Universidade Federal de São João del-Rei

Campus Alto Paraopeba

Departamento de Química, Biotecnologia e Engenharia de
Bioprocessos

DISCIPLINA: QUÍMICA ANALÍTICA APLICADA À BIOPROCESSOS

EXPERIMENTAL

PRÁTICA 1 - VIDRARIAS VOLUMÉTRICAS E NÃO VOLUMÉTRICAS

1. INTRODUÇÃO:
Ao se colocar um determinado líquido em um recipiente para efetuar a medida de seu
volume, a linha divisória entre o líquido e o ar denomina-se menisco, e é utilizada como
referência para a leitura do volume para a maioria dos líquidos, o menisco apresenta um
mínimo na região central do aparelho de medida. Isto ocorre, devido à superioridade das
forças adesivas (líquido-recipiente) em relação às forças coesivas (líquido-líquido). Se o líquido
for transparente, deve-se utilizar o ponto de mínimo para efetuar a leitura. Se for opaco, utiliza-
se a parte superior.
Nos casos em que as forças coesivas (líquido-líquido) são maiores que as forças adesivas
(líquido-recipiente) o menisco apresenta um ponto máximo, o qual deve ser utilizado como
referência para leitura.
Para efetuar a leitura do volume de um líquido, procure sempre posicionar-se de modo
que a sua linha de visão fique, em relação à superfície do líquido, como ilustrado na Figura 1.
Este procedimento evita erros de leitura decorrentes de um mau posicionamento de seu olho
em relação à altura do menisco do líquido.

Figura 1: Modo correto de se ler o volume de um líquido: LINHA DE VISÃO HORIZONTAL À

SUPERFÍCIE DO LÍQUIDO.

A Figura 2 ilustra parte da escala de uma proveta de 100 mL, cuja menor divisão é de 1
mL, onde o menisco está localizado entre 90 e 91 mL. Como expressar o valor do volume? Se
escrevêssemos que o volume é de 90,1 ml ou de 90,3 ml, não teríamos muita certeza a
respeito deste último algarismo. Nota-se, então, que o último algarismo é duvidoso e a sua

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avaliação, através de subdivisões mentais, varia de pessoa para pessoa e caracteriza um erra
associado à medida.

Figura 2: Visão expandida de parte da escala de uma proveta de 100 mL; o menisco está entre
90 e 91 mL.

2. OBJETIVO:
Conhecer equipamentos e técnicas de medidas de volumes em laboratório e aprender a
desenvolver cálculos com algarismos significativos.

3. MATERIAIS E MÉTODOS:
3.1 MATERIAIS E REAGENTES:
- Béquer de 50 mL e 100 mL
- Erlenmeyer de 50 mL
- Pipeta graduada de 10 mL
- Pipeta volumétrica de 10 mL e 25 mL
- Proveta de 10 e 50 mL
- Bureta de 25 mL
- Balão volumétrico de 50 mL

3.2 PROCEDIMENTO:
a) Tarar um béquer seco de 100 mL. Medir 10 mL de água com uma proveta de 10 mL,
colocar no béquer e anotar a massa obtida. Repetir o procedimento usando uma pipeta
volumétrica de 10 mL, uma pipeta graduada de 10 mL e uma bureta de 10 mL anotando as
massas de água em cada caso.
b) Medir 50 mL de água em uma proveta graduada de 50 mL. Transferir para um erlenmeyer
de 50 mL . Comparar as medidas. Repetir o procedimento transferindo o mesmo volume de
água de uma proveta para o béquer. OBS.: todos os aparatos devem ter a mesma capacidade.
c) Pipetar 10 mL de água usando a pipeta graduada. Transferir para a proveta de 10 mL.
Comparar a precisão das escalas.

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d) Pipetar 25 mL de água usando a pipeta volumétrica. Transferir para uma bureta de 25 mL
(verifique se não há ar na bureta, principalmente nas proximidades da torneira). Transferir o
volume para o erlenmeyer.
e) Encher um balão volumétrico de 50 mL com água. Transferir o volume para uma proveta de
50 mL. Em seguida realizar o processo inverso (transferência da água da proveta para o balão
volumétrico).

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BACCAN, N., DE ANDRADE, J. C., GODINHO, O.E. S., BARONE, J. S. Química Analítica
Quantitativa Elementar. 3aedição. São Paulo: Edgard Blucher, 2001.
BROWN, T. L., LEMAY, H. E. JR., BURSEN, B. E. Química - A Ciência Central. 9ª edição.
São Paulo: Pearson, 2005.
FURNISS, B.S. Vogel´s Textbook of Practical Organic Chemistry. 5ª edição. Nova Iorque:
Prentice Hall, 1989.
KOTZ, J. C., TREICHEL, P. M. JR. Química Geral e Reações Químicas. Vol. 1 e 2. Tradução
da 5ª edição. Thomson: São Paulo, 2005.