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CONHECENDO

AS MINHAS
EMOÇÕES
O QUE SÃO AS EMOÇÕES?
A emoção é aquilo que dá cor, textura, sabor e movi-

mento a nossas vidas. Elas tem como função principal

garantir a nossa sobrevivência seja nos alertando sobre

perigos; nos ajudando a aprofundar nossas experiências

sociais; motivando a buscar novos projetos que garan-

tam uma qualidade de vida maior; auxiliando a nos

defendermos e também fazermos valer os nossos direi-

tos e muitas outras coisas.

Podemos encarar as emoções como um sensor de movi-

mento, que se ativa quando tem algo que devemos nos

atentar.
E QUAIS SÃO AS EMOÇÕES?
De acordo com os estudos,

nós nascemos com um

pacotinho de 5 EMOÇÕES

BÁICAS: alegria, tristeza,


raiva, medo e nojo.

Se usarmos a ideia de posi-

tivo e negativo falaremos

então que nascemos com 4

emoções ruins e apenas 1

emoção boa. Mas será que

é isso mesmo?! Vamos ver a

respeito de cada uma.


O MEDO O medo faz nosso coração

acelerar, a boca secar, o corpo

tremer, nossa respiração ficar

ofegante e um desejo de sair

correndo ou nos protegermos o

mais depressa possível.

E eis a resposta para o que o

medo serve afinal... pra nos

proteger. Ele é o responsável

pelo que a ciência chama de

modo de luta-fuga, ou seja,

Essa é uma emoção diante de uma situação de

vista como das mais ameaça, nosso corpo produz

negativas e descon- uma série de reações que nos

fortáveis de sentir.  ajudarão a ter energia para

lutarmos ou fugirmos do perigo.


O medo e a ansiedade
O grande problema está quando o medo é excessivo e

quando projetamos coisas negativas para situações

futuras, como pensar numa prova ou que vai sair a

primeira vez com uma pessoa que gosta.

Essa sensação que se ativa quando projetamos o

futuro se chama ANSIEDADE e faz com que sensações

físicas do medo apareçam uma vez que digo para o

meu cérebro que tem algo potencialmente ameaçador

que vai acontecer, então ele se prepara.

Mas viver uma vida sem medo e ansiedade pode ser

tão prejudicial quanto viver com essas duas emoções

numa intensidade muito alta.


O medo e a ansiedade
Imagine uma pessoa que não tem medo de nada... ela

pode se colocar em situações perigosas e isso literal-

mente ameaçar sua vida, como se envolver em uma briga

com pessoas mais fortes e em maior quantidade. Já uma

pessoa que não sente nenhuma ansiedade, viverá de

modo "deixa a vida me levar, vida leva eu...", ou seja,

não vai se preparar para o futuro, fazendo com que não

corra atrás de objetivos maiores, etc.

Porém, se o medo e a ansiedade estiverem regulados,

nos ajudarão a nos defendermos de algum perigo e nos

prepararmos para enfrentar da melhor maneira possivel

aquela situação que precisamos, uma vez que direciona

o nosso foco para criar soluções para tal.


A TRISTEZA Bem...Quando estamos tristes,

qual o primeiro movimento que

fazemos? Nos recolhemos e

ficamos pensativos sobre o que

está nos deixando assim... uma

briga, a perda de alguém ou

algo que amo, etc.

Contudo, uma vez que a tris-

teza siga seu curso natural, um

outro movimento interno passa a

acontecer... a motivação para a

Outra emoção que mudança ou um momento de

avaliamos como muito aprendizado... o que aprendo e

ruim de sentirmos. como posso lidar com o que

Mas pra que afinal a aconteceu de modo mais fun-

tristeza serve? cional.


E quando a tristeza não passa?
Nesse caso, temos que ficar atentos ao tempo que a

tristeza está presente em nossas vidas, pois ela pode ser

o sintoma de que há algo errado com nossa saúde

emocional.

