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- Objetivo:
Determinar a estabilidade da
emulsão por sua resistência elétrica.
- Conceito:
O fluido de base não-aquosa é,
geralmente, composto por uma fase
altamente condutora (salmoura)
emulsionada em uma fase resistiva
(parafina). Como a fase contínua é
resistiva, é de se esperar que esta
seja a característica predominante. Porém, quando submetida a uma tensão
elétrica elevada, pode haver condução de corrente elétrica pela interação entra
as gotas da fase condutiva emulsionada.
Quanto mais forte a emulsão, menor é a interação entre as gotas da fase
emulsionada. Assim, o valor da tensão necessária para que as gotas interajam
de forma a conduzir corrente elétrica é uma medida da força da emulsão.
- Equipamentos:
- Medidor de estabilidade elétrica de emulsões Fann 23C, Fann 23D ou similar.
- Frasco de vidro ou copo térmico.
- Procedimento:
- A medida da estabilidade elétrica deve ser efetuada na mesma temperatura
do teste da reologia.
- Colocar uma alíquota num recipiente de vidro ou utilizar o fluido no copo do
teste de reologia.
- Submergir o eletrodo até uma profundidade de 2,5 cm na amostra e agitar
lentamente com o próprio eletrodo por cerca de 1 minuto. Parar a agitação.
Verificar AST em anexo.
- Pressionar o botão ao mesmo tempo em que se gira o dial lentamente até que
a luz vermelha acenda.
- Ler a medida no visor do equipamento quando o valor mostrado estabilizar.
- Resultados:
- O valor da estabilidade elétrica em volts, é lido diretamente no visor (para
modelo 23 D), ou multiplicando este valor por um fator, que pode variar
conforme fabricante (para modelo 23 C).
- Calibração e ajuste:
- Se o aparelho for do tipo digital, ligá-lo para ver se há resposta no visor e se a
escala zera.
- Para checar se o aparelho está calibrado, pressione “ON” e em seguida
“TEST”. A voltagem lida no visor deverá ir até 2000, e então ficará piscando
com “zeros”, indicando leitura máxima obtida.
- O equipamento deve ser aferido periodicamente com os resistores padrão
que o acompanham. Caso as medidas destes resistores estejam fora do
especificado (± 2%), requisitar manutenção do aparelho.
- ALCALINIDADE (Pm)
- Objetivo:
Medida da alcalinidade (concentração de OH-) na
fase aquosa emulsionada.
- Conceito:
A medida é feita, primeiro quebrando a emulsão
com a mistura xileno/álcool isopropílico, depois
titulando a fase aquosa desemulsionada com ácido
sulfúrico, a fim de neutralizar as espécies básicas
presentes nela.
Caso uma pequena fração delas fique dispersa na fase parafínica, a diminuição
da quantidade destas espécies na fase aquosa vai causando, lentamente, a
migração delas, com sua subseqüente neutralização.
Quando o pH da fase aquosa chega a 8, próximo à neutralização, o indicador
fenolftaleína perde a coloração, indicando o final da titulação.
- Equipamentos e reagentes:
- Erlenmeyer de 250 ou 500 mL.
- Mistura de xileno/álcool isopropílico (isopropanol) 1:1.
- Indicador de fenolftaleína 1%.
- Solução ácido sulfúrico (H2SO4) 0,1 N (N/10).
- Seringa de 5 mL.
- Pipeta de 10 mL.
- Agitador magnético.
- Pêra para pipeta.
- Procedimento:
- Adicionar 1 mL do fluido de perfuração em um erlenmeyer e 20 mL de uma
mistura de xileno/álcool isopropílico 1:1, agitar e diluir com 75 a 100 mL de
água destilada. Verificar AST em anexo.
- Adicionar 10 gotas de fenolftaleína.
- Resultados:
- A alcalinidade (Pm) do fluido é o volume total gasto de H2SO4 na titulação.
- A concentração em hidróxido de cálcio poderá ser calculada pela equação:
- SALINIDADE
- Objetivo:
Medida da quantidade de cloretos na fase aquosa
emulsionada.
- Conceito:
Após a quebra da emulsão com xileno/álcool
isopropílico, com a separação da fase aquosa, esta
é titulada com nitrato de prata, a fim de precipitar os
cloretos em solução com a prata do titulante,
segundo a reação a seguir:
Cl Ag AgCl
- Equipamentos e reagentes:
- Erlenmeyer de 250 ou 500 mL.
- Mistura de xileno/álcool isopropílico (isopropanol) 1:1.
- Seringa de 5 mL.
- Pêra para pipeta.
- Pipeta de 10 mL.
- Indicador cromato de potássio (KCrO4) 5%.
