Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Positivismo e Neopositivismo
1° Laboral
Positivismo e Neopositivismo
Índice
0. Introdução...............................................................................................................................3
O estádio estético....................................................................................................................4
O estádio ético.........................................................................................................................5
O estádio religioso...................................................................................................................6
O conceito de angústia............................................................................................................7
Origem da angústia..................................................................................................................8
Conclusão..................................................................................................................................10
Referências bibliográficas.........................................................................................................11
3
0. Introdução
Mostra que a existência em sua singularidade reflete modos diferentes de ser no mundo. Ser
no mundo para o filósofo é não ser de qualquer forma, mas buscar ser autêntico, fora desse
objetivo o indivíduo se torna um ser desesperado, o que pode se chamar também de
inautêntico, pois o indivíduo em desacordo, com sua síntese não consegue realizar-se como
um si mesmo ou como eu.
Objectivos:
Objetivo geral.
Objectivos específicos
2. Metodologia
Para a concepção deste trabalho de pesquisa, foi consultada a literatura que discute assuntos
atinentes ao judaísmo, portanto, a pesquisa foi de índole qualitativa e se baseou na leitura
bibliográfica, centrada em análise de livros e obedece o método hermenêutico.
4
O homem escolhe Como seguir sua existência, escolhe diante das possibilidades que
lhes são apresentadas e, nessas escolhas, vive os seus estádios, que não são visto com
degraus nos quais se vai adquirindo" maior dignidade de vivência" mas, modos de
existir: pois não são os estádios que se transformaram e sim o " indivíduo que muda,
experimenta, sente, detém-se, e pode Até recuar”. (LEBLANC,2003, P.53).
O estádio estético
Tratar da filosofia dos estádios da existência e algo que se faz em vista da própria vida de
soren kierkegaard, que mesmo não querendo expor sua vida particular, baseia-se na sua
experiência da existência para suas narrativas.
Desta forma, dizia o dinamarquês " meu trabalho de escritor é meu próprio desenvolvimento,
minha educação " (kierkegaard apud OCTAVIANO, 1991, P.15)
O indivíduo no estádio estético é movido pelos desejos, em sua vida estética, tem uma
relação como o mundo de satisfação dos seus sentidos. Vive-se, o momento sem nenhuma
reflexão sobre-se, sua situação sobre o seu futuro, o indivíduo não pensa nas
responsabilidades das suas ações, o que lhe apraz é a vida dos prazeres e sua intensidade.
Interessado na realização dos desejos, despreza aquilo que os limita, despreza a forma da vida
5
ética e religiosa. E dentro de esteta existe um vazio, um vazio existencial e a vida que ele vive
buscando não lhe define, não preenche o vazio.
O estádio ético
A vida ética nasce da escolha por uma estabilidade, continuidade que o estádio em seu
incessante desejo exclui na busca da verdade. O estádio estético dá ao indivíduo o
domínio de si, sua reafirmação, do dever e da fidelidade si próprio. O ético as suas
vontades, tem controle de sua liberdade, o escolhe a forma de homem que quer ser, o
homem se forma ou se afirmar por si, assim nos assegura Reichamn (1978): " o
elemento estético é aquele para qual o homem é imediatamente aquilo que é, o
elemento ético é aquele para qual o homem é se transforma no que se transforma "
(p.190).
O estádio ético não se opõe aos prazeres do estéta, mas organizar a anomia estéta,
dando limites ao desejos pelas regras em que o ético escolheu ficar sob o julgo. Para
kierkegaard o ético faz liberdade triunfar através do cumprimento do seu dever e
realizando o "geral", isto é, casando-se sendo um funcionário público, indo a igreja
coma família ao domingos, passando para uma ideia de uma pessoa comum que
convive em sociedade da forma equilibrada sadia. Kierkegaard personaliza o juiz
Wilhem, personagem segunda parte de ou/ou e de estádio no caminho da vida, como
verdadeiro indivíduo ético. O juiz tem uma forte fé em Deus, no matrimônio e na
sociedade que ele serve. (GOUVÊA, 2000).
