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Michele Aniceto Notarangeli - michelenotarangeli381@gmail.com - IP: 189.71.76.

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SURGIMENTO DO ESTADO
Famílias Clãs Tribos Cidades ESTADO

PROFESSOR RODRIGO MENEZES

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SURGIMENTO DO ESTADO

“a sociedade é resultante de uma necessidade natural do homem,


sem excluir a participação da consciência e da vontade humanas”.
Dalmo de Abreu Dalari, 1971.

“o homem é, por natureza, animal social e político, vivendo em


multidão, ainda mais que todos os outros animais, o que se evidencia
pela natural necessidade” Santo Tomás de Aquino, séc. XIII d.C

“o homem é naturalmente um animal político” Aristóteles, séc. IV a.C.

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O QUE É O ESTADO?
O Estado é a sociedade politicamente organizada, formada por um povo, fixado
num território, com um governo soberano e tendo por finalidade o bem comum.
Povo é o elemento humano do Estado, formado por aqueles que têm o vínculo
jurídico da nacionalidade;
Território é a área sobre a qual o Estado exerce a soberania;
Soberania significa poder político independente e supremo. Independente porque o
Estado, no âmbito internacional, não está subordinado a ninguém. Supremo
porque, internamente, possui o “poder de império”, ou seja, a faculdade de impor
sua vontade, através da força, se necessária, independente da vontade do cidadão
em particular. O poder político possui três funções principais: legislativa, executiva
e judiciária.
Finalidade (elemento teleológico) é o objetivo do Estado que, tendo o povo como
titular do poder, deve visar o bem comum.
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O QUE É O ESTADO?
O Estado é a sociedade politicamente organizada, formada por um povo, fixado
num território, com um governo soberano e tendo por finalidade o bem comum.
Povo é o elemento humano do Estado, formado por aqueles que têm o vínculo
jurídico da nacionalidade;
Território é a área sobre a qual o Estado exerce a soberania;
Soberania significa poder político independente e supremo. Independente porque o
Estado, no âmbito internacional, não está subordinado a ninguém. Supremo
porque, internamente, possui o “poder de império”, ou seja, a faculdade de impor
sua vontade, através da força, se necessária, independente da vontade do cidadão
em particular. O poder político possui três funções principais: legislativa, executiva
e judiciária.
Finalidade (elemento teleológico) é o objetivo do Estado que, tendo o povo como
titular do poder, deve visar o bem comum.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
Nas questões a seguir, julgue os itens marcando Certo ou Errado.
CESPE – SMV – AGENTE COMUNITÁRIO DE SEGURANÇA
1. O Estado é constituído de três elementos indissociáveis: povo,
território e governo soberano.
FCC - MPU - ANALISTA ADMINISTRATIVO
2. O Estado é constituído de três elementos originários e indissociáveis -
Povo, Território e Governo soberano.
3. Na clássica doutrina da tripartição de poderes, os poderes do Estado
são o Judiciário, o Executivo e o Ministério Público.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
CESPE - SERPRO - ANALISTA – ADVOCACIA
4. O conceito de Estado possui basicamente quatro elementos: nação,
território, governo e soberania. Assim, não é possível que haja mais de
uma nação em um determinado Estado, ou mais de um Estado para a
mesma nação.
FMP-RS - TJ-MT – JUIZ – 2014
5. Nação é um conceito ligado a um agrupamento humano cujos
membros, fixados num território, são ligados por laços culturais,
históricos, econômicos e linguísticos.

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QUESTÕES DE CONCURSOS
FMP-RS - TJ-MT – JUIZ – 2014
6. A população está unida ao Estado pelo vínculo jurídico da
nacionalidade.
CESPE - DPE-RO - DEFENSOR PÚBLICO
7. O conceito de povo, um dos elementos constitutivos do Estado, está
relacionado ao conjunto de brasileiros e estrangeiros que se
encontrem em território nacional, ainda que transitoriamente.

