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MARINA PETTINELLI
1 Introdução
1
Processo Administrativo nº 10580.722510/2016-87.
VALTER DE SOUZA LOBATO (COORD.), JOSÉ ANTONINO MARINHO NETO (ORG.)
326 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
2 Descrição do caso
2
Para fins metodológicos, optou-se por não analisar a CSLL. De qualquer forma, tendo em vista que o ponto de
partida de apuração de ambos os tributos é o resultado do exercício apurado de acordo com as normas contá-
beis, os exames e conclusões a serem desenvolvidos serão também relevantes para fins de incidência da CSLL.
3
“IMPOSTO DE RENDA. GANHO DE CAPITAL. LIQUIDAÇÃO DE INVESTIMENTO E AQUISIÇÃO DE
NOVA PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA. ACRÉSCIMO PATRIMONIAL. POSSIBILIDADE. Investimento em par-
ticipação liquidado e substituído na mesma operação por investimento diverso, cuja aplicação do percentual
da participação detida resulta em patrimônio superior demonstra a existência do ganho de capital na operação.
Tributa-se o ganho oriundo da diferença entre o valor do patrimônio que foi liquidado e o novo valor do inves-
timento que o substituiu”.
4
“TRIBUTAÇÃO DO GANHO APURADO. MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL (MEP).
INEXISTÊNCIA. Improcede a alegação de que o ganho na operação não pode ser tributado em razão da aplica-
ção do MEP. Demonstra-se nas provas produzidas no processo que tratou-se de operação de alienação e não de
simples aplicação do equivalência patrimonial. [...]”.
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CASO ODEBRECHT: PRETENSÃO DE TRIBUTAÇÃO DO GANHO DE CAPITAL NA INCORPORAÇÃO DE SOCIEDADES PELO SEU VALOR CONTÁBIL
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Conforme COSTA, Alcides Jorge. Conceito de renda tributável. In: MARTINS, Ives G. S. (Coord.). Estudos sobre
o imposto de renda – Em memória de Henry Tilbery. São Paulo: Resenha Tributária, 1994. p. 21.
6
SCHOUERI, Luís Eduardo. O mito do lucro real na passagem da disponibilidade jurídica para a disponibili-
dade econômica. In: MOSQUERA, Roberto Q.; LOPES, Alexsandro B. (Coord.). Controvérsias jurídico-contábeis –
Aproximações e distanciamentos. São Paulo: Dialética, 2010. p. 243.
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LANG, Joachin. The influence of tax principles on the taxation of income from capital. In: ESSERS, Peter;
RIJKERS, Arie (Org.). The notion of income from capital. Amsterdam: IBFD, 2005. p. 3-31.
8
GONÇALVES, José Artur Lima. Imposto sobre a renda: pressupostos constitucionais. São Paulo: Malheiros, 2002.
p. 171.
9
BARRETO, Paulo Ayres. Planejamento tributário: limites normativos. São Paulo: Noeses, 2016. p. 56
10
BARRETO, Paulo Ayres. Imposto sobre a renda e preços de transferência. São Paulo: Dialética, 2001. p. 73.
11
Nesse sentido ensina José Luiz Bulhões Pedreira: “a Constituição Federal autoriza a União a impor tributos
sobre a ‘renda e os proventos de qualquer natureza’. No exercício do Poder Legislativo cabe ao Congresso
Nacional definir, na legislação ordinária, o que deve ser entendido por renda, para efeitos de tributação. Mas
ao definir a renda tributável o Congresso Nacional tem o seu poder limitado pelo sistema constitucional de
distribuição de poder tributário, e fica sujeito à verificação, pelo Poder Judiciário, da conformidade dos con-
ceitos legais com os princípios da Constituição. O Congresso pode restringir ou limitar o conceito de renda e
proventos de qualquer natureza constante da Constituição, mas não ampliá-lo além dos limites compatíveis
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CASO ODEBRECHT: PRETENSÃO DE TRIBUTAÇÃO DO GANHO DE CAPITAL NA INCORPORAÇÃO DE SOCIEDADES PELO SEU VALOR CONTÁBIL
com a distribuição constitucional de rendas” (PEDREIRA, José Luiz Bulhões. Imposto de renda. São Paulo: APEC,
1969. p. 2-21). Corrobora esse entendimento Celso Antônio Bandeira de Mello, citado por MOSQUERA, Roberto
Quiroga. Renda e proventos de qualquer natureza – O imposto e o conceito constitucional. São Paulo: Dialética,
1996. p. 40.
12
OLIVEIRA, Ricardo Mariz. Fundamentos do imposto de renda. São Paulo: Quartier Latin, 2008. p. 283.
