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Diabetes mellitus referida: incidência e

determinantes, em coorte de idosos do


município de São Paulo, Brasil, Estudo SABE
– Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento

Tópicos especiais em epidemiologia e saúde mental


Participantes
Foram analisados idosos, participantes do Estudo SABE (Saúde,
Bem-Estar e Envelhecimento), realizado no município de São Paulo,
em 2000 (2.143 idosos), e em 2006 (1.115 idosos).

Em 2006, foram novamente reavaliados os indivíduos entrevistados


em 2000, correspondendo a 1.115 idosos (≥ 65 anos), que
concordaram em participar, novamente do estudo. A redução do
número de idosos no período do estudo (2000 a 2006) ocorreu
devido a óbitos (649), recusas (178), não localizados (139),
mudança de domicílio (51), e institucionalizações (11).

• Coorte fechada: mesmos indivíduos ao longo de todo o


processo.
Método
O questionário utilizado para a coleta de dados do estudo SABE
foi proposto pela OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde),
traduzido e adaptado para utilização no Brasil.

A obtenção dos dados foi realizada por entrevistadores em duas


etapas:

1) visita domiciliar, abrangendo questões sobre o estado de


saúde dos idosos;

2) 2) visita domiciliar, para mensurações antropométricas e


testes de equilíbrio, flexibilidade e força.
Variáveis do estudo
1. Diabetes Mellitus;
2. Sociodemográficas (sexo, grupo etário, escolaridade,
companhia no domicílio);
3. Estado nutricional (risco para obesidade, obesidade e
gordura abdominal);
4. Clínicas (número de doenças referidas);
5. Estilo de vida (ingestão de bebida alcoólica, hábito de
fumar, ingestão de carnes e de frutas, legumes e
verduras).
Resultados

• 2.143 idosos analisados em 2000.


• 914 foram contatados novamente em 2006.
Óbitos (649) e de idosos (184) que não tiveram a medida de
circunferência da cintura, de peso e altura realizadas.

72 casos novos entre 2000 e 2006.


Resultados
Verificou-se que a obesidade corporal e a gordura abdominal elevada são as
variáveis determinantes para o desenvolvimento da diabetes em idosos.
Dados sobre diabetes mellitus em
idosos no Brasil
A população acima dos 65 anos é a mais propícia a desenvolver o
diabetes tipo 2.

Prevalência: A prevalência chega a 20% (cerca de um a cada cinco


idosos), o que corresponde a 5 milhões de idosos diabéticos no
Brasil e 100 milhões no mundo.

Incidência: Aponta-se que a incidência é 60% maior da doença


entre a população idosa na última década. (ROSA, 2020).
A relação entre a diabetes mellitus
e a COVID-19 no Brasil
No Brasil, até o dia 20 de abril, 72% dos óbitos confirmados para
COVID-19 tinham mais de 60 anos e 70% apresentavam pelo
menos um fator de risco. A cardiopatia foi a principal
comorbidade associada e esteve presente em 945 dos óbitos,
seguida de diabetes (em 734 óbitos), pneumopatia (187), doença
renal (160) e doença neurológica (159).
Referências bibliográficas
ROEDIGER, M. A. et. al. Diabetes mellitus referida: incidência e
determinantes, em coorte de idosos do município de São Paulo, Brasil,
Estudo SABE – Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento. Ciência & Saúde
Coletiva, São Paulo, 23(11):3913-3922, 2018. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/csc/a/PcxDThQd78ML6cy9LDqdVsM/?lang=pt#.
Acesso em: 12 de dezembro de 2021.

ROSA, R. F. Um a cada cinco idosos tem diabetes tipo 2, evitável com


hábitos saudáveis. Veja Saúde, 2020. Disponível em:
https://saude.abril.com.br/blog/guenta-coracao/um-a-cada-cinco-idosos-
tem-diabetes-tipo-2-evitavel-com-habitos-saudaveis/. Acesso em: 15 de
dezembro de 2021.

Una-SUS. Diabetes, hipertensão e obesidade avançam entre os brasileiros,


2020. Disponível em: https://www.unasus.gov.br/noticia/diabetes-
hipertensao-e-obesidade-avancam-entre-os-brasileiros. Acesso em: 15 de
dezembro de 2021.

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