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FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA GEOLÓGICA
Curso de Licenciatura em Engenharia Geológica
Campus Universitário de Pemba – Bairro Eduardo Mondlane
Geoquímica
Tema:
A DISTRIBUIÇÃO DOS ELEMENTOS QUÍMICOS
Discentes:
Kelven Benedito Cumbane
Neco Adolfo Jussar
Pemba
Novembro, 2022
Kelven Benedito Cumbane
Neco Adolfo Jussar
1.1.1. Geral..................................................................................................................4
1.1.2. Específicos.........................................................................................................4
Referências Bibliográficas....................................................................................................12
1. Introdução
O presente trabalho tem como temática sobre os A Distribuição dos elementos Químicos. Deste
modo abordamos os sistemas termodinâmicos com interesse geológico, a aplicação do conceito
de equilíbrio as rochas metamórficas, falamos também da geoquímica da alteração das rochas, da
natureza das reações de alteração e por fim da diferenciação geoquímica dos solos.
Sólido – Reações sólidas. Uma reação sólido-sólido envolve apenas as fases sólidas como
reagentes e produtos, sem que nenhuma fase fluida apareça na reação química. A maioria das
reações sólido-sólido aparece como linhas retas em diagramas de pressão-temperatura. A razão
para isso vem da equação de Clausis-Clayron.
dP/dT = ∆ S /∆ V
Em geral, tanto a entropia, S, quanto o Volume, V de qualquer fase variam com temperatura e
pressão. À medida que a temperatura aumenta, tanto S quanto V tendem a aumentar (as coisas se
tornam mais desorganizadas em alta temperatura, aumentam a entropia e as moléculas vibram
mais em alta temperatura, aumentando o volume). Da mesma forma, tanto S quanto V tendem a
diminuir com o aumento da pressão (menos espaço para vibrar significa melhor organização e
menor volume). Além disso, a mudança de volume e entropia a qualquer temperatura e pressão
tende a ser pequena. O resultado líquido disso é que, para reações sólido-sólido, os efeitos do
aumento da temperatura tendem a ser compensados pelos efeitos do aumento da pressão e,
portanto, o dP/dT permanece mais ou menos constante. Uma curva cuja inclinação é constante é
uma linha reta.
Vamos usar esses princípios para analisar algumas reações sólido-sólido, como as do diagrama
de fases Al2 Si O5. Note que para a reação sólido-sólido andaluzita ↔ cianita, dP /dT é positivo.
Isso é o que esperamos, porque à medida que aumentamos a temperatura, o produto cianita,
ocorre no lado T baixo do limite de reação e deve ter uma entropia mais baixa, tornando ∆S
negativo. Aumentar a pressão provoca uma diminuição no volume, de modo que a cianita deve
ter um volume menor do que a andaluzina e, portanto, ∆V negativo, a inclinação da curva de
fronteira, dP / dT, é positiva.
Para a reação Kyanite ↔ Sillimanite, o produto Sillimanite ocorre no lado T alto da fronteira, e
assim SSillimanite > S Kyanite ,, então ∆S é positivo. Como a cianita ocorre no lado P alto da curva de
fronteira, SSillimanite > S Kyanite,, então ∆V também é positivo. Assim, dP /dT também é positivo.
Mas, note que o limite de reação para a Sillimanite ↔. Andaluzita tem uma inclinação negativa
no diagrama Isso ocorre porque o produto da reação, a sillimanita, tem um volume menor do que
o reagente andaluzita. Assim, ∆V é negativo, tornando dP /dT negativo.
Nesse sentido, a formação dos solos na natureza levou milhões de anos, apresentando, quase
sempre, aspectos relacionados com o seu material de origem e as interferências naturais e
antrópicas proporcionadas sobre eles. Vale lembrar que esse processo de formação dos solos é
ininterrupto e ainda ocorre atualmente. Para compreender melhor o fenômeno natural da
pedogênese,
Horizonte O (horizonte orgânico) – camada externa do solo composta por material orgânico em
estágio de decomposição.
Horizonte A – é o horizonte mineral mais próximo da superfície, com uma relativa presença de
matéria orgânica.
Horizonte B – é o horizonte de acumulação, com uma grande presença de minerais e com baixo
acúmulo de material orgânico.
Horizonte C – camada formada por partes fragmentadas da rocha mãe, muitas vezes com
sedimentos menores nas suas partes mais altas e com saprólitos e partes de rochas em sua parte
inferior.
1. Eluviais: quando os solos se formam por rochas encontradas no mesmo local da formação, ou
seja, quando a rocha que se decompôs e se alterou para a formação do solo se encontra no
mesmo local do solo;
2. Aluviais: quando os solos foram formados por rochas localizadas em outros lugares. Graças à
ação das águas e dos ventos, os sedimentos foram transportados para outro local.
Quanto à influência externa, existe outra forma de classificação dos solos, também chamada
de classificação zonal, que divide os solos em zonais, intrazonais e azonais:
1. Zonais: são maduros, bem delineados e profundos. São subdivididos em latossolos, podzóis,
solos de pradaria e desérticos.
1.1. Latossolos: São solos pouco férteis, presentes geralmente em climas quentes e úmidos, com
profundidades superiores a 2m;
1.2. Podzóis: São solos férteis, graças à acumulação de minérios, húmus e matéria orgânica, e
são próprios de climas frios e temperados;
1.3. Solos de pradarias: São ricos em cálcio e matérias orgânicas, por isso, são extremamente
férteis. Estão presentes em regiões subúmidas de clima temperados;
1.4. Desérticos: Solos caracterizados por serem pouco profundos e pouco férteis. Próprios de
regiões desérticas.
2. Intrazonais: são solos bem desenvolvidos, além de serem bastante influenciados pelo local e
pelos fatores externos. Dividem-se em solos salinos e solos hidromórficos.
2.1. Solos salinos: também chamados de alomórficos, caracterizam-se pelo alto índice de sais
solúveis, próprios de regiões áridas e próximas ao mar. Possuem uma baixa fertilidade;
2.2. Solos hidromórficos: por estarem localizados próximos a rios e lagos, apresentam grande
umidade. Sua fertilidade depende do índice de umidade: quanto mais húmidos, menos férteis.
3. Azonais: solos pouco desenvolvidos e muito rasos. Dividem-se em solos aluviais e litossolos.
3.1. Solos aluviais: presentes em áreas de formação recente em planícies húmidas. Quando os
seus sedimentos são transportados, formam um solo de coloração amarela denominado de loess.
3.2 Litossolos: presentes em locais com declives acentuados. Costumam estar posicionados
diretamente sobre a rocha formadora. São solos inférteis.
Referências Bibliográficas
i. Krauskopf Konrad B.; Introdução à geoquímica
ii. William M. White; Geochemistry, John Wiley & Sons, 2013. ISBN: 978 0 470 65668 6
iii. Szabó et al. 2003
iv. Ricardo, A. M. et al.2017
v. FORTES, P.T.F.O. & TAKAKI, T. 1993. Estudo dos isótopos de carbono e oxigênio em
rochas encaixantes do depósito aurífero Mina III, Crixás, Goiás. IV Congr. Brasileiro de
Geoquímica, Resumos Expandidos, pg.:186-188