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capítulo 1

Coordenadas, eixos
e movimento
A maior parte de um programa é composta das coordenadas dos pontos que se referem às
distâncias para os eixos. Junto com as declarações que determinam como a máquina é usada,
essas coordenadas  X , Y  e
 e Z  são
 são empregadas tanto para o movimento da ferramenta como
para o posicionamento da ferramenta em relação à peça, bem como para referência. Os eixos
se referem aos mesmos que já aprendemos em fresadoras e tornos (Capítulos 3 e 4 do livro
FITZPATRICK, M. Introdução aos processos de usinagem Porto Alegre: AMGH, 2013), mas aqui, no
Capítulo 1, vamos formalizá-los. Estas quatro unidades são os alicerces de conhecimento para
tudo em CNC e para o restante deste livro.

Objetivos deste capítulo


  Identificar X , Y  e
 e Z  –
 – eixos lineares primários e secundários da máquina CNC.
  Identificar A, B e C  –
 – eixos de rotação primários.
  Identificar U , V  e
 e W  –
 – eixos lineares secundários.
Identificar pontos geométricos usando coordenadas cartesianas absolutas.
Identificar pontos geométricos usando coordenadas cartesianas incrementais (relativas).
Selecionar o valor da coordenada correto
correto com base nas dimensões de desenho.
desenho.
Definir movimento rápido e interpolações linear e circular.
circular.
Comparar os movimentos de dois,
dois, de dois e meio e de três eixos.
eixos.
Identificar as características de desenho definidas com dimensionamento polar.
polar.
Usar coordenadas polares para definir os pontos únicos.

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Planos discretos
Unidade 1-1 Um dos três planos originais definidos pelos eixos
que se encontram sobre ele: XY , YZ  ou
 ou XZ .

Mundo dos eixos Regra da mão direita


Utilizada para determinar as letras de identificação
normalizados dos eixos dentro de um sistema de eixos ortogonais.
Há nove eixos pa- Regra da orientação (polegar)
Conversa de chão drão universalmen- Utilizada para determinar o valor de sinal de eixos
de fábrica te utilizados na rotativos.
EIA-RS267-B O movimento usinagem CNC. Três
Sistema de eixos ortogonais
e a posição axial são são os familiares
Trêss eixos que se orientam a 90° uns dos outros.
Trê
padronizados pela Electronic eixos lineares primá-
Industries Association rios, com movimen-
(EIA) na América do Norte tos (em linha reta)
Os eixos lineares primários
com base em seu padrão
 X , Y  e
 e Z . Os três eixos  X , Y  e
 e Z 
recomendado EIA267-B.
Há também um padrão de rotação primários Os eixos de base utilizados para definir um espaço
paralelo da ISO (Internation
(International
al ( A, B e C ) são usados de três dimensões (tridimensional) encontram-se
Standards Organization
Organization).). para identificar um situados a 90° uns em relação aos outros e, como
Esses padrões, de fato, arco ou movimen- tal, são chamados de um sistema de eixos orto-
incluem 14 eixos definidos
para movimento e posição,
tos circulares, tais gonais.. Usando a mesma raiz da palavra (“orto”)
gonais
no entanto, utilizando os como um fuso de que em projeção ortográfica, o sistema é composto
nove descritos aqui, estamos um torno giratório de linhas de eixo orientadas a 90° umas das outras e
contemplando todos os programável ou que se cruzam em um ponto de referência comum
equipamentos de CNC uma articulação de (Fig. 1-1).
  o normais.
   d cabeçote de fre-
  a
  z
   i
  r
sadora com movi- Três planos primários
  o
   d mento de punho (movimento de rotação, mas não Combinando quaisquer duas linhas de eixo primá-
  a
   t
  u completo). rias, define-se uma superfície plana. Há três planos:
  p
  m Por fim, temos três eixos secundários em linha reta,  XY ,  XZ  e YZ   (Fig. 1-2). Por exemplo, ao visualizar
  o
   C
  o chamados de eixos lineares auxiliares (U , V  e
 e W ).
). Eles uma peça colocada em uma fresadora vertical, a
  c
   i
  r
   é
são adicionados ao sistema para uma produção mesa representa o plano  XY , enquanto um objeto
  m
  u
multiaxial, algumas vezes chamada de multitarefa. em um torno é visto no plano  XZ – geralmente a
   N partir de cima.
  o
   d
  n
Termos-chave:
  a
  m
Eixo  Z 
  o Articulação
   C
Ação do tipo punho que se move em arco, mas não     Y
  m    x
    i   o
  o em um círculo completo. Cabeçotes de fresadoras     E      X
  c    x
   i
   E
  o

  m possuem articulação.


  e
  g
  a Fresadora de cinco eixos
  n
   i
  s Máquina vertical ou horizontal com um cabeçote que
   U Sistema
   à se articula nos eixos A e B. ortogonal de 90°
  o
   ã  X   Z 
  ç
  u
Orientação global
   d A relação do sistema de uma máquina definida Y 
  o
  r
   t
  n
   I
considerando-se o chão e o operador. Figura 1-1 Os três eixos lineares primários: X , Y  e
 e Z .

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Três planos discretos Orientação global do eixo
Plano
XZ  Z 

Y   X   Z   X 
Fresadora Fresadora
vertical horizontal

Plano
XY
Plano
YZ

Torno
 X   Z 

Figura 1-2 Os três planos primários: XY , XZ  e


 e YZ . Figura 1-3 Os eixos principais se aplicam às três
máquinas habituais.

Quando o comando da máquina é capaz de cortar


as curvas em mais do que um desses três planos Essas são as diretrizes convencionais, não um pa-
discretos  (únicos), o programador deve inserir um
discretos (únicos), drão. Para uma determinada máquina CNC, o siste-
código para definir em qual plano o movimento ma de eixos não precisa ter uma relação com a re-
deve ocorrer. Aprenderemos os códigos mais tarde. ferência global. Embora o sistema de eixos
permaneça ortogonal e os eixos estejam na mes-
Ponto-chave: ma posição um em relação ao outro, o sistema de
Por enquanto, saiba que mudar para um corte eixos pode ser rotacionado para qualquer posição
curvilíneo dentro de um plano principal dife- global.
rente requer que seja digitado um novo código Tente você mesmo.
para indicar qual plano desejado.
Conversa de chão   o
   t
Use a regra da mão   n
de fábrica   e
direita em uma   m
   i
  v
fresadora da sua Opa! Tempos atrás, a   o
Identificação do eixo em uma oficina. Dependen- alguns dos primeiros   m
  e
máquina CNC  do da perspectiva tornos programados, foram   s
  o
atribuídos valores com sinal   x
   i
Ao se deparar com uma máquina CNC pela primei-
pr imei- geral do sistema   e
inverso apenas para o eixo Z .  ,
  s
ra vez, a orientação global do
global do seu sistema de ei- de eixos, você po- A grande ideia era eliminar a   a
   d
derá verificar a sua   a
xos (em relação ao chão e ao operador) pode ser maioria dos sinais negativos   n
  e
frequentemente identificada deste modo, nesta mão em qualquer nas coordenadas do eixo    d
  r
  o
ordem (Fig. 1-3): posição, mas ela  Z  e,
 e, assim, criar programas   o
   C
mais curtos. Contudo, essa
 Z  O eixo paralelo e oposto ao eixo-árvore
se ajustará à regra.
“melhoria” levou a tantos
Quase não há ex- acidentes graves, devido
 X  Normalmente, o eixo mais longo, geral- ceções ao sistema    1
ao sistema de eixos fora do   o
   l
mente paralelo ao chão ortogonal, mas ele padrão, que eles nunca mais   u
   t
   í
foram produzidos.   p
Y  O eixo perpendicular tanto a X  como
 como a Z  pode ser observa-   a
  c

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O exemplo mais comum de orientação global incli-
Dica da área nada, mostrado nas Figuras 1-5 e 1-6, é uma base
Quando confrontado com uma máquina CNC inclinada do torno, na qual o eixo  X   foi inclinado
desconhecida, sempre olhe primeiro para o eixo em relação ao chão. Essa modificação faz o cavaco
 Z , pois será o mais fácil de identificar. O eixo  Z  e a ejeção do fluido refrigerante mais eficientes e
traz a ferramenta para a peça, como em um tor- melhora o acesso do operador para configurar as
no, ou a peça para o fuso ou vice-versa em fre- ferramentas.
sadoras. Em seguida, com o eixo Z identificado,
aplique a regra da mão direita para
direita para identificar
os outros dois eixos (Fig. 1-4).
Os eixos de rotação primários
 A, B e C 
Algumas máquinas CNC apresentam eixos progra-
 Z 
máveis que giram ou são articulados
articulados.. De acordo
com o padrão EIA267-B, existem três eixos rotati-
vos primários:

 A, B e C 
Cada um é identificado pelo eixo central primário
em torno do qual gira:
O eixo A gira em torno de uma linha paralela a  X 
 X 
O eixo B gira em torno de uma linha paralela a Y 
O eixo C  gira
 gira em torno de uma linha paralela a  Z 

  o
   d
Ponto-chave:
  a Os eixos de rotação primários são identificados
  z
   i
  r
  o
   d
Figura 1-4 A regra da mão direita ajuda a pelo seu eixo central.
  a
   t
  u
identificar os eixos da máquina.
  p
  m
  o
   C Torno CNC com barramento inclinado
  o
  c
   i
  r
Ponto-chave: (visto de cabeçote móvel)
   é Regra da mão direita
  m
  u Apontando o dedo polegar de sua mão direi- Torre
   N porta-ferramenta
  o ta ao longo da direção positiva do eixo  X , o seu
   d
  n dedo indicador aponta para a direção positiva do
  a
  m eixo Y . Por fim, o dedo médio aponta para o eixo
  o
   C
 Z  positivo.
 positivo.  x o  X
 E i x
Guias do eixo  Z 
  m
  o
  c
  m Chão
  e
  g
  a
  n
   i Figura 1-5 Um barramento de um torno com
  s do inclinado em algumas posições diferentes em
   U inclinação possui um eixo X  inclinado
 inclinado em relação ao
   à relação ao mundo, especialmente em equipamen-
  o chão para melhorar a remoção de cavaco e o acesso
   ã tos CNC avançados e robôs.
  ç
  u
do operador às ferramentas.
   d
  o
  r
   t
  n
   I

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Eixo X 

Figura 1-6 O eixo X  de


 de um torno com barramento inclinado é rotacionado em relação ao solo para melhorar a
refrigeração e a remoção de cavaco e para auxiliar o acesso do operador durante a preparação.

Pergunta sagem, um cabeçote de ferramenta acionado é co-


locado na torre de ferramentas (Fig. 1-8).
Para identificar um eixo rotativo, primeiro encontre
o seu eixo central. Por exemplo, um torno equipa- Eixos rotativos de fresagem
do com um fuso posicionável que pode parar em
qualquer ângulo de rotação facilita a abertura de Quando superfícies inclinadas ou curvadas são
furos espaçados ao redor do perímetro de uma necessárias, mas não podem ser cortadas com
peça torneada (Fig. 1-7). Como esse eixo é chama- equipamentos de fresagem padrão, voltamo-nos
do? para máquinas de eixo rotativo. Há duas maneiras
  o
   t
  n
  e
Resposta   m
   i
  v
  o
A placa indexadora gira sobre um eixo paralelo em   m
Eixo de furação auxiliar   e
torno do eixo  Z , portanto, é um eixo C  rotativo.
 rotativo. Se   s
  o
ele pode parar apenas em um determinado local e   x
   i
  e
não permite a realização de um avanço por meio  ,
  s
  a
de um arco durante a usinagem, trata-se de um    d
E  i  x     a
eixo de posicionamento
posicionamento.. o  Z      n
c  e n    e
t  r  a 
l      d
  r
O mesmo eixo C  também
  também pode ser capaz de girar   o
  o
   C
em rotações programadas com lentas taxas de Eixo “C ” com
avanço, o que possibilita as operações de fresagem movimento rotativo
em seguida, assumindo que um cabeçote de fre- Figura 1-7 Um fuso do torno capaz de posicionar-se    1
  o
   l
sagem foi adicionado. Esse eixo é conhecido como em uma localização exata seria denominado um eixo   u
   t
   í
um eixo de avanço. Para facilitar a operação de fre- “C ”,
”, de acordo com as normas EIA.   p
  a
  c

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Cabeçote de fresagem articulado AB

Rotação
do eixo B

 o A
 o d o e i x
 ç ã
 R o t a
 Z  Y 

 X 
 A

Figura 1-9 Uma fresadora de cinco eixos apresenta


Figura 1-8 Tornos multitarefa apresentam fresas dois movimentos articulados – A e B.
acionadas em sua torre de ferramentas, chamadas
muitas vezes de ferramentas ativas.

como uma fresadora CNC pode empregar um eixo


de rotação programável: girando a peça ou pela ro-
tação do cabeçote de corte (ou uma combinação
dos dois).

  o
Cabeçotes de fresagem articulados Estas
   d máquinas estão equipadas com um cabeçote no
  a
  z
   i
  r eixo, que pode girar em um ou dois planos duran-
  o
   d
  a
   t te um corte ( A ou  A  B). A articulação promove
  u
  p uma rotação semelhante ao cabeçote da fresadora
  m
  o Bridgeport, mas, permite o avanço seguindo um
   C
  o
  c
arco (Fig. 1-9). Figura 1-10 Esta turbina de alta velocidade está
   i
  r
   é Cabeçote de usinagem de cinco eixos Máqui- sendo usinada por um eixo  A/B com cabeçote de
  m
  u nas com essa capacidade são conhecidas como fresagem que inclina.
   N
  o
   d
fresadoras de cinco eixos com eixos  X , Y  e  Z  e  A
  n
  a e B (Fig. 1-10).
  m
  o Agora é a sua vez
   C
  m
Movimento de rotação positivo Questões importantes sobre partes cur-
  o ou negativo – Regra de orientação
  c vas: A peça mostrada na Figura 1-11 deve ter
  m
  e
  g
(polegar) o perfil usinado por uma fresagem concor-
  a
  n
   i Para definir a direção em que o movimento de ro- dante (da direita para a esquerda na página).
  s
   U tação deve ocorrer, no sentido horário ou anti-ho- Para tornar essa superfície curva, um cabeçote
   à  A/B  articulado deve seguir o percurso, mu-
  o rário, usamos um sinal de positivo ou de negativo
   ã
  ç na coordenada. Tente você mesmo. Use a regra do dando a curvatura à medida que a fresadora
  u
   d se move sobre os eixos  X  e Y . Use a regra do
  o
  r polegar para resolver as questões a seguir sobre o
   t
  n
   I corte de uma superfície curvada. polegar (Fig. 1-12) para determinar a direção

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em que o cabeçote tem que girar nas direções   c. O eixo B  começa com uma inclinação de
 A e B positivas ou negativas. zero grau. No final do corte, sua rotação é
positiva ou negativa? (Ver o lado esquerdo
da figura.) As respostas estão na página 9.
Fresagem de uma superfície curva inclinada

 o  X
  E  i  x
E  i xo
  
Y    Regra do polegar – Valor de entrada no eixo de
rotação Para identificar se a direção do eixo de
rotação é positiva ou negativa (no sentido horário
ou anti-horário), use a regra do polegar (Fig. 1-12).
Em primeiro lugar, identifique o sentido positivo do
eixo central em torno do qual a rotação ocorre (  X,
Y ou  Z). Então, posicionando o polegar da sua
mão direita ao longo dessa direção positiva, os de-
dos se curvam no sentido positivo do eixo rotativo. O
5° Corte por baixo a 15°
movimento de rotação negativo seria contra os seus
Figura 1-11 Para realizar a fresagem concor- dedos.
dante, esta peça requer articulação nos eixos
 A e B. Em que direção eles estão (positiva ou Rotação de peça e indexação
negativa)? Use a regra do polegar para resolver. A segunda maneira pela qual um centro de usina-
gem ou uma fresadora CNC pode conseguir um eixo
rotativo ou de indexação é movendo a peça, e não o
cabeçote de corte. Isso pode ser feito com um aces-
sório programável do eixo  A (método mais comum),
como se mostra na parte direita da Figura 1-13, ou
um eixo embutido no meio da mesa. Existem tam-
bém várias outras maneiras de indexar a peça de
maneira programável e versões de acessórios que
permitem a rotação da peça.
Indexação da peça Uma maneira muito eficien-   o
   t
  n
te para indexar peças é uma mesa de paletização   e
  m
   i
de quatro faces (Fig. 1-14). Aqui, as peças são co-   v
  o
  m
  e
Eixos rotativos CNC   s
  o
Figura 1-12 A regra do polegar  ajuda a identi-   x
   i
  e
ficar o sinal do valor no eixo rotativo (senso de  ,
  s
  a
direção).    d
  a
  n
  e
   d
  r
  o
 a. Antes do corte, o eixo  A está rotacionado   o
   C
na direção positiva ou negativa em rela-
ção à vertical? (Isso é mostrado na parte Eixo X 
   1
direita da Fig. 1-11.)   o
Figura 1-13 Eixos rotativos programáveis podem    l
  u
b. De que maneira  A se movimenta durante    t
   í
ser adicionados aos acessórios ou integrados a partes   p
o corte?   a
da máquina.   c