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UM POUCO SOBRE POLÍTICA E PODER


O termo política é derivado do grego antigo (politeía), que indicava a atividade
ou conjunto de atividades que, de alguma maneira, têm como termo de referência a pólis,
ou seja, a cidade-Estado.
Para Houaiss, política denomina-se a arte ou ciência da organização, direção e
administração de nações ou Estados; aplicação desta ciência aos assuntos internos da
nação (política interna) ou aos assuntos externos (política externa).
Política pode ser ainda a orientação ou a atitude de um governo em relação a certos
assuntos e problemas de interesse público: política financeira, política educacional, política
social, política do café com leite.
O que a política pretende alcançar pela ação dos políticos, em cada situação, são as
prioridades do grupo (ou classe, ou segmento nele dominante). A política não tem fins
constantes ou um fim que compreenda a todos ou possa ser considerado verdadeiro: "os
fins da Política são tantos quantas são as metas que um grupo organizado se propõe, de
acordo com os tempos e circunstâncias“ (Norberto Bobbio)
A política, como forma de atividade ou de prática humana, está estreitamente ligada ao poder.

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UM POUCO SOBRE POLÍTICA E PODER


Poder que tem sido tradicionalmente definido como o "conjunto dos meios que permitem alcançar
os efeitos desejados" (Russell). Pode ser entendido como a obtenção de um comportamento de
terceiro que este não teria naturalmente, se não sofresse a influência desse poder.
Há diferentes tipos de poder: paterno/materno, econômico, de um chefe sobre seu subordinado,
ideológico, despótico, político, etc.
A característica mais notável do poder político é que ele detém a exclusividade do uso da força em
relação à totalidade dos grupos sob sua influência. Isso não significa que ele seja exercido pelo uso
da força; a possibilidade do uso é condição necessária, mas não suficiente para a existência do poder
político.
No poder político há três características. Sendo uma delas a Exclusividade que trata da tendência de
não se permitir a organização de uma força concorrente. Como por exemplo, grupos armados
independentes. Se encontra também a Universalidade, tratando-se da capacidade de se tomar
decisões para toda a coletividade. E por último a Inclusividade que é a possibilidade de intervir, de
modo imperativo, em todas as esferas possíveis de atividades de membros do grupo e de encaminhar
tais atividades aos fins desejados ou de desviá-las de um fim não desejado.

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O QUE É O DIREITO?
Direito é o regramento da conduta, estabelecido em normas, cuja
imposição é feita pelo Estado e por este é assegurado o cumprimento,
tendo como finalidade possibilitar a convivência dos homens em sociedade,
impondo-lhes limites em sua liberdade individual, para que seja assegurada
a liberdade de todos.
Em suma, Direito é o conjunto de normas emanadas do Estado (normas
jurídicas positivas) dotadas de coercibilidade (podem reprimir, coibir ou
conter) para viabilizar a vida em sociedade, regulando as relações jurídicas
entre as pessoas privadas (relações horizontais) e entre elas e o próprio
Estado (relações verticais).

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RAMOS DO DIREITO
Embora modernamente o direito seja visto como uno e indivisível,
indecomponível, fala-se em um divisão em ramos do direito, para fins
meramente didáticos: direito público e direito privado.
Regula a relação entre particulares e o Estado
Regula as atividades, as funções e organizações de poderes
PÚBLICO do Estado e dos seus servidores
DIREITO

Constitucional, Administrativo, Urbanístico, Ambiental, Tributário,


Financeiro, Processual, Penal, Ambiente, Internacional, etc.

