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comunidade um sentido mais amplo, usando-a em expressões como:

FERRARI, Célson. Curso de planejamento municipal integrado.


comunidade nacional, comunidade latino-americana, comunidade urbana,
São Paulo, Editora Pioneira, 1982.
comunidade católica, etc. Quando assim se referem ao termo, estão falando
de unidades sociais que tenham algo em comum (interesse, objetivo, língua,
12- Polinucleação e escalonamento urbano. religião, cultura, etc.), e cujos componentes têm consciência de sua
participação nela, havendo entre eles uma interação mais intensa que com
relação aos elementos de outra comunidade.¹

1. Escalões urbanos Sociólogos e psicólogos, em sua maioria, afirmam que o homem


tem necessidade dos grupos primários para o desenvolvimento de uma vida
normal. A falta de contatos íntimos, proporcionados pelo grupo primário,
1.1. Comunidade e Sociedade pode provocar desordens mentais, em casos extremos, conforme
demonstram inúmeras pesquisas realizadas. Na década de 30, FARIS e
À sociologia distingue entre os diversos grupos humanos (grupo de DUNHAM comprovaram que determinados tipos de esquizofrenia (do
brinquedo, vicinal, marginal, genético, familiar, funcional, profissional, etc.) grego: esquizo: fender, cindir, frend: mente) atingem as mais elevadas
dois grupos básicos: primário ou comunidade e secundário ou sociedade. percentagens entre pessoas que viviam isoladas ou sós em hotéis, pensões e
O primeiro é um agregado social em numero relativamente habitações alugadas por dia, LANGNER e MACHEL demonstraram que
reduzido, cujos membros estão intimamente relacionados e que se pessoas com menos de 4 amigos apresentava uma acentuada tendência às
caracteriza por um intenso grau de cooperação e associação. No grupo desordens mentais.²
primário verificam-se os seguintes fatos: O grupo secundário é um aglomerado social cujos componentes,
a)Os contatos entre as pessoas são desinteressados e íntimos. em elevado numero, se associam em virtude de interesses comuns. Nele
observam-se os seguintes fatos:
b) A ordem moral predomina sobre a ordem técnica em sua
organização (os motivos de ordem moral, como os místicos, religiosos, de a) Os contatos entre as pessoas são interessados,
folk, são predominantes nas atitudes individuas e coletivas, bem como na instrumentais e impessoais, e, muitas das vezes, indiretos.
vivência das instituições). b) A ordem técnica predomina sobre a moral em sua
c) A família e o grupo de vizinhança exercem forte controle social organização: há uma racionalização das atitudes e uma secularização das
sobre o individuo. instituições; surge uma “anomia”, ou seja, uma ausência de normas e de
freios.
d) Há uma homogeneidade cultural entre seus componentes.
c) A família e o grupo vicinal diminuem ou perdem
e) Há um gênero de vida característico. totalmente seu controle sobre o individuo que passa a se sentir desamparado
e só na multidão, anônimo.
Os exemplos mais puros de comunidade ou grupo primário são a
