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História dos macarons

Sua popularidade sem dúvida está ligada à variedade de suas receitas que fazem do
macaron de hoje o resultado de uma longa evolução dos macarons do passado. O nome
macaron seria de origem árabe; ele inclusive é conhecido e consumido na Síria com o
nome de louzieh (que significa amêndoa) porque está intimamente associado à
produção desta noz. As primeiras receitas conhecidas datam do Renascimento.

O boom do comércio marítimo permitiu a importação de amêndoas para a Itália.


A palavra vem do macaroni ou maccherone em italiano. Mas nesse caso é a a pasta de
farinha de amêndoa que se tornou o principal ingrediente da confeitaria Italiana quando
ela (a amêndoa) foi introduzida na Itália em 1500. Surgiu assim um biscoito simples e
popular entre os nobres italianos.
Acredita-se que o macaron cruza a fronteira francesa em 1533 graças a Catarina de
Medici, que se torna rainha da França ao se casar com Henrique II. François Rabelais
é o primeiro grande escritor francês a citá-lo em 1552.

A partir daí o macaron não tarda a deixar a capital para invadir as demais regiões da
França, onde cada chef se esforça para criar a sua própria receita tradicional.
Há registros que o macaron aparece em 1581 no casamento do duque de Joyeuse em
Ardèche. É mencionado em 1600 nas feiras e festivais sagrados de Montmorillon. Em
Saint-Jean-de-Luz, sabe-se que foi oferecido ao rei Louis XIV, por ocasião do seu
casamento com Maria Theresa.
Quando o rei Louis XIV decidiu residir em Versalhes em 1682, os seus chefs de cozinha
serviam macarons aos convidados para dar boas vindas. Até então o macaron não era
comercializado e era uma exclusividade da realeza. Essa tradição continuou durante os
séculos seguintes até a queda do império em 1789.
Em 1792, em Nancy, onde o macaron era preparado pelas comunidades religiosas, as
irmãs da congregação Damas do Santíssimo Sacramento, Marguerite Gaillot e Marie-
Elisabeth Morlot, começaram a comercializá-los.
Até então, o macaron era um simples biscoito de amêndoa, crocante por fora e macio
por dentro. Foi na década de 1830, que tiveram a ideia de montar dois biscoitos de
macarons e recheá-los com geléias, especiarias ou licores, e depois com diferentes
sabores de creme, ganaches ou marmeladas.
No início do século 20, a doceira Ladurée de Paris criou o macaron colorido em sua
forma atual com uma grande variedade de cores e sabores. A partir desse momento o
doce conhece uma nova onda de sucesso na capital.

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