Disciplina a relação entre os particulares


PRIVADO
Direito Civil, Consumidor, Empresarial e do Trabalho

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RAMOS DO DIREITO
Direito Público: se refere ao conjunto das normas jurídicas de natureza pública,
compreendendo tanto o conjunto de normas jurídicas que regulam a relação entre
o particular e o Estado, como o conjunto de normas jurídicas que regulam as
atividades, as funções e organizações de poderes do Estado e dos seus servidores.
É aquele em que há predominância do interesse do Estado, o interesse público.
Existe uma relação de subordinação entre os particulares e o Estado. (Direito
Constitucional – que é fundamental –, Administrativo, Urbanístico, Ambiental,
Tributário, Financeiro, Processual, Penal, Ambiente, Internacional, etc.)
Direito Privado: se refere ao conjunto de normas jurídicas de natureza
privada, especificamente toda norma jurídica que disciplina a relação entre os
particulares. (Direito Civil, Consumidor, Empresarial e do Trabalho)
Atualmente, segundo Pedro Lenza, com a constitucionalização do Direito
Privado, essa divisão tornou-se enfraquecida.

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O QUE É O DIREITO CONSTITUCIONAL?


Ramo do Direito Público que
expõe, interpreta e sistematiza
os princípios e normas
fundamentais do Estado.
(José Afonso da Silva)

Esses princípios e normas


fundamentais do Estado estão
na Constituição do Estado –
que é o objeto do Direito
Constitucional

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QUESTÕES DE CONCURSOS
VUNESP - SAP-SP - ANALISTA ADMINISTRATIVO
08. Assinale a alternativa correspondente ao conceito de Direito Constitucional.
a) Ramo do Direito Público que expõe, interpreta e sistematiza os princípios e
normas consuetudinárias da sociedade.
b) Ramo do Direito Privado que expõe, interpreta e sistematiza os princípios e
normas consuetudinárias da sociedade.
c) Ramo do Direito Público que expõe, interpreta e sistematiza os princípios e
normas sobre a prescrição de condutas e cominação de penas.
d) Ramo do Direito Privado que expõe, interpreta e sistematiza os princípios e
normas fundamentais do Estado.
e) Ramo do Direito Público que expõe, interpreta e sistematiza os princípios e
normas fundamentais do Estado.
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BREVE HISTÓRICO DO CONSTITUCIONALISMO MODERNO


Até o final do século XVIII,
os diversos países do
mundo adotavam
Monarquias Absolutistas,
uma organização política
na qual o soberano
concentrava todos os
poderes do estado em
suas mãos.
SÚDITOS

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BREVE HISTÓRICO DO CONSTITUCIONALISMO MODERNO


A Constituição escrita surgiu
no final do século XVIII como
instrumento que visava
limitar o poder estatal
através do estabelecimento
de uma separação dos
poderes e da garantia dos
direitos fundamentais.

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BREVE HISTÓRICO DO CONSTITUCIONALISMO MODERNO


A primeira Constituição
escrita foi a dos Estados
Unidos, em 1787.
Em 1789/91, recebeu 10
emendas: “Bill of Rights”
– Declaração dos
Direitos

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BREVE HISTÓRICO DO CONSTITUCIONALISMO MODERNO


Com a Revolução
Francesa, foi
formada uma
Assembleia
Constituinte que,
em 1789, editou a
Declaração de
Direitos do Homem
e do Cidadão e, em
1791, a primeira
Constituição
francesa.

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BREVE HISTÓRICO DO CONSTITUCIONALISMO MODERNO


No Brasil, a primeira
Constituição foi outorgada
em 1824, por Dom Pedro I.

