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Boletim Imposto de Renda n° 10 - 2ª Quinzena. Publicado em: 22/05/2020
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Roteiro
1. Introdução
2. Conceitos
2.1. Ganho de Capital
2.2. Contribuintes
3. Operações Sujeitas ao Ganho de Capital
4. Custo de Aquisição
4.1. Atualização do custo de aquisição
4.2. Imóvel rural
4.3. Ausência do valor pago
4.4. Participação societária
4.5. Demais Hipóteses
5. Data de Aquisição
6. Valor da Alienação
6.1. Imóvel rural
6.2. Usufruto
6.3. Juros incidente do contrato
6.4. Corretagem
7. Hipóteses de Redução
7.1. Aquisição entre 1969 e 1988
7.2. Alienações a partir de 01.12.2005
8. Hipóteses de Isenção
8.1. Bens de pequeno valor
8.2. Alienação do único imóvel até R$ 440 mil
8.3. Alienação e nova aquisição, de imóvel residencial, no prazo de 180 dias
8.4. Demais isenções
9. Hipóteses de não Incidência
9.1. Desapropriação - reforma agrária
9.2. Perda total ou roubo de veículo
10. Tributação
11. Apuração do Ganho de Capital
11.1. Bens comuns
11.2. Integralização de capital social
11.3. Participação societária
11.4. Doação a terceiros e entre cônjuges
11.5. Moedas virtuais
11.6. Dissolução da sociedade conjugal - reembolso
11.7. Dissolução da sociedade conjugal - transferência do direito de propriedade
11.8. Transferência de bens - declaração nal de espólio
11.9. Herdeiros e legatários
11.10. Residente no exterior
11.11. Permuta com torna
11.12. Alienação em partes
11.13. Desapropriação
12. Recolhimento
12.1. Alienação a prazo
12.2. Acréscimos legais
13. Declaração de Ajuste Anual
14. Materiais Complementares
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Boletim Imposto de Renda n° 10 - 2ª Quinzena. Publicado em: 22/05/2020
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
1. Introdução
A presente matéria tem como objetivo apresentar as operações sujeitas a apuração do ganho de capital, bem como as hipóteses de isenção, redução e não
incidência.
2. Conceitos
Para discorrer sobre o assunto, é necessário discorrer sobre alguns conceitos aplicados ao ganho de capital. Segue abaixo considerações:
2.2. Contribuintes
São contribuintes do imposto de renda, as pessoas físicas: (Instrução Normativa SRF n° 84/2001, artigo 4°)
a) residentes no Brasil, que au ram ganho de capital na alienação de bens ou direitos adquiridos em reais, localizados no País ou no exterior;
b) residentes no exterior, que au ram ganho de capital na alienação de bens ou direitos localizados no Brasil, podendo observar ser há acordo celebrado com
o país de residência do contribuinte;
c) na hipótese de transferência a herdeiros e legatários na sucessão causa mortis, a donatários na doação, inclusive em adiantamento da legítima, ou
atribuição a ex-cônjuge ou ex-convivente, na dissolução da sociedade conjugal, o contribuinte é o espólio, o doador, ou o ex-cônjuge ou ex-convivente a quem
for atribuído o bem ou direito objeto da tributação.
a) alienação a qualquer título de bens ou direitos ou cessão ou promessa de cessão de direitos tais como as realizadas por compra e venda, permuta,
adjudicação, desapropriação, dação em pagamento, doação, procuração em causa própria, promessa de compra e venda, cessão de direitos ou promessa de
cessão de direitos e contratos a ns que importem em transmissão de bens ou direitos;
b) transferência de direito de propriedade de bens e direitos, por valor superior àquele pelo qual constavam na declaração de rendimentos do de cujus, do
doador, do ex-cônjuge ou do ex-convivente, a herdeiros e legatários, na sucessão causa mortis, ou a donatários, inclusive em adiantamento da legítima ou a
ex-cônjuge ou ex-convivente, na hipótese de dissolução da sociedade conjugal ou da união estável;
4. Custo de Aquisição
O custo dos bens ou direitos corresponde ao valor de aquisição expresso em reais. Esse conceito está previsto no artigo 5° da Instrução Normativa SRF n°
84/2001.
