Você está na página 1de 8

RELATÓRIO DE ATIVIDADE LABORATORIAL

Departamento de Engenharia Civil – Curso de Engenharia de


Produção Civil

Disciplina de Laboratório de Materiais de Construção – 5°


Período

Giovanna Gomes Wadge Bicalho

Relatório N°01
Consistência normal da pasta e Tempo de pega

Belo Horizonte
2023
Giovanna Gomes Wadge Bicalho
Matrícula: 20213007866

Relatório N°01
Consistência normal da pasta e Tempo de pega

Relatório da disciplina
Relatório proposto no curso de Engenharia de Produção
Civil da faculdade CEFET-MG (Campus Nova
Gameleira).
Disciplina: Laboratório de Materiais de Construção.
Professora : Lívia Ramos
Data da realização da prática: 28/09/2023
Data da entrega do relatório: 05/10/2023

Belo Horizonte
2023

2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 4
2. OBJETIVO 4
3. DESENVOLVIMENTO 4
4. RESULTADOS 6
5. QUESTIONÁRIO 7

3
1. INTRODUÇÃO
A prática realizada em laboratório foi a de determinação da pasta de
consistência normal, que consiste em um teste da pasta misturada pelos alunos,
com o objetivo de verificar se a mesma atende os requisitos propostos pela norma.
Com esse propósito, foi utilizado o aparelho de Vicat para realizar a medida da
distância entre a sonda e a placa.
O índice de consistência normal é um valor padronizado da proporção da
relação água e cimento, para que a pasta possua propriedades constantes. A pasta
que apresenta consistência normal é usada para verificar características
importantes do cimento Portland, sendo essas: tempo de pega e instabilidade de
volume. Logo, nos casos em que a pasta não atende os requisitos previstos pela
norma não é possível dar prosseguimentos nos outros ensaios antes de refazê-lo
mudando a quantidade de água.

2. OBJETIVO
O ensaio de determinação da pasta de consistência normal tem como
principal objetivo definir a relação água e cimento da pasta, além de comparar a
diferença entre o CP-II E 32 e o CP V ARI.

3. DESENVOLVIMENTO
3.1. Materiais Imagem 1: Materiais Utilizados
● Aparelho de Vicat;
● Sonda de Tetmajer;
● Balança;
● Argamassadeira;
● Espátula metálica, espátula de
borracha,
● Molde (tronco de cone e placa de
vidro);
● Placa-base de vidro;
● Óleo mineral;
● Pincel;
● Cronômetro.
● Becker milimetrado

Fonte: Autor Próprio

4
3.2. Procedimento
O primeiro passo que realizamos em laboratório foi separar a quantidade
recomendada dos materiais que seriam utilizados na prática, cimento e água. Para
isso utilizamos da balança com o objetivo de medir 500𝑔, lembrando a importância
de zerar a balança para desconsiderar o peso do recipiente. Além da balança
utilizamos também de becker milimetrado para medir a quantidade de água, a qual
em ambas as práticas realizadas com cimentos diferentes, foi a mesma, de
170 𝑚𝑙 ± 2 𝑚𝑙.

Imagem 2: Quantidade de água Imagem 3: Quantidade de


Cimento

Fonte: Autor Próprio Fonte: Autor Próprio

Imagem 4: Procedimento
Após pegarmos as quantidades necessárias para
a realização da prática, antes de iniciar é necessário
zerar a sonda do Aparelho de Vicat em relação à placa
de vidro. Ademais, passamos óleo tanto na placa de
vidro quanto no molde para facilitar a limpeza após a
prática.
Nesse momento, iniciamos o teste da
consistência depositando a água e o cimento na cuba
com um repouso de trinta segundos, depois ligamos a
argamassadeira na velocidade baixa (para frente) e
deixamos em repouso por sessenta segundos.
Para que a pasta seja homogênea raspamos as
paredes da cuba com uma espátula de borracha, e
deixamos por mais trinta segundos de repouso antes de

5
colocar a velocidade alta (para trás) por sessenta segundos.
Por fim, transferimos a pasta para o molde já posicionado, essa etapa deveria
durar quarenta e cinco segundos, no entanto em ambos os cimentos o tempo foi
maior, o que será apresentado em resultados. Após transferirmos a pasta para o
molde, posicionamos o mesmo no Aparelhos de Vicat e soltamos a sonda,
passando trinta segundos travamos a sonda e realizamos a leitura. Todas as
marcações dos tempos foram realizadas com o auxílio do cronômetro.

