Você está na página 1de 6

FÍSICA E QUÍMICA A – 10º ANO

2021/2022
SALESIANOS DO ESTORIL ALQ 2.2
- Soluções a partir de solutos sólidos
ESCOLA ALQ 2.3
Diluição de soluções
fev. 2022

NOME: N.º Turma

APRENDIZAGENS ESPECÍFICAS

AVALIAÇÃO
APRENDIZAGENS ESSENCIAIS
NC C
A.L.2.1. Soluções a partir de solutos sólidos
A.L.2.2. Diluição de soluções
Preparar soluções aquosas a partir de solutos sólidos, avaliando procedimentos e comunicando os resultados.
Preparar soluções aquosas por diluição, avaliando procedimentos e comunicando os resultados.
Efetuar cálculos necessários à preparação de soluções a partir de um soluto sólido.
Determinar a concentração de uma solução preparada com base nos valores medidos, tendo em
atenção o número correto de algarismos significativos.
Efetuar cálculos necessários à preparação de soluções por diluição, em particular utilizando o
fator de diluição
Relacionar a concentração de uma solução diluída com o fator de diluição e com a cor final da
solução.

Legenda: NC – Aprendizagem ainda não consolidada; C – Aprendizagem consolidada.

FUNDAMENTO TEÓRICO
A preparação de soluções é uma das técnicas mais frequentemente realizada num laboratório de Química.

Uma solução é uma mistura homogénea, que pode estar num dos três estados físicos (sólido, líquido ou
gasoso). No entanto, as soluções mais comuns no laboratório são as soluções líquidas, ou seja, em que o
solvente se encontra no estado liquido.

Uma solução-padrão é uma solução com concentração rigorosamente conhecida.

As soluções devem preparar-se a partir de substâncias químicas com elevado grau de pureza. Sabendo a
concentração pretendida e o volume a preparar, calcula-se a quantidade de soluto nessária, tendo em conta
as suas características.

Na preparação de uma solução, com determinada concentração, é necessário usar um balão volumétrico, o
qual permite medir, com grande exatidão, um volume correspondente à sua capacidade, tendo em conta as
variações de volumes que resultam da adição de substãncias.

Prof.ª Estela Rodrigues 1


A determinação da concentração resulta da mediação de massas e volumes, medidas que são afetadas por
uma incerteza de leitura que depende do instrumento de medida utilizado. Na medição de massas são
utilizadas balanças com maior ou menor grau de precisão (digitais, analíticas, …). A medição rigorosa de um
volume pode ser feita utilizando dois tipos de pipetas: a graduada, que se usa na medição rigorosa de
volumes variáveis de líquidos até à capacidade máxima indicada pela escala, e a volumétirca, que se usa na
medição rigorosa de volumes fixos de líquidos. Esta última apresenta, por norma, menor incerteza absoluta
de leitura, devendo-se optar por esta sempre que possível. Por mais sofisticado que seja o instrumento de
medida e por mais adequada que seja a técnica de medição, estas medições são sempre afetadas por erros
sistemáticos e aleatórios.

Quando a solução não é usada na altura em que é preparada, é necessário efetuar o seu armazenamento de
forma adequada, para que não ocorra contaminação nem alteração da sua concentração. Para isso, utilizam-
se frascos apropriados conforme o tipo de solução, os quais devem estar convenientemente lavados com
água, passando-se ainda com a própria solução antes de se efetuar a transferência, para eliminação de
qualquer resto de água que possa afetar a sua concentração. Devem ser identificados com rótulos, indicando,
pelo menos, o nome da solução preparada, a concentração e a data de preparação.

Nota: ler ainda as páginas 167 e 168 do manual.

I. SOLUÇÕES A PARTIR DE SOLUTOS SÓLIDOS

QUESTÕES PRÉ-LABORATORIAIS

1. Analisando o rótulo apresentado, referente a um frasco de sulfato de


cobre (II) penta-hidratado, identifique os riscos e cuidados a ter no
manuseamento da substância.
Substância nociva por ingestão, irritante em contacto com a pele e com
os olhos e perigosa para o ambiente.
Deve manusear-se com luvas e os resíduos não devem ser lançados no
esgoto.

2. Determine a massa de sulfato de cobre (II) penta-hidratado, CuSO4•5H2O, necessária para preparar 100
cm3 de uma solução aquosa de concentração 0,050 mol dm—3.

M(CuSO4•5H2O) = 249,68 g mol—1


n n
c=  0,050 =  n = 5,0 x 10—3 mol
V 100 x 10-3

m m
M=  249,68 =  m = 1,248 g (1)
n 5,00 x 10-3
(1) (o número correto de algarismos significativos deveria ser 2, mas, como a leitura na balança pode ser feita até às
milésimas, o resultado é apresentado com 4 algarismos significativos).

Prof.ª Estela Rodrigues 2


MATERIAL E REAGENTES
Identifique o material e os reagentes que vai utilizar, indicando o alcance e a incerteza de leitura associada
aos instrumentos de medida.
― Gobelé de 50 mL ― Sulfato de cobre (II) penta-hidratado
― Gobelé de 100 mL ― Água destilada
― Balão volumétrico de (100,0 ± 0,1) mL
― Funil de vidro
― Frasco para armazenamento de soluções
― Vareta de vidro
― Espátula
― Conta-gotas
― Esguicho
― Balança digital (alcance: 365 g; incerteza de leitura: 0,001 g)

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1. Medir a massa de soluto, calculada na questão pré-laboratorial 2, num copo de precipitação, com auxílio
de uma espátula, usando uma balança digital. Registar o valor medido, tendo em conta a incerteza de
leitura da balança.

