Você está na página 1de 12

2021

Luiza Ramos
Rosilda Arruda
25/10/2021
1

ELABORAÇÃO

Coordenação:
Luiza Olivia Lacerda Ramos
Rosilda Arruda Ferreira

Colaboradores (Formadores por ordem alfabética)


Alexandre Correia da Silva Jesus
Ana Cristina Fernandes de Paula Santos
Ana Karine Loula Torres Rocha
Andrea Cristina Bomfim da Silva
Cledineia Carvalho Santos
Cristiane de Almeida Moreira
Daniel Barbosa da Silva
Débora da Silva Santana Moreira
Doraney Fabrícia Mota
Elielson Teixeira
Emanuele Caicó Bittencourt
Emilia Isabel Rabelo de Souza
Fabrizia Maria Souza Lacerda Alves
Fernanda Karla de Santana Reis Argolo
Flavia Batista Santos
Gerusa do Livramento Carneiro de Oliveira Moura
Gilbene Esquivel Souza
Irene Carvalho de Brito Cotrim
Jamille da Silva Moraes
Jeane Rufina de Souza Silva
Josirlene Cardoso Lima Fonseca
Jucineide Lessa de Carvalho
Karine Nascimento Silva
Laís Silva Matos
Larissa Vasconcelos Longo
Luciana Nobre de Jesus Santos
Luiz Henrique Hora Coelho Júnior
Luzileide de Jesus Santos e Santos
Maria Cristina Barbosa Lima
Maria das Graças Souza Moreira
Maura da Silva Miranda
Renilton da Silva Sandes
Rogério Santos Souza
Rose Maria Pereira de Souza Bonfim
Silvana Pereira Santos
Sílvia Letícia Castro Costa
Tânia Maria Nunes Nascimento
Taylane Santos do Nascimento
2

DCRB NA ESCOLA
O PPP EM TRÊS ATOS
Para começo de conversa!
Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela
ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade
da manhã desenhava o horizonte. Depois lãs mais vivas, quentes
lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava.
(MARIA COLASANTI, 2004)

Do que trata este documento?


Este documento se constitui como um roteiro sugestivo que problematiza desafios e
conquistas a serem considerados no processo de (re)elaboração e tecitura do PPP das
escolas baianas. Ele foi produzido em sintonia com as expectativas dos municípios baianos
que se encontram imersos no processo de revisão de seus currículos frente aos novos
referenciais postos nos âmbitos nacional (Base Nacional Comum Curricular-BNCC),
estadual (Documento Curricular Referrencial da Bahia-DCRB) e municipais (Documentos
Curriculares Referenciais dos Municípios Baianos-DCRMs)

Foi produzido como um exercício colaborativo tecido em um contexto de formação rico de


reflexões críticas e propositivas em que o esperançar de uma escola como espaço de
formação humana, integral e democrática foi o ponto de convergência que uniu os sujeitos
para a sua produção.

Qual sua intencionalidade?


Espera-se que este documento, intitulado “O PPP em três atos”, possa servir como
inspiração/orientação para a produção/revisão dos PPPs das escolas baianas no contexto
de significativas mudanças curriculares. Para tanto, toma como ponto de partida a
problematização de aspectos, temáticas e desafios que brotam do chão da escola no seu
tecer cotidiano.

Decerto, as questões problematizadoras que o documento traz são apenas recortes de


aspectos possíveis. Algumas delas tocarão de perto certas comunidadades escolares,
outras talvez estejam mais distantes. Algumas já sejam objetos de reflexão cotidiana,
outras, nem tanto. Algumas sequer foram pensadas. Mas essa é a intenção: inspirar e
mobilizar para a construção coletiva de respostas e quiçá novas perguntas sobre a escola
que temos e a escola que se quer construir!

Vamos tecer juntos!