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Figura 1-14 Equipamentos de fixação com pallets para a produção giram a peça para criar um acesso seguro
e eficiente a mais de um lado da peça de trabalho.

locadas aos quatro lados de uma resistente torre


vertical de fixação de trabalho. Cada lado pode Ponto-chave:
  o Para fins de programa, a acessórios com rotação
   d ser indexado e bloqueado na direção do fuso. Por
  a de peça e a alguns acessórios de indexação deve
  z
   i exemplo, a peça recebe todos os cortes de fresa-
  r
  o ser atribuída uma letra de identificação no eixo.
   d
  a
gem de face em uma só estação, e, em seguida,
   t Quando isso é feito, a identificação segue a regra
  u
  p
a mesa de paletização é indexada para que fresa-
do polegar, com base na regra da mão direita.
  m
  o
gens periféricas e laterais sejam feitas na segunda
   C face. A furação e o mandrilamento são feitos na
  o
  c
   i
  r terceira etapa. Três lados da peça podem ser usi-
   é
  m
  u
nados em uma preparação. Outra vantagem desse Os eixos lineares secundários
tipo de sistema de fixação e posicionamento das
   N
  o U , V  e W 
   d
  n
ferramentas é que as peças podem ser trocadas
  a
de forma segura, no quarto lado, do lado oposto O dispositivo de furação para torno na Figura 1-7
  m
  o ilustra outro sistema de eixos. Máquinas CNC rece-
   C ao eixo, enquanto acontece a usinagem. A terceira
  m vantagem é que as torres inteiras podem ser pre- bem, ocasionalmente, eixos em linha reta secundá-
  o
  c rios para adicionar guias de ferramentas auxiliares
definidas com os dispositivos de fixação corretos
  m
  e quando “preparadas” (configuradas para um novo ou mangotes para mandrilamento e outras funções
  g
  a de usinagem, de acordo com a sua capacidade.
  n
   i trabalho), o que torna apenas alguns minutos para
  s
   U remover um pallet e substituí-lo por um segundo,
   à Regra do eixo linear secundário
  o completamente pronto para usar com as peças
   ã
  ç
  u pré-carregadas! Esse é um bom exemplo de como Para identificar os eixos lineares secundários, de-
   d termine os eixos lineares primários paralelos ( X , Y
  o
  r remover os cavacos constantemente de forma lu-
   t
  n
   I crativa! Veremos mais no Capítulo 2. ou Z ). Se o eixo secundário é paralelo a

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 X , é o eixo U 
Y , é o eixo V 
Revisão da unidade 1-1
 Z , é o eixo W 
Revise os termos-chave
Articulação
Por exemplo, a pequena fresadora vertical mostra-
Ação do tipo punho que se move em arco, mas
da na Figura 1-15 tem o seu mangote programável
não em um círculo completo. Cabeçotes de
designado como o eixo  Z , portanto, o consolo que
fresadoras possuem articulação.
também se move verticalmente torna-se o eixo
“W ”, de acordo como EIA267-B. Fresadora de cinco eixos
Máquina vertical ou horizontal com um cabeço-
Agora é a sua vez te que se articula nos eixos  A e B.

Respostas do eixo curvo Orientação global


A relação do sistema de uma máquina definida
 a. O programa começa com o eixo A inclina-
considerando-se o chão e o operador.
do a 15º (positivo).
 b. Em seguida, começa a rotação do cabeço- Planos discretos
te na direção negativa de  A. Um dos três planos originais definidos pelos
eixos que se encontram sobre ele: XY , YZ  ou
  c. O eixo B termina com uma rotação negativa.
 XZ .
Não entendeu? Lembre-se: o polegar aponta
para o lado positivo do eixo central – oposto a Regra da mão direita
cada aresta X  e Y  da peça. Utilizada para determinar as letras de identifi-
cação dos eixos dentro de um sistema de eixos
ortogonais.
Regra da orientação (polegar)
Eixo linear auxiliar Utilizada para determinar o valor de sinal de
eixos rotativos.
Sistema de eixos ortogonais
Três eixos que se orientam a 90° um do outro.
Eixo  Z 
Reveja os pontos-chave
• Para mudar de um plano discreto para ou-   o
   t
  n
Mangote tro, uma palavra de código deve ser inserida   e
  m
   i
no programa.   v
  o
• Os eixos de rotação são identificados pelo   m
  e
seu eixo central.   s
  o
Consolo   x
   i
programável Responda   e
 ,
  s
  a
1. Em uma folha de papel, utilizando a    d
  a
regra da mão direita, complete o siste-   n
  e
Eixo W     d
ma de eixos ortogonais no desenho da   r
  o
  o
Figura 1-16.    C

2. Qual eixo linear principal é paralelo ao


Figura 1-15 O consolo programável da fresadora eixo do fuso principal? Qual eixo é central    1
seria chamado de eixo W , uma vez que ele se move para um movimento de eixo B?   o
   l
  u
   t
paralelamente ao eixo Z .    í
  p
  a
  c

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3. Identifique os eixos de rotação na fresa- 4. Um torno CNC multitarefa capaz de cortar
dora de cinco eixos da Figura 1-17 e em os dois lados da peça apresenta duas torres
que direção eles estão se movendo (posi- de ferramentas programáveis. Cada uma
tiva ou negativa). delas pode deslocar-se individualmente
em duas direções. Identifique os eixos que
faltam nesta máquina e o valor do sinal
(positivo ou negativo) (Fig. 1-18).

Torre dupla do torno

  Z
 

Fresa
vertical Torno

Figura 1-16 Identifique o sistema de eixos


utilizando a regra da mão direita.

  o
Figura 1-18 Identifique o eixo primário e os
   d dois eixos auxiliares deste torno.
  a
  z
   i
  r
  o
   d
  a
   t
  u 5. Os eixos principais correspondem um ao
  p
  m outro. Preencha esta tabela.
  o
   C
  o
 Z 
  c
   i Eixo linear primário Y 
  r
   é
  m Eixo linear secundário U 
  u
   N
  o Eixo rotativo primário C 
   d
  n
  a
  m  X    6. Esta fresadora de cinco eixos na Figu-
  o
   C
ra 1-19 está girando com o cabeçote de
 
Y   
  m
  o corte na direção indicada. Esse é um mo-
  c
  m
  e
vimento de eixo  A ou B positivo ou nega-
  g
  a tivo, de acordo com a regra do polegar?
  n
   i
  s 7. Complete o sistema de eixos ortogonais
   U Figura 1-17 Identifique os dois movimentos
   à rotativos neste cabeçote de fresagem articula- para a fresadora CNC horizontal na Figura
  o
   ã dor de cinco eixos. 1-20.
  ç
  u
   d
  o
  r
   t
  n
   I

10

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Resolva usando a regra do polegar Unidade 1-2

Sistemas de coordenadas e
pontos
O cartógrafo espanhol Cartes utilizou uma grade
de linhas que se cruzam em 90° para a identifica-
ção de qualquer ponto sobre os seus mapas geo-
gráficos. Quatro séculos depois, ainda estamos as
usando em mapas de rua. Muito além da sua inten-
  X
  o
ção, matemáticos e mecânicos as adaptaram para
   i  x
   E a programação e as chamaram de coordenadas
cartesianas, o que nos ajuda a tornar a usinagem
CNC possível. Duas coordenadas cartesianas ( X  e
Y ) identificam pontos bidimensionais no plano. Ao
Figura 1-19 Este é um movimento dos eixos  A
adicionar uma terceira ( X , Y  e  Z ), é possível identi-
e B positivo ou negativo?
ficar qualquer ponto em três dimensões, chamado
de espaço tridimensional . Elas também são chama-
Nomeie estes eixos
dos de coordenadas retangulares.
O ponto identificado pode ser usado como refe-
rência, como, por exemplo, o centro de um círculo.
Também pode ser utilizado como um local no qual
um furo vai ser brocado ou para definir um deter-
minado ponto sobre uma superfície da peça. Ou
uma coordenada pode ser o alvo de uma instrução
de movimento, de tal modo que a ferramenta se
dirige a ele a um determinado avanço.
Coordenadas cartesianas não atendem a todas as   o
   t
identificações de pontos necessárias. Às vezes, a in-   n
  e
formação chega até nós em um desenho de enge-   m
   i
  v
  o
nharia que não está em  X , Y  e  Z . Como um foguete   m
deixando a Terra, às vezes, pensamos em pontos de   e
  s
identificação em termos de quão longe ele já via-   o
  x
   i
  e
 jou desde a origem (raio  R) e em qual ângulo ( A).  ,
  s
Essas são conhecidas como coordenadas polares.   a
   d
  a
Por exemplo, um círculo de furos é muito mais fácil   n
  e
   d
de definir usando coordenadas polares do que  X    r
  o
  o
por localizações Y .    C

   1
Figura 1-20 Complete o sistema de eixos para   o
   l
  u
   t
esta fresadora horizontal.    í
  p
  a
  c

11

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Padrão (condição CNC)
Ponto-chave: Valor ou modo esperado ou predefinido.
Em desenhos de CAD e programação CNC ma-
Ponto zero do programa ou ponto zero peça (PZP)
nual ou por software CAM, nós usamos principal-
Origem principal para o programa e a geometria da
mente coordenadas retangulares, mas, de vez
peça. Escolhido pelo programador, o PZP é coordena-
em quando, é possível mudar para coordenadas
do pelo operador durante a preparação. Ele pode ser
polares. Estas podem economizar muitos cálcu-
colocado em qualquer lugar dentro do envelope em
los quando as dimensões do desenho são apre-
máquinas modernas.
sentadas em função do raio e do ângulo em vez
de das distâncias retangulares das referências. Quadrante
Um dos quatro possíveis segmentos com 90° situa-
dos sobre uma superfície plana, criados pela interse-
A Unidade 1-2 é sobre três tipos de coordenadas ção dos dois eixos que definem o plano. Os valores
utilizadas em CNC, bem como sobre a nossa forma absolutos das coordenadas dependem do quadrante
de atribuir valores a elas para determinar a direção. no qual se encontra um ponto.
Referência da máquina (RM)
Termos-chave: Posição que nunca muda, utilizada para instalação se-
Coordenadas absolutas gura, reajuste da precisão e para fins de configuração.
Valores com base na origem do sistema de eixos – o Referência flutuante completa
PZP. Capacidade de posicionar o PZP em qualquer lugar
Coordenadas cartesianas dentro do envelope da peça (e, às vezes, ainda além
Conjunto de coordenadas retangulares que se refere em situações especiais).
aos pontos dos eixos de referência. Referenciamento (a máquina CNC)
Coordenadas da máquina Conduzir a máquina a uma posição fixa (referência da
  o Conjunto de coordenadas que sempre se referem à máquina – [RM]).
   d
  a
  z
   i RM, e não ao PZP. Valor incremental (valor relativo)
  r
  o Coordenadas com base em uma entrada anterior.
   d Coordenadas polares
  a
   t
  u Identificação do ponto usando deslocamento radial e Valores ponto a ponto. Às vezes, chamado de coor-
  p
  m angular da origem. denadas relativas, porque cada entrada é baseada na
  o
   C última.
  o Coordenação (eixos CNC)
  c
   i
  r Mover fisicamente a ferramenta para uma posição
   é
  m conhecida em relação à geometria da peça e, em
Coordenadas absolutas e
  u
   N seguida, configurar o registro do eixo para represen- incrementais
  o
   d tar essa posição.
  n Há duas maneiras diferentes de usar as coorde-
  a
  m Entidade nadas cartesianas e polares. Como vamos usá-las
  o
   C Linha reta ou arco curvo com um ponto com coorde- dependerá de a coordenada se referir à origem
  m
  o
  c
nadas de início e fim. (o que é mais comum) ou levar a sua referência a
  m Entrada nula partir do ponto anterior, chamado de coordena-
  e
  g das incrementais. A Figura 1-21 mostra exemplos
  a
  n
Modo de comando, ou de coordenadas, que foi
   i de dois tipos diferentes de dimensionamento.
  s definido anteriormente e pode ser opcionalmente
   U
   à omitido da instrução do programa. Note que, no mundo real, eles não seriam mistu-
  o rados como no exemplo do desenho por causa do
   ã
  ç Espaço tridimensional
  u conflito entre as tolerâncias.
   d Envelope de trabalho tridimensional definido por X , Y 
  o
  r
   t e Z  ou por coordenadas esféricas ou polares.
  n
   I

12

Fitzpatrick3_01.indd 12 03/05/13 15:56


Dimensionamento incremental mentais, muitas vezes,
economiza cálculos e
Conversa de chão de
0,75
0,75
tempo durante as pre-
fábrica
0,75 0,75
parações e a edição de Inventada nos Estados
programas. Unidos, a tecnologia CNC
está liderando nossa área
Coordenadas de atuação, mas está longe
de ser um assunto novo!
absolutas Mecânicos têm usado formas
de programação rígidas
Agora, vamos desen-
B em máquinas comandadas
volver uma capacidade numericamente desde 1950.
0,75 A de trabalho por meio Os mecânicos mais antigos
1,50
de coordenadas. Va- estão na frente dos demais
2,25
mos começar com as que surgiram na estrada da
3,00
mais utilizadas: as coor- informação, mas nós fazemos
Dimensionamento absoluto mais do que transferir dados,
denadas retangulares nós geramos cavacos e
Figura 1-21 Exemplos de dimensionamentos abso- absolutas. fazemos peças complexas
luto e incremental (também chamado de relativo). de helicópteros e aviões
Referenciadas à com nossos programas e
origem – Ponto computadores. Contudo,
Ponto-chave: mesmo antes da usinagem,
 zero do programa outras indústrias usavam
Normalmente, o projetista usaria um tipo ou
Todas as coordenadas cartões perfurados para
outro de dimensionamento – absoluto ou in- controlar teares na fabricação
cremental. absolutas referem-se
de tecidos perfeitos com
a um ponto de partida padrões complexos. A
único – a origem local. automação programada já
No trabalho CNC, ele tem seu lugar na manufatura
Definições há mais de 50 anos.
é chamado de ponto
Coordenadas absolutas zero do programa ou
simplesmente ponto zero peça (PZP), a origem
Uma coordenada absoluta é aquela em que cada
da grade. O PZP é o ponto de referência principal
entrada representa a distância do ponto a partir da   o
   t
no qual o programa e a preparação são baseados.   n
origem:  X   0, Y   0 e  Z   0. Usamos com mais   e
Selecionar a localização PZP relativa às caracterís-   m
   i
frequência a identificação do ponto absoluto nos   v
  o
ticas geométricas da peça está entre as primeiras
trabalhos com CNC porque desenhos geralmente   m
decisões importantes de planejamento.   e
referem suas características às origens do desenho   s
  o
  x
   i
(referências A e B, por exemplo). Elas são mais po-   e
 ,
pulares porque os valores absolutos se tornaram Ponto-chave:   s
  a
   d
convencionais para programas gerados com CAM. Seja o desenho GDT (dimensionamento por to-   a
  n
lerâncias geométricas) ou não, o PZP deve ser   e
   d
  r
Coordenadas incrementais baseado nas prioridades geométricas.   o
  o
   C
Elas se referem a um conjunto de coordenadas em
que cada entrada representa a distância do ponto
identificado a partir do ponto anterior. Esses pontos Definição do PZP na máquina    1
  o
   l
podem ser imaginados como saltos a partir da loca- Quando a máquina é preparada, o PZP deve estar lo-   u
   t
   í
lização atual para a próxima. Usar os valores incre- calizado na mesma posição sobre a peça física que foi   p
  a
  c

13

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selecionada para o programa. Essa é uma tarefa de
configuração importante tanto em fresadoras como Ponto-chave:
em tornos. Vamos usar um exemplo com fresadora. A ferramenta apenas tocando a superfície de tra-
balho é a maneira mais simples para ilus trar a po-
A ação é semelhante a definir alguma coisa (Fig. sição zero Z . Isso funciona bem para programas
1-22) a ser furada em uma fresadora manual. Em que usam apenas uma ferramenta de corte. Mais
primeiro lugar, a morsa está indicando verdadeiro tarde, vamos aprender que a origem Z   em uma
em relação ao eixo da máquina e aparafusada no configuração com várias ferramentas de corte
lugar. Não importa onde a morsa está localizada pode estar na referência da máquina ou em qual-
sobre a mesa, porque o PZP pode ser fixado em quer outra altura fora da peça, a fim de permitir
qualquer posição dentro do envelope de trabalho ferramentas de comprimentos diferentes.
em equipamentos modernos. Isso é conhecido
como referência flutuante completa.
Com a coordenada PZP, todos os movimentos ab-
Quando o operador define o PZP relativo à peça,
solutos dos eixos da máquina referem-se a esse
morsa, placa ou no dispositivo de fixação, a ação
ponto. Em uma peça da fresadora, o PZP geral-
é chamada de coordenação da máquina. O eixo-
mente é colocado em um canto, como na Fig. 1-22,
-árvore situa-se acima de um dos cantos da peça
enquanto, em uma peça do torno do PZP, é muitas
de trabalho neste exemplo. A próxima ação é de-
vezes colocado na ponta externa e central.
finir o mostrador digital e/ou anéis graduados
para ler zero nessa posição na fresadora manual. O PZP, em circunstâncias especiais, pode ser colo-
Em CNC ocorre o mesmo, os registros do comando cado fora do envelope de trabalho. Primeiro, o fuso
são definidos para  X 0.0 e Y 0.0. Em seguida, depois ou a ferramenta é posicionado sobre a peça. Mas,
de coordenar os eixos  X  e Y , a ferramenta de corte desta vez, os eixos não estão ajustados na origem;
poderia ser tocada no topo da peça e definir seu em vez disso, a sua posição em relação ao PZP é
  o registro como Z  0,0000, assumindo que é onde o escrita nos registradores da máquina. Nem todos
   d
  a PZP do eixo  Z  foi escolhido para o programa (uma os controladores permitirão essa ação. No entanto,
  z
   i
  r isso é possível, uma vez que a máquina refere co-
  o prática comum).
   d
  a
   t ordenadas, mas não necessita mover o eixo-árvore
  u
  p ou a ferramenta de corte até ele.
  m
  o PZP coordenada
   C Por uma convenção em engenharia, o PZP é re-
  o
  c
   i Posição absoluta registrada presentado como um círculo de alvo, como na
  r
   é como zero Figura 1-23.
  m
  u
   N
  o X 00.000
   d Pos
  n Y 00.000
  a Abs
Z 00.000 1,54
  m
  o
   C
  m B  A
  o
  c
Segundo Primeiro quadrante 1,13
  m
  e CL Sym
  g
  a
  n
   i Terceiro Quarto
  s
   U Ferramenta tocando o topo no
   à C D
  o canto de referência da peça
   ã
  ç
  u Figura 1-22 Coordenar o PZP para a peça física
   d CL Sym
  o
  r requer ajuste dos registros do eixo para zero quando
   t
  n
   I a ferramenta está na posição PZP. Figura 1-23 Valores absolutos nos quatro quadrantes.

