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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

Laboratórios de Engenharia Química I

DESTILAÇÃO

GRUPO 02: Supervisora:


Joaquim, Dominic Prof. Dra. Enga Maria Eduardo
Malai, Alfeu
Nhanombe, Wanda
Tivane, Lizete
Introdução

A destilação é uma das operações unitárias básicas mais importantes da indústria


química e permite separar os componentes de uma mistura líquida de modo a
obter substâncias puras. É uma operação de transferência de massa cuja força-
motriz é a diferença de volatilidade.

A operação de destilação tem uma vasta aplicabilidade a nível industrial. Uma


das aplicações mais conhecidas, na indústria petroquímica, é a separação do
petróleo (crude) em fracções de hidrocarbonetos com diferentes gamas de peso

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molecular.
Objectivos

Geral
 Fazer o estudo da destilação.

Específicos
 Determinar a queda de pressão na coluna de destilação a várias taxas de
ebulição;
 Determinar a composição de misturas com base no índice de refracção.

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Base teórica
A destilação é um processo físico de separação de misturas homogêneas. A mistura é
separada em duas correntes de composições diferentes, uma rica em componentes
mais voláteis (destilado) e outra rica em componentes menos voláteis (resíduo)
através do fornecimento de calor.

O equipamento usado na destilação depende do tipo de destilação empregado. Os


tipos de destilação mais usados são:
 Destilação simples ou diferencial;
 Destilação flash ou de equilíbrio;
 Destilação fraccionada (contínua ou de rectificação);
 ­Destilação batch ou descontínua.
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Base teórica

A mistura é carregada no ebulidor onde posteriormente é aquecida a uma taxa


de calor constante. O vapor proveniente da ebulição do líquido passa pelos
pratos da coluna de fraccionamento em fluxo ascendente até chegar ao
condensador onde é totalmente condensado.
Na destilação batch tem de se empregar refluxo que consiste em retornar o
condensado à coluna de destilação em fluxo descendente a partir do prato
superior.
Este tipo de destilação é usado quando a quantidade de mistura é pequena e não
justifica o uso de uma operação contínua.

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Base teórica
Regimes de escoamento
São diversos os factores que têm influência sobre o regime de escoamento,
dentre eles:
 Velocidade do vapor e do líquido;
 Dimensão e geometria do prato e seus orifícios;
 Propriedades físico-químicas das fases.
Quanto maior a velocidade do vapor relativamente ao líquido, maior será o grau
de turbulência da espuma formada na região superior do prato.
Quanto menor for o diâmetro dos furos dos pratos maior será o grau de
turbulência.

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Quanto maior for a viscosidade, menor sera a velocidade do vapor bem como a
turbulencia da espuma nos pratos.
Base teórica
Queda de pressão numa coluna de destilação
É usual fazer uma análise de queda de pressão em função da velocidade ou caudal
do vapor.
A queda de pressão ao longo da coluna depende da velocidade de escoamento do
vapor, com o aumento da velocidade do vapor, ocorre retardamento ao escoamento
do líquido. O comportamento característico da queda de pressão em função do
caudal de vapor é representado na figura abaixo.

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Base teórica
Análise refractométrica
Índice de refracção é a relação entre a velocidade de propagação da luz no vácuo e a
sua velocidade de propagação no meio em que está sendo estudado.
O índice de refracção é útil na caracterização de líquidos ou para avaliação do grau
de pureza, pois este varia para cada líquido e varia com a concentração e temperatura
para um determinado comprimento de onda.
Em relação ao comportamento da solução etanol-água, é importante ressaltar que o
índice de refração é comumente utilizado para determinar a concentração de etanol
em água, de forma que a existência de um ponto de indice de refracção máximo pode
ser um factor limitante para esta aplicação.

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Parte experimental
Materiais e equipametos utilizados
 Armfield UOP3BM (Aparelho de destilação);
 Balde de ;
 Copos de Becker de e ;
 Cronómetro;
 Funil;
 Papel higiénico;
 Provetas graduadas de ;
 Refractómetro Abbe.
Substâncias usadas
 Mistura etanol-água;

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 Água Destilada;
 Etanol.
Parte experimental

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Parte experimental
Procedimento experimental
Para a experiência de destilação descontínua, certificou-se de que todas as válvulas
do aparelho estavam fechadas. Introduziu-se de uma mistura de composição
desconhecida no ebulidor e abriu-se a válvula 10. Admitiu-se a água de
arrefecimento ao condensador a um caudal de que foi mantido constante ao longo
da experiência.
Ligou-se o interruptor da potência e regulou-se para . Apos o surgimento das
primeiras gotas de condensado, esperou-se para que o sistema atingisse o equilíbrio
e retirou-se uma amostra não representativa.
Esperou-se mais para que o sistema se equilibrasse novamente e recolheu-se uma
amostra de cronometrando o respectivo tempo de recolha para cálculo do caudal.
Leu-se a respectiva diferença de pressão. Retirou-se mais duas amostras seguindo o
mesmo procedimento e mediu-se o índice de refracção de cada uma das amostras
recolhidas em 3 medições paralelas.
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Parte experimental
Procedimento experimental
Para a experiência de análise refractométrica preparou-se três soluções de molar
de etanol em água e mediu-se os respectivos índices de refracção em três
medições paralelas tendo se repetido o mesmo procedimento para o etanol puro,
água destilada e a solução inicial usada na experiência anterior.