13
XAVIER, Alberto. A diferença de tratamento tributário de receitas financeiras e ganhos de capital na aquisição
de créditos por terceiros. Revista Dialética de Direito Tributário, São Paulo, n. 201, 2012. p. 41.
14
AMARO, Luciano. Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza. In: MARTINS, Ives G. S. (Coord.).
O fato gerador do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza. São Paulo: Resenha Tributária: CEEU, 1986.
p. 387.
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SCHOUERI, Luís Eduardo. O mito do lucro real na passagem da disponibilidade jurídica para a disponibili-
dade econômica. In: MOSQUERA, Roberto Q.; LOPES, Alexsandro B. (Coord.). Controvérsias jurídico-contábeis
– Aproximações e distanciamentos. São Paulo: Dialética, 2010. p. 248.
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FREEDMAN, Judith. Treatment of capital gains and losses. In: ESSERS, Peter; RIJKERS, Arie (Org.). The notion of
income from capital. Amsterdam: IBFD, 2005. p. 191.
17
GUTIERREZ, Miguel Delgado. Do conceito de alienação para fins de apuração do ganho de capital. Revista
Dialética de Direito Tributário, São Paulo, n. 230, 2014. p. 97.
18
CANTO, Gilberto Ulhôa. Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza. In: MARTINS, Ives G. S.
(Coord.). O fato gerador do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza. São Paulo: Resenha Tributária:
CEEU, 1986. p. 1-44.
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“Assim, a subscrição, que é obrigação da incorporada, cumpre-se com a integralização em bens e direitos que consti-
tuem o seu patrimônio, fazendo-o pelo valor líquido deste [...] Temos, assim, que a transferência do patrimô-
nio da incorporada para a incorporadora se dá a título de pagamento da dívida contraída com a subscrição”
(CARVALHOSA, Modesto. Comentários à Lei de Sociedades Anônimas – Artigo 206 a 242. 4. ed. São Paulo: Saraiva,
2009. v. 4. t. I. p. 275.)
20
“Temos então que a incorporação é um processo de absorção de sociedades, com sucessão nos direitos e obriga-
ções, em que são partes a incorporadora e as incorporadas. O envolvimento dos acionistas dessas sociedades na aprovação da
operação, na dissidência não os torna parte do processo” (LATORRACA, Nilton. Direito tributário – Imposto de renda
das empresas. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2000. p. 694.)
21
Nesse sentido são os ensinamentos de Modesto Carvalhosa, José Luiz Bulhões Pedreira e Alfredo Lamy Filho:
“[...] a primeira impressão que se poderia ter da incorporação é que esta seria um negócio de alienação, de na-
tureza especial, não confundível com a compra e venda e a permuta. Ocorre que a incorporação, que se efetiva com
a subscrição do capital da incorporadora com o patrimônio líquido da incorporada, não constitui nem compra e venda,
nem alienação sui generis. [...] A entrega desse patrimônio como forma de pagamento tem como efeito a trans-
ferência de propriedade sobre o mesmo, no valor correspondente ao da subscrição” (CARVALHOSA, Modesto.
Comentários à Lei de Sociedades Anônimas – Artigo 206 a 242. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. v. 4. t. I. p. 275. Grifos
nossos). “A substituição das ações na incorporação, fusão e cisão dá-se por subrogação real legal — como efeito que
a lei atribui a esses negócios jurídicos: não é efeito de negócio jurídico de alienação, como os de cessão ou permuta,
entre os acionistas titulares das ações extintas e a sociedade que emite as ações que as substituem. [...] A incorporação e a
fusão são negócios jurídicos nascidos do acordo de duas ou mais sociedades e a cisão é negócio jurídico unilate-
ral de modificação de sociedade. Os atos de vontade das sociedades são atos coletivos — formados pelo voto da
maioria dos acionistas na Assembleia Geral, que manifestam sua vontade no exercício da função de membros
desse órgão social. A substituição de ações não decorre, portanto, de atos de alienação dos acionistas” (LAMY FILHO,
Alfredo; PEDREIRA, José Luiz Bulhões (Coord.). Direito das Companhias. Rio de Janeiro: Forense, 2009. v. II. p.
1766. Grifos nossos).
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CASO ODEBRECHT: PRETENSÃO DE TRIBUTAÇÃO DO GANHO DE CAPITAL NA INCORPORAÇÃO DE SOCIEDADES PELO SEU VALOR CONTÁBIL
6.1 MEP
efetuados determinados ajustes em tal investimento que não são relevantes para fins
da nossa análise.
