Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Revisão
*Especialista em Biomecânica (EEFD/UFRJ), Especialista em Anatomia e Biomecânica (UCB), Fisioterapeuta da Clínica Fisioi-
guaçu, Universidade Estácio de Sá (UNESA), **Especialista em Biomecânica (UNESA), Fisioterapeuta do Hospital Universitário
Gafrée e Guinle (UNIRIO)
Resumo Abstract
O ombro pode influenciar o movimento da coluna torácica e The shoulder may influence the thoracic spine movement and
vice-versa, mas há pouca evidência sobre essa relação. Movimentos vice versa, but there is little evidence about this relationship. Shoul-
do ombro associados à coluna cervical e lombar estão bem descritos der movements associated with cervical and lumbar are well descri-
na literatura. No entanto, há um menor número de dados dispo- bed in the literature. However, there is a lack of information about
níveis sobre a influência da coluna torácica e de outras estruturas the influence of thoracic spine and other structures on the shoulder
sobre os movimentos do ombro. O objetivo do estudo foi descrever movements. The aim of this study was to describe the relationship
a relação entre a coluna torácica e a função do ombro. Foi realizada between the thoracic spine and shoulder function. It was realized a
uma revisão de literatura nas bases de dados eletrônicos Bireme, literature review in the Bireme, Pubmed, Lilacs and Science Direct
Pubmed, Lilacs e Science Direct. Os descritores utilizados foram: database with the key-words: thoracic spine, shoulder function
coluna torácica, função do ombro e movimentos torácicos, com and thoracic movements, and their proper translations into Por-
suas devidas traduções para língua inglesa. A pesquisa abrangeu tuguese. The search covered a range of 17 years (1994-2011) and
um intervalo de 17 anos (1994-2011) e retornou 566 trabalhos. returned 566 papers. After applying the inclusion and exclusion
Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, e da análise criteria, and analysis of duplicated, remained 26 papers. It is believed
de duplicidade de citações, restaram 26 fontes. Acredita-se que as that postural deformities and muscle shortening can contribute to
alterações posturais e encurtamentos musculares contribuem para shoulder dysfunction, but these findings are not evident in experi-
disfunções do ombro, porém esses achados não são evidentes em mental or well instrumented studies. There is a strong correlation
estudos experimentais ou bem instrumentados. Existe uma forte cor- between functional and dynamic movements of the thoracic spi-
relação funcional e dinâmica entre movimentos da coluna torácica ne and movement patterns of the humerus and scapula. The physical
e os padrões de movimento do úmero e da escápula. A abordagem therapy approach may address the thoracic spine in patients with
fisioterapêutica deve contemplar a coluna torácica em indivíduos shoulder pain.
com dores no ombro. Key-words: thoracic wall, shoulder joint, biomechanics, disability.
Palavras-chave: parede torácica, articulação do ombro,
biomecânica, incapacidade.
Tabela I - Resumo dos achados encontrados em estudos que analisaram as relações estáticas entre a coluna torácica e o complexo do ombro.
Autor /Ano / Jornal de Tipo de estudo Características da amostra e testes Resultados
Publicação realizados
Bostard [3] Observacional 50 indivíduos assintomáticos. Indivíduos com cifose aumentada e me-
Descritivo Foram medidos a orientação escapular, nor comprimento do peitoral menor têm
cifose torácica e comprimento do peitoral maior tendência a problemas no ombro
menor por meio de eletromagnéticos e fita devido à alterações do posicionamento
métrica. escapular em repouso.
Kebaetse et al. [6] Observacional 34 indivíduos assintomáticos. Na postura de hipercifose há diminuição
Descritivo Postura ereta e curvada (hipercifose). da força muscular, diminuição do ADM
Cinemática escapular e ADM ativo do om- ativo, elevação da escápula e diminui-
bro durante a abdução no plano escapular ção de seus movimentos.
mensurada por um sistema eletromecânico
em 3D.
Força muscular medida por dinamometria.
McClure, Michener e Caso-controle 90 indivíduos (45 com SIS e 45 sem SIS). Não foram encontradas diferenças signi-
Karduna [7] ADM do ombro e cifose torácica por meio ficativas relacionando postura torácica e
da goniometria e força muscular pela dor em indivíduos com e sem SIS.
dinamometria. Alterações escapulotorácicas, de força
e ADM poderiam estar relacionadas a
mecanismos compensatórios relaciona-
dos à dor.
