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ERGONOMIA NO POSTO DE

TRABALHO
ERGONOMIA

ERGON NOMOS

“Adaptação do trabalho ao Homem!”


ou mais precisamente
«a aplicação dos conhecimentos científicos relativos ao homem, necessários
para conceber as organizações, as ferramentas, as máquinas e os dispositivos
que possam ser utilizados com o máximo de conforto, de segurança e de
eficácia para o maior número de pessoas».
ERGONOMIA - O QUE É A ERGONOMIA?
A ERGONOMIA VISA…

 Otimização das condições de trabalho;

 Prevenção de acidentes laborais;

 Sugerir a criação de locais adequados e de apoio ao trabalho;

 Criação de métodos laborais;

 Sistemas de retribuição de acordo com o rendimento ;

 Determinação de tempo de trabalho.


ERGONOMIA – OBJETIVOS DA ERGONOMIA

Saúde e Segurança dos Trabalhadores

• Preservar a Saúde dos Trabalhadores;


• 0 Acidentes de trabalho;
• 0 Doenças profissionais;

Adaptabilidade Social

• Favorecer a adaptação pessoal

Qualidade do Trabalho

• Melhorar a Qualidade e o Tempo.

Condições Laborais Globais

• Melhorar as Condições de Trabalho;


ERGONOMIA - CONTEXTUALIZAÇÃO

Sociologia

Medicina
no Psicologia
Trabalho

Ergonomia

Engenharia Fisiologia
ERGONOMIA - FATORES ERGONÓMICOS

OBSERVAVEIS
Queixas
Problemas Posturas/ Esforços/
TMS Deslocamentos

NÃO OBSERVAVEIS
Estratégias Operatórias
Carga Mental (Tratamento de
Coordenação
das acções
Informação)
Gestão de Perigos
Regulação do Trabalho

Experiência
Formação
O HOMEM, O TRABALHO E A ERGONOMIA

Tarefas Espaço
• Física • Posto
• Cognitiva • Local
Interface Vida
• Centro
✓Transporte
✓Recuperação Social
de horas de ✓Habitação
trabalho ✓Vida Familiar
✓Atividade Tempos Ambiente ✓Trabalho
extra Doméstico
• Duração • Acústico
profissional
• Ritmos • Iluminação
• Térmico
• Químico
O HOMEM, O TRABALHO E A ERGONOMIA

Custos
Qualidade Tarefa Prescrita
Prazos

Lógica
Técnica

Compromisso do operador
técnico-
industrial

Tarefa Real
Performance Confrontação
“O que o operador faz” de Lógicas

Humana Lógica
Componentes Humana
AT/MP
Presença
Motivação Não
Iniciativa Observáveis O Homem
Observáveis
Autonomia
O HOMEM, O TRABALHO E A ERGONOMIA
O HOMEM, O TRABALHO E A ERGONOMIA

O Corpo Humano é composto por:

↘ 206 Ossos, sendo a Coluna Vertebral o


Eixo Central;
↘Tecidos Musculares que permitem a
movimentação;
↘Atividade Cardíaca e Respiratória que
participam fortemente no metabolismo.
O HOMEM, O TRABALHO E A ERGONOMIA

Oxigénio

Perda de calor

Sangue OUTPUTS
Alimentos
INPUTS
Realização de um
trabalho
Músculos OUTPUTS

Divergência: reservas ou gastos


POSTURAS

“A Postura é a organização dos segmentos corporais no espaço.” Paillard

Do latim positura, a postura é a posição ou atitude que alguém adota em determinado


momento ou em relação a algum assunto.

No sentido físico, a postura diz respeito às posições das articulações e à correlação


entre as extremidades (os membros) e o tronco.
TRABALHO ESTÁTICO E DINÂMICO

Dinâmico
Sucessão de movimentos de
OUTPU INPUT contração e relaxamento.
OUTPUT INPUT
T

Estático
Contração dos músculos
continuamente.
TRABALHO ESTÁTICO

Tipo de Trabalho Risco

De pé no lugar; Pés e pernas, eventualmente varizes;


Postura sentada, mas sem apoio para as
Musculatura distensora das costas;
costas
Assento demasiado alto Joelhos pernas e pés;
Assento demasiado baixo Ombros e nuca;
Postura com tronco inclinado, sentado ou Região lombar, desgaste dos discos
de pé intervertebrais;
Braço estendido para a frente ou para trás Ombros e braços
Cabeça curvada demasiado para frente ou
Nuca e desgaste de discos intervertebrais;
para trás
Postura de mão forçada em comandos ou Antebraço, eventualmente inflamações das
ferramentas bainhas e tendões
POSTURAS

A atividade Postural:
 Suporta a ação, assegurando a adaptação dos gestos às tarefas, assim como a sua
coordenação em função do resultado pretendido;
 Suporta as atividade preceptivas (ex. visual).