Quando sentimos tristeza na maior parte do dia e por

mais de 2 semanas e nem sabemos mais identificar o

motivo dela estar presente, esse é o momento de ligar o

alerta, pois esse tipo de estado pode ser o início de

uma depressão e uma ajuda profissional será importan-

te e fundamental, seja de um psicólogo ou psiquiatra.

Sendo assim, fique atendo as suas emoções e quando

sentir que alguma delas deixou de produzir um resultado

positivo, está na hora de investigar o motivo.


A RAIVA Isso mesmo! A raiva é a emoção

que nos mobiliza na defesa dos

nossos direitos e de quem ama-

mos; nos leva a lutarmos por

mudanças e protegermos nossos

valores e aquilo que acredita-

mos. É aquela "revolta" neces-

sária para as revoluções que

precisam ser lutadas.

Portanto, se a raiva for utili-

zada para a construção e não

Essa é a emoção da
para destruição, ela pode fazer

defesa diante da
florescer mudanças importantes

injustiça ou ataque.
e significativas no âmbito pes-

soal e social.
O NOJO Aquela revirada no estômago

bem característica e um desvio

do olhar seguido por uma cara

de repulsa? Você conhece?

Bem, sentirmos nojo e aversão

por algo que nos é estranho

nos ajuda a não entrarmos em

contato com aquilo.

É uma proteção para garantir a

nossa sobrevivência, evitando

E aquele nojinho?! que a gente toque, coma ou

Aquele asco que te- conviva com algo que seja

mos de uma comida potencialmente perigoso e ne-

ou coisa estranha? gativo pra nós.


A ALEGRIA E quando ficamos felizes, qual

é o nosso movimento?

Compartilhar! Ligamos para as

pessoas que gostamos, sorri-

mos mais - até mesmo para

estranhos, ficamos mais expan-

sivos.

E isso nos leva diretamente a

sua função principal: o contato

e interação social, ou seja, ela

E no gran finale está a permite que as relações sociais

nossa querida alegria! e afetivas se fortaleçam; além

Essa mocinha que torna também de aumentar a nossa

tudo tão festivo, sabo- relação conosco, uma vez que

roso, inspirador e posi- estamos nos sentindo bem!

tivo!
AVALIANDO AS EMOÇÕES
Sendo assim, independente de que avaliação fazemos -

se o que sentimos é positivo ou negativo, as emoções tem

um propósito bom em nossas vidas, se aprendermos a

lidar com elas de modo funcional!

Portanto, o que chamamos Já o que chamamos de

de emoções negativas, como emoções positivas como

medo, ansiedade, tristeza ou amor, alegria, prazer; tem

frustração; na realidade são como propósito nos avisar

reações que nos permitem que está tudo bem e que

avaliar que tem algo presen- devemos curtir aquele mo-

te dentro de nós e que de- mento.

vemos nos atentar.


E COMO AS EMOÇÕES SE
MANIFESTAM?
As vezes as emoções apa- Essas emoções "embaçadas"

recem de forma clara pra ocorrem quando não nos

nós e sabemos exatamente atentamos para coisas que

o que estamos sentindo e deveríamos, como estarmos

por que. demasiadamente cansados

ou quando experiências pas-

Outras vezes, elas se sadas nos engatilham emo-

mostram turvas, como se ções hoje; como sermos re-

houvesse uma neblina, nos preendidos e isso nos reme-

impedindo de ver com cla- ter as críticas severas dos

reza o que realmente está pais, sofridas na infância.

se passando.
E POR QUE SENTIMOS O
QUE SENTIMOS?
Essas interpretações são

Para a Terapia Cognitivo como uma lente, um

Comportamental (TCC), óculos que carregamos e

as emoções são frutos de que nos leva e enxergar

como interpretamos as as situações de acordo

situações que vivemos, com a sua cor. Se eu

sendo assim, cada pessoa tenho uma lente cor de

terá uma percepção muito rosa, verei tudo rosado,

própria de suas expe- se tenho uma lente cinza,

riências. verei tudo em tons de

cinza.
COMO DESCUBRO UMA
LENTE MELHOR PRA MIM?
Na terapia! O objetivo Desse modo, você aprenderá

dela será ajustar essas que o foco não é questionar-

percepções e permitir que mos nossas emoções, pois

você enxergue com mais elas são nossos alarmes.

clareza; com um óculos

que tenha uma lente mais O que fazemos é investigar o

funcional e produtiva pra que está nos levando a sen-

você. ti-las, ou seja, nossas inter-

pretações que vem em nossa

cabeça em forma de pensa-

mentos ou imagens mentais

a respeito de uma situação.