Herbert et al. [15] Caso-controle 51 sujeitos (41 com SIS e 10 sem SIS). Alterações do movimento escapular du-
Movimentos escapulares por dispositivos rante a abdução do braço em indivíduos
eletromagnéticos com SIS.
Greenfield et al. [16] Caso-controle 60 indivíduos (30 com SIS e 30 SIS). Apesar de encontrarem movimentos alte-
Movimentos escapulares, ADM do ombro rados da escápula e diminuição do ADM
e postura. do ombro, não observaram diferenças
na postura em indivíduos com e sem SIS.
Lewis, Green & Wright Caso-controle 60 individuos com SIS e 60 sem SIS. A postura da parte superior do corpo
[23] Anteriorização da cabeça, cifose torácica, não seguiu os padrões definidos na
posição escapular e diminuição do ADM literatura, e seus achados foram insu-
do ombro por um programa de análise ficientes para correlacionar postura e
posural. indivíduos com e sem SIS.
Lewis & Valentine [24] Caso-controle Mediram a curvatura da coluna torácica Apesar da avaliação interavaliadores ter
em 45 indivíduos com SIS e 45 sem SIS por sido boa, seus dados foram inconclusi-
meio de um inclinômetro. vos para indivíduos com e sem SIS.
Tabela II - Resumo dos achados encontrados em estudos que analisaram as relações dinâmicas entre a coluna torácica e o complexo do ombro.
Autor /Ano / Jornal de Tipo de estudo Características da amostra e testes Resultados
Publicação realizados
Theodoridis & Ruston [2] Observacional 25 mulheres assintomáticas. Foram avalia- Observaram um movimento padrão de
Descritivo das através de dispositivos eletromagnéti- inclinação e rotação ipsilateral acom-
cos para verificar padrões de movimentos panhados de extensão das vértebras
das vértebras torácicas (T2-T7) durante torácicas.
a elevação do braço no plano sagital e
escapular
Meurer et al. [13] Caso-controle Um estudo prospectivo com 50 indivíduos A maior mobilidade foi encontrada em
com SIS e 50 sem SIS. indivíduos sem SIS, não foram encontra-
Foram testar a mobilidade das vertebras das diferenças sobre a postura inicial da
torácicas superiores através de um disposi- coluna torácica.
tivo eletromagnético.
150 Fisioterapia Brasil - Volume 12 - Número 2 - março/abril de 2011
Crosbie et al. [12] Observacional 32 mulheres assintomáticas. Realizaram Foram observadas consistentes intera-
Descritivo flexão uni e bilateral da glenoumeral em ções e sincronias entre os movimentos
três planos (sagital, coronal e escapular) e do úmero, da escápula e segmentos
foram analisadas diversas variáveis através torácicos.
de dispositivos eletromagnéticos. Movimentos uni e bilaterais do ombro
produzem significativamente diferentes
padrões de movimentos vertebrais e nas
rotações escapulares.
Lee, Hodges & Coppie- Observacional 10 participantes assintomáticos. Durante os movimentos de flexão,
ters [27] Descritivo Foram monitorados através de EMG na multífidos e longuíssimo entraram em
região torácica (longuíssimo e multífidos) atividade antes da ativação do deltóide.
e ombro (deltóide), realizando movimentos
uni e bilaterais do ombro.
Boyles et al. [28] Experimental Manipulação torácica em 56 pacientes Evidenciou alterações significativas nos
com SIS. testes de Neer e Hawkins, melhora da
função e redução da dor nos testes de
resistência para rotação externa e rota-
ção interna e aumento da abdução ativa
do ombro.
Strunce et al. [29] Experimental Manipulação torácica em 21 pacientes Diminuição significativa nos níveis de dor
com dor no ombro em mais de 50% dos indivíduos.
Feil & Morgan [30] Revisão Revisou artigos que incluíam biomecânica Destacou a hipótese da Síndrome do T4.
e manipulação articular. Forneceu subsídios sobre os benefícios
Descreveu as alterações de movimento na da manipulação torácica na mobilidade
coluna torácica e relacionou com os movi- da escápula e do ombro.
