubres, NR 15 e de máquinas eletromotrizes, NR 11.

Sempre quando há um acidente de trabalho dentro da empresa ou no percurso


de ida e vinda do trabalho, a empresa responde legalmente por esse acidente.

Em havendo um acidente, a empresa preenche um formulário chamado de CAT,


comunicação de acidente no trabalho.
A Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT foi prevista inicialmente
na Lei nº 5.316/67, com todas as alterações ocorridas posteriormente
até a Lei nº 9.032/95, regulamentada pelo Decreto nº 2.172/97.

A Lei nº 8.213/91 determina no seu artigo 22 que todo acidente do


trabalho ou doença profissional deverá ser comunicado pela empresa ao
INSS, sob pena de multa em caso de omissão.

Cabe ressaltar a importância da comunicação, principalmente o completo


e exato preenchimento do formulário, tendo em vista as informações
nele contidas, não apenas do ponto de vista previdenciário, estatístico e
epidemiológico, mas também trabalhista e social.

(fragmento de um texto extraído do site do Ministério da Previdência Social em 10/7/2012) - https://goo.gl/X9Yv0

Esse formulário é enviado ao Ministério do Trabalho e será revertido no FAP,


fator previdenciário que abordaremos detalhadamente em uma próxima unidade
bem como a abordagem “legal” da ergonomia e suas devidas regulamentações.

A fim de aplicar a devidamente ergonomia em toda sua amplitude, muitas


empresas criam e mantém o “COMITÊ DE ERGONOMIA”, que é um grupo
de profissionais multidisciplinar a fim de “garantir” que, nessa organização, as
interações entre homens e sistemas acontecem harmonicamente. Esse grupo deve-
se reunir periodicamente e planejar a aplicação de ações imediatas além de planejar
eventos futuros guardando a premissa de “Melhoria Contínua”.

De acordo com IIda (2005), há profissionais ligados à saúde do trabalhador, à


organização do trabalho, ao projeto de máquinas e equipamentos. Trazem consigo
sua contribuição em conhecimentos úteis que devem ser considerados na solução
de problemas ergonômicos, dentre os quais destacam-se:
• Médicos do trabalho: podem ajudar na identificação dos locais que provocam
acidentes ou doenças ocupacionais a realizar acompanhamentos de saúde e
ainda, criar um dossiê de “histórico de dor” por setor. Essa prática vai servir
para orientar o “Comitê de ergonomia” na revisão de processos de trabalho
atuais e no projeto de novos processos de trabalho.
• Engenheiros de projeto: contribuem nos aspectos técnicos procurando ade-
quar máquinas e ambiente de trabalho.

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UNIDADE Ergonomia e Segurança do Trabalho

• Engenheiros de produção: procuram distribuir o trabalho sem sobrecarga


estabelecendo um fluxo racional de materiais e postos de trabalho, devem
estudar os métodos de trabalho, tempos e postos de trabalho.
• Engenheiros de segurança e manutenção: identificam áreas, máquinas e
processos de trabalho que podem oferecer risco ao trabalhador.
• Desenhistas industriais: ajudam na adaptação de máquinas e equipamentos,
projeto do posto de trabalho e sistemas de comunicação.
• Psicólogos: são comumente envolvidos na análise dos processos cognitivos,
relacionamentos humanos, seleção e treinamento de pessoal e podem dar sua
contribuição no estabelecimento de novos métodos.
• Enfermeiros e fisioterapeutas: devem procurar agir preventivamente no
histórico de dor e lesões ocupacionais. Quando a prevenção não tiver sido
possível, atuam na recuperação desses trabalhadores.
• Programadores de produção: podem contribuir definindo, na medida do
possível, um fluxo contínuo de produção e evitando trabalhos noturnos.
• Administradores: podem atuar na elaboração de cargos e salários mais justos
melhorando a autoestima do trabalhador.
• Compradores: devem ser conhecedores dos princípios de ergonomia a fim
de procurarem adquirir máquinas, equipamentos e materiais mais limpos,
seguros, confortáveis e menos tóxicos.

Quando não existe um grupo multidisciplinar, que aqui chamamos de “Comitê


de ergonomia”, apoiado incondicionalmente pela alta administração, ou, quando a
organização dá os primeiros passos dentro do universo da ergonomia, muitas vezes
a ergonomia é aplicada de acordo com a ocasião que é feita e, segundo IIda (2005)
apud Wisner (1987), essa “ergonomia de ocasião” é classificada em concepção,
correção, conscientização e participação.
• Ergonomia de concepção: quando a abordagem ergonômica nasce com a
ideia inicial sobre uma máquina, equipamento, mobiliário e processo de fabri-
cação e/ou prestação de serviços. O projetista já pensa na aplicação final de
seu produto e/ou serviço dentro dos preceitos da ergonomia.
• Ergonomia de correção: quando o problema já existe, seja histórico de dor
física ou alguma patologia psíquica desenvolvida pela natureza do trabalho
feito, é necessário a mobilização de profissionais capacitados nessas áreas
específicas a fim de corrigir esse histórica já existente.
• Ergonomia de conscientização: ainda que a empresa forneça EPI’s (equipa-
mentos de proteção individual), ainda que haja palestras de integração quando
o trabalhador inicia seu trabalho na empresa, ainda que a empresa disponibi-
lize equipamentos ergonômicos para os funcionários e os engenheiros e fisio-
terapeutas promovam treinamentos sobre os movimentos corretos em novos
processos, o trabalhador PRECISA entender que toda essa mobilização de
recursos é para ele, todavia, depende dele o trabalho correto. É preciso pre-