família numerosa, o grupo vacinal dos adultos, o grupo de brinquedo das
crianças e os pequenos aglomerados humanos (aldeias e vilas). ¹ GEORGE A. HILLERY em Definitions of Cummunity:Areas of Agrament,
d)definiçoes
reuniu 94 Háde heterogeneidade
comunidade (ANDERSON,
culturalNIELS,
em Sociologia de la
seus componentes.
De passagem diga-se que comunidade entendida como grupo Comunidade
Exemplos: Urbana, p.44).
população das cidades (definidas de acordo com os critérios
primário é um sentido restrito do termo. Os sociólogos costumam dar à ² Citação de CHRISTOPHER ALEXANDER em Nuevas Ideas Sobre Diseño
Urbano.
sociais), das áreas metropolitanas, sindicatos profissionais, partidos assim por diante até completar-se toda a estrutura urbana. O urbanismo
políticos, etc. orgânico norte-americano propôs o seguinte escalonamento para as cidades:
Nas cidades modernas, industrializadas, onde o homem vive sem
amigos, anônimo é só na multidão, em permanente estado de “stress”, torna-
se um introvertido para aliviar suas tensões. Essa introversão, em forma
extrema, dá origem à esquizofrenia. O individualismo acentuado do
urbanita, caracterizado pelo “cada um para si e Deus para todos” na
desenfreada luta pela vida, é, pois, uma inevitável conseqüência do processo
de urbanização. O “sonho suburbano” de morar em casas isoladas, amplas,
em locais afastados da cidade é uma fuga à realidade e uma forma de
introversão que pode ser o inicio de uma neurose. Um psiquiatra vienense
constatou que seus pacientes neuróticos desejavam morar em casas isoladas,
amplas, em locais arborizados.
Figura 12.2 – Escalonamento urbano.
1.2. Polinucleação: escalões urbanos
A partir de meados da década de 30 os planejadores urbanos, 2. A unidade de vizinhança
pretendendo restituir à cidade os grupos primários, imaginaram fazer dela
um somatório de pequenas comunidades criadas à base da idéia de Dos escalões urbanos, a unidade de vizinhança por assemelhar-se,
vizinhança. Surge a cidade polinucleada, que imitando o crescimento dos estruturalmente, ao tradicional bairro e por se comportar, ate certo ponto,
tecidos vivos, sadíos, deve crescer sempre pela agregação de novas células uma vida autônoma tornou-se o núcleo básico da cidade polinucleada. Os
(novos núcleos urbanos) e não pela inchação ou crescimento ilimitado de espanhóis chamavam-na de “unidade vecinal” ou “bairro vecinal”; os de
uma única célula original. língua inglesa, “neighbourhood unit”³ e os franceses conhecem-na por
“unité de voisinage”.
A unidade de vizinhança é predominante residencial e é definida e
delimitada por seu equipamento básico: a escola primaria (criança de 7 a 14
anos). Outro equipamento importante da U.V. é o comercio local
representado, modernamente, pelo supermercado.
CLARENCE ARTHUR PERRY em Housing for the
Machine age, em 1929, delimitava e dimensionava a U.V. em função da
escola primária e, conseqüentemente, da capacidade física da criança de se
locomover com segurança e sem se cansar, para alcançá-la. 4