3

O PPP EM TRÊS ATOS


(Questões inspiradores/orientadoras)

INTRODUÇÃO
1. IDENTIDADE E ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL (ATO SITUACIONAL)
1.1. Organização institucional e perfil identitário
 Função social
 Visão, valores, missão e finalidades.
 Características

• Função social, visão, valores, missão e finalidades

Qual a razão de ser da Escola (Visão)? Que papel a Escola pretende ter para a comunidade (Missão)?
Quais são os princípios que norteiam o trabalho da Escola e o que ela intenciona mobilizar junto
com a comunidade (Valores)?
• Características

De que forma a Escola se relaciona com a comunidade e seu entorno? Quem é essa comunidade
(contexto e perfil socioeconômico; acesso aos serviços públicos de saúde, assistência social; acesso
aos bens de consumo; atividades culturais e de lazer; alunos fora da escola na comunidade)? Quem
faz a gestão administrativa? Que recursos recebe? Possui organograma prévio? Como é realizada a
gestão da Escola? Como se dá a constituição da equipe gestora (administrativa e pedagógica)? De
que maneira é realizada a tomada de decisões? Qual o perfil da equipe escolar? Que funções
desempenham? Como o papel/função impacta no desenvolvimento do trabalho da Escola? Que
espaços físicos constituem a escola? Que modalidades e etapas são ofertadas? Qual o número de
estudantes por turno? Que perfis possuem as famílias e como participam da vida da Escolar? Onde
moram, em que trabalham, são alfabetizados, possuem que tipos de rendas? Frequentam a escola
de seus filhos? Que tipos de problemas sociais são mais frequentes na comunidade?

1.2. As marcas no tempo: a história institucional

• Histórico

Quando, como, onde (questões geográficas) e por que surgiu a Escola? Quando ela foi
institucionalizada (data e ato de criação)? Qual é a origem do seu nome? Que transformações
ocorreram ao longo do tempo (estruturais, público atendido, modelos de gestão, outras)? Quais
projetos e programas foram desenvolvidos ao longo dos anos? Quais foram/são suas as
contribuições para a escola? Que fatos marcantes da história da Escola precisam ser destacados
para compreensão de sua história? Quais os principais desafios enfrentados pela Escola ao longo
da sua história? Todos concordam com os saberes que foram compondo os currículos escolares ao
longo da história?

1.3. O diagnóstico atual da rede/instituição

• Avaliação Institucional
O que é avaliação institucional para a escola? Quais as finalidades e objetivos da avaliação
institucional para a comunidade escolar? Quais estratégias e instrumentos são/serão utilizados
para avaliação? Quando avaliar? Quem avalia e legitima a pertinência da avaliação institucional? O
que fazer com os resultados da avaliação institucional e da avaliação externa no espaço escolar?
Quais dimensões da avaliação estão presentes na realidade situacional da escola? Qual o lugar da
avaliação da aprendizagem no processo de avaliação institucional? Quais os principais resultados
4

das avaliações sobre a Escola (evolução dos índices de aprovação, reprovação, distorção idade-
série e evasão, índices do IDEP, proficiência).

2. CONCEPÇÕES, PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS (ATO CONCEITUAL)


2.1. Concepção institucional de ser humano, sociedade, cultura, educação
integral, escola e ensino, ciência, tecnologia, trabalho.