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parar devidamente o trabalhador por meio de palestras de informação e cons-
cientização da sua própria responsabilidade para manutenção da sua própria
saúde e motivação no ambiente de trabalho. Altos investimentos são feitos
por parte das organizações e, sem a devida participação do trabalhador, todos
esses esforços bem como os investimentos mobilizados por parte da empresa
de NADA valem. A dor vai existir, o assédio moral vai existir, o afastamento e
o aumento nos custos bem como a perda de eficiência vai persistir. Por mais
que seja oneroso “parar” a operação para palestras, ainda é bem mais barato
do que perder os investimentos de energia, tempo e dinheiro para “aplicar
devidamente a ergonomia”.
• Ergonomia de participação: é quando o trabalhador ou usuário participam
do processo de desenvolvimento de máquinas, equipamentos, mobiliário e
processo de fabricação e/ou prestação de serviços. A ergonomia de participação
é efetiva quando o trabalhador ou usuário já possui conhecimentos prévios
sobre o que vem a ser ergonomia.

Traçando um paralelo entre o conceito de ergonomia e o conceito de qualidade,


igualmente atuais, aplicáveis em qualquer segmento de mercado, em constante
ampliação de escopo, sabemos que, quando o conceito de qualidade invade toda
organização podemos entender que a organização ampliou o escopo de tal forma
que tomou, invadiu toda organização. Para essa situação é possível afirmar que a
empresa chegou ao estágio de QUALIDADE TOTAL.

Bem como a empresa que invade toda a organização com os conceitos de


qualidade e chega ao estágio de qualidade total, a organização seja de natureza
manufatureira ou de prestação de serviços, quando “invade” toda empresa com
os conceitos de ergonomia, podemos afirmar que a organização aplicou a MA-
CROERGONOMIA.

Sempre onde há trabalho humano, em qualquer segmento de mercado, inclusive


em nossa vida quotidiana, deve haver ergonomia. No ato de um estudante levar
uma mochila para escola, deve haver ergonomia de correção na ou conscientização
sobre como carregar a mochila, as duas alças devem ser usadas, uma em cada
ombro. Caso seja possível, as mochilas com rodinhas devem ser escolhidas.

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UNIDADE Ergonomia e Segurança do Trabalho

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Vídeos
Vídeo sobre Revolução Industrial - I
https://youtu.be/meSQG6bNvOM
Fábrica da Ford e o Modelo – T
https://youtu.be/8caU8gvD6Dc
Toyota – Produção enxuta parte I
https://youtu.be/hj-FvgCf0VQ
Toyota – Produção enxuta parte II
https://youtu.be/nGS0av1MC7I
Elton Mayo e a Escola das Relações Humanas
https://youtu.be/KOGrcLx5W-g
Filme: Tempos Modernos – Charles Chaplin
https://youtu.be/XolZOPk533w

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Referências
ABERGO. Associação Brasileira de Ergonomia. Disponível em: http://www.
abergo.org.br/. Acesso em: 12 de julho de 2012.

BÍBLIA, Português. A Bíblia Sagrada: Antigo e Novo Testamento. Tradução de


João Ferreira de Almeida. Edição rev. e atualizada no Brasil. Brasília: Sociedade
Bíblia do Brasil, 1969.

BRASIL. Ministério da Previdência Social. Disponível em: http://www.mpas.


gov.br/conteudoDinamico. php?id=297. Acesso em: 12 de julho 2012.

FALZON, PIERRE. Ergonomia. São Paulo, Edgard Blucher, 2010.

INTERNATINAL ERGONOMICS ASSOCIATION. Disponível em: http://www.


iea.cc/ . Acesso em: 12 de julho de 2012.

LIDA, I. Ergonomia, projeto e produção. São Paulo. Editora Blucher, 2005.

PAVANI, R. A. Avaliação dos riscos ergonômicos como ferramenta gerencial


em saúde ocupacional. XIII SIMPEP, Bauru, São Paulo. Novembro de 2006.

WISNER, A. A análise da atividade em trabalhos complexos. In Por dentro do


trabalho: ergonomia, método e técnica. São Paulo, FTD, Oboré, 1987.

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