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Modulo6 Fluidos PDF
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FLUIDOS
DE
PERFURAÇÃO
TREINAMENTO
BETAEQ
M ÓDUL O 6
Equ ipam en tos e Pr ocedim en tos par a
Aval iação e Desem pen h o dos
Fl u idos de Per fu r ação
Como os fluidos de perfuração são constituídos por misturas complexas de
componentes que interagem, suas propriedades irão mudar com variações de
temperatura, taxa de cisalhamento e o histórico do cisalhamento. Para medir as
propriedades do fluido nas condições do poço, os testes no local do poço devem ser
realizados rapidamente e com equipamentos simples. Os testes feitos em laboratório
também são rápidos e práticos, porém, refletem o comportamento do fluido de maneira
aproximada (CAENN, DARLEY e GRAY, 2011).
6.1PREPARAÇÃODOSFLUIDOSDEPERFURAÇÃO
É importante que os fluidos de perfuração sejam testados em laboratório para
determinação de suas propriedades físicas e químicas e do seu comportamento diante do
fluxo.
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6. 2PROPRIEDADESFÍSICASMEDIDAS
· Den sidade
O método mais comum para medir a massa específica dos fluidos é utilizando a balança
de lama. A balança de lama consiste de uma base suporte, um copo e uma viga graduada
carregando um peso deslizante (Figura 2). A borda do braço da viga descansa sobre a base
do suporte (BAKER HUGHES, 2006).
· Viscosidade
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O viscosímetro Fann 35 A (Figura 3) é um viscosímetro rotativo de indicação direta,
onde o rotor é impulsionado a uma velocidade rotacional constante no fluido, que é
colocado dentro do copo, produzindo um torque no cilindro interno (bob). Uma mola
restringe o movimento do bob e um ponteiro conectado à mola de torção indica o
deslocamento angular do bob (Figura 4).
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Neste modelo de viscosímetro, podem ser feitas seis leituras de velocidade: 600,
300, 200, 100, 6 e 3 rpm (Figura 5), sendo utilizado para calcular a viscosidade plástica (VP),
viscosidade aparente (VA), limite de escoamento (LE), gel inicial (G0) e gel final (GF). Os
testes de força gel são feitos para avaliar a capacidade que o fluido tem em manter os
cascalhos em suspensão quando a perfuração é interrompida.
Para medir em uma velocidade de 600 rpm, com o viscosímetro ligado, empurra-se
o speed para baixo e coloca-se o interruptor lateral em ?high?. Para efetuar a leitura em
300 rpm, basta alterar o interruptor para ?low?. O mesmo se repete para as leituras de 200
e 100 rpm, sendo o speed totalmente levantado e o interruptor posicionado em ?high?
para 200 rpm e ?low? para 100 rpm. No caso de 6 e 3 rpm, o speed é colocado em uma
posição intermediária e o interruptor na posição ?high? mede a deflexão em 6 rpm e em
?low? a 3 rpm.
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A viscosidade aparente, VA (cP) pode ser calculada dividindo a leitura da deflexão a
600 rpm por 2 e a viscosidade plástica, VP (cP) pela subtração da leitura a 600 rpm pela
leitura a 300 rpm. O limite de escoamento, LE (lbf/100ft²) é dado pela leitura da deflexão a
300 rpm subtraído da viscosidade plástica, conforme a Norma API 13B (2012) para
viscosímetro Fann.
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· Viscosidade HPHT
Assim, utilizando o viscosímetro HPHT da Chandler Engineering (Figura 7), pode-se fazer as
mesmas leituras feitas no viscosímetro Fann 35 A, porém com aplicação de diferentes
pares de pressão e temperatura.
· Filt r ação
O ensaio da perda de fluido pode ser realizado através da filtração estática em um Filtro
Prensa API Pressurizado (Figura 8), no qual é aplicada uma pressão de 100 psi com ar
comprimido durante 30 min. A pressão é aplicada à uma célula especial que contém o
fluido e um papel de filtro. Uma proveta colocada abaixo do furo da célula coleta o filtrado
perdido com a aplicação da pressão.
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Figura 8 ? Filtro Prensa API Pressurizado
(http://www.eurosul.com/index.php?pag=conteudo&id_conteudo=894&idmenu=72&fann-filtro-prensa-api-pressurizado).
O teor de sólidos e líquidos pode ser determinado em um kit Retorta óleo e água da Fann
(Figura 9).
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O equipamento é constituído de um copo para amostra de fluido de perfuração com
capacidade de 10 mL, uma câmara de aquecimento, um forno e um condensador (Figura
10). Ocorre uma destilação e o destilado é coletado numa proveta graduada. A destilação
se completa em 35 minutos e atinge uma temperatura de 500ºC. O volume de sólidos é
dado pela diferença entre o volume de líquidos coletado na proveta e o volume total
adicionado da amostra (10 mL). O volume de líquidos é dado pela diferença dos líquidos
percebida na proveta.
· Lu br icidade
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O fluido é agitado por 5 min no Hamilton Beach e, posteriormente, é transferido
para o recipiente do equipamento, com um torque inicial zero e uma velocidade de 60
rpm. Em seguida, aplica-se uma força de 150 in/lb durante 5 min, lentamente, e faz-se a
leitura dos ampères. Os ampères são convertidos no coeficiente de lubricidade por meio
de um gráfico de calibração. Faz-se, também, uma leitura do torque da água, para calcular
o fator de correção e, com ele, calcular o coeficiente de lubricidade (CL) do fluido de
perfuração, de acordo com as Equações 3 e 4 (MEDEIROS, AMORIM e SANTANA, 2008).
6. 3PROPRIEDADESQUÍMICAMEDIDAS
· pH
O pH dos fluidos de perfuração podem ser medidos no pHmetro (Figura 12), que
utiliza um método eletrométrico com eletrodos de vidro, fornecendo uma leitura direta
em unidades de pH.
Figura 12 ? pHmetro
(https://www.marcamedica.com.br/phmetro-de-bancada-para-solucoes-aquosas-mpa-210).
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· Alcalin idade
Existem três testes básicos para medição da alcalinidade de um fluido de perfuração base
água: PM , PF, M F. A alcalinidade PM é o volume, em mL, de ácido sulfúrico 0,02 N
necessária para levar 1 mL do fluido ao pH do ponto de viragem da Fenolftaleína, ou seja,
8,3; PF é o volume, em mL, de ácido sulfúrico 0,02 N necessária para levar 1 mL do filtrado
ao pH de 8,3; e o M F é o volume, em mL, de ácido sulfúrico 0,02 N necessária para levar 1
mL do filtrado ao pH do ponto de viragem do Metilorange, ou seja, 4,3 (TAVARES, 2010). A
amostra de filtrado deve ser coletada no teste de filtração API.
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· Teor es de clor et o
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REFERÊNCIAS
CAENN, R.; DARLEY, H. C. H.; GRAY, G. R. Flu idos de Per f u r ação e Com plet ação -
Com posição e Pr opr iedades - Série Engenharia de Petróleo. 6ª. ed. Elsevier, 2011.
NORMA API 13B. Recommended Practice for Field Testing Oil-Based Drilling Fluids. API
Recom m en ded Pr act ice 13B-2. 5ª ed, 2012.
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SHIROMA, P. H. Est u do do com por t am en t o r eológico de su spen são aqu osa de
ben t on it a e CM C: in f lu ên cia da con cen t r ação do NaCl. São Paulo, SP, 130 p.
Dissertação (Mestrado em Engenharia), Escola Politécnica da Universidade de São Paulo,
2012.
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