4. RESULTADOS
4.1. Resultados do ensaio com CP-II E 32
Quantidade de Água Quantidade de Cimento Consistência
(ml) (g) (mm)

170 ml 500 ml 7 mm
É importante destacar que ao transferirmos a pasta para o molde levamos um
tempo maior que o recomendado, nesse caso o tempo foi de um minuto e cinquenta
e oito segundos.

Segundo a ABNT NBR 16606, a distância lida entre a sonda e a placa deve
ser de (6 ± 1)𝑚𝑚 para que seja considerado uma consistência normal. Portanto,
podemos concluir que nosso ensaio atendeu os requisitos estabelecidos.
Para calcular a quantidade de água necessária para atender uma
consistência que atenda a norma utilizamos a seguinte equação:
𝑚 𝑎
𝐴= 𝑚
× 100
𝑐

Em que :
A : quantidade de água em porcentagem;
𝑚 𝑎 : massa de água (𝑔) utilizada para obter a pasta de cimento de consistência
normal;
𝑚 𝑐: massa de cimento (𝑔) utilizada no ensaio.
Logo, a quantidade de água em porcentagem para o CP -II E 32 é:
170
𝐴= 500
× 100 = 34%
4.2. Resultados do ensaio com CP V ARI
Quantidade de Água Quantidade de Cimento Consistência
(ml) (g) (mm)

170 ml 500 ml 6,5 mm

6
Assim como no ensaio anterior, o tempo para transferir a pasta para o molde
foi acima do recomendado, nesse caso o tempo foi de um minuto e onze segundos
e cinquenta e dois milésimos.
Como a consistência atende os requisitos estabelecidos, assim como
anteriormente, concluímos que a pasta tem consistência normal.
Como utilizamos a mesma quantidade de água e cimento sabendo que o
cálculo em porcentagem da quantidade de água necessária para obter uma
consistência normal será o mesmo do ensaio anterior.
4.3. Comparação entre os dois tipos de cimento
Ao realizar o ensaio, mantivemos a mesma quantidade de água e cimento
para que a única variável seja o tipo de cimento e que assim seja possível
compará-los.
Primeiramente, é importante considerarmos que o CP V ARI é mais fino em
comparação ao CP-II E 32, e isso influencia no calor de hidratação fazendo com que
ele reaja mais rápido, ou seja, nas mesmas condições ele tem uma distância menor
em relação a placa devido a essa diferença no tempo de reação.

5. QUESTIONÁRIO
1. a) A pasta moldada com o cimento CPV ARI pode ser considerada pasta de
consistência normal, uma vez que a distância entre a sonda é de 6, 5 𝑚𝑚,
estando dentro do intervalo estabelecido pela norma. No entanto, se a pasta
não fosse de consistência normal seria necessário reavaliar a relação entre a
quantidade de água e de cimento utilizadas.
b) A pasta moldada com o cimento CP II-E 32 pode ser considerada pasta de
consistência normal, uma vez que a distância entre a sonda é de 7 𝑚𝑚,
estando dentro do intervalo estabelecido pela norma. Caso a pasta não
atenda aos requisitos, deveria ser feito o mesmo para ambos os cimentos.
2. a) Não atende, pois o fim de pega é superior a seiscentos minutos.
b) Atende, pois o início de pega é sessenta minutos e o fim de pega é
seiscentos minutos. Assim como, é exigido na norma.
c) Não atende, pois o início de pega é inferior a sessenta minutos.
d) Atende, pois o CP IV 40 é uma exceção e seu tempo de fim de pega é de
700 minutos, sendo inferior a 720 minutos.
3. a) Na minha opinião é importante tentar obedecer ao máximo os tempos
estipulados, no entanto nem sempre é possível, assim como aconteceu na
prática realizada em laboratório, em que o tempo para transferir a pasta para
o molde foi maior. Nesses casos, é importante que haja um registro dos
momentos em que não foi possível realizar a etapa no tempo estipulado e em
caso de ao final do ensaio os resultados obtidos não atenderem a norma, é
preciso analisar se essa diferença dos tempos teve influência.
b) Assim como em tempos superiores, em tempos inferiores é necessário ter
o registro para saber a influência que essas diferenças tiveram no resultado

7
final. Mas em tempos inferiores temos um controle maior, ou seja, podemos
realizar as etapas com mais calma objetivando atender aos tempos
estabelecidos, diferente de tempos superiores que muitas vezes mesmo
fazendo com mais agilidade não conseguimos tal solução.
4- Os fatores que podem influenciar os resultados para a determinação da
consistência da pasta são: quantidade de água, quantidade de cimento,
tempo de realização de cada etapa, temperatura.

Você também pode gostar