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CONSTITUIÇÃO DO ESTADO - CONCEITO


É a norma fundamental e suprema do Estado
Estrutura e organiza o Estado e os seus Está no topo do ordenamento jurídico
elementos, dispondo principalmente sobre: nacional e só pode ser alterada mediante
1) formação dos poderes públicos; um procedimento legislativo especial,
2) limitações aos poderes públicos; mais dificultoso do que o de elaboração
das leis ordinárias (rigidez constitucional).
3) direitos e garantias dos indivíduos;
4) forma de governo; Por ter supremacia formal, serve de
parâmetro de validade a todas as demais
5) modo de aquisição e exercício do poder;
normas, ou seja, elas somente serão
6) forma de exercício do poder estatal em válidas se estiverem de acordo com a
função do território; Constituição. Caso contrário, serão
7) repartição de competências. inconstitucionais e nulas.
A Constituição também é conhecida como: Lei Fundamental, Lei Suprema,
Lei das Leis, Lei Maior, Carta Política, Carta Magna, Lex Mater, Estatuto Fundamental.
Tem as seguintes abreviaturas:PROFESSOR RODRIGO
CF/88, CRFB/88, MENEZES
CR/88.

QUESTÕES DE CONCURSOS
FUNDEP - TJ-MG – JUIZ
09. Sobre o conceito de Constituição, assinale a alternativa CORRETA.
a) É o estatuto que regula as relações entre Estados soberanos.
b) É o conjunto de normas que regula os direitos e deveres de um povo.
c) É a lei fundamental e suprema de um Estado, que contém normas
referentes à estruturação, à formação dos poderes públicos, direitos,
garantias e deveres dos cidadãos.
d) É a norma maior de um Estado, que regula os direitos e deveres de um
povo nas suas relações.

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QUESTÕES DE CONCURSOS
IBFC - SEPLAG-MG - GESTOR DE TRANSPORTES E OBRAS – DIREITO
10. A rigidez constitucional decorre de um grau maior de dificuldade para
sua modificação do que para a alteração das demais normas jurídicas
do ordenamento estatal. Dessa rigidez, emana, como consequência
primordial, o princípio da:
a) Imutabilidade do texto constitucional
b) Supremacia da constituição
c) Simetria constitucional.
d) Taxatividade da norma constitucional.

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QUESTÕES DE CONCURSOS
ACAFE - PC-SC - AGENTE DE POLÍCIA *
“O Direito Constitucional é um ramo do Direito Público, destacado por ser
fundamental à organização e funcionamento do Estado, à articulação dos
elementos primários do mesmo e ao estabelecimento das bases da estrutura
política".
(Moraes, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 22ª. ed, 2007, p.1.)
11. Ante a afirmação anterior, analise as questões a seguir.
I- O Direito Constitucional ocupa uma posição de superioridade em relação às
demais ciências jurídicas, pois os princípios fundamentais dos outros ramos
jurídicos encontram-se inseridos na Constituição.
II- A Constituição é regra matriz de um Estado, solidifica suas instituições e
estabiliza o seu poder instituidor, para que possa promover o bem estar social.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
ACAFE - PC-SC - AGENTE DE POLÍCIA *
III - O Direito Constitucional tem por objeto a constituição política do Estado no
sentido amplo de estabelecer sua estrutura, a organização de suas
instituições e órgãos, o modo de aquisição e a não limitação do poder.
IV - A Constituição deve trazer em si os elementos integrantes (componentes ou
constitutivos) do Estado, quais sejam: soberania, finalidade, povo, território.
V - Não é a Constituição que individualiza os órgãos competentes para a edição
de normas jurídicas, legislativas ou administrativas.
* Questão anulada por causa do item IV – Justificativa da banca: “Existem, realmente, controvérsias na doutrina a
respeito dos elementos constitutivos do Estado. A afirmativa do inciso IV da questão é defendida por Pedro Lenza
(Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 30). Assim como Dalmo de Abreu Dallari
(Elementos da teoria Geral do Estado. São Paulo: Saraiva, 23ª. ed., p.118). Outros doutrinadores, todavia, referem
apenas três elementos: soberania, povo e território”. Gabarito preliminar: I, II e IV corretos.

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QUESTÕES DE CONCURSOS
TRT - 15ª REGIÃO - JUIZ DO TRABALHO
12. No bojo das Constituições devem estar inseridos os elementos
constitutivos do Estado, a saber: soberania, finalidade, povo e
território.