14

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Valor absoluto nos quatro Ponto-chave:
quadrantes Este conceito pode ser estendido para um es-
Dependendo de paço tridimensional ( XYZ ), criando um univer-
Conversa de chão qual lado do PZP so de oito possíveis locais (octantes). A Figura
de fábrica uma coordenada 1-24 mostra uma posição absoluta para a broca
está, o seu valor coordenada. Seus valores de  X  e Y  são positivos,
Dependendo do costume mas o Z  é negativo.
local, você também pode será positivo ou
ouvir o PZP ser referido como negativo. Usando
origem do programa, ponto o plano  XY para
de referência do programa,
o exemplo, a in-
Quadrantes do torno
 zero do programa ou zero
terseção dos dois Durante a programação de trabalho para o torno, a
 XYZ . Independentemente
de como você chamá-lo, eixos cria quatro peça é vista no plano  XZ  – de cima. O PZP é geral-
lembre-se de que é o ponto possíveis zonas mente colocado no eixo de extremidade exterior
a partir do qual todas as denominadas qua- – face da peça (mas nem sempre). Se ele estiver
coordenadas absolutas drantes. Eles são localizado nesse local fácil de coordenar, toda a
foram originadas ou a que se
numerados a partir trajetória a ser usinada está dentro do segundo
referem.
do canto superior quadrante, fazendo todos os valores de  Z   negati-
direito no sentido anti-horário (Fig. 1-23). Cada vos, mas todos os valores de  X   positivos, como se
ordenada ( X  ou Y ) combina-se para compor uma vê na Figura 1-25.
coordenada e cada uma tem um valor positivo ou Na Figura 1-25, as coordenadas para o ponto A são
negativo.
 A  X1.0000, Z0.0000
Quais são as coordenadas para os pontos B, C  e D?
Ponto-chave:
Um pouco diferente das instruções matemáticas, Resposta
para coordenadas CNC, colocamos o sinal de ne- B  X1.000, Z–2.7500
gativo () após a letra para indicar um valor ne-
C  X1.8750, Z–2.7500
gativo. Nós não usamos o sinal de positivo ().
Nenhum sinal indica valor positivo. D  X1.8750, Z–4.0000

 X  – é negativo  X  é positivo   o


   t
  n
  e
  m
   i
  v
  o
Cada valor de X  e Y  é um valor único em função do   m
  e
quadrante em que está localizado. Tal como mos-   s
  o
trado na Figura 1-23, o ponto B está no segundo   x
   i
  e
quadrante, então, as suas coordenadas são  ,
  s
  a
   d
B  X–1.5400, Y1.1300   a
  n
Símbolo PZP   e
Na Figura 1-23, quais são as coordenadas absolutas    d
  r
  o
  o
para os pontos C  e D? Pos
X 02.250    C
Y 01.000
Resposta Abs
Z–01.000
C  X–1.5400, Y–1.1300    1
Figura 1-24  X  e Y  são valores absolutos positivos,   o
   l
  u
   t
D  X1.5400, Y–1.1300 mas Z  é negativo.    í
  p
  a
  c

15

Fitzpatrick3_01.indd 15 03/05/13 15:56


se situam na peça sobre a linha do eixo ou no
primeiro quadrante e, portanto, todos os valores
são positivos. Essa é uma manipulação de dados
apenas. A prioridade do referencial de projeto é
um fator primordial para a colocação PZP.

4,000  1,875 Pontos para geometria e/ou


2,750
referência
D C 
 A Coordenar pontos recai em duas categorias de
B
como eles irão ser utilizados no programa. Alguns
 1,000
pontos podem ter dupla função. Na Figura 1-22, o
PZP também estava na peça como um ponto de
Figura 1-25 Os quadrantes para os eixos X  e Z  em geometria a ser usinada.
um trabalho no torno.
Pontos de geometria
Programação em diâmetro Pontos de geometria são aqueles que você preten-
de usar para posição ou movimento – um local a ser
Uma segunda convenção do torno está ilustrada
usinado. Eles estão no final de um corte ou em uma
na Figura 1-25. Em quase todos os programas para
posição central para um furo ou, ainda, em um pon-
torno, as coordenadas do eixo  X   são baseadas no
to intermediário sobre uma superfície (Fig. 1-26).
diâmetro.
Identificação da geometria dos pontos A geo-
  o metria do ponto ocorre na junção entre duas entida-
   d
  a
  z
   i
Ponto-chave: des quaisquer (Fig. 1-27). Uma entidade é um termo
  r
  o Para a programação do torno, os valores de X  são familiar para aqueles com formação em CAD. Elas são
   d
  a
   t convencionalmente escritos como diâmetros.
  u linhas individuais retas ou arcos. Cada uma tem uma
  p
  m coordenada do ponto do início e do ponto final.
  o
   C
  o Em alguns comandos e software CAM, é possível Um arco também deve ter um ponto de referên-
  c
   i
  r programar com valores de raio, mas apenas de- cia do centro. Onde duas entidades quaisquer se
   é
  m pois de especificar o valor do raio na coordenada  juntarem, tornarem-se tangentes, formarem in-
  u
   N
  o  X ;  X    diâmetro é uma condição padrão para a
   d
  n maioria dos centros de torneamento. (Padrão, aqui,
  a
  m significa valor ou condição predeterminado.) Pontos de
  o geometria Ponto de referência
   C
  m
para o raio
  o
  c
  m
Dica da área
  e Seleção do PZP para valor do quadrante
  g
  a
  n
   i Quando conveniente para o trabalho na fresa-
  s
   U dora, tente girar a peça bruta, como na Figura
   à
  o 1-22, de tal forma que a localização selecionada PZP Geometria dos pontos
   ã
  ç do PZP esteja no canto esquerdo mais baixo em a serem furados
  u
   d relação à peça. Quando é colocado dessa manei-
  o
  r Figura 1-26 Pontos de geometria ocorrem em locais
   t
  n
   I
ra, todos os valores das coordenadas absolutas importantes.

16

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Pontos de tangência mesa. A condução da máquina à RM é chamada
Interseção de referenciamento.

Trata-se de uma localização útil usada principal-


Vista superior mente para as funções de preparação e coorde-
nação de precisão de máquinas mais antigas que
não possuem a capacidade de manter a sua posi-
Dois pontos ção quando estão desligadas. Deixaremos a RM de
Ponto de empilhados
interseção na interseção lado até olharmos as responsabilidades do opera-
dor nos Capítulos 3 e 4.
Figura 1-27 Os pontos podem ser coaxiais (empi-
lhados em cima uns dos outros ao longo de um eixo Pontos de referência locais Ao escrever um
principal). programa, é possível mudar o PZP para um local
com  ponto zero de referência local temporário (PRL),
terseção ou se cruzarem, há também um ponto de que fica a uma distância conhecida a partir do
geometria único a ambos. PZP. Uma vez que as características são usinadas
em relação ao PRL, ele é cancelado, e o referencial
Pontos de referência retorna novamente ao PZP. Referências locais são
utilizadas por alguns motivos:
Além do PZP, existem dois outros tipos de pontos
de referência utilizados em CNC. Um, que não é 1. Um motivo possível é que uma característica
normalmente utilizado para a execução do pro- geométrica, ou grupo de características, este-
grama, é a referência da máquina (RM). A RM  ja referida a uma referência que não seja o PZP
não é um ponto flutuante, porém, fica em uma (Fig. 1-28). Muitos cálculos seriam necessários
posição fixa e exata (repetível) dentro do envelo- para escrever o valor absoluto das coordena-
pe da máquina, normalmente com todos os eixos das para cada corte que se refere ao PZP de
totalmente removidos para longe da placa ou da cada coordenada. Porém, criar um ponto de

Referencial
43,0 local (3)

  o
   t
  n
19,5   e
  m
   i
9,6   v
  o
  m
10,4   e
26,7   s
 4,75   o
A   x
   i
B  0,25 broca   e
 ,
  s
  a
2,5  8    d
  a
  n
  e
   d
  r
  o
Detalhe  2 tamanho   o
   C

Painel de Adequado para a utilização


instrumentos de referências locais    1
  o
   l
  u
   t
Figura 1-28 A matemática necessária para escrever as coordenadas para as características deste painel de    í
  p
  a
instrumentos pode ser simplificada usando uma referência local temporária para cada padrão de corte.   c

17

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referência local no centro e, então, referir-se a
ele para esse grupo poupa tempo de progra- de deslocamento é lido, a máquina começa a agir
mação e cálculos ao escrever o programa sem sobre a localização de referência armazenada na
o CAM. página de deslocamento de ponto zero. Muitas
oficinas carregam G53 com todos os zeros, sendo
2. Um PRL também pode ser utilizado para re- essa uma maneira fácil de voltar para a (ou se re-
petir um programa inteiro, ou uma parte de ferir à) máquina. O G53 depois cancela qualquer
um programa, em outro local dentro do en- deslocamento de ponto zero. Assim, para a sub-
velope de trabalho. A repetição pode ser, em -rotina com duas morsas, a lógica possível seria
uma parte, como recortes de instrumento, ou G54  morsa 1, G55  morsa 2. Aprenderemos
 

poderíamos usinar duas peças iguais em duas mais sobre deslocamentos de ponto zero no Ca-
morsas. A segunda parte poderia utilizar uma pítulo 6 deste livro.
referência local, a uma determinada distância
a partir da primeira (Fig. 1-29). PRL a uma distância
3. Nós também usamos PRL em peças muito conhecida a partir PZP
grandes, como longarinas de asas, por exem-
plo, nas quais o PZP principal pode estar a
PZP
centenas de pés de distância. Um ponto tem-
porário pode ser estabelecido, o que é muito
mais conveniente para o trabalho de prepara-
ção. O barramento da fresa pórtico na Figura
1-30 é de 200’ de comprimento.
Figura 1-29 Um PRL pode ser usado para exe-
cutar o mesmo programa em duas morsas.
Dica da área
  o
   d No trabalho CNC, há quase sempre mais de uma
  a
  z
   i maneira de fazer um trabalho usando códigos.
  r
  o
   d Sub-rotinas que contenham todos os comandos
  a
   t
  u para um corte do instrumento podem ser usadas
  p
  m para simplificar o programa do painel de instru-
  o
   C mentos. Tal seria escrito usando coordenadas in-
  o
  c
   i crementais (a seguir). Então, só precisamos mo-
  r
   é ver para o local central para iniciar a sub-rotina.
  m
  u Vamos aprender sobre sub-rotinas em coman-
   N
  o dos lógicos no Capítulo 7 deste livro.
   d
  n Outro método de gravação de duas fixações de
  a
  m morsa, na Figura 1-29, é chamado de desloca-
  o
   C
mento de ponto zero. A maioria dos comandos
  m
  o consegue se lembrar de vários PZP dentro do
  c
  m envelope de trabalho. Dada a instrução correta,
  e
  g os registradores podem mudar de PZP1 para
  a
  n
   i
  s PZP2, e assim por diante. A maioria dos controles
   U
   à armazena de 6 a 10 PZP locais, com referência à Figura 1-30 Uma referência da máquina e o
  o referência da máquina. Os códigos usados são
   ã PZP podem ter 20 pés de distância (à esquerda)
  ç
  u G53, G54, G55, G56, e assim por diante, depen- ou 200 pés nesta gigante fresa de pórtico de 3
   d
  o
  r dendo do fabricante. Uma vez qu e o novo código
   t fusos e 5 eixos.
  n
   I

18

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Coordenadas incrementais Ponto-chave:
As coordenadas cartesianas incrementais repre- Usando coordenadas incrementais
sentam um método útil para identificar um ponto. Não existe diferença na exatidão usando valores
Elas podem ser chamadas de coordenadas relati- incrementais ou absolutos, visto que o comando
vas, porque cada movimento da ferramenta está executa o programa internamente, sempre de
relacionado com a última posição da ferramenta forma absoluta. No entanto, quando entradas in-
ou do fuso. A coordenada é a distância a partir da devidas são feitas, os valores incrementais podem
posição atual para a próxima. Valores incremen- criar grandes problemas. Veremos exemplos a se-
tais são escolhidos por várias razões. Por exemplo, guir. Contanto que isso não viole as políticas da
quando: oficina, é possível alternar livremente entre valores
absolutos ou incrementais dentro do programa,
O desenho, ou uma parte dele, está dimensionado ou mesmo em uma única sentença de programa.
de forma incremental e o programa será escri- Contudo, o código correto de programação deve
to sem software CAM. Neste caso, utilizar va- ser inserido para que o comando saiba se os valo-
lores absolutos vai exigir muita matemática. res inseridos são absolutos ou incrementais. Fre-
Por outro lado, os valores incrementais estão quentemente usamos coordenadas incrementais
todos ali – sem fazer qualquer cálculo. em modo de edição, onde devemos introduzir um
Entradas no teclado  manual foram usadas, por movimento extra ou quando escrevemos uma pre-
exemplo. Um programa de ferramenta cur to, paração rápida ou um programa para geração de
escrito no comando para usinar castanhas ferramental diretamente do comando.
moles ou para mover um relógio compara-
dor com uma quantidade exata usando en-
tradas digitadas, seria simplificado usando Valores incrementais de movimento
entradas com coordenadas incrementais. O valor do eixo, positivo ou negativo, descreve a
Soluções incrementais  são necessárias. Quando direção em que o movimento da ferramenta deve
uma solução de um cálculo de programação ser feito a partir da posição atual para a próxima. O
produz um valor incremental. Em outras pa- centro da ilustração na Figura 1-31 não é necessa-
lavras, a solução para a próxima posição de riamente o PZP, mas deve ser visualizado como a
referência ou local cria a distância incremen-
tal. Para calcular a distância absoluta, seriam Y  1,0   o
   t
  n
necessários cálculos adicionais.   e
  m
   i
  v
Valores incrementais são necessários. Alguns co-   o
  m
mandos específicos devem estar em valores 2   e
  s
incrementais. Veremos comandos para gera-   o
  x
   i
ção de curvas nos quais o centro do círculo   e
 ,
1   s
deve ser identificado com coordenadas incre-   a
 X     d
  a
mentais.   n
3   e
   d
  r
Movimentos extras devem ser editados.  Um progra- 4 5   o
  o
ma escrito pode exigir uma edição. Muitas ve-    C
zes, é mais fácil deslocar em movimentos in-
crementais para corrigir alguma coisa em um    1
programa escrito em valores absolutos.   o
   l
  u
   t
Figura 1-31 Identifique estes pontos de forma    í
  p
  a
incremental, em sequência.   c

19

Fitzpatrick3_01.indd 19 03/05/13 15:56


presente localização da ferramenta. Por exemplo, alertar o comando se as unidades que estão sendo
nessa posição, as coordenadas  X 10.0 Y 1.0 levam a introduzidas são métricas ou imperiais. Apesar de
ferramenta para a posição 1. Ambos são movimen- não ser uma boa prática, as duas unidades podem
tos positivos. No entanto, um  X –10.0 Y –1.0 levaria ser misturadas no programa. Isso só acontece se
à direção oposta. um desenho maluco as misturar!
Como você sabe, um milímetro é 25,4 vezes menor
Agora é a sua vez do que uma polegada. Assim, as coordenadas são
Questão de pensamento crítico Partindo geralmente escritas com três casas decimais; por
do ponto 1, determine as coordenadas incre- exemplo, X 3.750.
mentais para mover do ponto 1 para o ponto
2 e, em seguida, para os pontos 3, 4 e 5 na se-
quência. Atente à escala de uma polegada no Ponto-chave:
desenho. Há um código para coordenadas com valores mé-
tricos e um para dizer ao comando que o progra-
RESPOSTA ma está em unidades imperiais (polegadas). Ele
pode, por exemplo, ser G20  Imperial e G21
 

Ao ponto Incrementais Coordenadas


métrica, ou G70  Imperial e G71  Métrica.
 

