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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CÂMPUS UNIVERSITÁRIO DE PALMAS


ENGENHARIA CIVIL

ALEXIA ÉLLEN PEREIRA BARROS


ALINNE PEREIRA DO NASCIMENTO
WANDRA REIS SOUZA

Relatório do Ensaio de Concreto

PALMAS – TO
2022
Aléxia Éllen Pereira Barros
Alinne Pereira do Nascimento
Wandra Reis Souza

Relatório do Ensaio de Concreto

Relatório apresentado ao curso de


Engenharia Civil da Universidade
Federal do Tocantins – UFT em Palmas,
Tocantins, como requisito parcial da
disciplina Tecnologia do Concreto, sob
orientação:

Prof. Dr. Fábio Henrique de Melo


Ribeiro.

PALMAS - TO
2022

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 4
2. MATERIAIS E MÉTODOS 5
3. RESULTADOS 13
4. CONCLUSÃO 16
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 17

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1. INTRODUÇÃO
Em uma obra, a dosagem do concreto deve ser feita e ensaiada, de modo a respeitar o
comportamento dos componentes do concreto para atingir as características fundamentais ao
concreto, como resistência, durabilidade e trabalhabilidade. O traço deve ser respeitado
durante a fabricação, justamente por ser a proporção entre seus materiais que garantirá essas
características. Caso isso não aconteça corretamente, toda a segurança de uma estrutura pode
ser comprometida.
É importante seguir as diretrizes das normas vigentes e respeitar a proporção pois ela
muda de acordo com o fim: lajes, contrapisos, muros, fundações, calçadas, vigas, ou seja,
tudo dependerá dos objetivos para a construção e das particularidades desejadas.
A NBR 12655 - Concreto de cimento Portland – Preparo, controle e recebimento –
Procedimento, especifica requisitos para propriedades do concreto fresco e endurecido e suas
verificações, composição, condições de preparo e controle do concreto além dos parâmetros
mínimos a serem atendidos no recebimento do concreto.

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2. MATERIAIS E MÉTODOS
O ensaio de concreto, que aconteceu no dia 03 de novembro, se iniciou com o
Professor Fábio Henrique de Melo Ribeiro fornecendo os dados para que pudéssemos calcular
o traço do concreto que atingisse uma resistência de 25 mPa e um slump de 10±2.

Após a realização dos cálculos para definir o traço do concreto, iniciamos a parte
prática do ensaio. Começamos com a pesagem dos materiais que utilizamos, sendo brita,
areia, cimento e água.

Primeiramente, é feita a tara do recipiente que colocamos os materiais, e após isso


fomos pesando os agregados, a água e o cimento. No cálculo do traço foi definido a
quantidade de cada material, sendo 6 kg de cimento, 9,45 kg de areia, 13,05 kg de brita e 3,15
kg de água.

Imagem 1 - Pesagem da brita.

Fonte: Produzido pelo autor.

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Imagem 2 - Pesagem da areia.

Fonte: Produzido pelo autor.

Imagem 3 - Pesagem do cimento.

Fonte: Produzido pelo autor.

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Imagem 4 - Pesagem da água.

Fonte: Produzido pelo autor.

Após a pesagem, iniciou-se o trabalho na betoneira, normalmente é feito uma


argamassa na betoneira com o mesmo traço de concreto que será realizado, para que não haja
interferência externa do calor no concreto, porém como estávamos em laboratório, não foi
necessário fazer esse passo.

Na hora de adicionamos os materiais na betoneira, iniciamos com agregado graúdo,


um terço (⅓) de água, após isso foi adicionado o cimento, mais um terço (⅓) de água, depois
a areia e o restante de água que faltava. A betoneira funcionou durante 3 minutos e após isso
foi verificado se havia indícios de exsudação e também notamos que o concreto não estava
tão coeso.

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Imagem 5 - Concreto na betoneira.

Fonte: Produzido pelo autor.

O próximo passo foi a realização do slump teste, para verificar se o concreto alcançou
o slump necessário, esse teste consiste em adensar o concreto, sendo colocado 3 camadas no
recipiente, cada uma sendo adensada com 25 golpes, após o adensamento, o recipiente é
removido lentamente e verticalmente, depois o recipiente é colocado ao lado do concreto e foi
medido a diferença de altura do concreto para o recipiente. O valor do slump foi de 8,6, o que
significa que estava de acordo com o exigido.

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Imagem 6 - Slump teste.

Fonte: Produzido pelo autor.

Imagem 7 - Verificação do Slump .

Fonte: Produzido pelo autor.