Ser humano
Qual a concepção de ser humano a Escola tem? Como o ser humano é percebido: como sujeito
cujos comportamentos e visões de mundo são predeterminados, ou como sujeito autônomo e
agente de transformação? Que críticas pode-se fazer quanto aos pressupostos que a Escola
defende? Como as crianças, adolescentes, jovens e idosos podem ser percebidos nesse mundo
novo? Que ser humano a escola pretende ajudar a formar? Por que se apropriar dos conhecimentos
socialmente produzidos e acumulados historicamente (ciência, técnica, arte, filosofia, política,
religião, valores...) é relevante para nossa formação como seres humanos?
Sociedade e cultura
Como se insere a ideia de sociedade no PPP? Qual o lugar da escola na transformação social para a
garantia dos direitos à aprendizagem? Qual a concepção de cidadania no PPP? Qual a relação entre
o acesso ao conhecimento e o poder na sociedade? Como os debates sobre cultura e diversidade
humana se inserem no PPP? Qual o conceito de cultura defendido pela escola? Como a escola
valoriza as manifestações culturais locais para dar sentido aos saberes científicos?
Educação integral, ensino e escola
Quais concepções de educação integral, ensino e escola é defendido no PPP? Como essas
concepções se articulam aos pressupostos contemplados nos referenciais curriculares
orientadores (DCRB/DCRM)? Quais correntes pedagógicas a escola/rede assume e como as
caracterizam? A mediação tecida no processo de formação humana produzido na escola promove
os direitos de todos os sujeitos igualmente? É justa e equânime? Que tipo de conhecimento a escola
deve priorizar na formação de seus estudantes? Qual é a principal função da escola como
instituição? Quem define o que deve ser reconhecido e priorizado no trabalho a ser realizado pela
escola? Como ela pode contribuir para que outras formas de convivência social emerjam? A escola
ainda é um espaço de reprodução de desigualdades e exclusão? Mas como a escola pode ser
diferente?
Ciência e Tecnologia
O que a escola compreende como ciência? Como a escola relaciona os saberes populares locais
com os saberes científicos acumulados historicamente pela sociedade? Qual a concepção de
tecnologia para a escola? Qual é a relação que a escola faz entre a tecnologia e o ensino-
aprendizagem? Como a escola pode inserir a tecnologia digital como aliada do processo ensino-
aprendizagem?
Trabalho
Qual a ideia que a Escola concebe sobre o mundo do trabalho? Como a escola relaciona educação
integral e preparação para o trabalho? Como a escola pode garantir no currículo valores das
comunidades como cultura, tradições, mundo do trabalho, oralidade, estética, respeito ao
ambiente e a memória?
5

2.2. Concepção de currículo


Prinípios e fundamentos do currículo
 Princípios do currículo
Quais os saberes precisam ser garantidos ao processo de aprendizagem das crianças e devem
compor o PPP das escolas, considerando experiências, saberes e conhecimentos que fazem parte do
patrimônio cultural, artístico e tecnológico?
 Fundamentos
Quais as concepções teóricas que fundamentam definições para os pressupostos curriculares que
garantam a formação dos sujeitos de direito? A pergunta central do campo do currículo se refere ao
conhecimento legitimado para a formação de sujeitos e sociedade, quem são esses sujeitos e a quem
esse conhecimento serve? Como essa compreensão de currículo se articula com a referencializada
no DCRB e DCRM? Na perspectiva dessa compreensão do coletivo sobre o currículo: quais os
fundamentos que permeiam/devem permear as ações pedagógicas? Quais valores humanos
fundamentam e/ou devem fundamentar o currículo no cotidiano da Escola? Como se concebe o
ensino, a aprendizagem e a avaliação? Como orientar a formação humana na perspectiva da
integralidade?

2.3. Concepção de gestão democrática


 Gestão democrática
Com qual concepção de gestão a Escola se identifica? Qual a concepção de gestão escolar no
contexto da rede e nos documentos referenciais curriculares (DCRB/DCRM)? Como a concepção de
participação é tratada no PPP? Como as relações de poder são percebidas na concepção de gestão
que a Escola defende? O acesso à informação, a participação nas decisões, o compromisso com a
implementação das decisões e o acompanhamento e avalição dos resultados alcançados são
realizados colaborativamente e estão previstos no PPP da Escola? A escola possui Grêmio Estudantil,
Conselho Escolar, Conselho de Classe e APM? Pretende criá-los? Que outras estratégias a Escola
poderá adotar para oportunizar a participação e a contribuição de todos?