2  X –1.600 Y 1.000
3  X –0.600 Y –1.400
4  X 1.200 Y –0.600 G21 X 2.000
5  X 1.400 Y 0.000 Essa linha define coordenadas em sistema métrico
e que a entrada é de 2 mm.
G20 X 2.0000
Ponto-chave:
  o Note que o ponto 5 de coordenadas X 1.400, Y 0.000 Essa linha diz ao comando para retornar a valores
   d
  a
  z pode ser resumido para  X 1.400 sem entrada Y , já imperiais e que a entrada é de 2 polegadas.
   i
  r
  o que não há movimento do eixo Y   do ponto 4 ao Comandos modernos permitem flexibilidade com-
   d
  a
   t ponto 5. Isso é chamado de entrada nula. Coorde- pleta de unidades e valores. A maioria pode aceitar
  u
  p nadas nulas podem ser deixadas de fora ou não.
  m valores absolutos ou incrementais e nos sistemas
  o
   C métrico ou imperial com facilidade, desde que
  o
  c
   i acompanhados pelos códigos corretos. Mais uma
  r
   é vez, apesar de isso ser uma má ideia, as unidades
  m Dica da área
  u e os valores (G90  absoluto ou G91  incremen-
   N Uma boa maneira de visualizar coordenadas in-
  o crementais é pensar na posição atual como um tal) podem ser alterados dentro do programa ou
   d
  n
  a mini-PZP, “só naquele momento”. Isso significa até mesmo dentro de um único comando, sem
  m
  o que os valores das coordenadas (positivo ou ne- perda de precisão. Atrás da tela de vídeo, os con-
   C
  m gativo) do próximo ponto seguirão o princípio troles modernos mantêm o controle da posição da
  o
  c quadrante, mas usando a posição atual como ferramenta de forma absoluta, utilizando valores
  m referência, não a origem absoluta. métricos, desconsiderando os valores do programa
  e
  g
  a e o que você vê na tela. A mudança de unidades e
  n
   i
  s valores só muda a maneira de ver os dados.
   U
   à Coordenadas métricas
  o
   ã
  ç Coordenadas no sistema métrico são tão simples Quais coordenadas estão corretas? 
  u
   d como as entradas em polegadas. Mas, também Esse não será um problema se você estiver progra-
  o
  r
   t
  n
   I aqui, o código correto deve ser fornecido para mando com o software CAM. O software irá conver-

20

Fitzpatrick3_01.indd 20 03/05/13 15:56


ter as dimensões no desenho CAD em distâncias
Facilmente modificado pela adição
equivalentes em quaisquer unidades e valores que
de dois blocos que se estendem, se o
você tenha selecionado para o programa de saída programa é escrito em valores incrementais
(quase sempre valores absolutos). No entanto,
quando estiver programando com entrada de da- -1
1,97 Adicionar comando
dos digitados, como em um PC ou no teclado do
extra ao programa
comando, o bom programador seleciona a iden-
tificação de coordenadas que exige o mínimo de -2 G91  0,400
cálculo e, portanto, proporciona menor chance de 2,37
Para estender esta linha
erro. Cálculos, às vezes, são inevitáveis na progra-
mação, mas, quando um grande número de contas
-3
está surgindo baseado na conversão de localização
de pontos em valores absolutos ou incrementais, 2,77
ou cartesianos para polares (estudaremos a seguir) Figura 1-32 Usando coordenadas incremen-
ou vice-versa, converta as unidades e os valores tais, o programa traço 1 pode ser facilmente
para evitar os cálculos de conversão. editado para a usinar o traço –2.

Ponto-chave:
Um dos três tipos de coordenadas é usado para Política de coordenadas
identificar a maioria dos pontos no desenho: Para fins de uniformidade, muitas oficinas têm uma
cartesiano incremental, cartesiano absoluto ou política específica sobre a seleção de coordenadas
polar. que restringe os valores a um único tipo.

Convenções em comandos de
Dica da área
programa
As coordenadas incrementais podem ser úteis Eliminação de nulos (coordenadas
quando várias peças de tamanho ou forma se- absolutas repetidas)
melhantes são programadas (Fig. 1-32). Usando
Embora seja correto representar cada ponto de
um programa principal, a alteração pode ser   o
   t
geometria ou de referência em um programa com   n
inserida quando necessário. Por exemplo, os   e
coordenadas X  e Z  ou X , Y  e Z  completas, nem toda   m
três puxadores podem ser feitos a partir de um    i
  v
único programa com dois movimentos  X  adicio- coordenada precisa conter todos os dados de en-   o
  m
nais acrescentados para ajustar o comprimento trada para ser completa.   e
  s
da peça e usinar com as versões traço 1, 2 ou 3.   o
  x
Isso não funcionaria usando coordenadas abso-
Regra do nulo absoluto    i
  e
 ,
  s
lutas, porque a sequência seguinte retornaria à Se um determinado valor de coordenada absoluta   a
   d
foi inserido em uma instrução de comando ante-   a
forma original. Por exemplo, adicionando alguns   n
  e
movimentos incrementais de 0,400 polegadas, o rior, então, a entrada da ordenada do eixo pode    d
  r
  o
traço 1 é alterado para a peça traço 2. ser ignorada. Chamada de entradas nulas, a parte   o
   C
duplicada pode ser deixada de lado por conveniên-
cia e para criar programas mais curtos.
   1
  o
   l
  u
   t
   í
  p
  a
  c

21

Fitzpatrick3_01.indd 21 03/05/13 15:56


Por exemplo, compare os dois conjuntos de coor-
há uma chance de seu trabalho exigir alguma
denadas mostrados a seguir, nos quais a fresa inicia
depuração, e nulos ajudam nessa tarefa. Have-
1,0 acima do PZP ( X 0.0, Y 0.0, Z 1.0). Em seguida, ela
rá outros momentos em que você irá escolher
é posicionada em coordenadas de absolutas para
deixá-los no programa também. Por exemplo,
tocar na peça. Na etapa seguinte, ela se posiciona
quando estiver programando curvas (Capítulo 6
lateralmente em X  para o ponto  A e, depois, muda
deste livro), ocorrerão nulos nos pontos de geo -
as posições Y  e  Z   para o ponto B. Relacione as co-
metria e de referência; assim, eles são deixados
ordenadas completas ao conjunto abreviado que para uma boa manutenção de registros de seus
se segue no qual os valores nulos são omitidos. As cálculos.
ações da máquina permanecem as mesmas.
Coordenadas completas
Do início ao PZP  X 0.0 Y 0.0 Z 0.0 Os procedimentos e convenções a seguir se apli-
Ao ponto A X 2.5 Y 0.0 Z 0.0 cam ao uso de ambas as coordenadas absolutas e
Ao ponto B X 2.5 Y –2.0 Z –1.0 incrementais. Os comandos CNC de hoje são flexí-
Entradas nulas removidas veis em suas exigências de dados de entrada, tanto
Z 0.0 para a ordem de entrada quanto para a colocação
X 2.5 decimal, mas nem sempre foi assim. Também há
Y –2.0 Z –1.0 alguns comandos nos quais a ordem de entrada é
rigidamente definida, não importando a geração
de comando.
Ponto-chave:
Eliminação do valor nulo Ordem de entrada
Se o registro de posição (leitura de tela) para um Comandos modernos podem ser programados
movimento de eixo em particular não for mudar em qualquer ordem  XYZ . A coordenada  X 1.0,
  o de uma entrada para outra, então, essa parte da
   d Y 2.0 e Z 3.0 poderia ser escrita Y 2.0, X 1.0, Z 3.0 ou,
  a
  z
   i coordenada ( X , Y  ou Z ) pode ser omitida na coor-
  r ainda, Z 3.0, X 1.0, Y 2.0. A maioria dos comandos
  o
   d denada seguinte. Isso funciona dessa forma para
  a
   t não requer ordem nos dados, desde que eles
  u as coordenadas absolutas e incrementais.
  p estejam completos dentro de uma instrução. No
  m
  o entanto, ordenar em ordem alfabética é o mais
   C
  o comum.
  c
   i
  r
   é
  m Dica da área  Zeros antes e depois
  u
   N Anular ou não anular Quando estiver escreven-
  o
do um programa sem assistência do CAM, deixar
Em comandos modernos, as entradas de números
   d
  n
  a os nulos de fora funciona especialmente bem decimais só precisam ter o seu ponto decimal no
  m lugar certo e os algarismos significativos correta-
  o para a programação incremental. Uma vez que
   C
cada nova instrução de comando é a quantidade mente arranjados. Por exemplo,  X .37 e  X 0.37000
  m
  o são ambas aceitáveis. No entanto, há três razões
  c e a direção do movimento seguinte, remover os
  m
  e nulos encurta programas longos, pois cria me- para que as entradas do programa sejam ordena-
  g
  a nos dados enviados para armazenamento per- das convencionalmente. O programa é, muitas ve-
  n
   i
  s manente. Isso se torna importante para formas zes, mais fácil de editar. Compare estas:
   U
   à 3D complexas. Em alguns casos, é uma questão Desestruturada
  o
   ã
  ç
de escolha.  X 1.37 Y 1
  u Porém, há momentos em que é melhor dei-
   d  X .256
  o
  r
   t xar os nulos no programa. Como um novato,
  n
   I
 X .037 Y 1.125 Z .5

22

Fitzpatrick3_01.indd 22 03/05/13 15:56


 Z –0.2500
 X .037 Z –.05 Revisão da Unidade 1-2
Estruturada Revise os termos-chave
 X 1.3700 Y 1.0000 Coordenadas absolutas
 X 0.2560 Valores com base na origem do sistema de eixos
 X .03750 Y 1.1250  Z 0.5000 – o PZP.
Z –0.2500 Coordenadas cartesianas
 X 0.037  Z –0.0500 Conjunto de coordenadas retangulares que se
Ambos os conjuntos de coordenadas transmitem refere aos pontos dos eixos de referência.
os mesmos dados. No entanto, no segundo con- Coordenadas da máquina
 junto, as colunas são alinhadas e os números são Conjunto de coordenadas que sempre se refe-
escritos com algarismos decimais até a resolução rem à RM, e não ao PZP.
da máquina. Todos os zeros não são necessários,
Coordenadas polares
mas definir de maneira uniforme facilita a verifica-
Identificação do ponto usando deslocamento
ção. Ordenar o programa é uma questão de esco- radial e angular da origem.
lha e da política da oficina.
Coordenação (eixos CNC)
Mover fisicamente a ferramenta para uma posi-
Ponto-chave: ção conhecida em relação à geometria da peça
Quando lhe é atribuído um novo comando para e, em seguida, configurar o registro do eixo para
operar, descubra quais são as convenções ne- representar essa posição.
cessárias para a entrada de dados. Controladores
Entidade
mais antigos muitas vezes requerem um formato
Linha reta ou arco curvo com um ponto com
fixo com ordem rígida.
coordenadas de início e fim.
Entrada nula
Quando números inteiros são Modo de comando, ou de coordenadas, que foi
obrigatórios definido anteriormente e pode ser opcional-
mente omitido da instrução do programa.
Algumas entradas devem ser inseridas como núme-
ros inteiros sem um ponto decimal. Por exemplo, Espaço tridimensional
  o
   t
Envelope de trabalho tridimensional definido   n
Os números de linha nunca têm um ponto   e
por X , Y  e Z  ou por coordenadas esféricas ou   m
   i
decimal polares.   v
  o
N001 não pode ser N001.0   m
Padrão (condição CNC)   e
Números de ferramentas   s
  o
Valor ou modo esperado ou predefinido.   x
   i
T10 não pode ser T10.0   e
Ponto zero do programa ou ponto zero peça  ,
Mas podem ser T0010 se o controle tiver   s
  a
(PZP)    d
muitas definições de ferramenta.   a
  n
Número de passagens para completar uma Origem principal para o programa e a geometria   e
   d
  r
forma da peça. Escolhido pelo programador, o PZP é   o
  o
P12 não pode ser P12.0 coordenado pelo operador durante a prepara-    C
ção. Ele pode ser colocado em qualquer lugar
Essas situações serão aprendidas em uma base de dentro do envelope em máquinas modernas.
   1
comando a comando. Leia o manual do comando.   o
   l
  u
   t
   í
  p
  a
  c

23

Fitzpatrick3_01.indd 23 03/05/13 15:56


Quadrante • Cada plano primário tem quatro quadrantes
Um dos quatro possíveis segmentos com 90° que determinam o sinal das coordenadas
situados sobre uma superfície plana, criados absolutas.
pela interseção dos dois eixos que definem o • Valores nulos podem ou não ser omitidos
plano. Os valores absolutos das coordenadas por escolha do programador.
dependem do quadrante no qual se encontra
• Equipamentos modernos CNC oferecem
um ponto.
flexibilidade em determinadas entradas de
Referência da máquina (RM) dados que podem ser utilizadas conforme a
Posição que nunca muda, utilizada para insta- escolha do operador.
lação segura, reajuste da precisão e para fins de
• Não há diferença na exatidão usando valo-
configuração.
res absolutos, incrementais ou sistema mé-
Referência flutuante completa trico ou imperial, pois o comando acompa-
Capacidade para posicionar o PZP em qualquer nha o progresso internamente e sempre de
lugar dentro do envelope da peça (e, às vezes, forma absoluta.
ainda além em situações especiais). • Podemos alternar livremente entre absoluto
Referenciamento (a máquina CNC) e incremental, entretanto, a instrução corre-
Conduzir a máquina a uma posição fixa (referên- ta deve ser dada ao comando, de modo que
cia da máquina – [RM]). ele saiba qual está sendo utilizado.
Valor incremental (valor relativo) • Muitas vezes, usamos coordenadas incre-
Coordenadas com base em uma entrada ante- mentais para edição onde devemos inserir
rior. Valores ponto a ponto. Às vezes, chamado um movimento extra ou para escrever uma
de coordenadas relativas, porque cada entrada é preparação rápida ou programas de ferra-
baseada na última. mentas no comando da máquina.
  o
   d
  a
  z
Reveja os pontos-chave Responda
   i
  r
  o • Coordenadas absolutas se referem sempre à Resolva quaisquer mal-entendidos ou peça
   d
  a
   t
  u
distância X , Y  e Z  do PZP. ajuda para respostas que estejam incorretas
  p
  m • Coordenadas incrementais identificam a ou pouco claras. Não vá além desta unidade
  o
   C distância e a direção para o próximo ponto sem a compreensão de 100% do conteúdo.
  o
  c
   i usando o ponto presente como referência.
  r
   é
Coordenadas absolutas
  m • Pontos de coordenada são usados tanto para
  u
a geometria como para a referência, e, às ve-
1. Coordenadas cujos valores se referem ao
   N
  o
zes, um ponto pode ser usado para ambas.
PZP são conhecidas como coordenadas
   d
  n retangulares absolutas. Essa afirmação é
  a
  m
• O PZP é escolhido a partir da referência base
  o verdadeira ou falsa? Caso seja falsa, qual
   C dada no desenho.
seria a afirmação verdadeira?
  m O PZP também existe no envelope físico
  o •
  c 2. Nomeie em ordem de importância as duas
  m
da máquina, e defini-lo é uma tarefa de
  e diretrizes básicas para a seleção do PZP.
  g preparação.
  a 3. Desenhe um esboço do símbolo de PZP
  n
   i
  s • Se a máquina lê  X 0.0, Y 0.0 e  Z 0.0 e a ferra-
   U sobre uma folha de papel. Qual parte
   à
menta está posicionada no PZP, ela está co-
  o
deve ser escolhida para a peça fresada
   ã ordenada.
  ç mostrada na Figura 1-33?
  u
   d
  o
  r
   t
  n
   I

24

Fitzpatrick3_01.indd 24 03/05/13 15:56


2,83 no torno simétrico. O eixo  Z   é horizontal
2,29 na página, e o eixo  X  é vertical.
1,47 7. Em uma folha de papel para gráficos em
1,00 polegadas, desenhe um gráfico seme-
C  D lhante ao mostrado na Figura 1-35 e, em
1,43
seguida, trace esses pontos e classifique-
R0,50 E  F 
 A
0,89 -os em ordem. Então, ligue os pontos
B  J  G 0,52 1,00

para chegar a uma forma familiar. Todas

as linhas serão retas. Algumas podem ser
diagonais na página.
Figura 1-33 Perguntas e problema sobre
fresagem. Y 
Pontos Coordenadas absolutas
 A  X 2.00 Y 0.83
B  X 0.83 Y 2.00
4. Esboce o local correto do PZP para o tra- C   X 0.83 Y 2.00
D  X -2.00 Y 0.83
 X 
balho no torno na Figura 1-34. Nota do E   X -2.00 Y -0.83
F   X -0.83 Y -2.00
aluno: Muitas vezes, apenas metade do G  X 0.83 Y -2.00
perfil é mostrado na peça torneada. H   X 2.00 Y -0.83

Figura 1-35 Use uma folha de papel para gráfi-


2,68 co para criar uma grade de programa como esta.
E  D 1,32
1,06 Questões de pensamento crítico
1,63 C 
B  A
1,26 ,88 8. Este problema (Fig. 1-36) ilustra a grande
CL
diferença entre as coordenadas absolutas e
  Eixo  X 
incrementais. Vamos executar o problema
 Z  uma segunda vez, apenas para as coorde-
nadas incrementais. O sistema  XY  de coor-
Figura 1-34 Perguntas e problemas sobre
denadas absolutas para fresagem na Figura
torneamento.
1-36 tem um erro intencional que não pro-
  o
   t
duz a forma mostrada. Utilizando uma folha   n
5.  Escreva um conjunto de coordenadas   e
de papel para gráficos em polegadas (0,1   m
   i
 XY  absolutas  para os pontos indicados pol. ou 0,2 pol. de grade), passe-as para o   v
  o
na Questão 3 (Fig. 1-33). Registre-os na   m
papel e conecte-as em sequência usando   e
sequência mostrada e, em seguida, ve- uma cor contrastante para ver o que acon-   s
  o
  x
   i
rifique suas respostas com os valores tece. Salve o seu desenho.   e
 ,
fornecidos. Note que os valores de  Z  não   s
  a
   d
são necessários para este exercício, mas   a
  n
seriam necessário em um programa. Ponto-chave:   e
   d
  r
Para enriquecer este exercício, plote os pon-   o
6. Escreva um conjunto de coordenadas ab-   o
tos em um software simulador de CNC ou    C
solutas para o perfil torneado da Questão
usando parte da criação de geometria de um
4 (Fig. 1-34). Note que, normalmente, me-
sistema CAD/CAM.    1
tade da peça é mostrada para o trabalho
  o
   l
  u
   t
   í
  p
  a
  c

25

Fitzpatrick3_01.indd 25 03/05/13 15:56


4,00 0,82 0,55
3,40
1,47
2,40
C  D 0,55
1,76
B
 A B F  0,37
D  A
C  1,43 G 0,52
B E 
F  0,50 I 
0,52 0,89
0,50 H 
G
A
Pontos Coordenadas absolutas Figura 1-37 Escreva um conjunto de coordena-
 A  X 0.00 Y 1.43 das incrementais para esta peça.
B  X 1.76 Y 1.43
C   X 1.76 Y 0.89
D  X 2.40 Y 0.52
E   X 2.40 Y 0.52
F   X 3.40 Y 0.52
H   X 4.00 Y 0.00
PZP  X 0.00 Y 0.00

Figura 1-36 Plote esses pontos para ver o


que o erro faz à forma. Salve seu desenho para
mm
análise posterior.