61 Além disso, segundo o art. 243, §1º, da Lei das Sociedades Anônimas, são
consideradas coligadas “as sociedades nas quais a investidora tenha influência signifi-
cativa”, sendo que tal influência é presumida quando a investidora for titular de 20%
ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la (§5º).
62 O MEP, em linhas gerais, consiste na aplicação sobre o valor do patrimônio
líquido da investida, ajustado, quando necessário, para uniformização de práticas con-
tábeis, da porcentagem de participação do controlador nesta mesma investida.
63 O método de equivalência patrimonial é também denominado one line conso-
lidation, uma vez que, em uma única linha, é refletida a parcela do lucro ou prejuízo da
investida que cabe à investidora.
64 Logo após a edição da Lei das Sociedades Anônimas, o Decreto-lei nº 1.598,
de 26.12.1977, incorporou, na legislação fiscal, os dispositivos da Lei das Sociedades
Anônimas comentados acima. O art. 21, do Decreto-Lei nº 1.598/77, já após os ajustes
promovidos pela Lei nº 12.973, de 13.5.2014, prevê expressamente a obrigação de ava-
liação de investimento pelo MEP “de acordo com o disposto no artigo 248 da Lei nº
6.404, de 1976”. Referido dispositivo legal está refletido no art. 423 do Regulamento do
Imposto de Renda, aprovado pelo Decreto nº 9.580, de 22.11.2018 (RIR/18).
65 A aplicação do MEP, para fins de avaliação do investimento detido em contro-
lada ou coligada, implica refletir, na investidora, as alterações patrimoniais ocorridas
na controlada ou coligada. Assim, como consequência, o valor do investimento deve
ser ajustado pelo valor do patrimônio líquido da investida, apurado nos termos do art.
248 da Lei das Sociedades Anônimas e do art. 423 do RIR/18, devendo a diferença no
valor deste patrimônio líquido ser escriturada a débito ou a crédito da rubrica de inves-
timento. Como regra geral, a contrapartida deste ajuste na conta de investimento deve
ser reconhecida no resultado do exercício de competência, não devendo ser computada
na apuração do lucro real, consoante art. 425 do RIR/18. Significa dizer que eventual
despesa é não dedutível e eventual receita é não tributável.
66 No mesmo sentido, o art. 23 do Decreto-Lei nº 1.598/77, reproduzido no art.
426 do RIR/18, prevê que as contrapartidas em resultado (positivas ou negativas) de-
correntes da aplicação do MEP não serão computadas na determinação do lucro real,
base de cálculo do IRPJ. De forma similar, o art. 2º, §1º, alínea “c”, da Lei nº 7.689/88,
que trata da CSLL, estabelece, entre outros ajustes, que serão adicionados e excluídos,
respectivamente, o resultado negativo e/ou positivo da avaliação de investimentos
pelo valor de patrimônio líquido.
67 No Caso Odebrecht, o que se verificou foi que essa sociedade, após a incorpo-
ração da ORINV pela GIF Realty, registrou o investimento na GIF Realty exatamente
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pelo mesmo valor contábil que a ORINV estava registrada pela Odebrecht. No entanto,
o resultado a que se chegou não foi o mesmo esperado pela fiscalização.
68 Isso porque, como se infere da leitura dos acórdãos, inicialmente, a Odebrecht
detinha 100% da participação societária da ORINV, e, em maio de 2010, a GIF Realty
subscreveu capital da ORINV, reduzindo a participação da Odebrecht na ORINV para
85,5%.
69 Como a Odebrecht era controladora da ORINV e, no momento da subscrição
do capital, não houve perda de controle, o ágio no valor de R$214.146.168,00 referente
ao aumento de capital acima mencionado representou um ganho para a Odebrecht
proporcional à sua participação no capital social da ORINV. Referido valor foi conta-
bilizado em contrapartida ao patrimônio líquido da Odebrecht, nos termos do item 66
da Interpretação Técnica do CPC nº 9, a seguir transcrito:
Por isso o Pronunciamento Técnico CPC 36 requer, em seus itens 23 e 24, que as mudanças
na participação relativa da controladora sobre uma controlada que não resultem na perda de
controle devem ser contabilizadas como transações de capital (ou seja, transações com sócios,
na qualidade de proprietários) nas demonstrações consolidadas. Em tais circunstâncias, o
valor contábil da participação da controladora e o valor contábil da participação dos não
controladores devem ser ajustados para refletir as mudanças nas participações relativas das
partes na controlada. Qualquer diferença entre o montante pelo qual a participação dos não controla-
dores tiver sido ajustada e o valor justo da quantia recebida ou paga deve ser reconhecida diretamente no
patrimônio líquido atribuível aos proprietários da controladora, e não como resultado. (Grifos nossos)
22
Cf. item 23 do Pronunciamento Técnico CPC 36 (R3).