2.4. Princípios orientadores da prática pedagógica


 A pesquisa como princípio pedagógico
Como a pesquisa, no campo da educação, pode contribuir na gestão da organização do trabalho
pedagógico? Como a pesquisa como princípio pedagógico é contemplado nos referenciais
curriculares (DCRB/DCRM)? Qual é o papel da pesquisa na formação dos estudantes como
protagonistas? De que maneira a ação de pesquisa pode contribuir para qualificar o ensino-
aprendizagem? Quais elementos a escola considera fundamentais para a formação de estudantes
críticos, protagonistas e pensantes? Como a pesquisa pode contribuir para que os alunos se
reconheçam como sujeitos de direitos em suas dimensões territoriais, individuais, sociais, políticas,
econômicas e culturais? De que maneira a perspectiva de ação-reflexão-ação pode acolher saberes
dos sujeitos e ampliar conhecimentos historicamente consolidados de modo integrado? Como tais
experiências podem ser ampliadas para consolidar os objetivos, a missão e os valores que orientam
o PPP e o trabalho educativo da escola?
 O trabalho como princípio educativo
Que concepção de trabalho está atrelada à ideia de formação integral nos documentos oficiais em
diálogo com as concepções da escola? De que maneira o percurso formativo escolar pode orientar a
construção de projetos de vida, a inserção no mundo do trabalho e a formação para a cidadania?
 O respeito à diversidade
Em que medida a diversidade (de gênero, religiosa, de sexualidade, cultural, etc.) é acolhida,
reconhecida e respeitada nas ações da escola? Como materializar as conquistas mencionadas nos
documentos oficiais nas ações educativas da Escola (lei 11.645/08, lei da inclusão de pessoas com
necessidades específicas, libras, etc.)
6

3. DIRETRIZES PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA (ATO OPERACIONAL)

 O planejamento pedagógico
Qual a concepção de planejamento a Escola/rede defende? Como a concepção de planejamento
se materializa no planejamento pedagógico? Como a Escola se organiza no tempo, espaço e
articulações (individual, agrupamentos, área de conhecimento/componente curricular,
etapas/ciclos/modalidades de ensino) para a realização do planejamento e da ação formacional?
Que instrumentos/recursos registram e organizam o planejamento? Quais elementos essenciais
o planejamento necessita contemplar para o processo de ensino e aprendizagem significativo em
cada etapa/modalidade de ensino (exemplaridades: competências, habilidades relacionadas,
áreas do conhecimento, temas integradores)? Como a escola entende e utiliza as tecnologias da
comunicação e informação? Como planeja reconhecendo, respeitando e valorizando as
pluralidades dos sujeitos em suas diversidades? Quais os elementos orientadores a escola se
apoia para realização do planejamento? Como a escola deverá/poderá se apoiar ou se organizar
para envolver/mobilizar a comunidade na construção desse planejamento?
 A avaliação para a aprendizagem
Como a avaliação institucional se articula com a avaliação da aprendizagem e vice-versa? Que
órgãos e instâncias (conselhos escolares, conselho tutelar, conselhos de classe, conselhos
comunitários…) precisam ser envolvidos no processo de avaliação para a aprendizagem e apoiar
nas decisões de seus critérios? Que condições físicas e estruturais precisam ser asseguradas para
a realização da aprendizagem? Que estratégias são necessárias para realizar o acompanhamento
das ações planejadas? Qual a periodicidade dos registros de avaliação para a aprendizagem?
Quais atores e processos precisam ser envolvidos e avaliados para que se assegure a
aprendizagem? Como a escola define e considera os processos de progressão parcial /
recuperação paralela em prol da ressignificação de uma aprendizagem efetiva e significativa?
Como serão realizadas as análises dos dados de desempenho das avaliações internas e externas
visando o replanejamento das ações educativas? Quem serão os responsáveis envolvidos em
cada etapa do processo avaliativo? De que modo os dados das avaliações externas (SAEB) podem
contribuir para o planejamento de ações pedagógicas que promovam a aprendizagem? Como a
avaliação contribui para formação dos sujeitos para além do desenvolvimento cognitivo, mas
para o desenvolvimento humano e integral?
 Os temas integradores (concepção, objetivos e aspectos metodológicos)
Educação em direitos humanos:
Como a Escola pretende arregimentar metodologias e estratégias que promovam o acesso do
estudante aos documentos que preconizam os direitos humanos? De que forma a Escola pode
abordar os direitos humanos com vistas a uma cultura universal do respeito às premissas
individuais, coletivas políticas e culturais? De que forma o tema dos direitos humanos pode
transversalizar o currículo de modo a promover a consciência participativa política e cidadã do
sujeito de aprendizagens?
Educação para a Diversidade
De que forma a diversidade identitária existente na comunidade pode ser assumida pela escola
como fonte de conhecimento e promoção de atitudes e respeito, conscientização e, ou
valorização? Como a escola irá inserir a temática da sexualidade no PPP, de forma a problematizar
questões que ainda são tabus na comunidade, incluindo ainda, temas que tragam informações a
respeito das identidades de gênero, masculinidade, branquitude e colonialidade? De que forma
o PPP elencará estratégias e ações que tratem a relações étnico-raciais para a valorização das
produções culturais e científicas dos diversos grupos sócio-históricos que transitam na escola?
Educação para o Trânsito
Como a escola pode se articular para tratar da preservação e valorização da vida pautada na
tolerância, empatia, corresponsabilidade e no combate à violência no trânsito?
Saúde na Escola
Sendo a saúde um direito de todos, portanto transversal, como a escola vai inserir em seu PPP
projetos que vislumbram a formação dos estudantes para a cultura da saúde preventiva e,
também, como cidadão de direito à saúde pública? De que forma a escola vai se articular para
enfrentar problemas sociais que envolvem a vida e saúde dos diferentes sujeitos, como: álcool,
7