9. Encontre os valores nulos no conjunto de


coordenadas da Questão 5. Copie a pági-
na e, então, use um marcador de texto ou
circule aqueles que podem ser removidos
do programa. Figura 1-38 Sua grade plotada não precisa ser
  o Problemas em coordenadas incrementais em qualquer escala especial ou tamanho real.
   d
  a Escolha uma escala que preencha a página com
  z
   i
  r 10. Escreva um conjunto de coordenadas in-
  o
   d
as dimensões da peça.
  a crementais para o formato mostrado na
   t
  u Figura 1-37. Note que a escala do desenho
  p
  m não precisa ser em tamanho real. Assuma Número de
  o
   C sequência (Bloco) Coordenadas
  o que a ferramenta está posicionada no PZP
  c
   i
  r (canto inferior esquerdo) e prossiga para
   é N005  Z –5.0 (toca o papel para
  m o ponto  A, em seguida, em torno da peça formar a linha)
  u
   N em sentido horário. Feche o formato do
  o N010 Y 10.0
   d ponto I   ao ponto  A. Nenhum movimento
  n N015  X –5.0 Y 10.0
  a
  m no eixo Z  é necessário para este exercício. N020  Z 5.0
  o
   C 11. Trace, em sequência, as seguintes coor- N025  X 10.0
  m
  o denadas incrementais com um lápis. Es- N030  X –5.0
  c
  m colha uma escala no gráfico semelhante N035  X –5.0 Y –10.0 (forma uma
  e
  g
  a
à mostrada na Figura 1-38. O programa linha diagonal)
  n
   i
  s começa com a ferramenta (lápis, nes- N040  Z 5.0
   U te caso) 5 mm acima do papel no PZP. A N045  X 20.0 Y 10.0 (diagonal)
   à
  o ferramenta toca o papel para gerar uma N050  Z –5.0
   ã
  ç
  u
   d
linha quando  Z  está em 5,0 mm. As entra- N055  X –10.0
  o
  r das nulas foram removidas. N060 Y –10.0
   t
  n
   I

26

Fitzpatrick3_01.indd 26 03/05/13 15:56


13. O conjunto de coordenadas incrementais
N065  X 2.5
 XY  na Figura 1-39 possui um erro que não
N070  X –2.5 (retraça a linha anterior)
produz o perfil mostrado – mais uma vez.
N075 Y –10.0
Inicie do PZP. Plote e conecte as coorde-
N080  X 10.0
nadas na sequência usando uma cor con-
N085  Z 5.0
trastante, para fazer o mesmo problema
N090  X 10.0
em coordenadas absolutas. O que ocorre
N095  Z –5.0
com o perfil? Resolver este quebra-cabe-
N100  X 10.0
ça irá lhe mostrar uma grande diferença
N105 Y 10.0
entre os dois tipos de coordenadas quan-
N110  X –10.0
do um erro é cometido.
N115 Y 10.0
N120  X 10.0
N125 FIM 0,60

0,64 1,00

Questões de pensamento crítico  A


1,76 B

D 0,55
12. Depois de verificar sua compreensão sobre
C  F  0,37
a Questão 11, retorne e modifique apenas B
E  0,52
as cinco primeiras linhas, inserido as entra-
G
das nulas que foram omitidas. Note que
este é um importante ponto de pensamen- A
to de autoaprendizado. Leia as respostas Ponto Coordenadas incrementais
 A Y 1.44 (Soma 0,52  0,37  0,55)
com cuidado.
B  X 1.76
C  Y -0.55
D  X 0.64 Y .0.37
E  Y -0.37
F   X 1.00
Y 0.60 Y -0.52
Dica da área G
PZP  X -4.0
No conjunto de coordenadas da Questão 11, fo-
ram adicionados números de sequência ou de Figura 1-39 Mais uma vez, o erro do progra-
  o
   t
bloco. Eles são uma ferramenta organizacional ma não produz a forma mostrada. Analise a   n
diferença entre os erros de forma absoluta e   e
que você deve incluir na maioria dos programas.   m
   i
No entanto, em muitos casos, eles são opcionais. incremental.   v
  o
Numerar os cinco afastados entre si deixa espaço   m
  e
para uma edição futura.   s
  o
  x
   i
Números de bloco, às vezes, são exigidos quan-   e
do certas ferramentas de lógica de programação, Unidade 1-3  ,
  s
  a
chamadas de loops, sub-rotinas e ciclos fixos, são    d
  a
  n
usados. Essas declarações preenchem ou pulam   e
   d
o programa para frente, para trás ou para fora da Movimentos da   r
  o
  o
sequência normal. Isso é chamado de lógica de máquina CNC    C
ramificação , a qual vamos estudar mais tarde.
Sempre que estiver preparando, operando ou
Nesses casos, números de bloco se tornam en-    1
dereços necessários para o salto e/ou retorno programando uma máquina CNC, os vários tipos   o
   l
de movimento que essas máquinas são capazes   u
   t
de volta para a sequência normal do programa    í
  p
seguindo a execução dos comandos ramificados. de realizar devem ser compreendidos. Observare-   a
  c

27

Fitzpatrick3_01.indd 27 03/05/13 15:56


mos as máquinas CNC desde a mais simples até as produzir. Usado como um movimento de posiciona-
mais complexas. Entender os movimentos CNC e mento visando a uma maior eficiência.
as formas de peças que eles produzem melhorará Padrão (valores ou condições)
seus conhecimentos para escrever e ditar instru- Valor de retorno ao qual a máquina irá se referenciar
ções em programas e realizar as operações. quando as entradas excederem os limites de eixo ou
Por segurança, é importante saber como sua má- de controlador.
quina CNC responderá aos vários tipos de instru-
ções de movimento. Podem existir diferenças, Movimento dos eixos
dependendo da idade e da velocidade do pro- Existem quatro formas de movimentar uma ferra-
cessador. Comandos mais antigos com menos ca- menta em tornos e fresadoras.
pacidade de processamento se movem de forma
diferente em alguns casos ou quando acionados  Movimento rápido
por computadores atualizados de alta velocida- O movimento rápido, geralmente chamado de
de. Quando for necessário, essas diferenças serão  posicionamento rápido,  é a velocidade máxima
apontadas, então, o operador experiente deve de- que a máquina pode produzir. O posicionamento
terminar qual versão de movimento seu comando rápido é uma movimentação eficiente de reposi-
deve produzir. cionamento para outros cortes ou para a troca de
ferramentas ou de peças. A faixa comum de velo-
Termos-chave: cidades varia de uma velocidade lenta de 100 pol.
Comando 2D por minuto (ppm), em máquinas para treinamento,
Comando capaz de usinar um círculo usando dois a impressionantes 1.000 ppm, ou mais, em equi-
eixos ao mesmo tempo. pamentos industriais. O posicionamento rápido é
uma velocidade de uma única entrada – nenhu-
Comando 2½D ma velocidade é especificada. Caso a velocidade
  o
   d
  a
Comando capaz de produzir interpolações circulares comprometa a segurança, o operador da máquina
  z
   i em qualquer um dos dois eixos enquanto realiza
  r pode reduzi-la.
  o
   d
  a
interpolação linear no terceiro eixo.
   t
  u
  p Comando 3D
  m
  o Realiza interpolação circular em três eixos na velo- Ponto-chave:
   C O movimento rápido pode ser ajustado manual-
  o
  c
cidade de avanço especificada. Não se limita a três
   i
  r mente abaixo da velocidade máxima utilizando
   é planos por arcos.
  m a função de sobrepassagem de movimento rápido
  u Distância de recuo (R)
   N (Fig. 1-40). O posicionamento rápido não pode
  o Posição de segurança à qual a ferramenta é posicio- ser ajustado para acima do nível de 100% (as
   d
  n nada com uma velocidade de posicionamento rápida
  a velocidades de avanço, por sua vez, podem ser
  m ou recuada da peça antes do posicionamento rápido.
  o ajustadas acima do nível de 100%).
   C
  m
  o
Interpolação circular
  c
Usinagem de um arco em dois ou mais eixos na
  m O operador opta por sobrepor a velocidade de po-
  e velocidade de avanço especificada.
  g
  a
  n
sicionamento durante uma nova programação de
   i Interpolação linear
  s testes a fim de fornecer intervalos de tempo entre
   U
   à
Usinagem em um ou mais eixos em linha reta na os movimento para monitorar a segurança da fer-
  o velocidade de avanço especificada.
   ã ramenta. Alguns comandos utilizam teclados nú-
  ç
  u
   d Movimento rápido (posicionamento rápido) mericos para sobrepassagem em vez de um botão,
  o
  r
   t A velocidade axial máxima que uma máquina pode como mostrado na Figura 1-40.
  n
   I

28

Fitzpatrick3_01.indd 28 03/05/13 15:56


O movimento rápido estará a 50% Movimento rápido linear versus não linear O
trajeto que uma máquina CNC realiza durante a
% de sobrepassagem de movimento rápido
execução de movimento rápido se divide em duas
50
versões, dependendo da velocidade do micropro-
25 75 cessador do comando (Fig. 1-41). É importante co-
nhecer o trajeto que sua máquina segue. Máquinas
mais antigas seguem um deslocamento angulado.
0 100 Se esse trajeto estranho passa despercebido pelo
programa, a ferramenta pode colidir com a peça ou
com os dispositivos de fixação.

Figura 1-40 Um típico controle de sobrepassagem Ponto-chave:


pode reduzir o movimento rápido abaixo da veloci- Todas as máquinas mais recentes com proces-
dade máxima. sadores de 16 bits ou mais produzem um movi-
mento fielmente linear.

Altura de posicionamento rápido ou distân-


cia de aproximação No planejamento de um
Na ilustração, dois comandos reposicionam a fer-
programa, deve-se determinar a menor dist ância
ramenta de  A  para B  com o movimento rápido.
em movimento rápido em direção à peça. A ve-
Observe a diferença entre o traçado da CPU lenta e
locidade da ferramenta deve ser retardada para
o traçado sólido da nova CPU. A CPU lenta não con-
a velocidade de avanço nessa determinada dis-
segue processar dados de forma rápida o suficien-
tância entre a peça e a ferramenta. A distância de
te para controlar os dois motores para produzirem
segurança deve levar em conta grampos, morsas,
um trajeto reto da posição  A até B.
mordentes e outros dispositivos de fixação. Por Quando é dada uma instrução de movimento rá-
ser um programador iniciante, interrompa o mo- pido, o comando mais antigo rotaciona ambos os
vimento rápido da ferramenta de corte quando eixos dos motores de acionamento na sua veloci-
ela estiver a 12 mm ou 1/2 pol. da superfície da
peça. Para programações industriais, essa distân-
Trajeto do eixo  X  apenas   o
cia é grande, porém segura. Posteriormente, ela    t
para completar o comando   n
  e
será modificada quando você tiver mais confiança Máxima movimentação do eixos  X  e Y    m
   i
  v
em seus programas. até que o eixo Y esteja posicionado   o
  m
A altura de posicionamento de segurança acima   e
   r   s
  e  a   o
da peça/ferramental é chamada, em fresadoras, de     l   i   n   x
   i
  o   e
distância de retração ou recuo (abreviada para    n   ã B  ,
  o
   t  d o   s
  a  e
   j   á   i
 p   a
R), onde a ferramenta deve recuar várias vezes e,     T   r  o r  r
 a  m  e n  t  e  l  i n e a    d
  a
 n   t
 n   n
em seguida, deve passar por cima da superfície da   i c  i o  m e   e
  P o s  a d e  i r a    d
 d   r
peça, como no exemplo de furação de uma série  A   v e r   o
  o
de furos. Em tornos, ela também pode ser chama- Movimentação coordenada dos    C
da de  ponto de partida  em certos comandos nos eixos X  e Y  em linha reta até atingir B
quais a ferramenta deve ser recuada para um local Figura 1-41 Comandos mais antigos não acom-    1
seguro de partida antes de se dar outro passo. O panham um trajeto em linha reta de ponto a ponto   o
   l
  u
   t
movimento de recuo, ou seja, de afastamento da em modo de movimentação rápida. É fundamental    í
  p
  a
peça, é normalmente feito com movimento rápido. conhecer o trajeto que seu comando irá tomar!   c

29

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dade máxima até que um dos eixos atinja seu des- ta, cada um deles deve rotacionar a uma subtaxa
tino, produzindo um ângulo de 45° de distância. acima da especificada. A combinação dessas ve-
Então, o outro eixo continua girando a toda veloci- locidades produz o movimento da ferramenta na
dade até atingir seu destino. velocidade especificada. Isso é conhecido como in-
O comando com CPUs mais velozes proporciona terpolação  (interpolação significa encontrar um va-
um controle da velocidade do motor tal que am- lor entre outros dois). Por exemplo, para interpolar
bos os eixos, X e Y , atinjam seus destinos ao mesmo linearmente uma linha reta com 20° indo de  A até
tempo – gerando uma linha reta entre  A e B. Esse B, o eixo Y   deve rotacionar a 36,3% da velocidade
movimento em linha totalmente reta requer maior do eixo  X  (a relação de tangência da inclinação da
velocidade de processamento. linha).
Se a velocidade de avanço programada for de
Interpolação linear – Movimentação 400 mm por minuto (mm/min), por exemplo, o
em linha reta com velocidade de eixo X deve girar a 375,87 mm/min, ao passo que
avanço o eixo Y  irá rotacionar 136,81 mm/min. A CPU con-
A movimentação linear ocorre em velocidades de
trola ambos os acionamentos de cada um dos eixo
avanço especificadas no programa. Girando, por
para chegar em tal resultado.
exemplo, os botões em um “traço mágico” ou ambas Suponha que as coordenadas absolutas de B sejam
as manivelas dos eixos X  e Y  em velocidades diferen-  X 2.5000, Y 0.8750. Portanto, a seguinte linha de ins-
tes em uma fresadora, você poderia quase produzir trução se moveria de A para B.
uma linha diagonal semelhante à linha mostrada na G21 G01 F400. X 2.5000 Y 0.8750
Figura 1-42. O resultado não seria tão suave nem tão G21  valores métricos
preciso. Além disso, obter a velocidade de avanço G01  interpolação linear
desejada seria um desafio impossível. F400.  velocidade de avanço  400 mm/min
  o Conforme a Figura 1-42, quando a máquina CNC
   d
  a
Novamente, não fique muito preso em memorizar
  z
   i
  r
é comandada para se movimentar em um trajeto os códigos ainda. Vamos nos concentrar neles mais
  o
   d com interpolação linear, um, dois, ou três eixos tarde.
  a
   t
  u devem se mover com velocidades coordenadas
  p Sobrepassagem da velocidade de avanço Si-
  m para que se atinja a destinação em linha reta com
  o milar ao movimento de posicionamento, os mo-
   C a velocidade de avanço especificada no programa.
  o vimentos de velocidade de avanço podem ser so-
  c
   i
  r
   é
No desenho, você pode observar que, quando brepassados pelo operador para afinar a ação de
  m mais de um eixo motor está acionando à ferramen-
  u corte. Contudo, há uma diferença entre o posicio-
   N
  o namento rápido e o controle de sobrepassgem de
   d
  n Interpolação linear avanço. O ajuste usual da variação da velocidade
  a
  m de avanço é de 0% até 150% da velocidade pro-
  o
   C  e
   
 l o   i d a d  i n B
 c gramada, a menos que a velocidade programada
  m   v e  / m
  o
  c  d u z e m  0 0 m m esteja perto ou já seja a velocidade máxima da
 r o  4
  m  a d a s p  n  t a d e Eixo Y  a máquina.
  e   i n  e
  g  c o m  b   f e r r a m 137,81 mm/min
  a  e s  d a
  n
   i  A ç õ   v a n ç o
  s  d e a
   U
   à
Eixo  X  movimenta-se Ponto-chave:
 A a 375,87 mm/min
  o Na maioria dos controles CNC, a velocidade de
   ã
  ç avanço pode ser aumentada até, no máximo,
  u Figura 1-42 A ação combinada das diferentes velo-
   d
  o
  r cidades de avanço dos eixos X  e Y  cria o trajeto linear 150% do valor programado.
   t
  n
   I com uma velocidade de avanço programada.