 O estudo e a análise das posturas é importante em ergonomia


porque:
✓ exprimem as relações do Homem com a situação de trabalho;
✓ estão relacionadas com o tratamento das informações;
✓ podem constituir um indicador observável da atividade mental;
✓ constituem fator de carga física no trabalhador;
✓ podem ter efeitos prejudiciais para o trabalhador;
POSTURAS

Posturas Incorrectas

Tronco Muito Rotação Lateral Braços esticados Posturas em Escadas e


Mãos acima
inclinado Do tronco com carga Com uma carga Desequilíbrio obstáculos
da cabeça

Posturas Correctas

Levantar cargas Rotação da carga Transportar as cargas Tronco vertical, mãos


com as costas direitas e em vez do tronco O mais próximo do corpo abaixo do coração
flectindo as pernas
LESÕES MÚSCULO-ESQUELÉTICAS
RELACIONADAS COM O TRABALHO (L.M.E.R.T.)
São lesões resultantes da incidência de fatores de risco de origem laboral sobre um
trabalhador.

Caracterizam-se pelo seu elevado grau de repetitividade e à sobrecarga que


estes exercem sobre as estruturas do organismo (músculos, articulações,
tendões, ligamentos, nervos, ossos e outras estruturas relativas ao aparelho
circulatório), podendo resultar em traumatismos agudos destas mesmas
estruturas.
Podem ser de natureza

Física Organizacionais e
Psicossociais
✓forças excessivas;
✓exerção de movimentos repetitivos; ✓trabalho exigente e com baixo nível de autonomia;
✓adoção de posturas forçadas; trabalho monótono;
✓exposição a temperaturas elevadas, a ✓trabalho de natureza repetitiva e de ritmo
elevados níveis de ruído, etc.. elevado…) e individual (antecedentes clínicos;
capacidade física; idade.)
LESÕES MÚSCULO-ESQUELÉTICAS
RELACIONADAS COM O TRABALHO (L.M.E.R.T.)

As LMERT são caracterizadas por sintomas como:

▪Dor, geralmente localizada, mas que pode irradiar para outras áreas do corpo;
▪Sensação de dormência ou de “formigueiro” na área afetada ou nas áreas
circundantes;
▪Sensação de peso;
▪Fadiga e desconforto na área afetada;
▪Perda de força e de coordenação.
MEDIDAS ERGONÓMICAS

1. Medidas de Engenharia

O método inicial de controlo de perigos baseia-se em técnicas de Engenharia. De facto,


quando o design do local de trabalho reduz a magnitude dos fatores de risco, a
probabilidade do desenvolvimento de lesões ou de doenças ocupacionais diminui
exponencialmente.
Ao considerar as medidas de controlo de Engenharia, o ergonomista, deverá ter em
conta pontos como:
a) O que envolvem os processos de trabalho e como são organizados.
b) As dimensões e disposição do local de trabalho de cada trabalhador.
c) As ferramentas/ os equipamentos utilizados pelos trabalhadores no
desempenho das suas tarefas.
MEDIDAS ERGONÓMICAS

2. Medidas Administrativas
Neste tipo de medidas englobam-se: a política, os procedimentos e as práticas de trabalho
que visam diminuírem a exposição dos trabalhadores a elementos/situações de risco. É
importante reconhecer que estas medidas tendem a ser menos efetivas do que as
medidas de Engenharia, não só pela morosidade da sua aplicação como pela sua diminuta
capacidade de eliminar os perigos na sua fonte. Assim, este tipo de medidas é normalmente
utilizado quando não é possível despender capital em medidas de Engenharia.
Exemplo de medidas administrativas:
▪Permitir aos trabalhadores usufruir de pausas para descanso dos músculos, de modo a
evitar fadiga muscular;
▪Aumentar o número de trabalhadores afetos a uma tarefa de modo a permitir um mais
seguro desempenho de determinadas tarefas tais como a elevação de objetos;
▪Desenvolver esquemas de trabalho onde seja possível a rotatividade de tarefas;
▪Disponibilizar profissionais de saúde ocupacional;
▪Implementar um plano de manutenção de ferramentas/ equipamentos de trabalho;
▪Treinar/formar os trabalhadores em técnicas de redução de risco de lesões/doenças
ocupacionais
MEDIDAS ERGONÓMICAS

3. Medidas de Proteção Individual (EPI)

As medidas de proteção individual, tais como os EPI’s (Equipamentos de Proteção


Individual) deverão ser considerados, quando não é possível aplicar medidas de
proteção coletiva (EPC’s) ou em complementaridade das mesmas caso existam. Temos
como exemplo de EPI’s as luvas, os capacetes de trabalho, as joelheiras, as botas e os
óculos de segurança.
BOAS PRÁTICAS GESTUAIS
MANIPULAÇÃO MANUAL DE CARGAS

O que é que pesa mais?