Contudo, no caso de bem imóvel, existe a possibilidade de compor o custo de aquisição determinadas despesas, desde que comprovados com
documentação hábil e idônea, as quais deverão ser mantidas pelo contribuinte por pelo menos cinco anos após a alienação do imóvel e discriminados na
declaração de rendimentos do ano-calendário da realização da despesa tais como: (Instrução Normativa SRF n° 84/2001, artigo 17, inciso I)
a) gastos com a construção, ampliação e reforma, desde que os projetos tenham sido aprovados pelos órgãos municipais competentes, bem como os
gastos com pequenas obras, como pintura e encanamentos;
b) despesas com demolição de prédio, desde que seja condição para se efetivar a alienação;
c) despesas de corretagem na aquisição do imóvel vendido, desde que suportado o ônus pelo alienante;
d) gastos com a realização de obras públicas que bene ciem o imóvel, como colocação pavimentação, meio- o, sarjetas, instalação de rede de esgoto e de
eletricidade;
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f) valor da contribuição de melhoria e do laudêmio pago ao senhorio ou proprietário por desistir do seu direito de opção;
h) despesas com a escritura e o registro do imóvel, cujo ônus tenha sido do adquirente, desde que comprovados com documentação hábil e idônea.
Para os demais bens e direitos, poderão compor o custo de aquisição as despesas com manutenção, reparos, e acréscimos legais pagos na aquisição a
prazo.
§ 1° Considera-se valor da terra nua (VTN) o valor do imóvel rural, nele incluído o da respectiva mata nativa, não computados os custos das
benfeitorias (construções, instalações e melhoramentos), das culturas permanentes e temporárias, das árvores e orestas plantadas e das
pastagens cultivadas ou melhoradas.
Os custos das benfeitorias que não tiverem sido deduzidos como despesas de custeio, podem ser considerados para ns de apuração do ganho de capital.
(Instrução Normativa SRF n° 84/2001, artigo 9°, § 2°)
Com a publicação da Lei n° 9.393/96, para o imóvel rural adquirido a partir de 1997, será considerado o custo de aquisição o valor da terra nua declarado no
Documento de Informação e Apuração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (Diat) do ano da aquisição. (Instrução Normativa SRF n° 84/2001,
artigo 10)
I - o valor que tenha servido de base para o cálculo do imposto de importação, acrescido do valor dos tributos e das despesas de desembaraço
aduaneiro;
II - o valor de transmissão utilizado, na aquisição, para cálculo do ganho de capital do alienante anterior;
III - o valor corrente na data da aquisição;
IV - igual a zero, quando não possa ser determinado nos termos dos incisos I, II e III.
Para o imóvel desmembrado do todo, o custo de aquisição será apurado na proporção que a área alienada representar
Desmembramento
em relação à área total do imóvel. (Instrução Normativa SRF n° 84/2001, artigo 11)
O custo de aquisição será o valor do imóvel dado em permuta, acrescido da torna paga, se for o caso ou diminuído do
Imóvel adquirido
valor correspondente à diferença entre a torna recebida e o ganho de capital relativo a essa torna. (Instrução Normativa
em permuta
SRF n° 84/2001, artigo 12)
Bens ou direitos
O custo de aquisição corresponde a soma dos valores correspondentes a cada parte adquirida. (Instrução Normativa SRF
adquiridos em
n° 84/2001, artigo 13)
partes
Bens adquiridos
O custo de aquisição corresponde o valor de mercado do prêmio, utilizado como base de cálculo do imposto de renda
por meio de
incidente na fonte, acrescido do valor do imposto de renda. Para os bens e direitos recebidos até 31.12.1994, o custo de
concursos ou
aquisição é igual a zero. (Instrução Normativa SRF n° 84/2001, artigo 14, parágrafo único)
sorteios
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Bens adquiridos
O custo de aquisição corresponde a soma dos valores pagos a título de arrendamento, acrescida do valor residual do
por arrendamento
bem. (Instrução Normativa SRF n° 84/2001, artigo 15)
mercantil
5. Data de Aquisição
A data de aquisição corresponde: (Instrução Normativa SRF n° 84/2001, artigo 21)
I) a do instrumento original, quando se tratar de bens e direitos preexistentes ao casamento ou à união estável, se pertencentes ao alienante;
II) a do casamento, se pertencentes ao outro cônjuge e o regime for de comunhão universal de bens;
IV) a da sentença ou da escritura pública, na partilha ou sobrepartilha decorrente da dissolução da sociedade conjugal ou da união estável, para os bens e
direitos havidos fora da meação ou da divisão do condomínio.