30

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Interpolação circular  mais elevada, o comando diminui a velocidade
ou restaura a velocidade padrão em movimentos
A interpolação circular é o próximo movimento
circulares. CPUs mais recentes de 32 bits (ou mais)
mais utilizado de uma CNC. Ela traça um círculo
não possuem esses limites até que taxas extremas
completo, ou uma parte (arco), na velocidade de
de avanço sejam atingidas.
avanço programada. Movimentos circulares forne-
cem um desafio adicional para o computador além O termo “padrão” será usado ao longo de todo o
da interpolação linear. Ao produzir um círculo com- texto sobre CNC. Ele tem como significado voltar
pleto, o comando deve mudar constantemente os ou restaurar os valores predefinidos dentro do co-
valores entre os motores de acionamento para mando. Um padrão (do inglês, “default”) também
cada incremento de arco. ocorre quando uma escolha precisa ser feita pelo
comando, porém uma outra informação não está
Cada eixo é interpolado abaixo da velocidade de
disponível.
avanço desejada, porém, as velocidades combina-
das deles geram a velocidade correta da ferramen-
ta. Tenha em mente que, além dos cálculos das
Combinações de eixo para
velocidades dos eixos motores, a CPU também está fresadoras
comparando os resultados de feedback  para man- Tornos CNCs podem executar movimentos de inter-
ter tudo em perfeito estado (Fig. 1-43). polação linear e circular apenas no plano  XZ , como
Taxas padrão Durante a interpolação circular,  já descrito. Essa abordagem é apenas para fresado-
devido à grande quantidade de cálculos por se- ras. Fresadoras de três-eixos são categorizadas pela
gundo, algumas CPUs antigas (mais lentas) devem capacidade de realizar movimentos circulares:
limitar as taxas de avanço para uma taxa padrão Movimento bidimensional
máxima. Esses comandos não conseguem produ- Movimento tridimensional
zir círculos na mesma velocidade que produzem li- Movimento de duas dimensões e meia
nhas retas. Por exemplo, um comando antigo con-
A diferença é significativa.
segue executar interpolações lineares a 200 ppm,
porém, devem diminuir para 140 ppm ao traçar  Movimento bidimensional 
arcos. Mesmo que o programa esteja a uma taxa
O nível mais baixo de comando 2D é restrito ao
movimento de dois eixos enquanto se produz um
Interpolação circular   o
círculo. Isso significa que os arcos estão apenas nos    t
  n
  e
B eixos primários  XY ,  XZ  ou YZ – um plano de cada   m
   i
vez (Fig. 1-44).   v
  o
  m
O programa deve conter o comando G17 para in-   e
  s
dicar a interpolação circular no plano XY , G18 para   o
  x
   i
gerar um círculo no plano XZ  e G19 para interpola-   e
 ,
  s
ção circular em YZ .   a
   d
  a
  n
  e
Diferentes movimentos  Movimento tridimensional     d
  r
 A   o
dos eixos  X  e Y  combinam-se   o
para mover a ferramenta na Uma fresadora 3D requer um processador mais rá-    C
velocidade de avanço especificada pido ou velocidades de avanço bem lentas. Ela deve
a cada incremento do arco interpolar e comandar três eixos simultaneamente
   1
Figura 1-43 Variando constantemente as velocida- para produzir os arcos. Movimentos da ferramenta   o
   l
  u
   t
des de X  e Y , pode-se produzir um círculo perfeito perfeitamente circulares envolvendo os eixos  X , Y  e    í
  p
 Z  com a velocidade de avanço programada são um   a
com a velocidade de avanço programada.   c

31

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Comandos bidimensionais 2½D (dois eixos circundam enquanto o terceiro
Apenas planos primários move-se lineamente) e produz uma espiral seme-
Plano XZ  lhante a uma rosca – sempre paralela a um eixo
primário (Fig. 1-46).
Plano YZ 
Plano XY 
Máquinas com comando 2½D  são capazes de
usinar o passe de espiral com rampa sobre o qual
discutimos anteriormente no processo de fresa-
gem.* Hoje, em muitos casos, não precisamos de
comando CNC para realizar interpolações de alto
nível, contanto que um sistema CAM capaz auxilie
nas instruções do programa (Fig. 1-47). O sistema
Figura 1-44 Um comando 2D pode produzir um
círculo em um único plano primário por vez.
Comando de 2,5 dimensões

grande desafio para o processador. Comandos 3D


não são comuns na indústria (Fig. 1-45).   x
   i   o   X
   E

Comandos de duas dimensões e meia


A maioria dos comandos de hoje está no meio-ter- Movimento linear
mo dos dois predecessores, gerando movimentos simultâneo no eixo  Z  Movimento circular
no plano  XY 
circulares em um dos planos primários  XY ,  XZ  ou E      
YZ  enquanto se move o terceiro eixo em linha reta.
i     
 x    
o    
Y      

Essa movimentação é chamada de deslocamento


Figura 1-46 A maioria dos comandos CNC consegue
  o produzir movimentos 2½D.
   d
  a Comando tridimensional
  z
   i
  r
  o Interpolação circular
   d
  a
   t Eixo Z  de três eixos
  u
  p
  m
  o
   C
  o
  c
   i
  r
   é
  m Eixo X 
  u
   N
  o
   d
  n
  a
  m
  o
   C
  m
  o
  c
  m
  e
  g
  a
  n
   i
  s
   U
   à Figura 1-47 A maioria dos comandos CNC é capaz
  o Eixo Y 
   ã de produzir movimentos 2½D.
  ç
  u Figura 1-45 Um comando 3D pode produzir um
   d
  o
  r arco usando três eixos simultaneamente. Isso signifi-
   t * Refere-se ao Capítulo 4 do livro FITZPATRICK, M. Introdução aos
  n
   I ca que arcos podem ser usinados em qualquer plano.  processos de usinagem. Porto Alegre: AMGH, 2013.

32

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CAM pode aproximar superfícies complexas usan- ou linhas retas e, em seguida, une-as, formando
do movimentos 2D ou 2½D. um contorno aproximado ao original.
O comprimento dessas linhas de aproximação é
definido por uma tolerância longe da forma ideal
Dica da área e por quão acentuada é a curvatura. Visto que a
Interpolação cônica Nem todas as curvas re- forma tridimensional gerada por CAM é uma sé-
gulares fazem parte de uma circunferência. As
rie de pequenas linhas ou arcos, o processamen-
curvas regulares mostradas na Figura 1-48 são
to de dados do programa torna-se lento, princi-
chamadas de seções cônicas. Quando um cone
palmente quando as superfícies são complexas.
é cortado em um ângulo diferente de 90° através
Softwares  avançados, tais como o Mastercam,
de seu eixo, primeiramente, uma seção transver-
nosso exemplo de programa CAM, pode repro-
sal elíptica é produzida, e, inclinando-se o corte
cessar o programa uma vez que já foi gerado
ainda mais, uma parábola e então uma hipérbo-
le são produzidas. Cada uma delas é uma curva para criar arcos mais eficientes e que se encaixem
com características levemente diferentes. Alguns melhor na forma determinada, mas ainda há uma
comandos conseguem interpolar tais curvas uti- grande quantidade de dados em relação ao ver-
lizando as mesmas normas de movimentação dadeiro processo 3D. Mesmo que a quantidade
2D e 3D já descritas. Você aprenderá sobre elas de dados seja grande, o processo CAM é o méto-
em algum trabalho com forma especial no qual do escolhido para formas complexas atualmente.
sejam aplicáveis. A usinagem de curvas cônicas O único problema que ele gera é o armazena-
está além do escopo do Capítulo 1, mas você mento de dados, o qual é facilmente administra-
deve ter conhecimento de sua existência. do. Indo para o nível microscópico da superfície,
a diferença entre uma forma gerada em 3D e uma
de aproximação em CAM é indistinguível. Além
Curvas de seção cônica
disso, usando CAM, uma máquina CNC torna-se
muito mais barata e menos complexa.

Hipérbole
Revisão da Unidade 1-3
Parábola
Revise os termos-chave
  o
   t
Comando 2D   n
  e
Comando capaz de usinar um círculo usando   m
   i
  v
dois eixos ao mesmo tempo.   o
Circunferência   m
Elipse Comando 2½D   e
  s
Comando capaz de produzir interpolações circu-   o
  x
   i
Figura 1-48 Alguns comandos avançados são   e
lares em qualquer um dos dois eixos enquanto  ,
capazes de executar interpolações cônicas.   s
  a
realiza interpolação linear no terceiro eixo.    d
  a
  n
Comando 3D   e
   d
  r
Realiza interpolação circular em três eixos na   o
Formas geradas com CAM   o
velocidade de avanço especificada. Não se limita    C
Devido ao fato de os comandos de máquinas se- a três planos por arcos.
rem limitados a movimentos lineares e ciculares, Distância de recuo (R)    1
software CAM não podem, simplesmente, gerar   o
   l
Posição de segurança à qual a ferramenta é   u
   t
   í
uma superfície irregular. Em vez disso, o software posicionada com uma velocidade de posicio-   p
  a
CAM desmembra a superfície em pequenos arcos   c

33

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namento rápida ou recuada da peça antes do dade de avanço para 600 mm por minuto.
posicionamento rápido. No entanto, durante a operação, observa-
Interpolação circular -se que a máquina está a uma velocidade
Usinagem de um arco em dois ou mais eixos na de 400 mm/min, abaixo da comandada.
velocidade de avanço especificada. Cite duas possíveis explicações.
Interpolação linear 3. Um hemisfério deve ser usinado no topo
Usinagem em um ou mais eixos em linha reta na de uma carcaça fundido de formato estra-
velocidade de avanço especificada. nho. A oficina possui um torno CNC e uma
fresadora CNC 2D. Descreva as formas
Movimento rápido (posicionamento rápido)
como esse processo pode ser usinado.
A velocidade axial máxima que uma máquina
pode produzir. Usado como um movimento de 4. O movimento mostrado na Figura 1-49
posicionamento visando a uma maior eficiência. é chamado de mergulho espiral em ram-
 pa ou de rampa em espiral. Ele é utiliza-
Padrão (valores ou condições)
do em fresagem com CNC para mergu-
Valor de retorno ao qual a máquina irá se refe-
renciar quando as entradas excederem os limites lhar em uma peça e iniciar a fresagem
de eixo ou de controlador. de um bolsão. Qual tipo de controle é
necessário para realizar tal movimento?
Reveja os pontos-chave Referindo-se às suas habilidades ma-
• O movimento rápido pode ser ajustado nuais com máquinas de fresagem, por
manualmente abaixo da velocidade máxi- que o movimento ilustrado seria supe-
ma utilizando a função sobrepassagem do rior ao de mergulho reto e ao de rampa
movimento rápido, a qual permite apenas a linear? Essa é uma questão de reflexão
redução de velocidade. crítica não contemplada diretamente
  o
   d • O posicionamento rápido não pode ser no texto.
  a
  z
   i
  r sobreposto acima do nível de 100% da
  o
   d máquina.
  a
   t Um mergulho espiral em rampa
  u CPUs atingas e lentas podem produzir um
  p •

  m tipo de deslocamento angulado, o qual de-


  o
   C
  o ve-se levar em conta na programação.
  c
   i
  r Velocidades de avanço podem ser aumen-
   é •

  m tadas acima da taxa programada até a velo-


  u
   N
  o
cidade máxima da máquina, normalmente
   d
  n 150% da velocidade programada. Vista superior
  a
  m
  o Responda
   C
  m
  o Questões de pensamento crítico
  c
  m 1. Quando uma oficina necessitaria de um
  e
  g comando de nível superior ao 2D para um
  a
  n
   i
  s torno? Vista lateral
   U
   à 2. Durante a interpolação circular, a veloci-
  o
   ã
  ç
dade de avanço é especificada pelo có-
  u digo G21 F600, ou seja, o programador
   d Figura 1-49 Qual tipo de controle CNC pode
  o
  r
   t
  n
definiu o sistema métrico (G21) e a veloci- produzir uma espiral em rampa, 2D, 2½D ou 3D?
   I

34

Fitzpatrick3_01.indd 34 03/05/13 15:56


Grade polar
5. Nomeie um tipo de fresadora CNC e uma
ação em que ela possa produzir uma ver- Ponto A = R1,75 A53,000
R 1,75
são suave do hemisfério da Questão 3.
6. Descreva as ações dos três níveis do co- 53,00°
mando de fresadoras: 2D, 2½D e 3D.
7. Duas limitações de controle descritas nes-
ta unidade são a velocidade de avanço Linha de referência
padrão e os tipos de interpolações circu- polar (LRP) zero
grau absoluto
lares. A que elas se devem?
8. Qual tipo de movimento da máquina pro- Figura 1-51 O ponto A pode ser definido usando
duz uma rampa em descida em um bol- seus deslocamentos radial e angular do PZP e da LRP.
são mostrado na Figura 1-50?
Termos-chave:
Coordenadas esféricas
Mergulho em rampa
não paralelo à peça Coordenadas no espaço 3D usando raio, ângulo e
ou ao eixo da máquina ângulo.
Linha de referência polar (LRP)
E i x  Uma linha que sobrepõe o PZP, indicando zero grau.
o  X 
o Y  Polares absolutas (coordenadas)
Ei x
Identificação de um ponto usando raio e ângulo
como coordenadas baseando-se no PZP.
Eixo Z 
Polares incrementais (coordenadas)
Figura 1-50 Qual nível de comando pode Identificação das coordenadas de um ponto basean-
produzir este mergulho em rampa? do-se em outro ponto polar, e não no PZP.

Coordenadas polares absolutas


Unidade 1-4 e incrementais
  o
   t
  n
Coordenada polar absoluta   e
  m
   i
Coordenadas polares Se a referência central é o ponto PZP de uma geo-   v
  o
  m
Além das coordenadas retangulares  X , Y  e  Z , um metria de peça e a linha de referência angular é   e
  s
único ponto também pode ser identificado usando horizontal (zero grau), então, a coordenada é uma   o
  x
   i
sua posição radial e angular em relação a uma re- coordenada de valor polar absoluto.   e
 ,
  s
  a
ferência fixa. O universo polar de duas dimensões Por exemplo, na Figura 1-52, o ponto  A é completa-    d
  a
é uma série de círculos concêntricos com uma li- mente identificado na superfície plana como:   n
  e
   d
  r
nha radial estendendo-se para fora, usada para a R7.16 A52.00   o
  o
referência angular. A distância de afastamento da    C
origem determina a ordenada radial, enquanto Essa coordenada identifica o ponto  A como úni-
o deslocamento angular da linha de referência co. Muitos (mas não todos) comandos CNC po-
   1
polar (LRP) completa o par de coordenadas. Co- dem atuar com ela como uma referência ou geo-   o
   l
metria, tão facilmente como se fosse um valor   u
   t
ordenadas polares são expressas como R, A (raio,    í
  p
ângulo) (Fig. 1-51). cartesiano.   a
  c

35

Fitzpatrick3_01.indd 35 03/05/13 15:56


Coordenadas incrementais

R2.38 A-142.00

 A
L  R   
P   
142,00° B
Identificação do
 A
ponto B usando o
B ponto A como
7,16 mm referência incremental
R 2,38 mm
R2.38 A142.00
52,00° Polar absoluto
 A
Linha de referência
LRP B
Identificação do
ponto A usando o
ponto B como referência

Figura 1-52 Algumas dimensões de desenho são polares, e não retangulares.

