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Curso: Certificação Escolar - Nível Secundário

Área de Competência-Chave: Cidadania e Profissionalidade

UFCD: CP6 – Abertura Moral DR: 1

Critérios de Evidência/Conteúdos:
 Identificar valores democráticos.
 Reconhecer a exigência de tolerância na conduta pessoal.
 Demonstrar disponibilidade para aceitar/tolerar diferentes formas de estar.

Bibliografia/Fontes:
- P., Melissa (2008) Carta ao Papa: Em nome do Amor, Teorema.
- Internet.

Textos de apoio e proposta de trabalho a ter em conta na reflexão de CP6 – DR1

Tema: Tolerância e Diversidade

Tolerância significa a «tendência para admitir


formas de pensar, de sentir e de agir diferentes
das nossas».

Na ética levinasiana, como pontualizámos, o outro homem, sendo primeiro relativamente


ao eu, constitui-se como eixo da moralidade, de tal forma que toda a acção só se torna
moralmente aceite se tiver por base a atenção e o cuidado ao próximo.

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Todavia, quotidianamente, somos confrontados com um conjunto de acções contrárias à
ordem ética, sobretudo no que respeita ao mau trato infringido às crianças e aos idosos.
Mas, se nestes os abusos estão à margem da moralidade, não o deixam de estar
igualmente todas aquelas acções que colocam cada homem acima dos demais.
Consciente ou inconscientemente, tomamos o «princípio da identidade» como princípio
norteador das nossas existências. Com efeito, identificamo-nos mais facilmente com
todos aqueles que têm a mesma forma de pensar ou de sentir, com aqueles que fazem
parte da nossa cor futebolística, do nosso credo ou grupo religioso, que com aqueles que
estão para além da nossa identidade, com os quais nos distanciamos, criando todo o tipo
de preconceitos.
Ante este desrespeito pela alteridade irrompe o conceito e a realidade da tolerância,
contundentemente expressa na máxima «todos diferentes, todos iguais». Sendo todos os
homens iguais na sua diferença, todos devem ser igualmente respeitados. E o respeito à
diferença do outro exige como correlativo o respeito à minha própria identidade.

TOLERÂNCIA A DIFERENTES ORIENTAÇÕES SEXUAIS

“O ex-cardeal Ratzinger, hoje pontífice, já declarou que o homossexual é um doente


mental e que, portanto, deve ser adequadamente tratado: uma pessoa de quem se deve
ter pena. Informei-me: as maiores autoridades científicas mundiais estão de acordo há,
pelo menos, vinte anos em sustentar que a homossexualidade não é um desvio sexual.

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O catecismo da Igreja Católica emparelha, com distinções dificilmente perceptíveis,
praticas tão diferentes como, entre outras, os actos homossexuais e a violação. Um
homossexual que tem relações afectivas e sãs terá, então, de arder no inferno como o
violador que descarrega as suas hormonas na primeira inocente que apanha na rua?
A homossexualidade não só não é ilegal como não ameaça as outras pessoas nem as
torna incólumes perante a sua força.”

P., Melissa ( 2008) Carta ao Papa : Em nome do Amor, Teorema

TOLERÂNCIA À DESPENALIZAÇÃO DO ABORTO

TOLERÂNCIA ÉTNICA / CULTURAL

Tolerar a existência do outro,


É permitir que ele seja diferente,
Ainda é muito pouco
Quando se tolera
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Apenas se concede
E essa não é uma relação de igualdade,
Mas superioridade de um sobre o outro.
Deveríamos criar uma relação entre as pessoas,
Da qual estivessem excluídas
A tolerância e a intolerância

José Saramago

Proposta de Trabalho

 No seio da família, com os amigos, no bairro e no condomínio, em que situações


demonstrou capacidade de aceitação e tolerância ante diferentes formas de ser e
de estar? E de que forma é que essa aceitação permitiu a construção de um
mundo mais humano, onde os valores da igualdade e da dignidade permitiram a
construção de um mundo isento de preconceitos e exclusões sociais?

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