6. Valor da Alienação
O valor da alienação corresponde ao: (Instrução Normativa SRF n° 84/2001, artigo 19)
c) no caso de bens ou direitos vinculados a qualquer espécie de nanciamento ou a consórcios, em que o saldo devedor é transferido para o adquirente, o
valor efetivamente recebido, desprezado o valor da dívida transferida;
d) no caso de bens em condomínio, a parcela do preço que couber a cada condômino ou coproprietário;
I) exclusivamente à terra nua, quando o valor das benfeitorias houver sido deduzido como custo ou despesa da atividade rural;
II) a todo o imóvel alienado, quando as benfeitorias não houverem sido deduzidas como custo ou despesa da atividade rural.
g) no caso de imóvel rural adquirido a partir de 1997, considera-se valor de alienação da terra nua:
I) o valor declarado no Diat do ano da alienação, quando houverem sido entregues os Diat relativos aos anos de aquisição e alienação;
Não há ganho de capital, por tratar-se de VTN de aquisição e alienação de mesmo valor, caso a aquisição ocorra antes da entrega do Diat e a alienação
ocorrer após a sua entrega, dentro do mesmo ano.
Para o contribuinte que não apresentou o Diat do ano de aquisição ou de alienação, ou para aquele que esteja sujeito apenas à apresentação do Diac
(Documento de Informação e Atualização Cadastral), será considerado como custo de aquisição e de alienação o valor constante nos respectivos
documentos.
6.2. Usufruto
No que tange a alienação do usufruto, o artigo 25 da Instrução Normativa SRF n° 84/2001 determina:
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Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
Art. 25. Na alienação onerosa do usufruto pelo usufrutuário ao nu-proprietário, é apurado o ganho de capital considerando-se custo de aquisição
o valor pelo qual o usufruto foi instituído, e valor de alienação o valor constante no instrumento de alienação.
Para melhor compreensão, sugerimos a leitura da matéria no Boletim Imposto de Renda n° 06/2020 USUFRUTO Considerações Gerais
Contudo, os juros e outros acréscimos legais não compõe o valor de alienação para ns de apuração do ganho de capital, sendo tributados separadamente
de acordo com o recebimento.
Se recebidos de pessoa jurídica, sobre os juros haverá a incidência do imposto de renda na fonte, recolhido com o DARF 3208: Aluguéis, Royalties e Juros
Pagos a Pessoa Física.
Caso recebidos de pessoa física, serão tributados no mês do recebimento, através do recolhimento mensal carnê-leão. (Instrução Normativa SRF n° 84/2001,
artigo 19, § 3°)
6.4. Corretagem
Quando o alienante suporta o valor da corretagem, para ns de apuração do ganho de capital, este poderá ser deduzido do valor da alienação.
Ocorrendo a alienação a prazo, haverá a dedução da parcela recebida no mês em que efetue o pagamento da corretagem. (Instrução Normativa SRF n°
84/2001, artigo 19, § 4°)
7. Hipóteses de Redução
Abaixo serão feitas explanações sobre as hipóteses de redução previstas em legislação.
Para determinar o ganho de capital, deverá multiplicar o ganho de capital pelos fatores de redução, conforme dispõe os incisos I e II do § 1° e o § 2° do artigo
40 da Lei n° 11.196/2005:
a) FR1 = 1/1,0060m1, onde "m1" corresponde ao número de meses-calendário, ou fração, decorridos entre o mês de janeiro de 1996 ou a data de aquisição
do imóvel, se posterior, e o mês de novembro de 2005, para imóveis adquiridos até o mês de novembro de 2005; e
b) FR2 = 1/1,0035m2, onde "m2" corresponde ao número de meses-calendário, ou fração, decorridos entre o mês de dezembro de 2005, ou o mês da
aquisição do imóvel, se posterior, e o de sua alienação.
8. Hipóteses de Isenção
Abaixo serão feitas explanações sobre as hipóteses de isenção previstas em legislação.
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Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
b) R$ 35 mil, para os demais casos, inclusive nas alienações de ações negociadas em bolsas de valores no exterior.
Contudo, ao efetuar a venda de bens da mesma natureza, compreendidos como aqueles que guardam as mesmas características entre si (como automóveis,
imóveis), dentro do mesmo mês, a soma dos valores de alienação não poderá ultrapassar o limite estipulado acima.
Exemplo:
João vendeu em 01.04.2020 um automóvel no valor de R$ 12.000,00; e em 20.04.2020, vendeu outro automóvel no valor de R$ 18.000,00.