Para kierkegaard o ético se encerrava em um modo de viver insosso que impedia uma vida de
plenitude espiritual. Percebe-se, assim, que o esteta por si só não realiza todo o propósito de
6
seu ser composto de forma dicotômica, falta -lhe o infinito, aquilo que o faz transcender a sua
outra parte. Faltando-lhe seu eterno, e é no estádio religioso que o indivíduo "[...]realiza a
presença da eternidade no tempo, a plenitude da encarnação ".FARAGO, 2006.P.126) levado
pela condição do estádio ético da possibilidade de escolha de si, o homem corre outro risco, o
arrependimento. Porém, o arrependimento foge ao estádio ético, sendo possível apenas no
estádio religioso, onde o indivíduo se depara com o terceiro termo da sua criação.
O agir ético, pela sua insuficiência diante do eu que exige o infinito, e ultrapassa por meio do
salto que vai além do domínio ordinário para lançar-se no extraordinária que é fé, o além da
razão este, como se verá a seguir, não abrange a totalidade da existência e o mistério vem
completar e ser socorro ao ser desesperado.
O estádio religioso
Após a caracterização dos dois primeiros estádios, chega o momento em que a atitude ética
desmorona diante do existente que é síntese entre o finito e o infinito. É nesse momento que
Kierkegaard, em sua obra Temor e tremor (1843), introduz o estádio religioso. Nosso filósofo
o faz tomando como exemplo a figura bíblica de Abraão, personagem bíblico, que ultrapassa
pela fé aquilo que considera ético para fazer a vontade de Deus; que ordenara que Abraão
sacrificasse seu filho e, pela fé em seu Autor, o personagem bíblico, conhecido como o pai da
fé, obedece. Entretanto, quando estava prestes a realizar o maior sacrifício de sua vida, Deus
intervém, pois Abraão já havia provado a sua fé. (ALMEIRA; VALLS, 2007). Neste estádio,
por meio da fé, vai-se além da razão, além do que é ético e acredita-se naquilo que é
escândalo, absurdo para os homens de pouca fé. (VERGOTE, 1969). A caminho do Monte
Moriah, onde deveria sacrificar Isaac, seu filho, Abraão realizava uma atitude maior que a
ética de seu povo que considerava tal ato repulsivo. Como poderia um Deus tão injusto, dar a
7
Entretanto, um estádio não aniquila o outro, mas o transfigura; o homem não deixa de sentir,
de ter paixões a partir do estádio ético, ou passa a ser somente infinito com o salto religioso.
O homem continua sendo homem e isso implica ser uma relação11 (GARDINER, 2001, p.
58). A diferença está que a cada ascensão de estádio, o homem percebe o que realmente é
merecedor de maior ou menor valor e compreende que nada poderá satisfazer a sua fome de
infinito, a não ser o próprio infinito; assim, é conveniente fazer uso das palavras de
Kierkegaard, para dizer que: “‘[...] nada de finito, nem o mundo inteiro pode satisfazer a alma
de um homem que tem o desejo e a necessidade do eterno’”. (KIERKEGAARD apud
ALMEIDA; VALLS, 2007, p. 40).
O ético se desespera quando tem a consciência de seus limites, de sua f finitude. Desespera
porque “[...] sem possível, não se respira o homem de fé acredita que para Deus tudo é
possível”. (KIERKEGAARD, 1974, p. 356). A impossibilidade de superar o desespero, para
Kierkegaard, se concretiza com a falta de fé no infinito, de não acreditar que o impossível é
possível, mesmo que isso soe como absurdo.
Do ponto de vista ético, a conduta de Abraão é de um assassino, mesmo que Isaac não tenha
sido sacrificado, a intenção de Abraão era firme. E por isso Abraão foi o maior de todos. Ao
levar Isaac ao monte Moriá, para sacrificá-lo por dever ao Absoluto. Mas pode-se, se indagar:
A fé e a moral se sobrepõem? O dever para com Deus é maior que a moral do geral? Para
Kierkegaard, reafirma-se aqui, a moral do geral pode ser suspensa, pois, a exigência do dever
absoluto para com Deus.
