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PE-3EM-00211

Anexo A1 - Testes usuais para todos os tipos de fluidos


Corporativo
- PESO ESPECÍFICO

- Objetivo:
Medir a densidade do fluido.

- Equipamentos:
- Balança densimétrica de fluido.
- Balança densimétrica pressurizada.

- Procedimento:
Para fluidos sem bolhas:
- Colocar a base da balança em uma superfície lisa e nivelada. Verificar AST
em anexo.
- Encher totalmente o copo da balança, que deverá estar bem limpo, com o
fluido que se pretende pesar. Se o copo estiver molhado, despeje a primeira
porção do mesmo e volte a enchê-lo. Deve-se eliminar as bolhas de ar que
ficam presas ao fluido. Basta que se bata levemente no copo até que
desapareçam.
- Pôr a tampa, dando-lhe um ligeiro movimento de rotação, até que fique
firmemente assentada no copo procurando certifica-se de que uma pequena
quantidade de fluido escape pelo orifício de purgação.
- Lavar e secar o exterior da balança.
- Colocar a balança sobre a base e mover o cursor até que a bolha do nível
fique centralizada.
- Ler o peso do fluido, no lado do cursor que estiver mais próximo do copo.

Caso o fluido apresente bolhas em excesso:


- Usar a balança densimétrica pressurizada. Encher o copo da balança com a
amostra de fluido, deixando aproximadamente 0,5 cm de espaço vazio até a
boca do copo.
- Coloque a tampa no copo com a válvula na posição aberta (pressionada para
baixo). Empurre a tampa para dentro do copo da balança, até a aba superior da
tampa encostar na borda do copo (cuidado: um pequeno excesso de fluido
pode ser expelido pela válvula).
- Com a tampa já colocada, puxar a válvula para cima (posição fechada), lavar
o copo externamente, secar e então colocar a rosca.
- A extremidade da seringa deve ser submersa no fluido com o pistão
totalmente para baixo. Encher a seringa puxando o pistão para cima.
- Conectar a seringa no bico da tampa. Pressurizar o copo pressionando o
pistão para baixo ao mesmo tempo que pressionar o cilindro da seringa para
baixo, para abrir o orifício. Manter por alguns segundos a pressão (Vide figura
1(a)).
- Para fechar a válvula do copo, manter a pressão no pistão, e subir
gradualmente o cilindro da seringa (a pressão tenderá a empurrar a válvula
para a posição fechada). Com a válvula fechada, desconectar a seringa (Vide
figura 1(b)).
- Colocar a balança no suporte e fazer a medida da densidade do fluido.

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- Para abrir a rosca e retirar a tampa, despressurizar o copo, para isso basta
conectar a seringa no bico novamente e, sem pressionar o pistão, empurrar a
válvula para baixo com o cilindro da seringa (Vide figura 2).

Figura 1 Figura 2

- Resultados:
- Registrar a leitura da massa específica (em lb/gal) com precisão de 0,05.

- Calibração e ajuste:
- Lavar bem a balança e a tampa com água doce, removendo todo resíduo de
fluido ou cimento que esteja aderido ao corpo da balança.
- Encher o copo com água doce até derramar, tampar, e secar o equipamento.
- Em uma superfície plana, colocar a balança sobre o suporte, nivelando e
determinando o peso da água, que deverá corresponder a 8,33 lb/gal.
- Se o peso for diferente de 8,33 lb/gal; para mais ou para menos; Aferir a
balança, retirando o parafuso da extremidade do braço da balança e retirando
ou adicionando as esferas de calibração.
- Caso na sonda não disponha das esferas, corrigir o peso do fluido pela
diferença encontrada no peso da água.

- Cuidados com o instrumento:


- Lavar e secar a balança cuidadosamente após cada determinação. Guarde
sempre na caixa.

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- VISCOSIDADE MARSH

- Objetivo:
Avaliar a viscosidade aparente do fluido em
escoamento.