Porém, por fins de ensinar aos alunos como corrigir o tração, caso o concreto não
tivesse atingido o slump exigido. Fizemos o cálculo do ajuste para que o concreto atingisse o
slump 10 e repetimos o processo inicial, pesamos a quantidade de materiais que foram
adicionados, adicionamos os materiais na betoneira, deixando ela funcionar por quase 2

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minutos, e após isso foi novamente realizado o slump teste, entretanto nesse novo ajuste o
concreto atingiu o slump de 7,5.

Imagem 8 - Verificação do segundo Slump .

Fonte: Produzido pelo autor.

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Imagem 9 - Verificação do segundo Slump .

Fonte: Produzido pelo autor.

No final do ensaio o professor ensinou alguns métodos de verificar a coesão do


concreto, para entendermos se realmente os materiais estavam aderidos. Depois de todo esse
processo, o concreto foi colado em 3 formas que já haviam sido preparadas com óleo para
receber o concreto, as formas foram preenchidas com concreto e levadas para a sala onde
posteriormente o concreto seria umedecido constantemente, para ganhar resistência.

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Imagem 10 - Adicionando o concreto na forma.

Fonte: Produzido pelo autor.

Imagem 11 - Adicionando o concreto na forma.

Fonte: Produzido pelo autor.

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3. RESULTADOS

A dosagem do seguinte concreto se deu com:

-fck: 25MPa

-Controle: A

+
-Slump:10 − 2cm

-Sem aditivo

-Cimento: Mesp =2,950kg/m3

-Areia: MF = 2,4 e Mesp =2,560kg/m3

-Brita: DMC = 12,5mm, Mesp= 2,490kg/m3 e Mun= 1,530kg/m3

Cálculos da dosagem:

1º Passo: Slump 10+/- 2cm

2ºPasso: DMC= 12,5mm

3ºPasso: H²O= 216L (1m³), outro traço com 220L

Ar: 2,5%

4ºPasso: fcc: 25+1,65*4

fcc: 31,6 Mpa

fa/c: 0,52

216
5ºPasso: 0,52= 𝐶

C= 415,38 kg (1m³)
220
Próximo Traço: 0,52= 𝐶

C = 423,07kg

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6ºPasso: AG= 0,59 m³*1,530kg/m³

AG= 902,70 kg (1m³)

7ºPasso:

216𝑘𝑔 220
H²O: 1000𝑘𝑔/𝑚³
= 0,216m³ ou 1000𝑘𝑔/𝑚³
= 0,220m³

415038 423,07
C: 2,950
= 0, 141𝑚³ ou 2,950
= 0,143m³

902,7
AG: 2,490
= 0, 363𝑚³

Ar: 0,025m³

Σ𝑣 = 0, 745𝑚³ ou 0,751m³

Va: 1m³ - 0,745m³ = Va: 0,255m³

Va: 1m³ - 0,751m³ = Va: 0,249m³

Am: 0,255m³ * 2,560kg/m³ = Am: 652,80 kg/m³

Am: 0,249m³ * 2.560kg/m³ = Am: 637,44 kg/m³

-Traço Unitário

o resultado do traço se deu por:

652,8 902,7 637,44 902,7


1: 415,38
: 415,38
1: 423,07
: 923,07

1º Traço: 2º Traço:

1 : 1,57 : 2,17 : 0,52 1: 1,50: 2,13: 0,52


Onde:

-1kg representa o consumo de cimento;

-1,57 kg e 1,50 representa o consumo de areia;

-2,17 e 2,13 kg representa o consumo de brita;

-0,52 kg representa o consumo de água.

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Resultado do 1 Traço:

C: 6KG A: 9,45KG B: 13,05KG H²O: 3,15KG

Resultado do 2 Traço:

C: 6,3KG A: 9,45KG B: 13,45 H²O:3,30KG

Sendo assim, o resultado do primeiro slump foi de 8,66 e o segundo 7,5. O segundo traço se
deu pois queríamos atingir o slump 10, sendo assim, calculamos o ajuste adicionando os
materiais e fizemos o teste slump novamente.

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4. CONCLUSÃO
O traço calculado, quando executado, atendeu os parâmetros definidos em sala de
aula. Para fins didáticos, foi feito um ajuste do traço para atingir um slump mais alto, porém
na prática acabou atingindo um slump menor que o primeiro traço. Em campo, esse reajuste
não seria necessário já que a característica foi alcançada.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT NBR 12655/2006 –
Concreto de cimento Portland – Preparo, controle e recebimento – Procedimento.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT NBR 7212/2006 –
Execução de concreto dosado em central – Procedimento.

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