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FONTES DO DIREITO CONSTITUCIONAL

PRIMÁRIAS Constituição e suas Emendas


FONTES
Delegadas: Leis, decretos e jurisprudência
SECUNDÁRIAS
Reconhecidas: costumes e doutrina
Fontes delegadas – A Constituição delega a certos órgãos a competência para regulamentar seu texto,
por meio de leis ordinárias e complementares, decretos e regulamentos. A Constituição também confere
aos tribunais do Poder Judiciário o poder de interpretar seu texto, sendo as decisões uniformes e
reiteradas desses órgãos o que se chama de “jurisprudência” (a mais relevante é a do Supremo Tribunal
Federal).
Fontes reconhecidas – Os costumes decorrem da prática reiterada de certos atos com capacidade de
criar a convicção de sua obrigatoriedade, mas devem ser reconhecidos pelo STF. A doutrina é o material
escrito pelos grandes mestres do Direito, que muito ajudam os juízes e tribunais a tomar suas decisões.

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QUESTÕES DE CONCURSOS
CESPE - CBM-CE - PRIMEIRO-TENENTE
13. Considerando-se a experiência histórica dos Estados, é correto
afirmar que a própria Constituição é fonte formal do direito
constitucional.

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ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO


Pirâmide Constituição Federal
NORMAS Emendas à CF (art.60)
hierárquica: CONSTITUCIONAIS Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos
(aprovados na forma do art. 5º, § 3º)

NORMAS SUPRALEGAIS Tratados Internacionais sobre D.H.

Leis Complementares
NORMAS LEGAIS Leis Ordinárias
(art. 59, II a VII e Leis Delegadas
art. 84, VI) Medidas Provisórias
Decretos Legislativos
Resoluções
Decretos autônomos
Decretos regulamentares
NORMAS Instruções Normativas
INFRALEGAIS Portarias, etc.
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LEI COMPLEMENTAR X LEI ORDINÁRIA


Lei Lei Complementar Lei Ordinária
Trata de temas que lhes são Trata de diversos temas não
Tema
reservados na Constituição reservados a outras normas
Quórum de Maioria absoluta Maioria simples/relativa
aprovação (+ da metade dos membros) (+ da metade dos votos)
Exemplos de necessidade de Lei Complementar: Exemplos de uso de Lei Ordinária:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores (...) I - relação de Art. 5º, VII - é assegurada, nos termos da
emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa lei, a prestação de assistência religiosa nas
causa, nos termos de lei complementar (...); entidades civis e militares de internação
Art. 14, § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de coletiva;
inelegibilidade (...). Art. 5º, XXXII - o Estado promoverá, na
Art. 18, § 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua forma da lei, a defesa do consumidor;
criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado
de origem serão reguladas em lei complementar.
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NORMAS LEGAIS X NORMAS INFRALEGAIS


Normas Legais Normas Infralegais
Buscam seu fundamento de validade e Buscam seu fundamento de validade e
existência na Constituição existência numa norma legal

Podem inovar o ordenamento jurídico Não podem inovar o ordenamento jurídico.


criando obrigações de fazer ou deixar de Visam regulamentar ou dar executoriedade
fazer (art. 5º, II). às normas legais

EXEMPLO:
Lei 8.078/90
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências.

Decreto 7.962/2013
Regulamenta a Lei no 8.078/90, para dispor sobre a
contratação no comércio eletrônico.

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QUESTÕES DE CONCURSOS
FGV – SEFAZ-RJ – FISCAL DE RENDAS
14. Assinale a alternativa que defina corretamente o poder regulamentar do chefe do
Executivo.
a) O poder regulamentar confere ao chefe do Executivo a atribuição para criar direitos e
obrigações, dentro de sua respectiva esfera de competência.
b) O poder regulamentar confere ao chefe do Executivo a competência legislativa
exclusiva para reparar inconstitucionalidades realizadas pelo legislador ordinário.
c) O poder regulamentar confere ao chefe do Executivo a competência para assegurar a
fiel execução da Constituição.
d) O poder regulamentar é uma forma atípica de competência legislativa conferida ao
chefe do Executivo para suprir omissões do Poder Legislativo.
e) O poder regulamentar confere ao chefe do Executivo a competência para assegurar a
fiel execução das leis, não podendo inovar o mundo jurídico.