uso de drogas ilícitas, prostituição infantil, trabalho infantil, questões de gênero e etnia, entre
outros?
Educação Ambiental
Como garantir, no PPP, a partir dos saberes locais, a compreensão sobre atitudes e hábitos que
garantam uma vida sustentável com o ambiente integrante da comunidade local, regional,
nacional e mundial?
Educação Financeira e para o Consumo:
Como o PPP irá abordar o consumo consciente para desenvolver nos estudantes a cultura do SER
para além da cultura do TER? Quais saberes serão considerados essenciais pela escola para inserir
no PPP com foco na formação da consciência dos estudantes ao que tange a gestão financeira e
de recursos? Como a escola pode planejar a educação financeira e para o consumo articulada
com os diferentes temas em discussão em sala de aula?
Cultura Digital
Como inserir a tecnologia no contexto curricular e, consequentemente, no processo ensino e
aprendizagem? Quais estratégias podem ser adotadas no PPP para garantir acesso a tecnologias
e inovação tecnológica que garantam o contexto das aprendizagens?
Educação Fiscal
Quais estratégias metodológicas podem dar conta do desenvolvimento de valores e atitudes
necessárias ao exercício de direitos e deveres no que tange a relação entre o cidadão e o Estado?
Parte diversificada
Qual compreensão da “parte diversificada” do currículo na perspectiva de legitimar e realçar a
diversidade, a pluralidade e a singularidade local /regional, tem perpassado a cultura
educacional/ escolar/ didática/ pedagógica? Como se dá/dará a articulação entre os marcos
legais (gerais e locais) e conceituais, na tratativa da “parte diversificada” do currículo no cotidiano
dos atos pedagógicos escolares? Quais as articulações possíveis entre os saberes e a cultura
local/regional e os saberes e a cultura “global”? Como são/serão viabilizadas? Quais aspectos das
culturas regional e/ou local precisam ainda estar mais presentes, de forma explícita, como um
saber legitimado, no currículo e em seus atos? Como realçá-las? Quais ações podem potencializar
e legitimar os saberes e as culturas presentes no contexto local, em seu potencial formacional:
consideradas transitórias (povos ciganos, comunidade circenses etc.), consideradas laborais
(comunidade de pescadores, feirantes etc.) consideradas em relação à localização territorial
(ribeirinhas, quilombolas, campo etc.); consideradas em relação à faixa etária
(infantil/juvenil/adulta) consideradas em relação à gênero e sexualidade (comunidade LGBTQIA+,
masculinidade, feminilidade etc.); consideradas em relação à religiosidade (matrizes africanas,
cristãs, espíritas, pentecostais, evangélicos, “protestantistas” etc.)?
Os perfis esperados do professor e do aluno
Perfil da docência
Qual a relevância do papel social e político do professor? Que perfil a escola espera de seus
profissionais com relação: ao envolvimento e compromisso com o projeto político-pedagógico da
escola; à participação na gestão e nos órgãos colegiados da escola; à adoção de práticas de
planejamentos coletivos e colaborativos; ao reconhecimento da necessidade do uso de
metodologias que promovam o protagonismo dos estudantes; ao conhecimento dos
documentos que norteiam/regem a educação do seu município e da sua escola e à necessária
articulação entre eles e a sua práxis docente; à mobilização para participar de processos auto
formativos e hetero formativos; ao reconhecimento de seu lugar e do lugar de seus alunos no
Território do qual a Escola emerge?
Perfil do estudante
Onde moram, quais as condições de vida, como chegam à escola, têm acesso a livros em casa?
Estão em algum programa de governo? Que marcas identitárias eles trazem? Eles reconhecem
suas matrizes histórico-culturais? Se envolvem em assuntos da comunidade? Participam de
Agremiações? Os estudantes demonstram interesse na vida pública e política do município? Tem
acesso à internet em casa, na comunidade, na escola...?
8