- Solução de nitrato de prata (AgNO3) 0,282 N.
- Procedimento:
- Após a determinação da alcalinidade, aproveitar a amostra, completando com
água destilada até 200 mL.
- Para começar o teste a partir de uma amostra de fluido, pegar 1 mL de fluido
e adicionar 20 mL de xileno/álcool isopropílico. Agitar e diluir com 70 mL de
água destilada.
- Resultados:
- Para fluido com fase aquosa de cloreto de sódio, a salinidade, em ppm, é
expressa pela equação:
1,65 V AgNO3
% NaCl (m / m) 100%
1,65 V AgNO3 10 f w
ppmNaCl (m / m) 10.000 % NaCl
1,56 V AgNO3
%CaCl 2 (m / m) 100%
1,56 V AgNO3 10 f w
ppmCaCl2 (m / m) 10.000 %CaCl 2
- Objetivo:
Estimar o poder de retenção/infiltração do
fluido quando pressurizado contra uma
superfície permeável, a alta temperatura.
- Equipamentos:
- Célula de filtração.
- Jaqueta térmica.
- Papel de filtro 2 ½ pol.
- Unidade de pressão.
- Unidade de contra-pressão.
- Proveta graduada.
- Cronômetro.
- Esquema do equipamento:
- Procedimento:
- Fechar a válvula de entrada da célula e encher a célula com amostra do fluido
de perfuração (foto 2), até 13 mm do topo e colocar o anel de vedação. Tomar
cuidado para manter limpo o anel de vedação e a parte selante da tampa.
Verificar AST em anexo.
- Assentar, cuidadosamente, o papel de filtro sobre o anel de vedação,
introduzir a tampa e apertar os parafusos (foto 3) em diagonal. Verificar AST
em anexo.
- Fechar a válvula de saída, assentar a célula (com a tampa voltada para baixo)
dentro da jaqueta térmica, girá-la até que esta se encaixe e introduzir um
termômetro metálico no orifício existente na parte superior da célula (foto 4).
Observação:
- Não se esquecer de prender o sistema de pressurização na célula com o
grampo específico (foto 6).
- Não abrir a célula antes de resfriar.
- Nunca desparafusar a célula sem ter absoluta certeza de que esta não está
com pressão. Se a célula estiver ainda com pressão, os parafusos não vão
desenroscar com facilidade.
- Nunca deixar o rosto sobre a válvula e a tampa ao retirá-las.
Observação:
- Não se esquecer de prender o sistema de pressurização na célula com o
grampo específico (foto 6).
- Não se esquecer de prender o sistema de contrapressão na célula com o
grampo específico (foto 11).
- Não abrir a célula antes de resfriar.
- Resultados:
- Registrar o volume do filtrado, na proveta, em mL, multiplicado por 2.
- Caso haja água livre no filtrado, registrar o volume, em mL, multiplicado por 2.
- Calibração e ajuste:
- Verificar com freqüência a exatidão dos manômetros e termômetros.
- Objetivo:
Determinar a quantidade de
base orgânica, água e sólidos
no fluido.
- Equipamentos:
- Retorta Baroid de 10 mL,
modelo nº 870 ou similar.
- Espátula.
- Palha de aço.
- Proveta de vidro graduada, de
10 mL.
- Pinças tipo curvo.
- Cronômetro.
- Graxa para alta temperatura.
- Tensoativo.
Observação:
- É necessário conhecer o ponto de fulgor das amostras desconhecidas ou com
materiais novos com a intenção de evitar explosões por ignição do produto.
- Resultados:
- % água = volume de água x 10
- % óleo = volume de óleo x 10
- % sólidos = 100 - (% água + % óleo)
Observação:
Quando o fluido de perfuração apresentar salinidade elevada, deve ser feita a
correção da percentagem de água e sólidos.
- % Água corrigida (real) = % água lida x [ 1 + 1,3x10-8 x (ppm NaCl)1,29 ]
- % Água corrigida (real) = % água lida x [ 1 + 5,77x10-7 x (ppm CaCl2) ]
- % Sólidos corrigidos = 100 - % óleo - % água corrigida (real)
- Calibração e ajuste:
- Limpar e secar bem o equipamento
- Conectar o copo da retorta contendo no seu interior água destilada, o
cachimbo contendo no seu interior palha de aço e a proveta. Ligar e verificar se
a lâmpada piloto acende.
- Após 30 minutos de teste, verificar se o volume recuperado na proveta
corresponde aos 10 mL iniciais.
- Observar a câmara de aquecimento. Se esta apresentar cor vermelha não
incandescente (sem brilho), a temperatura está dentro do intervalo
recomendado. Caso contrário, ajustar o reostato através do parafuso de
controle.