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CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
1ª. Constituição de 1824 (Constituição do Império)
2ª. Constituição de 1891
3ª. Constituição de 1934
4ª. Constituição de 1937
5ª. Constituição de 1946
6ª. Constituição de 1967
7ª. Constituição de 1969 (Emenda à CF/67)
8ª. Constituição de 1988
Constituições outorgadas (impostas) – 1824, 1937, 1967 e 1969.
Constituições promulgadas (democráticas) – 1891, 1934, 1946 e 1988.

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Deputado Federal
Ulysses Guimarães,
presidente da Constituinte
1987-1988, em 5/10/1988,
dia da promulgação da atual
Constituição do Brasil, nos
dizeres de Ulysses:
“Constituição cidadã”

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988


É dividida em quatro partes:
1ª) Preâmbulo
2ª) Corpo constitucional (parte dogmática) – arts. 1º a 250
3ª) ADCT – Atos das Disposições Constitucionais Transitórias –
arts. 1º a 114
4ª) Emendas Constitucionais:
• Emendas à Constituição – EC (Art. 60, CF/88)
• Emendas Constitucionais de Revisão - ECR (Art. 3º, ADCT)

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PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em
Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado
Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais
e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o
desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de
uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na
harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional,
com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a
proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988


Corpo Constitucional:
Título I: Princípios Fundamentais – arts. 1º a 4º
Título II: Dos Direitos e Garantias Fundamentais – arts. 5º a 17
Título III: Da Organização do Estado – arts. 18 a 43
Título IV: Da Organização dos Poderes – arts. 44 a 135
Título V: Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas – arts. 136 a 144
Título V: Da Tributação e do Orçamento – arts. 145 a 169
Título VII: Da Ordem Econômica e Financeira – arts. 170 a 192
Título VIII: Da Ordem Social – arts. 193 a 232
Título IX: Das Disposições Constitucionais Gerais – arts. 233 a 250

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ESTRUTURA DAS LEIS (LEI COMPLEMENTAR 95/98)


Observe os principais aspectos estruturais de uma lei:
Artigo: Artigo é a unidade básica para apresentação, divisão ou
agrupamento de assuntos num texto da lei. Os artigos serão designados
pela abreviatura "Art." sem traço antes do início do texto. No tocante à
numeração, até o artigo nono (Art. 9º) utiliza-se numeração ordinal; a partir
do número 10, emprega-se numeral cardinal, seguido de ponto-final (Art.
10.). O texto do enunciado do artigo é denominado “caput” e é iniciado com
letra maiúscula e encerrado com ponto-final, exceto quando tiverem
incisos, caso em que serão encerrados por dois-pontos.

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ESTRUTURA DAS LEIS (LEI COMPLEMENTAR 95/98)


Observe os principais aspectos estruturais de uma lei:
Incisos e Alíneas: Os incisos são utilizados para continuidade e explicação de
artigo se o assunto nele tratado não puder ser condensado no próprio
“caput” do artigo. Pode também ser utilizado para desdobrar assunto
tratado por um parágrafo. Assim sendo, quando o “caput” do artigo ou um
parágrafo terminar com dois-pontos, será seguido de incisos. Os incisos são
representados por algarismos romanos (I, II, III...) e, se necessitarem de
desdobramento de seus temas, terminarão com dois-pontos e, em seguida,
teremos as chamas alíneas, que especificam os incisos, representadas por
letras minúsculas (a, b, c, d, e ... ).

