Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
e Aeroportos
Material Teórico
Premissas de Projetos para Implantação de Aeroportos
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Premissas de Projetos para
Implantação de Aeroportos
• Introdução;
• Característica do Tráfego Aéreo;
• Planejamento e Projeto de Aeroportos.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Explorar as peculiaridades e característica do modal aéreo, seus componentes e de como
esses podem influenciar no desenvolvimento de projetos aeroportuários.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Premissas de Projetos para Implantação de Aeroportos
Introdução
O espaço aéreo pode parecer infinito para quem pouco ou nada entende de
aviação, porém, existem rotas bem definidas para os destinos que se deseja seguir.
O controle, a organização e definição das rotas e dos voos que estarão em opera-
ção dependem de autorização do órgão competente. No Brasil, os órgãos compe-
tentes que cuidam do espaço aéreo são o DECEA (Departamento de Controle do
Espaço Aéreo) e o OACI (Organização de Aviação Civil Internacional).
Explor
FIR
AMAZÔNICO
RCC
RECIFE
FIR FIR
BRASÍLIA ATLÂNTICO
FIR
010º W
CURITIBA
34º S
8
Característica do Tráfego Aéreo
Quando o assunto é tráfego aéreo, podemos realizar as divisões dos voos pela
sua categoria: comercial, militar e geral. Pode-se dividir pelo FL (Flight Level) ou
nível de voo, ou seja, a altitude em que aquele tipo de aeronave operará. O tipo de
espaço aéreo também entra na equação, podendo ser: espaço aéreo controlado;
região de informação de voo (FIR); espaço aéreo condicionado. Todas essas regiões
precisam ser conhecidas e descritas nas Cartas de Rota (ERC – Enroute Chart).
9
9
UNIDADE Premissas de Projetos para Implantação de Aeroportos
Explor
Conheça mais sobre a aviação civil, disponível em: http://bit.ly/38CmWgD
Sobre aviação militar, acesse: http://bit.ly/36hzbxn
Descubra mais sobre a aviação sob a ótica da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC):
http://bit.ly/2u9brxX
10
• Zona de Controle (CTR): esse espaço aéreo envolve uma área que abrange uma
ou mais áreas de um aeródromo. Esse espaço não é controlado pela TWR (torre
de controle), mas sim pelos CINDACTAS (APP). Todas as informações relaciona-
das ao controle de voo precisam constar nas Cartas de Área (ARC – Area Chart);
11
11
UNIDADE Premissas de Projetos para Implantação de Aeroportos
12
• Tipo de aeronaves;
• Custos de operação;
• Custos de implantação;
• Impactos ambientais;
• Divisão civil/militar das instalações;
• Escolha do sítio de instalação.
Esses itens elencados precisam ser avaliados sob diversas óticas, existem casos
em que o local escolhido não possui nada, sendo construído do zero. Em outros
casos, o entorno já existe e precisa-se operar um novo aeroporto em uma área já
construída, sendo sempre o menos eficiente. O último caso é o aumento de deman-
da ou de “categoria” de um aeroporto, onde no local já funciona um, mas ele passa-
rá a receber voos maiores, ou quantidades maiores de voo, sendo assim promovido.
13
13
UNIDADE Premissas de Projetos para Implantação de Aeroportos
ruídos também precisam ser respeitados e considerados para uma melhor qualida-
de de vida dos lotes lindeiros. Em aeroportos como o de Congonhas (SP), não há
pousos ou decolagens após as 23 horas devido à Lei do Silêncio, todos os voos são
desviados para Guarulhos (SP) e Campinas (SP).
Após o aeroporto ter sua construção liberada, o administrador precisa elaborar
um Plano Diretor Aeroportuário (PDIR) que será entregue para a Agência Nacional
da Aviação Civil (ANAC). Esse plano precisa seguir todas as diretrizes dos órgãos
regulatórios, estabelecendo informações que nortearão em todas as etapas, como:
• Implantação;
• Desenvolvimento das atividades;
• Expansão da infraestrutura aeroportuárias.
A aprovação do PDIR pela ANAC é essencial para que esse aeródromo possa
receber voos comerciais de companhias aéreas, seja o transporte de passageiros ou
de cargas; caso contrário, o aeródromo não poderá operar voos dessa categoria,
ficando restrito apenas a voos militares ou particulares de pequeno porte.
Definição do Comprimento
de Pista e Características Físicas
Um dos itens principais e nosso primeiro objeto de estudo é a pista de pousos e de-
colagens que será instalada em nosso aeroporto. O dimensionamento correto da pista
em relação ao seu tamanho e posição interferirão ativamente nos seguintes aspectos:
• Tamanho e peso das aeronaves que poderão utilizá-la;
• Se efeitos como as cargas de vento interferirão na aeronave em sua manobra –
existem equipamentos mais ou menos sensíveis aos efeitos dinâmicos dos ventos;
• Interferência com obstáculos externos aos aeroportos, como relevos ou construções;
• Capacidade de aceleração e frenagem das aeronaves;
• Visibilidade para pouso com utilização de instrumentos;
• Condições atmosféricas.
