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Trabalho de Gestão de Pessoas I – Futuro do RH 2° ETIM ADM B - 21/06/2022

Davi Campos Rodrigues

Giovane da Silva Campos

Jeferson Gonçalves Moreira dos Santos

João Guilherme Provasi Xavier

Lucas Ferreira Missias

Como Será o Futuro do RH Para as Organizações e Para os Funcionários.

A área de recursos humanos tem sua origem no início do século XX como


uma resposta as greves e revoltas que ocorriam em decorrência das péssimas
condições de trabalho nas industrias, vindas desde a revolução industrial no fim do
século XVIII, que trouxe uma mudança nos meios de produção e uma intensa
urbanização, porém esse processo trouxe consigo uma intensa desvalorização da
mão-de-obra, pois como ela era abundante, os donos de empresa não tinham como
foco o bem estar dos trabalhadores, fazendo com que a população vivesse
submetida a condições precárias de trabalho como a péssima remuneração e as
longas jornadas de trabalho.

O surgimento do RH está diretamente relacionado em garantir a produtividade


de uma empresa, pois com os trabalhadores insatisfeitos com suas condições de
trabalho, surgem-se as greves e com as greves não há pessoas para trabalhar nas
empresas, afetando a produtividade da mesma. É nesse momento que o RH cumpre
seu papel, pois com as necessidades das pessoas atendidas, elas continuam
trabalhando, fazendo com que a empresa continue produzindo e que o dono
continue lucrando.

Após a 2° Guerra Mundial, com a escassez de mão-de-obra gerada pelos


conflitos, a área de Recursos Humanos adotou a função de recrutar e selecionar
pessoas, além de também, ser responsável agora pela demissão dos funcionários, o
que gera uma “valorização” do indivíduo e uma individualização do mesmo,
responsabilizando o trabalhador para mais funções e o tornando responsável por
seu sucesso na empresa.
Essa individualização se intensificou ainda mais na década de noventa, com o
surgimento da pós-modernidade, ou então, modernidade líquida, que tem como
características principais a individualização ao extremo, a globalização e o
consumismo como motor de tudo isso, o que gera um interesse ainda maior das
empresas em produzir para suprir essa demanda de consumo das pessoas e os
funcionários passam a ser incentivados serem mais criativos, adaptáveis e
possuírem o tal “senso de dono”, fazendo com que se sintam cada vez mais
motivados a trabalhar nas empresas, pois sentem que são importantes e que a
empresa depende deles até certo ponto, melhorando a produtividade e não se
dando conta desse processo de “alienação” que tem seu início na revolução
industrial, com a capacitação dos funcionários e divisão do trabalho proposta pelo
Taylorismo, que hoje em dia, está nas mãos do RH cumprir esse papel, onde nos
dias atuais assume um papel de apoio na empresa, como uma ferramenta que está
lá para “atender as necessidades” e resolver os possíveis conflitos de seus
colaboradores.

Com o tempo surgiram algumas ideias que iam contra essa área de recursos
humanos, como é o caso da teoria crítica e a Escola de Frankfurt, que faz uma
crítica a sociedade e a forma com que uma organização funcionava, exercendo um
papel libertador e buscando provocar uma reflexão acerca dessa área, no entanto
por mais que a função base do RH seja garantir a produtividade e o lucro de uma
empresa, ele ainda contribui para o bem estar dos trabalhadores de forma indireta,
fazendo com que essa seja uma relação vantajosa para ambos os lados, no entanto
é necessário que as pessoas se deem conta desse processo de “maquiar a
realidade” e não caiam na alienação completa.

No futuro, o RH se tornará um setor ainda mais estratégico, pois junto com os


avanços tecnológicos e automatização da mão-de-obra, ele precisará descobrir mais
meios de capacitar os trabalhadores para que possam lidar com essas mudanças
nos meios de produção, que muitos consideram como IV revolução industrial, que
tem como foco o capitalismo informacional e a globalização, com um foco crescente
em explorar a individualização dos trabalhadores e fazer com que os mesmos se
sintam os mais satisfeitos possíveis em seus ambientes de trabalho, para que
passem mais tempo trabalhando, sejam mais produtivos e que suas vidas estejam o
mais atreladas possível aos seus escritórios, para que de certa forma, “não queiram”
parar de trabalhar e sair dos postos de trabalho.

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