Coordenada polar incremental 


Às vezes, o ponto não pode ser totalmente identi-  P ositi vo
   

ficado utilizando o PZP, porém, ele pode ser locali-


zado usando um outro ponto conhecido como re-
ferência. Se as dimensões radiais e angulares forem
locais, então, uma coordenada polar incremental
  o
pode resolver o problema. Na Figura 1-52, o ponto
   d
  a
  z
   i
  r B é identificado utilizando o centro do raio como
Sinal do valor
  o
   d
  a
   t
sua origem e a linha radial para o ponto  A como angular polar
  u sua referência angular.
  p
  m
  o R2.38 A–142.00
   C
  o
  c
   i
  r
   é
  m
  u
Ponto-chave:       o     N
    e
    g
   N Seguindo a regra do polegar
      v
   i   t
     a
  o
   d Se o deslocamento angular é no sentido horá-
  n
  a rio em relação à LRP ou de uma referência local,
  m Figura 1-53 A movimentação polar no sentido ho-
  o então, o ângulo será negativo. Caso ele esteja no
   C rário é negativa, e, no sentido anti-horário, positiva.
  m sentido anti-horário, ele é um ângulo positivo.
  o
  c Na identificação do ponto  A utilizando o ponto
  m Ângulos positivos e negativos Na Figura 1-52,
  e B como uma referência incremental, as coorde-
  g
  a
  n nadas seriam observe que o ângulo de 142° é expresso como um
   i
  s número negativo. Isso é uma convenção de coor-
   U R2.38 A142.00
   à denadas polares.
  o Isso é verdadeiro para os ângulos absolutos e in-
   ã
  ç De forma semelhante às coordenadas cartesianas
  u
   d
crementais (Fig. 1-53).
  o
  r
incrementais, um ponto polar incremental é iden-
   t
  n
   I

36

Fitzpatrick3_01.indd 36 03/05/13 15:56


tificado a partir da posição presente e de uma po-
sição central de referência, usada apenas naquele Dica da área
momento. A maioria dos comandos CNC apresen- Polar Leia o Manual de Comando – evite cál-
ta coordenadas polares absolutas. Apenas alguns culos e erros em potencial.   Faça a você mesmo
usam as coordenadas polares incrementais, mas, um favor, leia o manual de comando para saber
quando usam, quase toda a trigonomeria é elimi- como as coordenadas polares são utilizadas em
nada quando escrevem-se programas via entradas máquinas específicas. Quase todos os CNC co-
mandos modernos utilizam coordenadas polares
de teclado a partir do desenho de engenharia.
absolutas, mas em diferentes graus. Nem todos
Se o desenho tem a geometria da peça definida, terão a habilidade de utilizar valores polares in-
então, os pontos mais importantes são dimensio- crementais ou fixarão um ponto de referência,
nados com alguma forma de referência retangular como descrito anteriormente.
ou polar. Ao se alternar os tipos e valores das co- No entanto, naqueles que o fazem, a progra-
ordenadas, todos os cálculos de conversão podem mação matemática é reduzida consideravel-
ser eliminados. Todo cálculo remanescente é ne- mente caso você siga esta dica. Tendo a opção
cessário apenas para definir pontos importantes, de identificar um único ponto de uma peça
os quais não foram dimensionados no desenho. geométrica utilizando coordenadas polares
absoluta ou incrementais e coordenadas car-
Para usar as coordenadas polares incrementais, o
tesianas, a maioria dessas máquinas pode ser
comando deve apresentar um meio conveniente
programada diretamente utilizando o desenho
de fixar os pontos locais de referência para o centro sem a realização de cálculos (Fig. 1-55).
do sistema local (Fig. 1-54). Isso terá efeito desde
que as coordenadas se refiram a esse único ponto.
Por exemplo, fixando o centro do desenho como o Simples conversão retangular/polar
ponto de referência:
Furo 1  Raio 2,0 Ângulo 0,00 De polar para retangular
De retangular para polar
2  R2,00 A36,0 R  P
3  R2,00 A72,0 P  R

  o
   t
  n
  e
  m
   i
  v
  o
10 furos   m
igualmente espaçados Figura 1-55 A maioria das calculadoras   e
B   s
R 2,00 científicas possui um conversor de polar para   o
  x
   i
C 0,01   e
retangular.  ,
  s
  a
C    d
  a
3,25   n
Portanto, leia o manual da sua calculadora quan-   e
   d
  r
do for trabalhar com um comando que não pos-   o
  o
   C
sui coordenadas polares. Aqui vai uma segunda
2,75
A
dica para lhe ajudar a acelerar as conversões de
polar para retangular (P-R) (Fig. 1-55). Sua calcu-    1
Figura 1-54 Este círculo de furos brocados são ladora científica padrão provavelmente possui   o
   l
  u
   t
dimensionados utilizando coordenadas polares.    í
  p
  a
  c

37

Fitzpatrick3_01.indd 37 03/05/13 15:56


uma função de conversão de coordenadas pola- Reveja os pontos-chave
res e retangulares: P-R e o contrário, R-P. Aprenda
• Se o posicionamento angular for no sentido
a função de conversão de polar para retangular.
horário a uma linha de referência, ou à LRP,
Isso simplificará as conversões trigonométricas!
o ângulo será negativo.
Responda
Coordenadas esféricas – Polar tridimensio- 1. Complete as coordenadas polares do grá-
nal Pontos podem ser identificados no espaço fico para os 10 furos rosqueados do pro-
tridimensional utilizando um segundo tipo de gra- blema sobre círculo de furos mostrado na
de de raio-ângulo-ângulo chamado de coordena- Figura 1-55. Mantenha os valores nulos
das polares esféricas. Elas não são aplicadas em em suas coordenadas.
comandos CNC nem além do escopo desta unida- 2. Reescreva as coordenadas do conjunto
de. Quando problemas tridimensionais surgem, os de 10 furos da Figura 1-55, mas utilize
programadores voltam às coordenadas cartesianas coordenadas polares negativas desta vez.
 X , Y  e  Z   ou para os sistemas CAM para realizar os Todos os comandos CNC que utilizam co-
cálculos necessários. ordenadas polares irão entender ambos
No entanto, ao se observarem os computadores os valores: positivo ou negativo.
integrados de produção, existem alguns robôs in- Questões de pensamento crítico
dustriais que movem seus corpos em volta de um
pivô central e apresentam dois eixos angulares em 3. O ponto 3 deve ser identificado em um
seu braço. Portanto, a garra terminal move-se so- programa (Fig. 1-56). Selecione os valo-
bre um envelope hemisférico. Esses tipos esféricos res da coordenada correta. Explique sua
são programados, ocasionalmente, utilizando uma escolha.
  o
   d
linguagem similar à utilizada em máquinas CNC,
  a
  z
   i com valores de raio, ângulo e ângulo para descre-
  r
  o ver posições específicas do braço.
   d Ponto 3
  a
   t
  u
  p
  m 49,764°
  o
   C
  o Revisão da Unidade 1-4 32,5 mm
  c
   i
  r
   é Revise os termos-chave
  m R 42,573
  u
   N Coordenadas esféricas
  o Coordenadas no espaço 3D usando raio, ângulo
   d
  n 27,5
  a e ângulo.
  m
  o Figura 1-56 Defina o ponto 3 utilizando coor-
   C Linha de referência polar (LRP)
  m Uma linha que sobrepõe o PZP, indicando zero denadas polares absolutas.
  o
  c
grau.
  m
  e
  g
  a
Polares absolutas (coordenadas) 4. Liste os fatores para seleção de coordena-
  n
   i Identificação de um ponto usando raio e ângulo
  s das em uma programação por ordem de
   U como coordenadas baseando-se no PZP.
   à importância para o programador.
  o
   ã
  ç
Polares incrementais (coordenadas) 5. Defina coordenada polar com suas pró-
  u Identificação das coordenadas de um ponto
   d prias palavras, usando dez palavras ou
  o
  r
   t baseando-se em outro ponto polar, e não no PZP. menos.
  n
   I

38

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6. Reveja a Questão 1 e avalie quanta trigo- Dica da área
nometria seria necessária se o comando Rotinas de círculo de furos Muitos coman-
fosse limitado a valores de coordenadas dos possuem uma terceira solução para deter-
cartesianas  XY . (O CAM não está dispo- minar a coordenada retangular para a Questão
nível.) Se você tiver um conversor R-P em 1; ela é chamada de rotina de círculo de furos
sua calculadora, tente utilizá-lo na Ques- (ciclo fixo). Para utilizá-la, após a entrada do
tão 1. Converta cada posição polar para código de início da rotina, você fornece os pa-
retangular. râmetros para a furação no dado raio a partir do
centro de referência local. Além disso, a rotina
necessita da distância angular da LRP para reali-
zar o primeiro furo do círculo – pronto, o coman-
do processará as coordenadas de cada furo. Os
aspectos finais dizem respeito a como os furos
serão feitos, em passos grandes ou pequenos, a
profundidade total do furo e qual distância de
recuo da broca será utilizada no movimento rá-
pido entre cada furo.

REVISÃO DO CAPÍTULO

Unidade 1-1

A próxima geração da evolução de máquinas CNC os eixos da máquina nesses novos maquinários será
está a caminho. Equipamentos totalmente novos que muito mais complexo e necessário.
estão no mercado acabaram com a distinção entre Essas máquinas de multitarefa apresentam várias
cortar e retificar, tornear e fresar; eles são centros guias e movimentos de rotação. A todos devem ser   o
   t
de usinagem completos, sem parada. Essa tendên- atribuídos nomes de eixo e direções. Certamente   n
  e
cia continuará, uma vez que ela reduz o custo de excederemos os nove padrões EIA que estudamos.   m
   i
  v
manufatura. Isso significa que ser capaz de identificar   o
  m
  e
  s
  o
  x
   i
Unidade 1-2   e
 ,
  s
  a
Nunca visualizei um momento em que a habilida- No entanto, a programação principal está sob mu-    d
  a
  n
de de escrever programas para ferramental com dança evolutiva.   e
   d
  r
entradas manuais ou editar programas gerados por Embora os desenhos complexos que já existem, tais
  o
  o
CAM não fossem uma exigência de trabalho para um    C
como representações em estrutura de arame ou
mecânico experiente. Para isso, uma boa capaci- padrões planos 2D, nunca sejam convertidos, hoje a
dade de trabalhar com as coordenadas absolutas maioria dos novos desenhos CAD é fornecida como    1
e incrementais, cartesianas e polares, e códigos de   o
   l
objetos sólidos com superfície. Dado um modelo sóli-   u
instruções será uma habilidade de trabalho essencial.    t
   í
do, programas CAM tornam-se mais automáticos. Com   p
  a
  c

39

Fitzpatrick3_01.indd 39 03/05/13 15:56


o objeto 3D definido e a liga e o tamanho do tarugo programação do CAM, muitas tarefas que utilizam o
bruto conhecidos, o software seleciona a maioria das modelo sólido dos desenhos podem ir diretamente
sequências da operação, número de cortes, velocida- do desenho à máquina CNC, na qual o comando
des e avanços e a ferramenta correta a ser u sada. escreve o programa! Estamos falando na redução de
Uma vez que comandos CNC baseados em computa- muitas horas de trabalho.
dores são capazes de suportar e aplicar o software de

Unidade 1-3

A capacidade de realizar manipulações de da- programas que eles geram são compostos de aproxi-
dos aprofundadas na própria máquina é um dos mações da superfície utilizando arcos e linhas retas.
principais fatores que separam os operadores dos Portanto, ter conhecimento das formas como uma
mecânicos. O mecânico pode controlar e melhorar o máquina é capaz de interpolar é necessário, pelas
processo, e o operador controla o funcionamento da mesmas razões já descritas, para melhorar e testar
máquina. programas e para escrever minirrotinas da ferramen-
Programas gerados por CAM não usam movimentos ta para a sua máquina.
de alto nível nem lógicas com laços e sub-rotinas. Os

Unidade 1-4

Admito que ter conhecimento e saber usar as incrementais, porque elas requerem um ajuste no
coordenadas polares no trabalho com máquinas CNC PRL. Ela pode ou não ser uma função do comando.
  o pode estar mais para uma Dica da área do que para No entanto, se o seu comando CNC não aceitar
   d
  a
  z
um assunto fundamental. Não são muitos os mecâni- entradas R/A, um conhecimento operacional deles
   i
  r
  o cos que as usam em uma base diária, e elas não são simplificará muitas tarefas diárias. Leia o seu manual
   d
  a
   t padronizadas na indústria como são as coordenadas de operador para encontrá-las.
  u
  p cartesianas. Alguns comandos não aceitam valores
  m
  o de raio e ângulo como entradas e, entre eles aqueles
   C
  o que os aceitam, há grandes diferenças quanto ao Ponto-chave:
  c
   i Porém, enquanto elas são opcionais no trabalho
  r
   é
nível em que são usados.
  m com CNCs, quando se desenha uma peça geo-
  u Todos os comandos que aceitam coordenadas métrica em um software CAD, coordernadas po-
   N
  o polares usam valores absolutos baseados no PZP. No lares são uma ferramenta indispensável.
   d
  n
  a
entanto, apenas alguns usam coordenadas polares
  m
  o
   C
  m
  o
  c
  m Questões e problemas
  e
  g
  a
  n
   i 1. Nós estudamos nove eixos que definem o mo- completo, diz-se que ele está sendo interpola-
  s
   U vimento e a posição em um trabalho com CNC. do. Se essa afirmação for falsa, qual seria a ver-
   à
  o Descreva-os. dadeira?
   ã
  ç 2. Verdadeiro ou falso? Quando um eixo move-se
  u
   d
  o
  r com movimento de punho, não em um círculo
   t
  n
   I

40

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Questões de pensamento crítico

As questões de 3 a 6 referem-se à Figura 1-57 e ao 5. Quantas interpolações circulares serão neces-


seguinte planejamento: sárias para fresar o perfil da peça PLC 17-A?
6. Das quatro possíveis orientações de fixação da
Planejamento de trabalho
peça PLC 17-A (Fig. 1-59), qual poderia ser utili-
Número da Peça PLC 17-A
zada para usinar a peça: A, B, C ou D? Qual seria
005 Corte chapas de alumínio 5  2,75 
a mais eficiente? Explique.
1,25 (excesso de espessura para fixação
7. Com a peça na posição D (Fig. 1-59), quais são
na morsa)
as coordenadas absolutas para os centros dos
010 Frese todos os detalhes  0,900 da pro-
dois furos de diâmetro de 0,812 pol.?
fundidade total (0,875  0,025 extra)
8. Usando a orientação de desenho (Fig. 1-57),
015 Inverta as partes e usine o acabamento
quais são as coordenadas incrementais do
da espessura excedente para 0,875 pol.
ponto K  (centro do arco) tendo o ponto D como
A operação final será virar as peças e fixá-las em um a referêncial local atual?
mordente macio e usinar os excessos. Isso permite 9. Quais são as coordenadas absolutas do ponto
que as peças tenham 100% do perfil fresado de uma K  com a peça na orientação D? Na Figura 1-59.
única vez (Fig. 1-58). 10. Com a peça na orientação do desenho, escre-
3. Na Figura 1-57, observe que a peça PLC 17-A va as coordenadas absolutas da geometria
não está dimensionada geometricamente. da peça. Na Figura 1-57, temos os pontos
Onde o PZP deveria ser colocado no desenho na ordem dada. Deixe as entradas nulas não
para escrever o programa do perfil fresado? Ex- escritas. Você não está escrevendo as instru-
plique. ções para desenhar a curva, apenas listando
4. A Figura 1-59 retrata quatro possíveis posições as coordenadas.
para posicionar a morsa a fim de fixar a peça 11. Para realizar o mergulho espiral em rampa,
para o processo de fresagem da peça PLC 17-A. qual nível de movimento o comando deve ser
Em qual quadrante cada configuração reside? capaz de realizar?

5,000
4,00   o
2,3750    t
  n
1,25 0,87   e
  m
   i
I   J    v
  o
  m
1,925 R 1,750   e
 A 0,875   s
 0,812   o
  x
   i
X2 2,750   e
H   ,
D C  B   s
  a
R 0,625    d
G F E  R 1,312 0,744   a
  n
0,500   e
K  1,271    d
  r
0,875   o
2,250   o
   C

Tolerâncias gerais /


   1
X.XX  0,30   o
PLC 17-A    l
X.XXX  0,005   u
   t
   í
  p
  a
Figura 1-57 Questões 3-10.   c

41

Fitzpatrick3_01.indd 41 03/05/13 15:56


,  5 14. Na Figura 1-60, onde o PZP deve ser coloca-
 1  2
do para tornear este pino de pinça de placa?
Em qual orientação ela deveria ser usinada?
 0 0
 0, 9 Explique.
15. Há algum requerimento para interpolação cir-
cular de um pino de placa? Por quê? (Fig. 1-60)
16. Visto que 50° é uma dimensão angular, coorde-
nadas polares poderiam ser usadas para definir
a superfície cônica? (Fig. 1-60.)
17. Assumindo que a peça seja rotacionada em
180°*, quais serão os pontos geométricos,
coordenadas absolutas, para tornear a peça?
Comece pelo PZP e em seguida, vá em direção
à bancada. Você não está escrevendo o progra-
ma, apenas listando os pontos geométricos
principais requisitados para tornear o diâmetro
Figura 1-58 Este é o modo como vamos fixar e externo. (Dica: Veja a Questão 18 e depois, che-
fresar o perfil da peça. que as respostas.)