4. ETAPAS DO ENSINO
4.1. Educação infantil
Creche
Pré-escola
O organizador curricular e a contextualização da parte diversificada através dos
temas integradores acrescidos dos aspectos regionais e locais
Os modos de transição da educação infantil para o ensino fundamental (Art. 12
daResolução CEE nº 137/2019)

 Educação Infantil
Que concepções de infância/crianças a Escola afirma? Como essas concepções se articulam com
os referenciais curriculares (DCRB/DCRM)? Quais são os saberes que as crianças trazem para
escola? Quem são essas crianças? Como elas brincam? Quais tempos e espaços transitam no
cotidiano das comunidades?
Aprendizagem:
Como se dá o processo de aprendizado e desenvolvimento das crianças? Os espaços educativos
dialogam com as concepções e orientações para o desenvolvimento das crianças?
Direitos
Como compreender / valorizar / potencializar os direitos de aprendizagem e desenvolvimento em
vista da formação integral da criança e a construção da sua identidade pessoal, social, cultural?
Expectativa de aprendizagem:
Educação integral
Intersetorialidade
(....)

4.2. Ensino fundamental


 Anos iniciais
Considerando que até o 2º ano do Ensino Fundamental os estudantes já devem ter se apropriado
do sistema alfabético por meio de práticas de letramento, segundo documentos oficiais, quais
práticas podem ser mobilizadas ou efetivadas para garantir o processo de alfabetização e
ampliação do letramento dos sujeitos de aprendizagem? Quais estratégias podem ser
mobilizadas para superar as dificuldades de aprendizagem dos estudantes do 3º, 4º e 5º anos que
ainda não foram alfabetizados? Como mobilizar e viabilizar a efetiva dialogicidade entre os
elementos constituintes dos Organizadores Curriculares? Como garantir o entretecimento entre
os elementos constituintes do Organizador Curricular e respectivos processos de ensino-
aprendizagem n perspectiva da formação humana integral? De que forma as proposições
curriculares e tecituras dos respectivos elementos podem potencializar a transversalização, as
possíveis articulações dos Temas Integradores, parte diversificada e Competências Gerais? Como
as proposições curriculares e consequentes aspectos do processo ensino-aprendizagem podem
favorecer a construção do conhecimento, saberes, valores na perspectiva do protagonismo
estudantil? Como viabilizar a transição da Educação Infantil x Anos Iniciais de maneira que os
sujeitos de aprendizagem não se sintam deslocados da etapa em que estão inseridos? Como
articular o entretecimento do ensino, aprendizagem, avaliação formacional e suas interfaces na
perspectiva de consolidar a aprendizagem com sentido?
 Anos finais
De que maneira o DCRB apresenta orientações que auxiliem nas reflexões sobre os processos de
transição entre os Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental? O modo como a avaliação vem
sendo discutida no DCRB nos Anos Finais, contempla a realidade da sua escola? É preciso pensar,
em avaliar por Áreas do Conhecimento ou por Componentes Curriculares? As Habilidades
elencadas nos diferentes Componentes Curriculares, contemplam as Competências de cada
Área? No seu documento municipal, foram criados novos códigos alfanuméricos para dar conta
da Parte Diversificada do Currículo?
 O organizador curricular e a contextualização da parte diversificada através
dos temas integradores acrescidos dos aspectos regionais e locais e do
9