mentos do complexo do ombro
autor a diminuição de ADM do ombro na postura curvada Crosbie et al. [12] realizaram um estudo em que o princi-
pode ser atribuído a menor inclinação posterior e menor pal objetivo foi investigar a sincronia e coordenação do úmero,
rotação ascendente da escápula nesta posição. Dessa forma, escápula e movimentos da coluna torácica e lombar durante
o acrômio pode criar uma barreira óssea que pode causar ou movimentos uni e bilaterais do membro superior no plano
contribuir para SIS e lesões repetitivas [6]. sagital, coronal e escapular. A extensão da coluna torácica só
Um dos mecanismos que podem potencializar a SIS seria ocorreu com a flexão bilateral dos ombros, independente dos
o encurtamento do peitoral menor, alterando o movimento planos. A flexão lateral da torácica alta e rotação axial ipsila-
escapular nos planos sagital e transverso. Devido às suas teral só foram predominantes quando houve uma elevação
inserções em processos coracóides e costelas esse encurta- unilateral do úmero e não bilateralmente. Nenhum movimen-
mento do peitoral menor durante o repouso, ocasionaria um to lombar foi significativo para os movimentos do braço. A
aumento da tensão passiva durante a elevação do ombro, o torácica baixa foi particularmente influenciada pela abdução
que restringe a rotação ascendente da escápula. Cabe ressaltar do úmero nos planos coronal e escapularO movimento de
que esses achados foram encontrados por Borstad [3,20] em extensão torácica baixa foi significantemente maior em todos
indivíduos assintomáticos. os três planos de movimentos do braço em relação a torácica
O posicionamento estático da coluna torácica pode não alta. Os autores sugerem que a região torácica superior é mais
ser o fator causal para a SIS. Apenas uma falta de mobilidade limitada devido a sua fixação nas costelas. O movimento de
torácica deve contribuir. McClure et al. [9] não encontraram flexão lateral da coluna torácica alta foi ligeiramente maior
diferenças significativas entre posição do ombro e postura durante a elevação do ombro ipsilateral. Já a região torácica
da coluna torácica superior em indivíduos com e sem SIS. baixa fletiu para o lado contralateral ao movimento do braço
Para os autores as alterações escapulotorácicas poderiam estar em todos os casos e o seu resultado foi significantemente
relacionadas a mecanismos compensatórios relacionados à maior do que o movimento na região torácica alta. A rotação
dor. A relação estática entre a coluna torácica e a função do axial da torácica alta foi maior do que na torácica baixa em
ombro não está ainda bem esclarecida [8,9], enquanto vários todos os planos de movimento. Todos os sujeitos da pesquisa
estudos suportam a relação entre movimentos e dor por causa apresentaram fortes correlações entre movimentos da coluna
de alterações da cinemática escapular [3,6-9,15-23]. vertebral e os padrões de movimento do úmero, assim como
rotação lateral escapular e movimento da coluna torácica alta.
Relações dinâmicas entre a coluna torácica e Lewis & Valentine [24] relataram que a extensão das vértebras
os movimentos do ombro torácicas durante a elevação do braço foi necessária para uma
amplitude de movimento completa.
Por muitos anos tem sido entendido, que o ADM com- A coluna torácica funciona como um elo fundamental na
pleto do ombro depende do movimento escapular, e que cinemática da elevação do ombro. As implicações clínicas e
especialmente durante a elevação unilateral do ombro, haverá os achados estão bem coordenados [12]. Assim como já foi
uma tendência de extensão e rotação da coluna para ampliar observado na coluna cervical [25] e na coluna lombar [26],
o movimento [12]. Muitos autores descrevem que uma existe um mecanismo de antecipação de movimento por parte
limitação funcional do movimento do ombro está associada dos músculos profundos da coluna torácica. Lee, Hodges e
também a uma restrição dos movimentos da escápula e da Coppieters [27] selecionaram 10 indivíduos nos quais foram
coluna torácica [2,10-13]. introduzidos eletrodos de agulha nos multífidos e longuíssi-
Segundo Meurer et al. [13], indivíduos saudáveis apresen- mos nos níveis de T5, T8 e T11 e também foram colocados
tam maior mobilidade da coluna torácica nos planos frontal eletrodos nas porções anteriores e posteriores do deltóide
e sagital e na rotação comparados com indivíduos com SIS. direito e esquerdo. Os indivíduos foram orientados a realizar
No mesmo estudo não foram observadas diferenças relati- movimentos uni e bilaterais do braço alternadamente. Foi
vas à postura inicial da coluna torácica [13]. Theodoridis e observado que durante a flexão do ombro, multífidos e lon-
Ruston [2] realizaram uma pesquisa com 25 indivíduos do guíssimos aumentaram suas atividades acima do considerado
gênero feminino, utilizando um dispositivo eletromagnético basal antes mesmo da contração do deltóide, esta atividade
na pele (não invasivo), nos processos espinhosos de T2 a T7. antecipatória ao movimento do braço deve ser planejada pelo
Os sujeitos foram orientados a realizar uma elevação do om- sistema nervoso central (SNC). Os autores acrescentam que
bro no plano escapular e no plano sagital (flexão voluntária o músculo longuíssimo desempenha um papel importante,
máxima). Vinte e três indivíduos apresentaram um padrão de tanto no controle de orientação da coluna vertebral, como
movimento para a inclinação e rotação lateral ipsilateral asso- também no controle do centro de massa (CM) durante alte-
ciada com extensão no plano sagital, enquanto 19 indivíduos rações no plano sagital [27].