Como as alienações ocorreram dentro do mês de abril de 2020 e correspondem a bens da mesma natureza (automóveis), deverá efetuar a soma, que no
exemplo citado corresponde a R$ 30.000,00 (R$12.000,00 + R$ 18.000,00), estando assim, o ganho de capital apurado em cada alienação é isento de
imposto de renda.
Contudo, caso a soma dos valores ultrapasse o limite de R$ 35.000,00, o ganho de capital da 2ª alienação passaria a ser tributável e devendo ser apurado
imposto de renda.
Na condição de isenção, não haverá a obrigatoriedade do preenchimento do programa “GCAP” por haver dispensa no Manual de Ajuda do Programa GCAP
2020, página 04
Considera-se o limite:
b) no caso de sociedade conjugal ou união estável, exceto na hipótese de contrato escrito entre os companheiros, ao imóvel possuído em comunhão.
Assim como ocorre com os bens de pequeno valor, nesta condição, a pessoa física também ca dispensada do preenchimento do programa GCAP, conforme
determina o Manual de Ajuda do Programa GCAP 2020 página 04.
A isenção, também, aplica-se aos contratos de permuta de imóveis residenciais, com torna e à venda ou aquisição de imóvel residencial em construção ou
na planta.
Contudo, caso incorra nas seguintes situações, não haverá isenção do ganho de capital:
a) venda de imóvel residencial com o objetivo de quitar, total ou parcialmente, débito remanescente de aquisição a prazo ou à prestação de imóvel
residencial já possuído pelo alienante;
O contribuinte somente pode usufruir do benefício uma vez a cada cinco anos, contados a partir da data da celebração do contrato relativo à operação de
venda com a isenção ou, no caso de venda de mais de um imóvel residencial, à primeira operação de venda com o referido benefício.
Ocorrendo a venda de mais de um imóvel, estão isentos somente os ganhos de capital auferidos nas vendas de imóveis residenciais anteriores à primeira
aquisição de imóvel residencial.
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Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
b) nas vendas à vista e nas aquisições a prazo, aos valores recebidos à vista e utilizados nos pagamentos dentro do prazo de 180 dias, contado da data da
celebração do primeiro contrato de venda;
c) nas vendas e aquisições a prestação, à soma dos valores recebidos e utilizados para o pagamento das prestações, ambos dentro do prazo de 180 dias,
contado da data da celebração do primeiro contrato de venda.
A opção pela isenção de que trata este item é irretratável, devendo ser informada no respectivo Demonstrativo da Apuração dos Ganhos de Capital da
Declaração de Ajuste Anual.
Para o contribuinte que não atender as condições legais previstas, deverá efetuar o recolhimento do ganho de capital, acrescido de:
a) juros de mora, calculados a partir do segundo mês subsequente ao do recebimento do valor ou de parcela de valor do imóvel vendido; e
b) multa, de mora ou de ofício, calculada a partir do segundo mês seguinte ao do recebimento do valor ou de parcela do valor do imóvel vendido, se o
imposto não for pago em até 210 dias contados da data da celebração do contrato. (Lei n° 11.196/2005, artigo 39; Instrução Normativa SRF n° 599/2005,
artigo 2°; Solução de Consulta Interna Cosit n° 10/2014)
Para ns de aplicação de isenção sobre o ganho de capital, considera-se imóvel residencial a unidade construída para ns residenciais em zona urbana ou
rural, segundo as normas que disciplinem as edi cações da localidade em que estiver situada. (Instrução Normativa SRF n° 599/2005, artigo 1°, § 9°)
b) ganho de capital auferido na alienação de bens localizados no exterior ou representativos de direitos no exterior, e na liquidação ou resgate de aplicações
nanceiras, adquiridos, a qualquer título, pela pessoa física, na condição de não residente; (Instrução Normativa RFB n° 1.500/2014, artigo 10, inciso VI)
c) variação cambial decorrente das alienações de bens e direitos adquiridos e aplicações nanceiras realizadas com rendimentos auferidos originariamente
em moeda estrangeira; (Instrução Normativa RFB n° 1.500/2014, artigo 10, inciso VII)
d) ganho de capital auferido na alienação de moeda estrangeira mantida em espécie, cujo total de alienações, no ano-calendário, seja igual ou inferior ao
equivalente a US$ 5 mil (cinco mil dólares dos Estados Unidos da América). (Instrução Normativa RFB n° 1.500/2014, artigo 10, inciso VIII)
Havendo indenização correspondente as benfeitorias, quando estas tiverem sido deduzidas como despesas de custeio ou investimento, será computada
como receita da atividade rural.