Pino de pinça de placa


Possíveis orientações de quadrante
0,005 A
Y  2,375
Y   1,750
2,125
 1,500 0,005 A 0,875
 X  50,0
A B 0,005 A
  o  X 
   d
  a 1/2-20 UNF
  z
   i 1,250
  r  0,500
  o A 0,125 Rad
   d Y 
  a
   t
  u Y 
  p Figura 1-60 Problema sobre torneamento.
  m
 X 
  o
   C  X 
  o
  c
   i C D 18. O segundo ponto geométrico para a Figu-
  r
   é ra 1-60 era o diâmetro na posição  X 0.6840,
  m
  u  Z0.0000. Ela não está no desenho. Como ela foi
   N
  o calculada?
   d Figura 1-59 Opções de fixação em vários quadrantes.
  n 19. A Figura 1-61 mostra uma peça que requer dois
  a
  m rasgos de chave de boca a serem fresados no
  o
   C final do arredondandamento da tampa de ins-
12. Como programas CAM geram formas tridimen-
  m
  o
  c sionais? peção. As coordenadas seriam mais eficientes
  m 13. Verdadeiro ou falso? Uma coordenada polar se fossem cartesianas ou polares? Explique.
  e
  g incremental utiliza o PZP como centro de refe- 20. Quais são as coordenadas polares absolutas
  a
  n
   i
  s rência e uma linha local como uma referência dos pontos A, B, C  e D no final de cada rasgo de
   U chave? (Fig. 1-61)
   à angular. Se essa afirmação for falsa, qual seria a
  o verdadeira?
   ã
  ç
  u
   d
  o
  r
   t
  n
   I * Com a conicidade para a direita.

42

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0,010 A
3,750

C   A
28,5°
Típico

D B

A
 4,250

Recartilhamento médio

Figura 1-61 Tampa de inspeção.

RESPOSTAS DO CAPÍTULO

Respostas 1-1

1. Veja a Figura 1-62. 5.  X Y Z 


2. O eixo Z ; o eixo Y. U V W 
3. O eixo A está se movendo na direção positiva; o A B C 
eixo B está se movendo na direção positiva. 6. É uma movimentação negativa no eixo X .
4. O eixo secundário pode ser U  e W . Observe que, 7. Veja a Figura 1-63.
para a consistência da programação, o eixo W 
é negativo na direção da peça, assim como o

eixo X .
 Z   X 

 Z    o
   t
 X    n
  e
  m
   i
 Z    v
 X    o
Y    m
  e
  s
  o
  x
   i
  e
 ,
  s
  a
   d
  a
  n
  e
   d
  r
  o
  o
   C
Fresa vertical Torno

Figura 1-62 Resposta para a Questão 1.    1


Figura 1-63 Resposta para a Questão 7.   o
   l
  u
   t
   í
  p
  a
  c

43

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Respostas 1-2
2,68
1. Verdadeiro.
E  D 1,32
2. Sempre tendo como base a referência  – na
1,06
verdade, essa é a única  regra. Posicione-a no

primeiro quadrante, se possível – uma conside-  1,26 R 1,00 B A
0,88
ração mínima. diâmetro
3. Veja a Figura 1-64. 1,91
0,18
4. Veja a Figura 1-65. Ponto Coord. absolutas
5. Veja a Figura 1-64.  A  X 0.88  Z 0.00
B  X 0.88  Z -1.06
6. Veja a Figura 1-65. C   X 1.26  Z -1.32
(1,0  0,18  0,82  2  1,64 dia) D  X 1.64  Z -1.91
7. Um octógono aberto. Veja a Figura 1-66. E   X 1.64  Z -2.68

Figura 1-65 Resposta para as Questões 4 e 6.


Dica da área
Você completou o octógono na Questão 7? Se 2,00
0,83
você o completou, você presumiu o que o pro-
C  B
grama iria fazer. Tenha cuidado com esses pres-
supostos durante os testes de programação. Não
 A 2,00
pressuponha que a ferramenta realizará o que D
você quer que seja feito. Leia e analise os dados. 0,83

E  H 
2,83
2,29
1,47
  o 1,00 F  G
   d
  a
  z
   i C  D
  r
  o
   d 1,43
  a
   t Figura 1-66 Resposta para a Questão 7.
  u R 0,50 E F  1,00
  p  A
0,89
B G
  m  J 
  o I  0,52
   C H 
  o
8. O erro causa uma linha angular do ponto C 
  c
   i
  r para o ponto D. Visto que o ponto D está incor-
   é Ponto Coordenadas absolutas
  m  A  X 0.00 Y 0.50
retamente impresso sobre o ponto E , a linha
  u
   N B  X  0.50 Y 0.50 DE  está faltando. No entanto, todo o resto está
  o C   X  0.00 Y 1.43
   d corretamente formulado (Fig. 1-67).
  n D  X  1.47 Y 1.43
  a E   X  1.47 Y 0.89
  m
  o F   X  2.29 Y 0.89
   C G  X  2.83 Y 0.52
  m H   X  2.83 Y  0.00
  o
  c I   X  0.50 Y  0.00
  m  J   X  1.00 Y  1.00
  e
  g
  a
  n
Figura 1-64 Resposta para as Questões 3 e 5.
   i
  s
   U
   à
  o
   ã
  ç
  u
   d
  o
  r
   t
  n
   I

44

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2,40 N015 Y 0.94 (Todos os valores nulos re-
1,76
movidos daqui para baixo)
 A B
N020 X 1.47 (Ponto D)
C  N025 Y 0.55

B 0,89 N030 X 0.82
D/E  0,52 N035 X 0.55 Y 0.37
G
N040 Y 0.52 (Ponto H )
A N045 X 2.34
Ponto Coord. absolutas
 A  X 0.00 Y 1.43
N050 Y 0.50 (Termina a forma da peça
B  X  1.76 Y 1.43 indo para o ponto A)
C   X  1.76 Y 0.89 Deveria ser
Erro D  X  2.40 Y 0.52
11. Eles geram um bloco no estilo “YES” de 50 mm
Y 0.89
E   X  2.40 Y 0.52 de comprimento e 10 mm de altura.
F   X  3.40 Y 0.52
H   X  4.00 Y 0.00 12. Aqui estão os valores nulos para o programa:
PRZ  X  0.00 Y  0.00 N005  X0.00 Y0.00 Z -5.0
N010  X0.00 Y 1.00 Z0.00
Figura 1-67 Resposta para a Questão 8. Erro causa-
N015  X-0.50 Y 1.00 Z0.00
do pela coordenada absoluta errada.
N020  X0.00 Y0.00 Z .50
N025  X 1.00 Y0.00 Z0.00
9. Os valores nulos que podem ser removidos são Explicação: Em cada caso, as coordenadas
mostrados na Figura 1-68. nulas deveriam ser “zero”; para qualquer outro
valor, haveria movimento. Um valor nulo
manteria a posição presente da ferramenta
Ponto Coordenadas absolutas no dado eixo. Uma outra maneira de observar
isso é que não há movimento esperado para
 A  X 0.00 Y 0.50
B  X  0.50 Y 0.50 cada valor nulo – um zero.
C   X  0.00 Y 1.43 13. A linha angulada foi feita novamente entre C  e
D  X  1.47 Y 1.43
 X  1.47
D. Mas, agora, D torna-se um ponto de origem
E  Y 0.89
F   X  2.29 Y 0.89 relativo para o próximo ponto, E , o qual é ago-
G  X  2.83 Y 0.52 ra deslocado 0,37 para baixo na página, assim
H   X  2.83 Y  0.00
I   X  5.00 Y  0.00 como todas as outras após o erro. Em outras
 J   X  1.00 Y  1.00 palavras, apesar de as entradas, após o erro,
  o
   t
possuírem as dimensões corretas, elas também   n
Figura 1-68 Resposta para a Questão 9. Apague   e
herdam o deslocamento de posição. Embora   m
   i
essas entradas nulas. ambas as peças devam ser jogadas fora, o erro   v
  o
seria muito pior nos valores com coordenadas   m
  e
incrementais, com os quais a ferramenta pode-   s
  o
10. Aqui estão as coordenadas incrementais:   x
ria ter atingido a morsa ou outro dispositivo de    i
  e
N005 X ,50 Y 0.50 (Mova para o ponto A)  ,
fixação (Fig. 1-69).   s
N010 X 0.50 Y 0.0 (Y 0.0 é uma valor nulo in-   a
   d
cremental –Y não se move)   a
  n
  e
   d
  r
  o
  o
   C

   1
  o
   l
  u
   t
   í
  p
  a
  c

45

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 A B


A
D

Não feche a E 
forma geométrica.
Perfis após o G
ponto D são  A Y 1.440
todos deslocados B  X  1.760
para baixo 0,37 pol. C  Y 0.55
D  X  0.64 Y 0.37
E  Y 0.37
F   X  1.00
G  X  0.600 Y 0.52
PZP  X 4.0

Figura 1-69 Resposta para a Questão 13. Efeito do erro utilizando coordenadas incrementais.

Respostas 1-3

1. Cortes lineares adicionais acrescentados às Há duas opções para fresagem:


opções de fresagem causam a necessidade de Usine vários círculos utilizando uma fresa de
maiores níveis de movimento da ferramenta. topo esférica (Fig. 1-71). Ela produz um acaba-
2. Ou a sobrepassagem da velocidade de avanço mento de superfície áspero, dependendo da
está sendo usada em cerca de 66%, ou o co- quantidade de círculos programados. É um
mando possui um limite padrão de velocidade método lento, porém, às vezes, necessário.
de avanço circular de 400 mm/min. Adicione uma mesa com eixo rotativo e gire
  o 3. Usando uma placa lisa ou de fixação, o torno a peça enquanto realiza, lentamente, uma
   d
  a
  z
CNC poderia realizar esse processo simples- interpolação circular. Esse processo é o mesmo
   i
  r
  o mente utilizando uma interpolação circular usado pelo torno, porém, a velocidade de
   d
  a
   t enquanto gira a peça (Fig. 1-70). rotação da peça é mais segura para objetos
  u
  p maiores e com forma estranha.
  m
  o
   C Torneamento do hemisfério
  o usando interpolação circular XZ 
  c
   i Aproximação pela fresa de topo esférica
  r
   é
  m
  u
   N
  o
   d Série ampliada
  n
  a das estrias
  m
  o
   C
  m
  o
  c
  m
  e
  g
  a Vários cortes circulares
  n
   i
  s no plano XY 
   U
   à
  o Figura 1-71 Fresagem do domo utilizando interpo-
   ã
  ç
  u lação circular 2D.
   d
  o
  r
   t
  n
Figura 1-70 Torneamento do objeto em forma de
   I
domo.

46

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4. É um movimento de eixo de 2½ de dimensão. Solução para fresagem em cinco eixos
Realizando uma abordagem circular na super-
fície da peça, enquanto a ferramenta mergulha
na direção do eixo Z . Um comando 3D também
pode realizar esse movimento. Ele é melhor,
pois uma rasgo é feito para remoção de cavaco
e a transferência de refrigerante.
A ferramenta entra em contato com a super-
fície de acabamento de forma tangencial,
Mantenha continuamente
produzindo uma transição suave da rampa
a ferramenta tangente à esfera
para a própria superfície com menos marcas
de ferramenta no ponto de contato.
5. Uma fresadora CNC de cinco eixos pode produ- Figura 1-72 Fresagem do domo utilizando interpo-
zir o hemisfério mantendo continuamente a lação circular XY , enquanto a ferramenta é mantida,
ferramenta tangente à superfície em todas as continuamente, tangente à superfície.
vezes (Fig. 1-72).
6. 2D – interpolação circular apenas no plano
primário; 2½D – interpolação circular no plano dos antigos eram muito lentos para a velocida-
primário com o terceiro eixo realizando inter- de máxima de movimentação durante esses
polações lineares; 3D – interpolação circular movimentos.
utilizando os três eixos. 8. Visto que é apenas um movimento linear nos
7. A velocidade na qual o microprocessador pode três eixos, ele pode ser realizado em todos os
processar dados de saída do comando. Coman- três tipos de comando de fresadora!

Respostas 1-4

1. Valores polares positivos (note que R2.00 foi As dimensões retangulares são números de
omitido para o ponto 5). Em alguns comandos, uma única casa decimal, enquanto o raio e o
a repetição de raios pode ser removida, en- ângulo são calculados a partir deles. Coor-
quanto, em outros, ela será necessária quando denadas cartesianas podem ser uma escolha
trabalhar com coordenadas polares. ligeiramente melhor, devido aos erros de arre-   o
   t
  n
4 R2.00 A108.0 8 A252.0 dondamentos. Ambas realizarão o trabalho.   e
  m
   i
5 A144.0 9 A288.0 4. Primeiro, política da empresa (não está refe-   v
  o
6 A180.0 10 A324.0 rido no livro, porém, é uma realidade na pro-   m
  e
7 A216.0 gramação industrial); segundo, capacidade de   s
  o
2. comando; terceiro, o mínimo de conversões   x
   i
  e
1 R2.00 A0.0 6 A-180.0 matemáticas, se você conhece as regras de  ,
  s
  a
2 A-324.0 7 A-144.0 comando.    d
  a
3 A-288.0 8 A-108.0 5. Identificação das coordenadas de posição em   n
  e
   d
4 A-252.0 9 A-72.0 um plano utilizando raio e ângulo.   r
  o
  o
5 A-216.0 10 A-36.0    C
3. Há duas opções:
Cartesiano absoluto  X 32.5 Y 27.50
   1
Polar absoluto R42.573 A49.764   o
   l
  u
   t
   í
  p
  a
  c

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Respostas para as questões de revisão

1. Linear primário X , Y  e Z  (linha reta) 11. De duas dimensões e meia (2½D), circular em
Rotacionário primário A, B e C  (movimento dois eixos e linear no terceiro eixo.
circular ou em arco) 12. Por meio da aproximação de superfície com re-
Linear secundário U , V  e W  (linear e paralelo a tas curtas e linhas curvas (melhor ajuste dentro
 X , Y  e Z ) da tolerância).
2. Falso – ele está articulando. 13. Esta pode ser verdadeira se a ferramenta está
3. Na interseção das arestas superior e direita – localizada no PZP. No entanto, normalmente
todas as dimesões possuem a origem lá. uma coordenada polar incremental usa uma
4. A  1º quadrante referência de centro local e a localização atual
B  3º quadrante como referência angular.
C  4º quadrante 14. Na linha de centro e na extremidade da face
D  4º quadrante a 50° (Fig. 1-73). A peça deveria ser girada em
5. Cinco interpolações circulares. De acordo com 180° em relação à orientação do desenho, com
o planejamento, todos  os detalhes devem o ponto de 50° voltado para o cabeçote móvel.
ser fresados. O raio de 0,75 pol. e os arcos de Nessa posição, todos os perfis podem ser usi-
2,500 pol. e 2,675 pol. devem ser interpolados nados, e o PZP é facilmente verificado na extre-
circularmente. Porém, os furos de diâmetro de midade externa do material.
1,312 pol. também devem ser fresados, e não
furados.
Soluções do pino de pinça
6. Todas elas podem ser utilizadas, desde que o
PZP esteja na posição correta relativa à peça. Vista ampliada
2,375
No entanto, a posição D permite que o raio 0,4080 (tg 25  0,875)
2,125
rebaixado de 2,675 pol. possa ser usinado en- 0,875
  o quanto os outros perfis são cortados. As con- 1,750
   d
  a
  z
   i
  r
figurações A, B e C podem ser usadas, porém, 25  .
  o o rebaixo precisaria ser usinado quando a peça 1,500    a
    i
   d     d
  a
   t
    0

  u for virada para remover os excessos.   0,684 0,750


    4
    8
    6
  p raio
 ,

  m 7.  X  0.8700 Y–1.2500     0

  o 0,875
   C  X  4.0000 Y–1.2500 Se o alívio é formado,
  o não é um ponto geométrico
  c
   i 8.  X -0.979 Y–0.925
  r
   é 9.  X 2.250 Y–3.675 Figura 1-73 Soluções do pino de pinça.
  m
  u
   N 10. Ponto A X 0.0000 Y –0.8750
  o
   d B Y –2.750 15. Não, ela seria formada devido ao seu pequeno
  n
  a
  m C X –0.744 tamanho.
  o
   C D X –1.271 16. Não, a distância radial entre os pontos precisa-
  m E X –3.229 ria ser calculada – isso seria um trabalho extra.
  o
  c
F X –3.756 17. As coordenadas estão em X  e Z . Lembre-se de
  m
  e que todas as coordenadas em  X   são valores
  g G X –4.375
  a
  n
   i H X –5.000 Y –2.125 de diâmetro para a maioria dos programas de
  s
   U I Y 0.000 (zero não é torno (Fig. 1-73).
   à
  o um valor nulo)
   ã
  ç  J X –2.375
  u
   d
  o
  r
   t
  n
   I

48

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19. Polar (assumindo que o comando aceite essas
 X 0.0000  Z 0.0000 (PZP na linha de centro)
coordenadas), visto que ambos, raio e ângu-
 X0.6840
lo, são conhecidos. Para usar as coordenadas
 X 1.5000  Z –0.8750 (Topo da conicidade) retangulares, a dimensão em Y   precisaria ser
 Z – 2.1250 (Canto de alívio – note que calculada. Isso não é um grande problema,
você deveria tornear até o
mas por que se preocupar quando ele já está
ressalto de 2,125 e, então,
retornar para formar o no desenho em forma polar?
alívio)
20. R1.125 A 28.5
 X 1,7500
A151.5 (180  28,5)
A208.5 (180  28,5)
18. Veja a Figura 1-73.
A331.5 (360  28,5)

  o
   t
  n
  e
  m
   i
  v
  o
  m
  e
  s
  o
  x
   i
  e
 ,
  s
  a
   d
  a
  n
  e
   d
  r
  o
  o
   C

   1
  o
   l
  u
   t
   í
  p
  a
  c

49

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