³ Alguns autores ingleses dão ao Setor a denominação de “Neighbourhood


cluster”, Fixava
ou seja, a“caho de vizinhança”
distancia máxima ou
de “grupo de unidades
qualquer ponto dadeU.V.
vizinhnança”.
à escola em
Pequenas células se reúnem formando uma unidade urbana. Essas 4 Inspirada
tordo de ½ ema ¾BENEZER
de milhaHOWARD,
(800 m aa 1.200
idéia dem),
unidade de vizinhança
o que lhe daria foi,
uma área
unidades se agrupam numa unidade de escalão imediatamente superior e pela primeira vez, explicitamente, proposta por CLARENCE A PERRY, em
máxima oscilando entre 200 a 450 ha. Para dar segurança à caminhada da
1923.
Figura 12.1 – Crescimento mononucleado e polinucleado.
criança rumo à escola, recomendava que vias de trânsito de passagem não Para as crianças de 2 a 6 anos há interesse em se criarem diversas
adentrassem a U.V. devendo apenas tangencia-la. Segundo ainda escolas pequenas situadas junto às unidades de residência que compõem a
CLARENCE PERRY, a U.V. deveria ter alem da escola primaria, centro U.V.
comunal para uso das crianças e adultos, composto de: clube, cinema,
Conseguiu a U.V. restituir às cidades os grupos primários ou
biblioteca, casa paroquial, recreação, etc. Está claro que um centro comunal
comunidades?
multifuncional evita o caos urbano gerado pela dispersão dos equipamentos
urbanos. Com relação aos grupos de brinquedo das crianças a resposta é
positiva. Todavia, parece que com relação aos grupos primários dos adultos
O equipamento de uma U.V. é função de seu tamanho, dos hábitos
a U.V. não atingiu ainda seus objetivos. Acontece que a tendência a se isolar
sociais da comunidade e de sua distancia ao centro do escalão
do cotidiano. Numa atitude de introversão defensiva, é um problema social,
imediatamente superior ou da cidade. Se está próxima de um centro de
ou melhor dizendo, psicossocial que nenhuma forma ou estrutura urbana
cinemas, bibliotecas, postos de saúde, etc., não será necessário que possua
talvez possa resolver. O homem da cidade defende-se de sua vizinhança,
também esses equipamentos. Naturalmente, excluem-se da U.V. aqueles
equipamentos que exigem para seu pleno funcionamento populações tendo por ela uma cordial aversão, por melhor que seja a estrutura e
maiores que a sua, tais como: teatro, museus, colégios, escola superior, o equipamento comunitário da U.V. quantidade de pessoas
estádio esportivo, grandes lojas, comercio especializado, etc. mudou a qualidade da vida comunitária. Na realidade, quanto
Não há população ótima para U.V. Deve ser tal que permita, no maior a cidade mais radical é a mudança de qualidade da vida
mínimo, a instalação de uma escola primaria e cujo tamanho excessivo não urbana.
provoque sua desintegração, pela duplicação de equipamentos comunais.
Diante desse parcial fracasso, deve a idéia da U.V. ser condenada?
A densidade demográfica liquida mais comumente empregada na Os planejadores manos afoitos acham que não, estruturalmente, ela constitui
Inglaterra é de 75 a 100 hab./ha para casas unifamiliares:de 125 a 150 uma concepção adequada a uma de suas importantes finalidades: a de
hab./há para 80 % de casas unifamiliares e 20% de apartamentos; de 380 a proteger a criança, reconhecendo sua capacidade de física limitada e sua
420 hab./há quando se permite a construção de prédios de apartamentos de natural desproteção. Sob o aspecto da escola humana, a U.V. ainda não foi
até 9 andares. No anel central do Plano do Condado de Londres está prevista substituída por nenhuma outra concepção urbanística melhor.
uma densidade de 500 hab./ha. (A densidade aqui referida inclui todas as
Alguns estudiosos do assunto acreditam poder eliminar ou, ao
áreas e jardins sobre os quais estão implantados os edifícios, bem como as
menos, diminuir a tendência que o urbanita tem a se isolar, através de
ruas de acesso, e exclui: escolas, centro comunitário, campos de jogos e
soluções formais do projeto urbanístico.
todas as áreas que servem a U.V. como um todo.)
C. ALEXANDER, por exemplo, em Nuevas Ideas sobre Diseño
A situação dos serviços comunais em relação às residências é muito
Urbano, indica 12 relações formais especificas do projeto que devem
variada. O arranjo mais conveniente às donas de casa é aquele que coloca no
aumentar os contatos humanos.
centro da U.V. as escolas (primárias, jardim de infância e maternal),
playground, sports-ground, igreja, shopping center, etc. É sempre
aconselhável colocar um shopping center próximo a uma via principal da
U.V. (via secundaria do sistema geral da cidade), se pretende aumentar sua
capacidade de atendimento para alem da cidade. 3. Equipamentos mínimos dos diversos escalões
urbanos
3.1. Unidade residencial Vias e áreas arborizadas
Estacionamentos
É um conjunto residencial de 200 a 600 habitações, abrigando uma
população de 1.000 a 3.000 pessoas. Constitui a menor unidade urbana de Equipamentos gerais
relação e convivência.
Equipamento do sistema viário e área publica (iluminação,
Corresponde a uma área circular de, aproximadamente, 200 metros pavimentação, placas de sinalização, etc.).
de raio, ou seja, de 12,56 ha. Redes de água, esgoto e gás
Recomenda-se que a população de uma unidade residencial não Caixas coletoras de correspondência
ultrapasse 2.000 habitantes, pois, acima desse número já surge a necessidade Telefones residenciais ou, pelo menos, cabines de telefone público.
de se criar uma escola de 1º grau que é o equipamento básico do escalão
urbano imediatamente superior: a unidade de vizinhança.
3.2. Unidade de vizinhança