projeto de vida para os anos finais (Art. 19 da Resolução CEE nº 137/2019)


 Modos de transição do 3° ano para o 4°ano, do 5° para o 6° ano e
do 9° ano para o ensino médio

5. POLÍTICAS E MODALIDADES DO ENSINO


5.1. MODALIDADES
Educação especial e inclusiva
Educação do campo
Educação de jovens e adultos
Educação escolar indígena
Educação quilombola
Política de educação profissional e tecnológica
Política de educação a distância e inovação tecnológica

 Modalidades
Concepções
Qual a compreensão de modalidade? Sobre quais referenciais a escola entende a concepção de
modalidade como direito e política de reparação? Como as modalidades demarcam espaço no PPP e se
materializam nas ações educativas?
Princípios Orientadores
Quais princípios orientadores das modalidades contemplam o seu PPP? Como se articulam aos
documentos (BNCC, DCRB, DCRM, PNE, PEE, PME, DCN’s, etc)
Diretrizes e Indicadores Metodológicos
As diretrizes e indicadores metodológicos das modalidades apontadas no PPP dialogam com os marcos
referencias?
Diretrizes e indicadores de Avaliação das Modalidades
Como a avaliação pode favorecer as aprendizagens e experiências dos sujeitos protagonistas das
modalidades? Quais instrumentos avaliativos podem ser propostos visando acolher as especificidades
das modalidades?

5.2. POLÍTICAS
5.2.1. A política de proteção aos direitos dos estudantes
Acesso
Como mapear e acompanhar as rotas de transporte escolar (terrestres e marítimo) para garantir o
deslocamento de estudantes (campo, indígenas, ribeirinhos, quilombolas e povos itinerantes) em
tempo hábil ao início das aulas? Como mobilizar políticas que possam garantir transportes que
atendam a essas comunidades? Como promover ações para conhecer a história de vida (contexto
familiar, violência doméstica, subnutrição, abusos, trabalho infantil, envolvimento com drogas
ilícitas…) dos estudantes e do entorno escolar? Como promover a acessibilidade, em seu sentido
amplo (arquitetônica, atitudinal, metodológica, digital, comunicacional, etc.), dos estudantes no
ambiente escolar permite acessibilidade, independentemente de sua condição física e neurológica
(Mobilidade, TEA, TDAH..)?
Permanência
Como a escola pode garantir o acompanhamento pedagógico e psico-socio-emocional dos estudantes
em contextos diversos, inclusive no pandêmico e pós-pandêmico? Como a escola garante a
permanência, ensino e aprendizagem dos estudantes com necessidades específicas de atendimento
educacional? Quais recursos e demandas de profissionais são necessárias para atender de forma
coerente a demanda de estudantes com necessidades específicas de mobilidade e aprendizagens?
Como a escola viabiliza a permanência do estudante da EPJAI, trabalhador e não trabalhador, de
modo a garantir sua aprendizagem e emancipação?
10

Política estudantil
Como a escola pode viabilizar a organização política do estudante (votar e ser votado)? Como a
escola pode contribuir com o fortalecimento da entidade representativa dos estudantes (Grêmio
Estudantil)?