COMO INVESTIGAR MEUS
PENSAMENTOS?
O primeiro passo para en- Vejamos o seguinte caso:

tendermos o motivo pelo

qual aquela emoção está João é criticado por ter atra-

ativada é fazermos a se- sado a entrega de uma tarefa

guinte pergunta: e fica furioso.

"O que está passando O que ele pensou?

pela minha cabeça


quanto a essa situação?" "Toda vez é isso... Quando

entrego as coisas certinhas,

Como dito, isso pode vir não recebo nenhum elogio,

em forma de pensamentos mas sempre que atraso vem

ou imagens. os puxões de orelha na hora!"


COMO MEU PENSAMENTO
ME INFLUENCIA?
Então, se avaliarmos o con- No caso, a culpa tem haver

teúdo do que Joõa pensou com o sentido de erro:

e estivéssemos no lugar "Nossa... eu poderia ter me

dele, sentiríamos possivel- organizado melhor para evi-

mente a mesma fúria ou al- tar tudo isso!"

go bem semelhante.

E a preocupação traz uma

Mas, se ele tivesse  sentido ideia de consequência:

culpa ou preocupação, "Agora com esse atraso, não

seria esse mesmo pensa- terei o destaque que quero e

mento ou outros? ainda pode prejudicar mi-

nha avaliação."
COMO MEU PENSAMENTO
ME INFLUENCIA?
Logo, esses exemplos nos mostram que além de ter mais

de uma forma de se pensar sobre determinada situação, o

modo como pensamos sobre elas vai interferir nas nossas

emoções e também nos nossos comportamentos.

Diante da fúria eu posso me mostrar hostil; diante da

culpa, posso ficar pra baixo e me desmotivar e; frente à

preocupação, posso tentar correr atrás para numa

próxima vez fazer diferente.

Então, compreender o motivo das minhas emoções é o

primeiro passo para iniciar uma relação mais saudável e

produtiva com elas!


CONSTRUINDO UMA RELAÇÃO
COM AS MINHAS EMOÇÕES!
Uma vez que o 1 º passo foi dado, agora é hora dar o 2 º,
que é investir num processo de AUTOGESTÃO EMO-

CIONAL e a terapia será fundamental nisso!

Pois, ao aprendermos a trabalhar nossos pensamentos,

aprendemos também a regular e até mesmo produzir

emoções mais funcionais.

E esse modo mais funcional de interpretar as situações

não tem haver com ter um pensamento positivo e, sim,

um pensamento realista-adaptativo, ou seja, não

negamos os fatos, mas apesar de... podemos direcionar

nosso olhar para uma possibilidade mais saudável.


CONSTRUINDO UMA RELAÇÃO
COM AS MINHAS EMOÇÕES!
Logo, existem alguns caminhos e ferramentas que

a terapia vai lhe trazer para isso:

Exercícios de aceitação Adoção  de novas e velhas

das emoções atividades de prazer: ati-

Práticas de relaxamen- vidade física, passeios

to e atenção plena com pessoas que se gos-

Técnicas de respiração ta, artesanato... qualquer

Exercícios de gratidão coisa que seja boa e que

Enfrentamento de pen- libere aquele sentimento

samentos e imagens ca- bom de se sentir!

tastróficas
Então fica o convite...
INVISTA NUMA RELAÇÃO MAIS POSITIVA COM
SUAS EMOÇÕES!
Eliene Oliveira

Contatos
 

contato@elieneoliveira.com

www.elieneoliveira.com

@elieneoliveirapsicologa

@elieneoliveirapsicologa

Psicóloga Clínica / CRP: 04/42836


Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental

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