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A Sociologia Analítica de Max Weber foi responsá vel por trabalhos que buscavam entender
diversos fenô menos socioló gicos do mundo moderno ocidental. Sua abordagem buscava
compreender, por meio da aná lise só cio histó rica, os caminhos percorridos pela sociedade
ocidental até o período moderno, em uma tentativa de construir um conjunto de modelos
teó ricos que ajudariam na compreensã o de diversos aspectos sociais da civilizaçã o ocidental
de sua época.
Weber acreditava que, em nossa sociedade, grande parte da vida social havia sido reduzida à
ló gica racional. Isso quer dizer que características do mundo social que se baseavam na
tradiçã o, como a crença religiosa, dissolveram-se. A modernidade construiu-se em meio aos
conflitos ideoló gicos da razã o objetiva instrumental, utilizada como ferramenta de
abordagem de questõ es do pensamento humano e de sua realidade, e o pensamento
tradicional foi progressivamente abandonado. Weber referiu-se a esse fenô meno como o
processo de “desencantamento do mundo”, no qual o sujeito moderno passou a se despir
de costumes e crenças baseados em tradiçõ es herdadas ou aprendidas que se apoiavam nos
pilares fixos das religiõ es ou da “magia”. Explicaçõ es e questionamentos baseados na
utilizaçã o da razã o instrumental quebraram noçõ es preconcebidas e ancoradas no nú cleo
religioso tradicional.
O trabalho de Weber é proeminentemente usado pelas matérias que se dedicam aos estudos
administrativos, e com razã o, pois é notoriamente voltado para o estudo das instituiçõ es
administrativas. Foi justamente nesse â mbito que Weber enxergou com maior força os
aspectos do processo de racionalizaçã o do mundo moderno. As instituiçõ es do mundo pré-
moderno que se baseavam na tradiçã o deram lugar a uma complexa rede organizacional que
se estrutura pela burocracia e pela hierarquia.
Alguns teó ricos argumentam que os impactos desse processo estã o indicados na
impessoalidade e apatia do processo burocrá tico, que, apesar de necessá rio nas complexas
organizaçõ es que temos hoje, exacerba o crescente sentimento de abandono e apatia do
sujeito moderno em funçã o do desolamento causado pelo fatalismo de um mundo
ultrarracionalizado.