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OS LUSÍADAS

Renato: Olá turma, na nossa apresentação oral iremos falar sobre o canto 7 de “Os Lusíadas”,
uma obra do escritor português Luís Vaz de Camões e que podem acompanhar nas páginas 269 a
271 do nosso livro.

Prata: Sabe-se que o maior poeta português, Luís Vaz de Camões, provavelmente, nasceu em
Lisboa, por volta de 1524 e pertenceu a uma família de origem galega, da pequena nobreza. Este
escritor lusitano, frequentou a corte portuguesa, viajou para o Oriente, esteve preso, passou por
um naufrágio, foi processado e terminou os seus últimos anos de vida na miséria. Na juventude,
trabalhou como poeta na corte do rei português D. Manuel III e foi em 1556 que começou a
escrever “Os Lusíadas”. Camões veio a falecer dia 10 de junho de 1580, em Lisboa.

Russo: A narrativa de “Os Lusíadas” começa no meio da viagem de Vasco da Gama á Índia, e é
ele que, diante do rei de Melinde, conta a história de Portugal. Além de narrar o caminho para a
descoberta das índias, a epopeia fala sobre as grandes viagens, o império português no Oriente,
os reis e heróis de Portugal, entre outros fatos que o tornam um poema histórico. Em paralelo,
desenvolve-se também uma história mitológica, envolvendo lutas entre os deuses do Olimpo:
Vênus e Marte, Baco e Neptuno.

Iremos passar agora á análise das estrofes.

Renato:(ler estancia 83) “... que eu tenho já jurado / que não no empregue em quem não o
mereça”. - (verso 5)

Na estância 83, Camões demontra estar desmotivado para continuar a escrever e invoca o “favor
das ninfas” para que assim engradecesse a fama da sua pátria, mas jura não louvar quem não o
merece.

Renato:(ler estancias 84 a 86)

Entre as estancias 84 e 86, o poeta faz uma enumeração, com aqueles que recusa enaltecer,

• os que se centram apenas nos seus interesses pessoais, esquecendo-se do bem comum (o
rei e a pátria)

(“… que fama desse / A quem ao bem comum e do seu Rei / Antepuser seu próprio interesse, / Imigo
da divina e humana Lei.”) 84

• os ambiciosos, que pretendem obter cargos de poder a fim de serem ainda mais tiranos e
prepotentes:
(Nenhum ambicioso que quisesse / Subir a grandes caros, cantarei, / Só por poder com torpes
exercícios” ) 84 fim

Prata: os manipuladores e hipócritas, que mudam de atitude conforme os seus objetivos:


(4 primeiros versos da estancia 85)
• Os que aplicam a lei de forma injusta, conforme a classe social dos destinatários:
(“Nem quem acha que é justo e que é direito / Guardar-se a lei do rei severamente…”) 86

• Os que não têm experiência e não valorizam o trabalho dos outros ou o julgam deforma
injusta:
(“Nem quem sempre, com pouco experto peito, / e cuida que é prudente, / Pera taxar, com mão
rapace e escassa, / Os trabalhos alheios que não passa.” ) 86 fim

Renato: As várias referências ao Rei nestas estrofes pretendem destacar a forma como os que
aconselham o rei devem agir, adotando um comportamento politicamente ético, sem corrupção e
tendo sempre em consideração o interesse comum.
(ler estância 87) Aqui, o poeta resgata o ideal de herói apresentado na proposição, glorificando
aqueles que arriscam a sua amada vida por Deus e pelo seu rei.

Russo: Esperemos que tenham gostado e que tenham aprendido mais um pouco sobre “Os
Lusíadas”.

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