5.2.2. A política de formação continuada e desenvolvimento profissional


(gestores, professores, funcionários)
 Concepção da formação continuada
 Princípios orientadores da formação continuada
 Diretrizes da formação continuada

 Políticas de formação continuada


Como as ações da formação continuada estão presentes no PPP? Quais são os sujeitos envolvidos?
Em quais tempos e espaços acontecem as formações continuadas no âmbito da escola? Quais são as
intencionalidades da escola ao propor uma política de formação continuada dos seus profissionais?
Como essa política se articula às políticas de formação continuada propostas nos documentos
orientadores (DCRB/DCRM)? De que maneira a política de formação continuada está articulada aos
princípios definidos no PPP (igualdade, qualidade, gestão democrática, liberdade/autonomia e
valorização profissional) e às necessidades reais dos sujeitos? Como a escola mobiliza/pretende
mobilizar as políticas de formação continuada com as ações de reconhecimento e valorização
profissional? Como o trabalho colaborativo contribui no aprimoramento das práticas docentes,
considerando a escola como lócus de formação continuada? Como a escola planeja os momentos de
formação continuada dos seus professores na perspectiva das etapas e modalidades da educação?
De que maneira será realizado o acompanhamento e avaliação das ações de formação continuada?
5.2.3. A política de comunicação escola/famílias dos alunos e
escola/comunidade
 Concepção da comunicação escola/família/comunidade
 Princípios da comunicação escola/família/comunidade
 Diretrizes da comunicação escola/família/comunidade

 Políticas de comunicação
Quem são os interlocutores do processo de comunicação escola / comunidade / família? Como a
escola compreende as questões inerentes aos níveis de linguagens e a necessidade de considerar as
singularidades dos sujeitos envolvidos? O que tem sido realizado enquanto política de comunicação
(verbal e não verbal; interna e externa)? Quais as propostas de aproximação e comunicação com a
comunidade? O que temos? O que precisamos? O que pretendemos? Quais canais de comunicação
podem ser utilizados para o estabelecimento de relações dialógicas entre escola / comunidade /
família? Que possibilidades podem ser apontadas para avaliar e redimensionar o processo de
comunicação entre escola / comunidade / família?

6. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO


6.1. Concepção de avaliação do PPP
6.2. Aspectos teórico-metodológicos do processo
6.3. Diretrizes para a implementação do processo
6.4. O programa institucional de avaliação

 Avaliação do PPP
Como a concepção de avaliação (institucional e da aprendizagem) que permeia o fazer
pedagógico da Escola pode orientar os processos de avaliação do PPP? Como essas concepções
se articulam aos referenciais curriculares em vigência (DCRB e DCRM)? Que instrumentos
atenderão à necessidade de acompanhamento e avaliação dos processos, ações e objetivos
presentes no PPP? Com qual regularidade se dará o registro do acompanhamento das ações
propostas no PPP? Que dimensões serão consideradas no processo de acompanhamento e
11

avaliação do PPP? Quais estratégias serão utilizadas para acompanhar e avaliar a efetividade do
PPP? De que forma os órgãos colegiados poderão participar na proposição dos instrumentos de
avaliação do PPP? Que sujeitos constituídos serão envolvidos no acompanhamento e avaliação
do PPP e quais serão as suas atribuições nesse processo? Como se dará a participação dos órgãos
colegiados (conselho escolar, conselho de classe, grêmios, associação de pais, etc) no
acompanhamento e avaliação do PPP? Como será feita a socialização dos resultados do processo
de acompanhamento e avaliação do PPP?

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS


ANEXO I – Diagnósticos
ANEXO II - Planos de ação e metas – Bimestral ou anual
ANEXO III - Planejamento docente (Art. 17 da Resolução CEE nº 137/2019)

Você também pode gostar