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CASO ODEBRECHT: PRETENSÃO DE TRIBUTAÇÃO DO GANHO DE CAPITAL NA INCORPORAÇÃO DE SOCIEDADES PELO SEU VALOR CONTÁBIL
observado pela Odebrecht, pois essa sociedade simplesmente refletiu o seu investimento
na GIF Realty da mesma forma que tal investimento estava registrado na ORINV.
82 Destaca-se que, mesmo se o MEP tivesse sido aplicado pela Odebrecht para
avaliar o investimento na GIF Realty, tal ganho não seria tributado em virtude de todos
os dispositivos acima mencionados que estabelecem a neutralidade do MEP para fins
fiscais.
83 De fato, segundo Luís Eduardo Schoueri, o resultado de equivalência patrimo-
nial seria mero reflexo dos resultados da investida. Mais especificamente, o MEP apenas
possibilitaria que se revelasse em cada sociedade o lucro que foi auferido uma única
vez. Assim, por representar mero reflexo de realidades econômicas, tais movimentações
patrimoniais deveriam ser irrelevantes para fins fiscais. A impossibilidade de tributação
de tais valores deveria ser uma decorrência do princípio da capacidade contributiva.23
84 Além disso, subsidiariamente, seria possível sustentar que eventual ganho
auferido pela Odebrecht no momento do aumento de capital que precedeu a incor-
poração de sociedades, apesar de não ser tributado, poderia ser considerado custo de
aquisição pela Odebrecht na apuração do ganho de capital em uma eventual alienação
dos seus investimentos.
85 Isso porque, para fins de apuração do ganho de capital, o custo de aquisição,
nos termos do art. 33 do Decreto-Lei nº 1.598/77, é valor do patrimônio líquido pelo
qual o investimento estiver registrado na contabilidade do contribuinte, como resulta-
do da avaliação do investimento pelo MEP, em linha com os arts. 243 e 248 da Lei das
Sociedades Anônimas e art. 21 do Decreto-Lei nº 1.598/77.
86 Conforme se nota, na redação do art. 33 Decreto-Lei nº 1.598/77, não há
qualquer ressalva quanto à origem do valor de patrimônio líquido do investimento
para fins da determinação do custo de aquisição na apuração do ganho de capital – se
ganho obtido com a variação da participação (ganho de diluição), disciplinado pelo
art. 33, §2º do Decreto-Lei nº 1.598/77, ou se decorre do simples aumento ou redução
no valor do patrimônio líquido, disciplinados pelo art. 23 do Decreto-Lei nº 1.598/77.
87 O art. 33 Decreto-Lei nº 1.598/77 prevê, expressamente, que o custo de aquisição
corresponde ao valor de patrimônio líquido pelo qual o investimento estiver registrado
na contabilidade. Assim, considerando as disposições da Lei das Sociedades Anônimas
e do Decreto-Lei nº 1.598/77, é possível afirmar que existe um único conceito de patri-
mônio líquido da controlada ou coligada, aquele que consta da legislação societária e
foi incorporado à legislação fiscal.
88 Corrobora esse entendimento o decidido no Acórdão nº 1402-004.537, de
11.3.2020, proferido pelo Carf, que também tratava de ganho de capital no momento
da incorporação de sociedades. No referido caso, o Carf analisou, entre outras questões
que não são relevantes para a presente análise, se o ganho decorrente de variação no
23
SCHOUERI, Luís Eduardo. Ágio em reorganizações societárias – Aspectos tributários. São Paulo: Dialética, 2012.
p. 53.
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8 Comentários finais
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Como exemplo, a impossibilidade de se tratar incorporação como permuta e impossibilidade de tributação da
operação de permuta (caso assim fosse classificada a incorporação), no caso em que não há torna.
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Referências
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LAMY FILHO, Alfredo; PEDREIRA, José Luiz Bulhões (Coord.). Direito das Companhias. Rio de Janeiro:
Forense, 2009. v. II.
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de créditos por terceiros. Revista Dialética de Direito Tributário, São Paulo, n. 201, 2012.
Informação bibliográfica deste texto, conforme a NBR 6023:2018 da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT):
MEIRA, Thais de Barros; PETTINELLI, Marina. Caso Odebrecht: pretensão de tributação do ganho de
capital na incorporação de sociedades pelo seu valor contábil. In: MARINHO NETO, José Antonino
(Org.); LOBATO, Valter de Souza (Coord.). Planejamento Tributário: pressupostos teóricos e aplicação
prática. Belo Horizonte: Fórum, 2021. p. 325-343. ISBN 978-65-5518-269-9.