- Equipamentos:
- Funil Marsh.
- Copo graduado com capacidade de 1000 mL.

- Procedimento:
- Segurar o funil em posição vertical, obstruindo o
orifício de descarga com o dedo indicador.
- Verter através da peneira a amostra de fluido tomada em qualquer ponto onde
esteja em agitação, até que o nível da mesma fique rente à parte inferior da
tela da peneira.
- Imediatamente, retirar o dedo do orifício de descarga e, com auxílio de um
cronômetro medir o número de segundos necessários para que escoe um litro
de fluido. Qualquer demora na operação, dará lugar a resultados elevados.
Verificar AST em anexo.

- Resultados:
- Registre a viscosidade Marsh em segundos/1000 mL de fluido.

- Calibração e ajuste:
- Lavar bem o funil com água, e certificar-se que o orifício de saída não está
com as paredes reduzidas por camada aderida de fluido de perfuração.
- Verificar a precisão do funil Marsh com 1500 mL de água doce à 21 ºC. O
tempo de escoamento de 1L de água deve ser de 28 ± 0,5 segundos.

- Cuidados com o equipamento:


- Lave e seque todo o equipamento após cada operação.

- DETERMINAÇÃO DA REOLOGIA

- Objetivo:
Determinar os parâmetros reológicos do fluido
através de medidas de rotação-deflexão a
diferentes velocidades.

- Equipamentos:
- Copo térmico.
- Agitador Hamilton Beach. Verificar AST em
anexo.
- Viscosímetro Fann VG, modelo 35 A com
combinação R1-B1 e mola F-1

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- Procedimento:
- O aparelho opera com velocidade de rotação de 3, 6, 100, 200, 300 e 600
rpm, efetuando-se as mudanças de velocidade por meio de engrenagens e por
alterações na velocidade do motor.
- Para fluidos base óleo deve-se determinar as propriedades reológicas à
temperatura pré-fixada. Geralmente testa-se a 120 ºF ou 135 ºF, a depender da
temperatura de fundo prevista. Poços com temperatura de fundo até 250 ºF,
testar a 120 ºF; acima deste valor testar a 135 ºF. Para tanto, utilizar o copo
térmico.

- Determinação dos parâmetros dinâmicos:


- Encaixar um cilindro ao rotor do viscosímetro, atentando para a posição do
pino de segurança. Girar levemente para a direita de forma que o pino de
segurança se encaixe na entrada específica do cilindro.
- Agitar o fluido a ser testado por meio de um misturador de alta velocidade, do
tipo Hamilton Beach durante 5 minutos.
- Verter o fluido no copo do viscosímetro até a sua marca e colocá-lo em sua
base. Elevá-lo até que o nível do fluido coincida com a marca no cilindro e fixar
o parafuso da base de sustentação.
- Ligar o motor e colocar a engrenagem na posição mais baixa (600-300 rpm).
Acertar o motor na velocidade alta (600 rpm), operando a alavanca de
mudança de velocidade.
- Fazer a leitura que corresponde a 600 rpm (L600), após 1 minuto de agitação.
- Mudar a velocidade do rotor para 300 rpm e fazer a leitura (L300.
- Sucessivamente fazer as leituras nas velocidades a 200, 100, 6, 3 rpm (L200,
L100, L6, L3, respectivamente) alterando velocidade do motor modificando a
alavanca de mudança de velocidade e o pino na engrenagem, conforme
esquema impresso no aparelho.