8
O conceito de angústia
A palavra angústia, em sentido mais amplo quer dizer sufoco, estado em que a pessoa se sente
sufocada perante um perigo que está eminente inevitável e em parte não foi ainda
experimentado, esta angústia não tem origem externa, mas exclusivamente interna, assim, a
angústia não tem um objetivo especifico como o medo que se refere sempre a ima coisa
ameaça concreta da qual nós devemos nos prevenir.
A partir de kierkegaard o tema angústia assume uma importância central dentro da filosofia.
Sobretudo para a corrente existencialista, da qual ele é considerado o iniciador, A angústia
está ligada ao nada, ao vazio neste estado o sujeito é pura possibilidade, ainda não está
determinado, daí kierkegaard redefine a angústia como sendo; uma determinação do espirito
sonhador é a realidade da liberdade como pura possível (kierkegaard, 1968, p.45).
Kierkegaard começa sua análise do conceito de angústia a partir do mito da queda de adão e
eva.
De a acordo com kierkegaard eles são colocados diante da possibilidade de escolha. Com a
queda eles começam a existir, no sentido de que a existência humana implica decisão, escolha
não são mais determinados pela natureza enquanto viviam no paraíso eles não se conheciam a
possibilidade da escolha. Assim, é a partir da queda que a angústia instaura sua sua morada na
existência, tornou-se presente no ser humano e o homem será desde Então um ser angustiado.
Ora! Para kierkegaard a angústia é a possibilidade de liberdade, ele afirma que a angústia
pode ser de dois tipos: objetiva e subjetiva. Em o conceito de angústia: ele escreve assim.
" por angústia objetiva, entendemos o reflexo da operabilidade da geração do mundo inteiro, e
a angústia subjetiva é a angústia que está na inocência do indivíduo que corresponde a de
Adão.
Origem da angústia
Kierkegaard escreve que quando Adão e Eva ainda no paraíso, no estado de inocência foram
advertidos para não comerem do fruto de uma arvore do conhecimento eles não entendia do
que se tratava, porém, esta advertência, ou melhor a proibição é que desperta neles a
possibilidade de liberdade. Neste momento eles são repelidos e ao mesmo tempo atraídos por
esta situação. Eles estão diante de uma possibilidade de fazerem uma escolha, a proibição
desperta-lhes o desejo de ser como "Deus" estão diante de uma possibilidade, mas esta
9
possibilidade também lhes causam vertigem eles sentem no dizer de kierkegaard uma
antipatia simpatizante uma simpatia antipatizante.
A angústia abordada por kierkegaard é a angústia existencial que não é momentânea nem tem
um objeto específico. A angústia não tem um objeto definido é algo vago, indeterminado ela
acompanhará o homem enquanto ele viver. Portanto não há outro caminho a não ser enfrentá-
la experimentá-la, fugir não é de forma alguma a solução, a firma kierkegaard neste sentido
não adianta de angustiar os homens, mais ensinar a vivenciar a sua angústia
Kierkegaard na sua obra temor e tremor nos dá pista de como a angústia quando assumida de
forma correta tem um valor extremamente positivo para constituição da existência autêntica.
Kierkegaard apresenta Abraão como, soa estranho quando Abraão decide oferecer seu único filho de
promessa em sacrifício a Deus, aqui não fala mais a moralidade, pois Abraão naquele momento está na
instancia da fé e esse paradoxo, e o indivíduo não pode de forma alguma fazer-se compreender por
ninguém (Kierkegaard, 1959, p.126).
KIERKEGAARD nos ensina que só aquele que assume esta angústia de forma positiva é
capaz de dar um salto qualitativo. Assim, fazer se discípulo da angústia é fundamental para
que o indivíduo se torna verdadeiramente homem. Neste sentido Ernest Becker comenta em
seu livro a negação da morte:
"Kierkegaard tinha uma forma própria para o que significa ser homem, ele a expôs naquelas
páginas Admiráveis nas quais descreve o que chama de cavaleiro da fé, essa figura é o homem
que vive na fé, que entregou o significado da vida ao seu criador e que vive concentrado nas
energias do seu Deus. Aceita sem reclamar o que acontece nessa dimensão visível, enfrenta a
morte sem receio"(Becker.1995, p251)
10
11
Conclusão
Referências bibliográficas