1Kg de
Esferovite?

1Kg de Ferro?
MANIPULAÇÃO MANUAL DE CARGAS

Conjunto de forças

375 Kg
exercidas disforme.

75 Kg
Forças repartidas
Uniformemente.

25 Kg
MANIPULAÇÃO MANUAL DE CARGAS

Etapa 1
•Agachar flectindo as pernas;
•Manter a coluna direita e a cabeça levantada;
•Apoiar os pés no solo.

Etapa 2
•Encontrar o equilíbrio ao nível dos pés ;
•Adiantamento de um pé relativamente ao sentido de marcha
•Aproximar o mais possível das carga.

Etapa 3
•Levantar esticando as pernas
•Manter a coluna direita com uma ligeira inclinação para trás.

Etapa 4
•Evitar torção ao nível do tronco;
•Adequar o posicionamento dos pés.
COLUNA VERTEBRAL – POSTURAS

Trabalhar sempre com a coluna


direita, evitando curvar ou torcer.

Aproximar o máximo possível da zona


de trabalho e dos equipamentos.
COLUNA VERTEBRAL – POSTURAS

Trabalhar sempre com a coluna


direita, evitando curvar ou torcer.

Encontrar o equilíbrio, estabelecendo


um pé de apoio.
COLUNA VERTEBRAL – POSTURAS

MANIPULADOR
✓ Evitar puxar e/ou empurrar um manipulador com o tronco.
✓ Utilizar as pernas definindo um apoio equilibrado.
✓ Trabalhar com os braços flectidos.
COLUNA VERTEBRAL – POSTURAS

✓Evitar colocar-se sob a área de trabalho;


✓Adoptar uma postura direita – coluna recta;
✓Estabelecer o equilíbrio com apoio dos pés;
✓Executar actividade no sentido do fluxo, sempre que possível.
COLUNA VERTEBRAL – POSTURAS
POSTURAS DO TRONCO

Eliminar movimentos de Torção do Tronco.


POSTURAS MEMBROS INFERIORES

Não forçar a coluna, Flectir as pernas


evitando curvar-se mantendo a coluna recta
BOAS PRÁTICAS
BOAS PRÁTICAS
BOAS PRÁTICAS
BOAS PRÁTICAS
BOAS PRÁTICAS
BOAS PRÁTICAS
BOAS PRÁTICAS
BOAS PRÁTICAS
BOAS PRÁTICAS
BOAS PRÁTICAS
BOAS PRÁTICAS
BOAS PRÁTICAS
M.E.T.E.O.

M.E.T.E.O.
Avaliação normativa de situações de trabalho repetitivo
ou cíclico, com uma duração máxima de 5 minutos e sem
rotura de atividade.

1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5


LEVE MEDIO PESADO

2,75 3,75
3. PROCESSO M.E.T.E.O.

Input’s: Output’s:
✓ STD de Trabalho ✓Planos de Acções
✓ Análise de Acidentes Preventivas, (Monitorização
das ações e reavaliação)
✓ Incidentes de trabalho
✓ Doenças Profissionais ✓Atualização / criação STD
de trabalho, (Introdução de
✓ Auditorias e Tour’s de lições pontuais no STD).
Terrain
✓ Avaliações de Risco
✓ Empregabilidade
3. PROCESSO M.E.T.E.O.

POSTURAS

ESFORÇO
Posição angular das
articulações dos membros
superiores
DURAÇÃO
3. PROCESSO M.E.T.E.O.

A carga física é decomposta em três critérios:

✓ Critério A1 – Carga Física Global – avalia a


penosidade física global tendo em conta a postura de
trabalho e o esforço.

✓ Critério A2 – Carga Postural – tem em conta


somente as posturas de trabalho.

✓ Critério A3 – Solicitações Articulares – avalia as


solicitações articulares do operador para cada
membro superior.
3. PROCESSO M.E.T.E.O.

As Posturas e a A joelhado

Frequência Cardíaca
De pé Mãos acima De pé
Mãos ao nível cabeça Da cabeça Mãos acima
Da cabeça
De pé
Normal De pé
Inclinado

Sentado
Mãos ao nível cabeça

+25
+22

+19
+17
+14
+12
+6

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