Na Declaração de Ajuste Anual, deverá efetuar a baixa do bem, informando no campo “Discriminação” da cha de Bens e Direitos o fato ocorrido e o valor da
indenização recebida. O campo “Situação em 31.12.2019 (R$)”, cará “em branco”.
Se o valor recebido for superior ao custo de aquisição do bem sinistrado ou roubado, o valor excedente recebido, será informado na cha Rendimentos
Isentos e Não tributáveis, conforme determina a Pergunta 447 do Perguntas e Repostas IRPF 2020 e a página 08 de Manual de Ajuda do GCAP 2020.
10. Tributação
Sobre o ganho de capital, serão aplicadas as alíquotas previstas no artigo 21 da Lei n° 8.981/95 (demonstradas abaixo), sendo o cálculo separado dos
demais rendimentos tributáveis no mês e tributada de forma de nitiva, ou seja, não há possibilidade de compensar o devido recolhimento na Declaração de
Ajuste Anua. Instrução Normativa SRF n° 84/2001, artigo 27, §§ 1° e 2°
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15 Até 5.000.000,00
Nesta hipótese, o ganho de capital pode ser tributado, opcionalmente, por um dos cônjuges, ou, cada cônjuge deve considerar 50% do ganho de capital.
(Instrução Normativa SRF n° 84/2001, artigo 22)
Contudo, caso a integralização ocorra pelo custo de aquisição constante na última Declaração de Ajuste Anual, não há tributação de imposto de renda.
Na Declaração de Ajuste Anual do ano correspondente a integralização, deverá efetuar a baixa do bem na cha de “Bens e Direitos” bem como lançar na
respectiva cha, as ações ou quotas subscritas pelo valor os quais os bens foram transferidos. (Instrução Normativa SRF n° 84/2001, artigo 16)
Para maiores detalhes, sugerimos leitura da matéria no Boletim Imposto de Renda n° 04/2020 ALIENAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA Tributação na
Pessoa Física
A doação efetuada em dinheiro (moeda nacional) não é tributada pelo imposto sobre a renda, porém, a doação em espécie está sujeita à comprovação da
sua efetivação, bem como da disponibilidade econômico- nanceira do doador para exercício de tal liberalidade. (Perguntas e Respostas IRPF 2020, pergunta
576)
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Contudo, a pessoa física que as adquire, deverá relacioná-las na cha de “Bens e Direitos” pelo seu custo de aquisição, devendo guardar a documentação
que comprove a autenticidade desses valores.
Sendo assim, a alienação de tais moedas sujeita a pessoa física a apuração do ganho de capital, exceto na hipótese do total alienado no mês ser inferior a
R$ 35 mil, conforme dispõe o item 8.1 desta matéria.
Nesta hipótese, o bem ou direito será informado na cha de “Bens e Direitos”, sendo o custo de aquisição o valor atribuído na transferência do direito de
propriedade.
Não haverá ganho de capital caso a transferência ocorra pelo custo de aquisição. Sendo assim, o ex-cônjuge ou ex-companheiro a quem foram atribuídos os
bens ou direitos, deve incluí-los na cha de Bens e Direitos, pelos valores informados na última declaração de quem os declarava, antes da dissolução da
sociedade conjugal ou da união estável. (Lei n° 9.532/97, artigo 23; Instrução Normativa SRF n° 84/2001, artigo 3°, II)
Neste caso, não aplicam-se as alíquotas progressivas previstas na Lei n° 8.981/95, artigo 21, por determinação no § 1° do artigo 23 da Lei n° 9.532/97.
O imposto deve ser pago pelo inventariante, por meio de DARF sob o código de receita 4600 em nome e CPF do de cujus, com vencimento até a data prevista
para a entrega da Declaração Final de Espólio. (Instrução Normativa SRF n° 81/2001, artigo 10, § 5°)
Ocorrendo a transferência pelo valor constante na última declaração de bens do de cujus, não há ganho de capital a ser apurado.