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ESTRUTURA DAS LEIS (LEI COMPLEMENTAR 95/98)


Observe os principais aspectos estruturais de uma lei:
Parágrafos (§§): Os parágrafos instituem observações acerca do tema de um
artigo, não constituindo uma continuidade do “caput” do artigo, já que isso
cabe aos incisos. São representados pelo sinal gráfico §. Também em
relação ao parágrafo, consagra-se a prática da numeração ordinal até o
nono (§ 9º) e cardinal a partir do parágrafo dez (§ 10). No caso de haver
apenas um parágrafo, adota-se a grafia Parágrafo único (e não § único). Os
textos dos parágrafos serão iniciados com letra maiúscula e encerrados com
ponto-final, ou dois-pontos, caso em que será desdobrado em incisos.

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ESTRUTURA DAS LEIS (LEI COMPLEMENTAR 95/98)


Observe os principais aspectos estruturais de uma lei:

No texto legislativo,
os artigos podem ser agrupados em um Subseção;
as Subseções podem ser agrupadas em uma Seção;
as Seções podem ser agrupadas em um Capítulo;
os Capítulos podem ser agrupados em um Título;
os Títulos podem ser agrupados em um Livro;
e os Livros podem ser agrupados em uma Parte.

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GABARITOS
01-C 08-E
02-C 09-C
03-E 10-B
04-E 11-C C E C E
05-C 12-C
06-E 13-C
07-E 14-E

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MÓDULO 0 – PARTE 2

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NOÇÕES DE HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO

Objeto da Interpretação:
Texto, Enunciado, Formulação
ou Disposição da norma,
Símbolos Linguísticos Escritos Interpretação
Metódica

Aplicação da Norma

Texto interpretado:
Problema Jurídico Norma, Produto, Resultado,
Sentido ou Significado

PROFESSOR RODRIGO MENEZES


Michele Aniceto Notarangeli - michelenotarangeli381@gmail.com - IP: 189.71.76.119

NOÇÕES DE HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO


ALGUMAS FORMAS DE INTERPRETAÇÃO:
a) Interpretação gramatical ou literal - análise textual limitada ao significado literal
das palavras e expressões;
b) Interpretação lógica - busca explicar a norma através do sentido interno do
texto. Pretende do simples estudo das normas em si, ou em conjunto, por meio do
raciocínio dedutivo, obter a interpretação correta;
c) Interpretação histórica - analisa o projeto de lei, a sua justificativa, exposição de
motivos, pareceres, discussões, as condições culturais e psicológicas que resultaram
na elaboração da norma;
d) Interpretação evolutiva - consiste na atribuição de novos sentidos à norma em
razão de mudanças históricas ou de fatores políticos e sociais que não estavam
presentes na mente dos legislador quando da sua elaboração;
e) Interpretação teleológica – busca identificar os fins a que a norma se dirige.
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HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO
Resultados decorrentes da interpretação
a) Interpretação declarativa - o texto examinado não é ampliado nem restringido,
encontrando-se apenas o significado oculto do termo ou expressão utilizados
pela lei. A eventual dúvida se resolve pela correspondência entre a letra e a
vontade da lei, sem conferir à fórmula um sentido mais amplo ou estrito.
b) Interpretação restritiva – reduz-se o sentido ou alcance da lei para que se possa
encontrar a sua real vontade. Nesse caso, a lei diz mais do que o pretendido pela
sua vontade, cabendo à interpretação restringir o alcance de suas palavras até o
seu sentido real.
c) Interpretação extensiva (ou ampliativa) - quando se amplia o sentido ou alcance
da lei, por se entender que o texto da lei diz menos do que pretendia dizer.