14
• Acostamento: nessa região ficam os veículos que prestarão auxílio às aerona-
ves. O dimensionamento precisa ser realizado levando em conta que as turbi-
nas descarregarão uma parte da carga nessa região do sistema;
• Pavimento Estrutural: essa é a região em que as aeronaves realizam suas
operações de pousos e decolagens. Essa região deve ter a qualidade e espessu-
ra da sua pavimentação dimensionada para as aeronaves que irão operar, aqui
também vale projetar um ótimo sistema de drenagem para garantir a seguran-
ça dos veículos e seus passageiros;
• Área de Segurança de Final de Pista: essa região se estende além da cabe-
ceira da pista e deve garantir que não haverá obstáculos que possam impedir
ou atrapalhar a operação das aeronaves.
15
15
UNIDADE Premissas de Projetos para Implantação de Aeroportos
Os Componentes da Pista
A pista possui diversos componentes e partes que são posicionadas e dimensio-
nadas para garantir a segurança dos usuários. Falamos anteriormente sem entrar
em muitos detalhes das suas principais funções, agora conheceremos melhor cada
um deles.
16
Um exemplo de medidas para combinações de pista pode ser visto na Figura 8,
em que encontramos todas as partes destacadas com medidas em relação à Figura 7.
17
17
UNIDADE Premissas de Projetos para Implantação de Aeroportos
Dimensionamento de Pistas
O dimensionamento das pistas é feito seguindo os parâmetros fornecidos pela
Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO). Os códigos são utilizados pelos
países pertencentes para identificar aeronaves, voos e plano de voos.
18
Explor
Conheça mais sobre a ICAO, disponível em: http://bit.ly/38zQGuy e http://bit.ly/2RNN2Gq
19
19
UNIDADE Premissas de Projetos para Implantação de Aeroportos
Ao fim da pista, deve ser adicionada uma área chamada de Área de Segurança
de Fim de Pista (RESA) quando forem operadas aeronaves com códigos 3 ou 4 e
caso a pista trabalhe com aeronaves 1 e 2 operadas por instrumentos. A RESA
deve ser adicionada em ambas extremidades no final da pista, garantindo uma se-
gurança adicional caso a aeronave ultrapasse a região de pouso.
Além da pista principal, também devem ser dimensionadas as pistas de táxi e as curvas que
Explor
foram necessárias para melhorar a logística de pouso e decolagem. Essas informações po-
dem ser encontradas no link a seguir a partir da página 22: http://bit.ly/30sIM33
Conheça a última atualização do IBAC 154: http://bit.ly/3agmNB4
Conheça mais sobre o planejamento de uma pista de pouso e decolagens em: http://bit.ly/30pgruG
20
Como Orientar a Pista de Pouso e Decolagem?
As pistas de todos os aeroportos recebem diversos números que ajudarão o pi-
loto a melhor se posicionar e se balizar ao longo de sua manobra. Para entender
como funciona a comunicação e a ideia por trás, siga os links a seguir:
Os números pintados nas pistas de pouso e a faixa de pedestre, disponível em: http://bit.ly/30ten4P
Explor
21
21
UNIDADE Premissas de Projetos para Implantação de Aeroportos
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Vídeos
Pistas de pouso e suas caracaterísticias
https://youtu.be/KEOIIDJ2q98
O que significam os números pintados nas pistas dos aeroportos?
https://youtu.be/p7Ek7Jtr4ho
Faixa de Pedestre na Pista do Aeroporto? Entenda a Sinalização das Pistas
https://youtu.be/xt8FCv-21VE
Leitura
Módulo 15 - Tráfego Aéreo
Texto de Alexandre L. D. Bastos e Derick M. Baum sobre tráfego aéreo.
http://bit.ly/2FWDofb
Regulamento brasileiro da aviação civil
http://bit.ly/3agmNB4
22
Referências
ANAC. Regulamento Brasileiro da Aviação Civil: RBAC nº 154, emenda 6. Reso-
lução nº 529, de 12/09/2019.
FIELD, A., International Air Traffic Control, Pergamon Press, UK, 1985; Coman-
do da Aeronáutica, DECEA. Regras do Ar e Serviços de Tráfego Aéreo - ICA 100-
12, Ed. Especial, 1993, incorporando a 12ª modificação de 01 Mar. 98;
OACI, Rules of the Air. Anexo 2 à CACI, 10ª Edição, Montreal, 2005;
OACI, Air Traffic Services. Anexo 11 à CACI, 13ª Edição, Montreal, 2001;
23
23