Considera-se a data de aquisição a do falecimento, conforme orienta a Instrução Normativa SRF n° 84/2001, artigo 21, inciso I:
O custo de aquisição a ser utilizado na apuração de eventual ganho de capital por alienação posterior ao recebimento da herança deverá ser aquele
informado no campo “valor de transferência” da declaração nal de espólio e, se for atribuído valor superior deverá o herdeiro recolher a diferença do
imposto sobre o ganho de capital apurado com base no valor de transferência, com os devidos acréscimos legais conforme prevê o § 8° do artigo 10 da
Instrução Normativa SRF n° 81/2001.
Em se tratando de não residente, não se aplicam as isenções e reduções do imposto sobre o ganho de capital previstas para os residentes no Brasil.
(Instrução Normativa SRF n° 208/2002, artigo 14; Lei n° 9.249/95, artigo 18; Perguntas e Repostas IRPF 2020, pergunta 117)
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Se a torna for recebida a prazo, a tributação será proporcional, em cada mês, na medida em que a parcela for recebida.
b) divide-se o valor da torna pelo valor apurado anteriormente (letra “a”), multiplicando o resultado por 100;
c) aplica-se o percentual encontrado (letra “b”) sobre o valor da torna para apurar o ganho de capital.
Para maiores detalhes, sugerimos leitura da matéria no Boletim Imposto de Renda n° 02/2020 PERMUTA Apuração e Tributação na Pessoa Física
11.13. Desapropriação
No caso de desapropriação, o ganho de capital deve ser apurado no ato do pagamento integral da indenização. (Instrução Normativa SRF n° 84/2001, artigo
24)
Considera-se data de alienação, a do recebimento nal do valor xado e valor de alienação, a soma das parcelas já recebidas como adiantamento e
acrescidas do valor nal recebido, e excluídos os acréscimos legais que serão tributados conforme item 6.3 desta matéria.
Os honorários advocatícios, cujo ônus seja do expropriado, excluem-se do valor da indenização. No caso de bem objeto de desapropriação em que ainda não
tenha sido recebido o valor integral da indenização, o contribuinte deve preencher o campo “Discriminação”, da cha de Bens ou Direitos, informando essa
circunstância e especi cando os valores recebidos até 31.12.2019.
Para melhor visualização sobre o assunto, sugerimos leitura da matéria no Boletim Imposto de Renda n° 23/2017 DESAPROPRIAÇÃO Utilidade Pública.
Interesse Social. Reforma Agrária
12. Recolhimento
O ganho de capital será recolhido sob o código de receita DARF 4600, conforme determinações expressas no artigo 30 da Instrução Normativa SRF n°
84/2001:
Alienante, se residente no País Até o último dia útil do mês subsequente àquele em que o ganho houver sido percebido
Procurador do alienante, em nome deste, se este for Na data da alienação. Obs.: se o alienante não for inscrito no CPF, no DARF deve ser
não-residente no País indicado o número de inscrição do procurador
Em nome de cada cônjuge, na proporção de 50% Até o último dia útil do mês subsequente àquele em que o ganho houver sido percebido.
para cada um, ou em nome de um deles, pela Obs.: nas alienações de bens comuns, decorrentes do regime de casamento, devido o
totalidade ganho de capital ser apurado em relação ao bem como um todo
Ex-cônjuge ou ex-convivente a quem, na dissolução Até o último dia útil do mês subsequente ao do trânsito em julgado da decisão judicial
da sociedade conjugal ou da união estável, for da partilha ou sobrepartilha decorrente da dissolução da sociedade conjugal ou união
atribuído o bem ou direito objeto da tributação estável
Até o último dia útil do mês subsequente àquele em que o ganho houver sido percebido
Cedente, na cessão de direitos hereditários
ou na data da alienação, conforme o caso
IRPF
Boletim Imposto de Renda n° 10 - 2ª Quinzena. Publicado em: 22/05/2020
Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência das alterações legais.
a) o percentual resultante da relação entre o ganho de capital total e valor total da alienação sobre o valor da parcela recebida;
a) juros, equivalentes à taxa Selic, acumulada mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do mês subsequente ao do vencimento até o último dia do
mês anterior ao do pagamento e de 1% no mês do pagamento;
b) multa de mora, calculada à taxa de 0,33% por dia de atraso, a partir do primeiro dia após o vencimento do débito, limitada a 20%.
Também será necessário exportar os dados do programa GCAP e importá-los na Declaração de Ajuste Anual na cha “Ganhos de Capital”.
Nas alienações a prazo, deverá, na cha de “Bens e Direitos” constar o código “52 - Crédito decorrente de alienação”.
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