encontraram o mesmo padrão durante a elevação do ombro no Um estudo que analisou a melhora da mobilidade torácica
plano escapular. Existem estudos que encontraram o mesmo através da manipulação vertebral em indivíduos com SIS, evi-
padrão de movimento com a coluna torácica superior, porém denciou alterações significativas nos testes de Neer e Hawkins,
com metodologia diferente[10-12]. melhora da função e redução da dor no teste de resistência
152 Fisioterapia Brasil - Volume 12 - Número 2 - março/abril de 2011
para rotação externa e rotação interna, além da abdução ativa and without shoulder impingement syndrome. Phys Ther
do ombro [28]. Strunce et al. [29] também observaram me- 2006;86(8):1075-90.
lhoria nos sintomas de SIS e diminuição da intensidade de 8. Sahrmann SA. Does postural assessment contribute to patient
dor em 50% dos indivíduos que sofreram uma intervenção care? J Orthop Sports Phys Ther 2002;32(8):376-9.
9. Sahrmann SA. Diagnóstico e tratamento das síndromes de
com manipulação vertebral na região torácica e nas costelas.
disfunção motora. São Paulo: Santos; 2005.
Uma das hipóteses para a correlação entre a mobilidade 10. Willems JM, Jull GA, J KF. An in vivo study of the primary and
torácica e a função do ombro está na sindrome de T4, esta coupled rotations of the thoracic spine. Clin Biomech (Bristol,
sindrome foi aceita por alguns profissionais de saúde nas Avon) 1996;11(6):311-6.
últimas décadas, mas ainda faltam provas para comprovar 11. Stewart SG, Jull GA, Ng JK-F, Willems JM. An initial analysis
sua real existência. A síndrome de T4 cursa com diminuição of thoracic spine movement during unilateral arm elevation. J
do ADM do ombro, dor difusa no tronco e ombro além Man Manip Ther 1995;3(1):15-20.
de alterações sensoriais. A teoria da síndrome de T4 atribui 12. Crosbie J, Kilbreath SL, Hollmann L, York S. Scapulohumeral
muitos dos problemas observados em ombros, a uma perda rhythm and associated spinal motion. Clin Biomech (Bristol,
Avon) 2008;23(2):184-92.
da extensão normal que ocorre nesta vértebra [30].
13. Meurer A, Grober J, Betz U, Decking J, Rompe JD. BWS-
Como podemos observar a dinâmica da coluna toráci-
mobility in patients with an impingement syndrome compared
ca pode ser considerada um fator novo na abordagem das to healthy subjects--an inclinometric study. Z Orthop Ihre
patologias do ombro, apesar de ainda não estar incluida em Grenzgeb 2004;142(4):415-20.
alguns resumos de artigos e congressos, onde são abordados 14. Edmondston SJ, Singer KP. Thoracic spine: anatomical and
principalmente as relações estáticas [31]. biomechanical considerations for manual therapy. Man Ther
1997;2(3):132-43.
Conclusão 15. Hebert LJ, Moffet H, McFadyen BJ, Dionne CE. Scapular
behavior in shoulder impingement syndrome. Arch Phys Med
Acredita-se que as alterações posturais e encurtamentos Rehabil 2002;83(1):60-9.