Equipamento mínimo de uma U.R. É um núcleo populacional urbano de 3.000 a 15.000 pessoas, ou
seja, de 600 a 3.000 habitações (numero médio de pessoas por unidade
Equipamento escolar habitacional: 5). Os planejadores de Porto rico adotam para a U.V. uma
população compreendida entre 3.000 e 8.000 pessoas. Corresponde a uma
Escola maternal área circular de, mais ou menos 800 metros de raio, ou seja, de 201,06 ha.
Jardim de infância Na França, regra geral, a “unité de voisinage” possui cerca de 800 a
1.200 habitações. As novas cidades soviéticas (aproximadamente 800)
possuem unidades de vizinhança com populações oscilando entre 6.000 a
Equipamento comercial: 12.000 habitantes. HARLOW (new town inglesa) agrupou 80.000 habitantes
em 4 setores de 20.000 de cada um (neghbourhood cluster) que, por sua
Comercio diário ou quotidiano: 4 a 5 lojas (quitanda, farmácia, vez, compõe de 4 unidades de vizinhança de 5.000 habitantes cada uma
padaria, etc.). (neighbourhood unit).
Tanto quanto para os demais escalões urbanos, esses números são
Equipamento social: relativos. Sua população mínima deve ser aquela que permita a manutenção
de, pelo menos, uma escola de 1º grau, e sua máxima população, aquela que
“Creche” 5 uma adequada densidade demográfica permita que se desenvolva dentro de
Clube social pequeno um espaço limitado por barreiras naturais ou artificiais (riso, lagos,
montanhas, estrada de ferro, rodovias, vias principais de trânsito, etc.) ou
pelas distancias determinadas pelas áreas de influencia das escolas primarias
5
SobEspaços
o aspecto dalivres, estacionamento
funcionalidade do equipamentoe recreio:
em si, a nela localizadas. Claro está que não deve ultrapassar os 15.000 habitantes
melhor localização seria no Setor (25.5000 hab.). O número sob pena de se constituir num núcleo com problemas internos de transporte
Lotes
reduzido de para brinquedos
usuário (playlots)
em uma U.R. encarece, por demais, a coletivo e transito mecânico indesejável, alem de exigir a duplicação dos
instalação e funcionamento
Garagens individuaisdeouuma “Crèche”.
coletivas equipamentos comunais.
Viu-se que, já em 1929, CLARENCE ª PERRY havia definido com Centro paroquial
muita clareza a unidade de vizinhança. Surgiu a U.V. como uma revolução
Biblioteca
da cidade de jardim de EBENEZER HOWARD. HENRY WRIGHT e
CLARENCE STEIN, em 1928, criaram Radburn (New Jersey), onde pela
primeira vez aparece uma utilização consciente da idéia de U.V. e uma
compreensão pioneira dos problemas suscitados pelo automóvel. No Equipamento comercial
projeto de Radburn o automóvel é “domesticado”: circula em vias de acesso Subcentro para comércio e serviços de uso diário
próprias (loops, culs-delsac, etc.) enquanto as pessoas caminham pelo
interior das quadras, arborizadas, verdes e protetoras. A unidade vicinal de Modernamente: supermercado
STEIN e WRIGHT tem um raio de aproximadamente 800 metros.

A partir de 1920, foram construídas pela administração socialista Equipamento social e de saúde
60.000 unidades habitacionais em Viena, agrupadas em núcleos de,
aproximadamente, 1.000 residências. Nesses grupos, as habitações, de Berçário
quatro a cinco pavimentos, se dispõe formando espaços fechados e Centro de ação social
semifechados, concatenados entre si, em alguns casos. A edificação é
voltada para esses espaços interiores, ajardinados, com o Maximo de Centro médico
atrativos para a vida diários e isentos do transito de veículos.Esses núcleos Dispensário
são dotados de todos os equipamentos comunitários, constituindo-se já em
verdadeiras unidades de vizinhança.
Espaços livres, estacionamento e recreio
Brasília, mais modernamente, já foi concebida segundo uma
estrutura escalonada. Cada superquadra é uma unidade residencial. Um Jardins públicos
conjunto de quatro superquadras constitui uma unidade de vizinhança. Parques urbanos
Discriminação dos equipamentos mínimos aconselháveis a uma Playground (próximo ao grupo escolar)
U.V. , além daquelas já existentes nas U.R. que a cosntituem.
Quadra de pratica de esportes (sport-ground)
Piscina publica
Equipamentos escolar, cultural e religioso
Campo de futebol
Cinema
Escola de 1° grau (pelo menos, até a 6ª serie)
Pensionato de jovens
Equipamentos gerais
Sala de reuniões
Telefones públicos e residenciais
Capela
Posto policial
Subagência de correio Espaço de recreação 24,4 24,3