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NOÇÕES DE HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO


ANTINOMIAS JURÍDICAS APARENTES - SOLUÇÃO
a) Critério Hierárquico: a norma superior prevalece sobre norma
inferior - lex superior derogat legi inferiori
b) Critério cronológico: norma posterior prevalece sobre norma
anterior - lex posterior derogat legi priori (art. 2.º da LINDB)
c) Critério da especialidade: norma especial prevalece sobre norma
geral - lex specialis derogat legi generali - visto que o legislador,
ao tratar de maneira específica de um determinado tema faz isso,
presumidamente, com maior precisão.

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REVOGAÇÃO E REPRISTINAÇÃO
TEORIA DA REVOGAÇÃO
“A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o
declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule
inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior”
(art. 2º, § 1º da LINDB).
Código Civil revogação Código Civil
de 1916 de 2002

AB-ROGAÇÃO: revogação total DERROGAÇÃO: revogação parcial

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REVOGAÇÃO E REPRISTINAÇÃO
TEORIA DA REPRISTINAÇÃO
Repristinação é o retorno da vigência de uma lei revogada, em razão da
revogação da lei revogadora.
A repristinação só é admitida no Brasil se for expressamente prevista na nova
lei: “Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei
revogadora perdido a vigência” (art. 2º, § 3º, LINDB)

revogação revogação
Lei A Lei B Lei C

repristinação
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PESSOAS NATURAIS E JURÍDICAS


NATURAL Ser humano dotado de personalidade jurídica e, por
(FÍSICA) isso, detentor de direitos e obrigações.

PESSOA Entidade formada por indivíduos e reconhecida pelo


Estado como detentora de direitos e obrigações,
JURÍDICA possuindo personalidade jurídica.
(Ex.: Associações, sindicatos, partidos políticos,
sociedades empresariais.)

Obs.: Ainda que seja formada por uma ou mais pessoas físicas, que são as responsáveis pela
entidade criada, a pessoa jurídica possui uma personalidade jurídica independente e
diferenciada em relação a cada um de seus membros. Isso significa que a pessoa jurídica é
representada enquanto entidade própria perante a Justiça e o Estado, aos quais responde por seus
atos. Ou seja, a princípio, a pessoa jurídica e as pessoas físicas que a compõem não se confundem.

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PESSOAS JURÍDICAS
de DIREITO União, Estados, DF, Territórios e Municípios,
PÚBLICO INTERNO Autarquias e Fundações Autárquicas

República Federativa do Brasil,


PESSOA de DIREITO Estados estrangeiros e organismos
JURÍDICA PÚBLICO EXTERNO
internacionais (ONU, FMI etc.)

Associações, sindicatos, partidos


políticos, sociedades empresariais,
de DIREITO empresas individuais, fundações,
PRIVADO organizações religiosa,
Empresas Públicas e
Sociedades de Economia Mista.

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A expressão Administração Pública possui vários sentidos, mas o que nos
interessa, neste momento, é o conceito estrito, em sentido subjetivo,
formal ou orgânico, segundo o qual a Administração Pública é o conjunto
de pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos que exercem a função
administrativa. Portanto, corresponde ao “quem” exerce tal função.

A função administrativa é instrumento de realização direta e imediata


dos direitos fundamentais, por meio do qual a Administração Pública
executa as leis para prestar serviços à população ou gerencia a máquina
administrativa.

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

DIRETA INDIRETA
descentralização
(CENTRALIZADA) (DESCENTRALIZADA)

ENTES ENTIDADES
FEDERATIVOS ADMINISTRATIVAS

Autarquias Sociedades de
União Estados DF Municípios Economia Mista
Fundações Empresas
Públicas Públicas

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA

União Estados DF Municípios

PL PE PJ MPU TCU DPU


ÓRGÃOS PÚBLICOS

Ministérios
desconcentraçaõ

Órgão público é o centro de competências, unidade de ação,


instituído para o desempenho das funções estatais, por meio
Órgãos de seus agentes que ocupam cargos públicos, cuja conduta é
imputada à pessoa jurídica de direito público interno a que
Órgãos pertencem. Não tem personalidade jurídica própria.

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