- Determinação dos Géis:


- Logo após efetuar todas as leituras no ensaio da determinação das
propriedades reológicas, ligar o viscosímetro a 600 rpm e agitar a amostra
durante 1 minuto.Verificar AST em anexo.
- Colocar a alavanca de mudança da velocidade para posição média e desligar
o motor.
- Aguardar durante 10 segundos, ligar o motor a 3 rpm e ler a maior deflexão
do indicador, anotando o valor como sendo o gel inicial Gi.
- Ligar o motor a 600 rpm e agitar a amostra durante 1 minuto.
- Colocar a alavanca de mudança da velocidade para posição média e desligar
o motor.
- Deixar a amostra em repouso por 10 minutos, ligar o motor a 3 rpm e ler a
maior deflexão do indicador, anotando o valor como sendo o gel final, Gf.
- Ligar o motor a 600 rpm e agitar a amostra durante 1 minuto.
- Colocar a alavanca de mudança da velocidade para posição média e desligar
o motor.
- Deixar a amostra em repouso por 30 minutos, ligar o motor a 3 rpm e ler a
maior deflexão do indicador, anotando o valor como sendo o gel progressivo,
G30.
- Ligar o motor a 600 rpm, colocar a alavanca de mudança de velocidades na
posição inferior e desligar o motor.

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Corporativo
- Resultados:
- Perfil reológico (relação tensão x taxa de cisalhamento):
- Pode-se calcular, utilizando as leituras do reômetro Fann 35A com a
combinação R1-B1 e mola F1, os valores de tensão e taxa de cisalhamento
com as fórmulas abaixo:

τ ( Pa) = 0,51 × L ou τ (lb f / 100 ft 2 ) = 1,067 × L


γ = 1,703 × N

Onde:
→ L é a leitura do reômetro, em graus;
→ N é a rotação, em rpm;
→ τ é a tensão cisalhante;
→ γ é a taxa de cisalhamento, em s-1.

- Com estes valores, pode-se calcular a viscosidade aparente (µa), em cP, para
as taxas de cisalhamento medidas com a fórmula:

τ
µ a = 1000
γ

- Cálculo dos parâmetros reológicos do modelo de Bingham:

a) Viscosidade plástica (µp), em cP:

µ p = L600 − L300

b) Limite de escoamento (τL), em lbf/100ft²:

τ L = L300 − µ p

- Cálculo dos parâmetros reológicos do modelo de potência:

a) Índice de comportamento (n):

n = 3,32 × log( L600 / L300)

b) Índice de consistência (K), em lbf/100ft².sn:

1,067 × L300
K=
511n

c) Géis:
- As forças gel inicial, gel final e gel progressivo são equivalentes às leituras
obtidas seguindo-se o procedimento anteriormente descrito, em lbf/100ft².

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- Calibração e ajuste:
- Calibrar o vicosímetro a cada 6 meses ou quando ele apresentar um dos
seguintes indícios:
- Escala de leitura oscilando bastante em presença de fluidos com
sólidos suspensos.
- Quando o “Bob” está sujo.
- Quando a mola de torção danificou.
- Com o equipamento numa superfície plana, o leitor tem que registrar zero de
leitura, mesmo com o rotor ligado. Caso isto não ocorra, instalar o kit de
calibração e proceder da seguinte forma:
a) Remova o cilindro externo (rotor) e o interno (bob). Encaixe o corpo
de calibração DW3 nos suportes do instrumento.
b) Posicione o corpo de alumínio de 2 cm de diâmetro (spool) no eixo do
cilindro interno.
c) Coloque a extremidade da linha dentro do orifício. Enrole uma vez ao
redor do spool, e então sobre a roldana.
d) Firme a posição para a linha ficar na horizontal.
d) Pendure o peso na linha, ajustando a constante da mola se
necessário.
- Experimentalmente, sabemos que a posição correta para a mola F1 é 386
Dinas/cm/grau com a combinação R1-B1, usando-se uma massa de 50g.
- Para outras combinações de mola, rotor e bob, consultar manual de
calibração do viscosímetro. Idem caso o aparelho necessite de aferição.

- Cuidados com o equipamento:


- Para efetuar o ensaio, assentar o viscosímetro sobre uma superfície plana,
evitando choques e vibrações.
- Limpar e secar perfeitamente o aparelho, após cada ensaio.
- Sempre que tiver de alterar a posição da alavanca de mudança de
velocidades, o motor elétrico deverá estar ligado na velocidade alta.
- Nunca ultrapassar o limite de temperatura de 200°F.

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