Comércio local 1,6 1,6


Equipamento industrial
Escolas (jardins e primário) 1,1 1,1
Indústrias leves e terciárias
Os equipamentos discriminados não se referem, naturalmente, a Equipamento social e de saúde 0,8 0,8
uma comunidade isolada das dimensões de uma U.V. (pequena cidade). Se
assim fosse, necessitaria de outros equipamentos necessários à vida de uma Indústrias e serviços 5,5 5,5
cidade: cemitério, hospital, terminais de transporte, edifícios de
administração publica, etc. por outro lado, a relação deve ser aceita como Ruas e estacionamento 13,0 13,1
um lembrete apenas, muito aberto: pode conter equipamentos
desnecessários (Exemplo: se a U.V. está próxima do centro setorial ou 100 %
99,0
urbano onde há cinema, biblioteca, piscina publica, etc., esses
equipamentos não serão necessários a ela) e pode ser omissa com relação a
outros (Exemplo: se a U.V. está situada muito distante do centro setorial ou
urbano pode necessitar de alguns equipamentos característicos desse escalão Densidade bruta resultante: 81 hab./há
superior, côo igrejas, museus, colégios, etc.).
A título informativo apenas, eis as áreas necessárias,
aproximadamente, à implantação de uma U.V. de 8.000 habitantes 3.3. Setor
distribuídos a uma densidade imobiliária6 de 30 unidades residenciais por
hectare, ou seja, de 150 hab./hectare (densidade líquida). É um núcleo populacional urbano que abriga de 15.000 a 60.000 habitantes.
Os planejadores de Porto Rico recomendaram ao setor uma população em
torno de 40.000 habitantes (5 unidades de vizinhança de 8.000 habitantes
cada uma). Alguns autores chamam-no, às vezes, de neighbourhood
cluster.

Vejam-se os equipamentos mínimos correspondentes ao setor, além


daqueles, naturalmente, que integram suas unidades componentes:

Equipamento escolar, cultural e religioso:


Área em ha %
Escolas de 2° grau e, eventualmente, as 7ª e 8ª séries do 1° grau.
Habitação 53,0 53,5 Centro cultural (salas de conferencias, reuniões, concertos, bibliotecas,
museus ou galeria de exposição).
Templos ou igrejas.
Agencia de correios e telégrafos.
Equipamento comercial
Centro de comercio ocasional. Equipamento industrial
Mercado público distrital.
Hotéis. Indústrias leves e de prestação de serviços.

Equipamento social e de saúde Com relação aos equipamentos acima discriminados, são validas as
observações aos equipamentos pertinentes aos equipamentos da U.V. O
Centro de previdência social. mesmo se dirá dos equipamentos de qualquer escalão urbano, naturalmente.
Retiro de pessoas idosas.
Dispensário de proteção maternal e infantil. Também à guisa de informação, dá-se, a seguir, o dimensionamento
Dispensário de turbeculosos e higiene mental. aproximado das áreas de um setor de 40.000 habitantes com uma densidade
Hospital distrital. imobiliária de 150 hab./ha:
Hospital psiquiátrico. Área em ha %
Serviço de pronto-socorro
Maternidade. Habitação 1.3333,0 44
Espaço de recreação 880,0 26
Espaços livres, estacionamento e recreio Comércio (local e ocasional) 64,0 2
Estacionamento público. Equipamento social e de saúde 50,0 2
Grandes parques arborizados. Escolas 70,0 2
Estádio desportivo distrital.
Centro de diversão (cinemas, teatros, casas de jogos recreativos, etc.), Equipamento administrativo 25,0 1
Jardins públicos Indústrias e serviços 200,0 7
Cemitério.
Ruas e estacionamento 480,0 16
Equipamentos gerais 3.022,0 100 %

Centro administrativo (subprefeituras).


Matadouro.
Subdelegacia de policia. Convém notar que a taxa aparentemente baixa encontrada para ruas
Serviço de combate ao fogo. e estacionamento resulta da aplicação aos loteamentos das técnicas inovadas
Densidade bruta resultante: 73,5 hab./ha
Serviços estaduais (coletorias, serviços de arrecadação e fiscalização, etc.) de desenvolvimento em superquadras, ”cluster” e vias de acesso estritas.
Não se esquecerem nunca da relatividade desses números: são apenas
indicativos da ordem da grandeza.
3.4.Centro metropolitano ou urbano Centros de serviço social.
Pronto-socorros especializados.
É um núcleo populacional urbano, composto de diversos
setores, cuja população situa-se acima de 60.000 habitantes. Os
equipamentos e serviços de um centro metropolitano, além daqueles que
integram os escalões urbanos inferiores, devem ser: Espaços livres, estacionamento e recreios

Parque regional.