16. Greenfield B, Catlin PA, Coats PW, Green E, McDonald JJ,
musculares contribuem para disfunções do ombro, porém
North C. Posture in patients with shoulder overuse injuries and
esses achados não são evidentes em estudos experimentais healthy individuals. J Orthop Sports Phys Ther 1995;21(5):287-
ou bem instrumentados. Vários estudos suportam a relação 95.
entre movimentos da coluna torácica e função do ombro em 17. Lewis JS, Green A, Wright C. Subacromial impingement syn-
decorrência das alterações cinemáticas da escápula. Existe uma drome: the role of posture and muscle imbalance. J Shoulder
forte correlação funcional e dinâmica entre movimentos da Elbow Surg 2005;14(4):385-92.
coluna torácica e os padrões de movimento do úmero e da 18. Lukasiewicz AC, McClure P, Michener L, Pratt N, Sennett B.
escápula. Clinicamente estes achados sugerem que a avaliação Comparison of 3-dimensional scapular position and orientation
funcional do ombro deve incluir a avaliação da cinemática between subjects with and without shoulder impingement. J
Orthop Sports Phys Ther 1999;29(10):574-83.
da coluna torácica e escapular, de modo que seu tratamento
19. Ludewig PM, Cook TM. Alterations in shoulder kinematics and
deve incluir técnicas que auxiliem na mobilidade torácica e
associated muscle activity in people with symptoms of shoulder
na coordenação escapular. impingement. Phys Ther 2000;80(3):276-91.
20. Borstad JD, Ludewig PM. The effect of long versus short
Referências pectoralis minor resting length on scapular kinema-
tics in healthy individuals. J Orthop Sports Phys Ther
1. Almeida RS, Nogueira LAC. Aplicação do protocolo para re- 2005;35(4):227-38.
cuperação da síndrome do impacto subacromial proposto pelo 21. Karduna AR, McClure PW, Michener LA, Sennett B. Dynamic
setor de fisioterapia do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle measurements of three-dimensional scapular kinematics: a vali-
- um relato de caso. Metascience 2005;2:5-7. dation study. J Biomech Eng 2001;123(2):184-90.
2. Theodoridis D, Ruston S. The effect of shoulder movements 22. Hinman MR. Interrater reliability of flexicurve postural me-
on thoracic spine 3D motion. Clin Biomech (Bristol, Avon) asures among novice users. J Back Musculoskeletal Rehabil
2002;17(5):418-21. 2003;17:33-6.
3. Borstad JD. Resting position variables at the shoulder: evi- 23. Lewis JS, Wright C, Green A. Subacromial impingement
dence to support a posture-impairment association. Phys Ther syndrome: the effect of changing posture on shoulder range
2006;86(4):549-57. of movement. J Orthop Sports Phys Ther 2005;35(2):72-87.
4. Caillet R. Dor no ombro. 3a ed. Porto Alegre: Artmed; 2001. 24. Lewis JS, Valentine RE. Clinical measurement of the thora-
5. Glenn CT, Thomas MC. Functional anatomy of the shoulder. cic kyphosis. A study of the intra-rater reliability in subjects
J Athl Train 2000;35(3):248-55. with and without shoulder pain. BMC Musculoskelet Disord
6. Kebaetse M, McClure P, Pratt NA. Thoracic position effect on 2010;11:39.
shoulder range of motion, strength, and three-dimensional sca- 25. Falla DL, Jull GA, Hodges PW. Patients with neck pain demons-
pular kinematics. Arch Phys Med Rehabil 1999;80(8):945-50. trate reduced electromyographic activity of the deep cervical
7. McClure PW, Michener LA, Karduna AR. Shoulder func- flexor muscles during performance of the craniocervical flexion
tion and 3-dimensional scapular kinematics in people with test. Spine (Phila Pa 1976) 2004;29(19):2108-14.
Fisioterapia Brasil - Volume 12 - Número 2 - março/abril de 2011 153
26. Hodges PW, Richardson CA. Inefficient muscular stabilization manipulation on patients with shoulder impingement syndro-
of the lumbar spine associated with low back pain. A motor me. Man Ther 2009;14(4):375-80.
control evaluation of transversus abdominis. Spine (Phila Pa 29. Strunce JB, Walker MJ, Boyles RE, Young BA. The immediate
1976) 1996;21(22):2640-50. effects of thoracic spine and rib manipulation on subjects
27. Lee LJ, Coppieters MW, Hodges PW. Anticipatory postural with primary complaints of shoulder pain. J Man Manip Ther
adjustments to arm movement reveal complex control of 2009;17(4):230-6.
paraspinal muscles in the thorax. J Electromyogr Kinesiol 30. Feil CH, Morgan WE. The importance of the thoracic spine in
2009;19(1):46-54. shoulder mechanics. Dynamic Chiropractic 2010;10(28):17-8.
28. Boyles RE, Ritland BM, Miracle BM, Barclay DM, Faul MS, 31. Ludewig PM, Braman JP. Shoulder impingement: Biomechani-
Moore JH, et al. The short-term effects of thoracic spine thrust cal considerations in rehabilitation. Man Ther 2011;1(16):33-9.