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Tratamento e discussão dos
resultados experimentais
A execução dos procedimentos experimentais para a experiência de destilação
descontínua (A) resultou nos dados da tabela a seguir.
Grau de
Potência Caudal de Queda de pressão formação de
(kW) evaporado (l/h) ( Índice de refracção espuma
1.00 3.635±0.014 95.333±0.889 1.36182±0,00036 Violento
1.25 4.148±0.196 125.333±7.556 1.36177±0,00022 Muito Violento
1.65 4.793±0.002 126.667±4.889 1.36162±0.00014 Muito Violento

O grau de formação de vapor verificou-se sendo cada vez mais violento quanto
maior era a potência. Isto justifica-se pelo facto de uma maior potência gerar
um maior caudal de vapor.

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Tratamento e discussão dos
resultados experimentais
A relação entre o caudal de evaporado e a queda de pressão na coluna pode
ser observada na figura a seguir.
Queda de pressão em função do caudal de evaporado
130 1.65 kW
Queda de pressão (𝑚𝑚 𝐻2𝑂)

1.25 kW
125

120

115

110

105

100 1.00 kW
95

90

13
3.4 3.6 3.8 4 4.2 4.4 4.6 4.8 5

Caudal de evaporado (l/h)


Tratamento e discussão dos
resultados experimentais

Verifica-se que a queda de pressão na coluna aumenta com o caudal de


evaporado que é directamente influenciado pela potência de aquecimento. A
queda de pressão tende a estabilizar a potências mais elevadas e isso pode se
dever ao facto de já se ter perdido álcool das amostras para as medições de
caudal, o que se verifica a partir da variação do índice de refracção.

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Tratamento e discussão dos resultados
experimentais
A execução dos procedimentos experimentais para a experiência de análise
refractométrica (B) resultou nos dados da tabela a seguir.

Fracção 0 25 50 75 100 Mistura


molar (%) usada
Índice de 1.33213 1.35763 1.36227 1.36147 1.35900 1.34297
refracção 0.00009 0.00009 0.00004 0.00004 0.00020 0.00011

Analisou-se os resultados obtidos nesta experiência em comparação aos de


uma revista científica, e tracou se as curvas a seguir, com nas quais
determinou-se a composição das amostras retiradas da experiência anterior
e da mistura inicial.

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Tratamento e discussão dos
resultados experimentais

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Tratamento e discussão dos
resultados experimentais
A partir do gráfico observa-se que há um desvio muito pequeno entre os
resultados da experiência de Galvão et al. e os desta experiência.
É perigoso o uso desta curva para misturas com índices de refracção
superiores ao do etanol puro pois, há possibilidade de se obter duas
composições.

 Para a mistura inicial,

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Tratamento e discussão dos
resultados experimentais
A partir das composições determinadas, observa-se que a composição do
destilado baixa ao longo da experiencia de destilacao descontinua.

Este fenómeno pode se dever ao facto de a alimentação ser pobre em álcool e,


a retirada das amostras influi significativamente o equilíbrio e a composição
da mistura residual (no ebulidor). Assim, a coluna opera como se a destilação
fosse descontínua e sem refluxo total. Para a operação com refluxo total
espera-se que a composição do destilado estacione.

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Conclusões
Para a experiência de destilação descontínua conclui-se que:
 O aumento da potência de fornecimento de calor provoca um aumento do caudal do
vapor na coluna;
 O aumento do caudal do vapor na coluna provoca maior turbulência e assim um
comportamento mais violento do grau de formação de espumas;
 A queda de pressão é directamente proporcional ao caudal de vapor na coluna. No
entanto, é influenciada também pelas características do vapor, o que faz com que o
comportamento da curva da queda de pressão em função do caudal não seja típico.
Para a experiência de análise refractométrica conclui-se que:
 Os dados de índice de refracção retirados em laboratório vão de acordo com revistas
científicas consultadas, sendo assim válidos;
 A composição do destilado (retirado em amostras) vai diminuindo, como resultado da
retirada de amostras significativas o que torna o resíduo pobre em álcool.
FIM
OBRIGADO PELA
ATENÇÃO DISPENSADA

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