Equipamento escolar, cultural e religioso: Jardins botânico e zoológico.


Estádio desportivo regional.

Estabelecimento de ensino superior. Locais para recreação contemplativa.

Catedral.
Centro episcopal. Equipamentos gerais
Locais para concertos públicos e feiras de amostras.
Museus históricos, de artes e gerais. Administração local.
Centro cívico monumental. Órgãos da administração estadual.
Órgãos de administração federal.
Equipamento comercial Corpo de bombeiros.
Correios e telégrafos.

Centro de comercio excepcional. Estação rodoviária.

Armazéns gerais e comercio atacadista. Estação ferroviária.


Aeroporto.

Equipamento social e de saúde Heliporto.

Hospital regional geral. Equipamento industrial


Hospitais especializados.
Industrias pesadas e gerais (dentro do tecido urbano) e incômodos e A cidade polinucleada dá ao planejamento urbano uma escala
perigosas (distantes das áreas urbanizadas). humana, dificilmente encontrável sem ela. Tudo se passa como se o homem,
ao longo de sua formação física e intelectual, encontrasse, em determinadas
faixas etárias de sua vida, a protege-lo e a incentiva-lo ao desenvolvimento
Dentro do mesmo critério anterior e das mesmas restrições dá-se a pleno, estruturas e equipamentos urbanos adequados.
seguir o dimensionamento de uma metrópole de 200.0000 habitantes, com
uma densidade imobiliária de 30 unidades residenciais por hectare, ou seja,
150 hab./ha.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Área em ha %
Habitação 1.3333,0 44
Espaço de recreação 880,0 26
1. ALEXANDER, Christopher. Nuevas Ideas Sobre Diseño
Comércio 64,0 2
Urbano. Cuadernos Summa. Nueva Vision, numero 9.
Escolas 50,0 2
Equipamento social e de saúde 70,0 2 2. ALOMAR, Gabriel. Sociologia Urbanística. Madri: Aguilar,
Equipamento administrativo 25,0 1 1961, 181 pp.
Indústrias e serviços 200,0 7
Ruas e estacionamento 480,0 16 3. ALOMAR, Gabriel. “ Comunidad Planeada”. Madri: Instituto
3.022,0 100 % de Estúdios de Administración, Local. 1955, 229 pp.
4. ANDERSON, Nels. Sociologia de la Comunidade Urbana.
Densidade bruta resultante: 66 hab./ha México, B. Aires: Fondo de Cultura Econômica. 1965, 617 pp.
Observa-se que, para uma mesma densidade imobiliária (30 5. GIBBERD, Frederick. Diseño de Núcleos Urbanos. Buenos
unidades residenciais por hectare), a densidade bruta do núcleo populacional Aires: Editorial Contêmpora. 2 ª ed., 1961, 316 pp.
descreveu com o aumento da população, o que é facilmente compreensível.
6. GIST, Noel P. e FAVA, Sylvia Fleis. Sociedad Urbana.
Barcelona: Ediciones Omega S.A, 1968, 780, pp.
7. GOMES, J.C. Ä Cidade, seu Equipamento”. Setor de
publicações da Fac. De Arquitetura e Urbanismo da Univ. de São Paulo. São
4. A cidade polinucleada e a escala humana Paulo, 1964, p. 55.
8. JACOBS, Jane. Muerte y Vida de las Grandes Ciudades. Madri:
Conforme já ficou dito, a cidade polinucleada derivou do Ediciones Península.
urbanismo orgânico através da criação dos escalões urbanos. Sua unidade
básica é o bairro ou a unidade de vizinhança. A estrutura polinucleada 9. KELLER, Suzanne. The Urban Neighborhood. A Sociological
permite uma distribuição mais uniforme dos equipamentos comunitários a
toda a população, embora não restitua à família urbana o modo de vida do Perspective. Nova York: Random House. 1968, 201 pp.
grupo comunidade, ou seja, não restabelece o espírito comunitário.
10. LEDRUT, Raymond. L’Espace Social de la Ville. Paris: Editions
Anthropos, 1968, 370 pp.

Referência:
FERRARI, Célson. Curso de planejamento municipal integrado.
São Paulo, Editora Pioneira, 1982.

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