2. Dissolver todo o soluto usando parte de solvente necessário, agitando com uma vareta de vidro.

3. Transvasar a solução para o balão volumétrico, com auxílio de um funil, lavando o copo de precipitação,
a vareta de vidro e o funil com solvente para arrastar todo o soluto.

4. Adicionar água destilada até ao traço de referência do balão volumétrico, primeiro com o esguicho e
depois com um conta-gotas.

5. Tapar e homogeneizar a solução, invertendo várias vezes o balão volumétrico.

6. Enxaguar o mesmo frasco três vezes com pequenas porções da solução preparada, rejeitando a solução
de enxaguamento.

7. Verter a restante solução para dentro do frasco e rotular convenientemente (CuSO4•5H2O (aq); valor da
concentração; data de preparação).

REGISTO DE OBSERVAÇÕES

Valores medidos, com as respetivas incertezas de leitura:

- massa de soluto, m: (1,251 ± 0,001) g

- volume de solução, V: (100,0 ± 0,1) mL

Prof.ª Estela Rodrigues 3


QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

1. Indique o número de algarismos significativos (a.s.) de cada um dos valores medidos.


O valor da massa de soluto tem 4 a.s. e o valor do volume de solução tem 4 a.s.

2. Determine a concentração da solução preparada com base nos valores medidos. Tenha em atenção o
número correto de algarismos significativos.

M(CuSO4•5H2O) = 249,68 g mol—1


m(CuSO4•5H2O) = 1,251 g
Vsolução = 100,0 mL

m 1,251
M=  249,68 =  n = 5,010 x 10—3 mol
n n

n 5,010 x10 −3
c= c=  c = 5,010 x 10—2 mol dm—3
V 100,0 x10 −3

|5,010 x 10 −2 − 5,0 x 10 −2 |
desvio percentual = x 100 = 0,2 %
5,0 x 10 −2

3. Indique possíveis erros cometidos, no procedimento ou nas medições efetuadas, que possam ter afetado
a concentração da solução preparada.

A concentração da solução preparada pode ser afetada pela perda de massa de soluto entre a pesagem
e a sua dissolução; pela perda de volume de solução na transferência para o balão; devido a um mau
acerto do menisco com o traço do balão (por exemplo, por erros de paralaxe); presença de gotas de
água acima do traço do balão (no seu interior) antes da homogeneização da solução; bolhas de ar no
balão volumétrico; enxaguamento insuficiente do recipiente de armazenamento pode resultar em
contaminações da solução ou na alteração da sua composição.

Prof.ª Estela Rodrigues 4


II. DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES

QUESTÃO PRÉ-LABORATORIAL

1. Complete o esquema seguinte com as informações em falta (I, II e III), relativas a três soluções A, B e C.

c inicial n V
f= OU, como o ninicial = nfinal com c = , então f = final
c final V Vinicial

I.
Vfinal 50
f= 5=  Vinicial = 10 mL
Vinicial Vinicial

II.
Vfinal V
f=  10 = final  Vfinal = 25 mL
Vinicial 2,5

III.
Vfinal 250 c inicial 0,0010
f= f=  f = 25 OU f= f=  f = 25
Vinicial 10 c final 4,0 x 10 −5

O fator de diluição da solução C em relação à solução-mãe pode ser determinado pelo cálculo,
c inicial 0,050
f= f=  f = 1250
c final 4,0 x 10 −5

OU
F
f = fI x fII x fIII  f = 5 x 10 x 25  f = 1250

Prof.ª Estela Rodrigues 5


MATERIAL E REAGENTES
Identifique o material e os reagentes que vai utilizar, indicando o alcance e a incerteza de leitura associada
aos instrumentos de medida.
― Gobelé de 100 mL
― Balão volumétrico de (50,00 ± 0,06) mL
― Pipeta volumétrica de (10,00 ± 0,02) mL
― Conta-gotas
― Pompete
― Esguicho

― Solução aquosa de sulfato de cobre penta-hidratado 0,05010 mol dm—3


― Água destilada

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1. Medir, com uma pipeta, o volume de solução a diluir (solução-mãe preparada na parte I da aula) para
preparação da solução A (questão pré-laboratorial 1, parte II).

2. Verter para o balão volumétrico adequado.

3. Adicionar solvente ao balão volumétrico e complete até ao traço de referência, primeiro com o esguicho
e depois com um conta-gotas.

4. Tapar e homogeneizar a solução, invertendo várias vezes o balão volumétrico.

REGISTO DE OBSERVAÇÕES

Valores medidos, com as respetivas incertezas de leitura:

- volume de solução-mãe para preparação da solução A, Vmãe A: (10,00 ± 0,02) mL

- volume de solução A, VA: (50,00 ± 0,06) mL

QUESTÕES PÓS-LABORATORIAIS

1. Identifique a solução mais diluída e relacione a concentração dessa solução com o fator de diluição e com
a cor final da solução.

A solução mais diluída é a solução A, com uma concentração 5 vezes menor do que a concentração da
solução inicial (solução-mãe) e uma cor azul mais ténue.

2. Indique possíveis erros cometidos, no procedimento ou nas medições efetuadas, que possam ter afetado
as concentrações das soluções preparadas.

Acerto incorreto do menisco com o traço do balão volumétrico ou da pipeta (por exemplo, por erros de
paralaxe); manuseamento errado do instrumento de medida; perdas acidentais de solução mãe
aquando da transferência para o segundo balão volumétrico; bolhas de ar na pipeta ou no balão
volumétrico; …
Prof.ª Estela Rodrigues 6

Você também pode gostar