Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2. CONTRIBUINTES ABRANGIDOS
7.1.2 Unidade (não concluída) vendida com recebimento após o período-base da venda
7.2.2 Unidade (não concluída) vendida com recebimento após o período-base da venda
9. REGRAS SUPLEMENTARES
14.2 Presunção da vinculação entre a alienação das frações do terreno e o negócio de construção
14.5.2 Exemplo
14.6.1 Exemplo
14.7 Incorporadora tributada com base no lucro real trimestral - Opção no segundo ou terceiro
mês do trimestre
14.7.1 Incorporadora tributada com base no lucro real anual - Opção a partir do segundo mês do
ano-calendário
15.5 Vendas canceladas e devoluções de vendas - Possibilidade de dedução nos meses seguintes
16.3 Alíquotas
17 PERMUTA DE IMÓVEIS
17.4 Torna
17.4.1.1 Exemplo
18.2.1 Exemplo
18.11.3 Opção pelo RET ou pela tributação com base no lucro presumido
18.12.1 Condições
(1) R$ 900.000,00 x 1,65% (alíquota da contribuição para o PIS-Pasep devida no regime não
cumulativo).
(2) R$ 900.000,00 x 7,6% (alíquota da Cofins devida no regime não cumulativo).
Notas
(1) Não cabe crédito do ICMS na aquisição, pela empresa de construção civil, de insumos gerais a serem
utilizados nas suas obras.
(2) Sobre o aproveitamento de créditos da Cofins e da contribuição para PIS-Pasep no regime não
cumulativo, veja o tópico 16.
Lançamento nº 2
Registro da utilização dos azulejos na obra "X"
D - Obras em Andamento - Obra "X" (Ativo Circulante) R$ 9.080,00(1)
C - Estoque de Materiais de Construção (Ativo Circulante) R$ 9.080,00(1)
(1) R$ 816.750,00 ÷ 90.000 m2 = R$ 9,80 (custo do m2 de azulejo) x 1.000 m2 (utilizados na Obra "X").
Lançamento nº 3
Apropriação do custo, por rateio, a cada unidade da obra (base 50%, no exemplo).
D Imóveis à Venda (Ativo Circulante) - Unidade 1 - R$ 4.540,00 - Unidade 2 - R$
- R$ 4.540,00 9.080,00
C Obras em Andamento - Obra "X" (Ativo Circulante) R$
- 9.080,00
.
II - Venda a prestação com pagamento restante ou total contratado para depois do período-base da
venda
Pelo registro dos custos contratados
D - Custo dos Imóveis Vendidos (Conta de Resultado)
C - Serviços Contratados de Terceiros (Passivo Não Circulante)
Exemplo
No desenvolvimento do exemplo, consideremos que a posição de um empreendimento imobiliário,
composto por 20 unidades residenciais, se apresentasse assim:
Obras em Andamento (Ativo Circulante)
Empreendimento Alfa
- Terreno R$ 1.500.000,00
- Material de construção R$ 3.000.000,00
- Mão de obra R$ 1.200.000,00
- Encargos sociais R$ 975.000,00
- Serviços de terceiros R$ 1.875.000,00
Total R$ 8.550.000,00
Se admitirmos a venda de uma unidade desse empreendimento (unidade "A"), pelo valor de R$
700.000,00, à vista, em 30.06.20X1 e a contratação de uma subempreiteira para concluir o
empreendimento pelo valor de R$ 3.200.000,00, teríamos os seguintes lançamentos contábeis.
Lançamento nº 4
Apuração do custo da unidade vendida, na data da realização da venda.
D Custo dos Imóveis Vendido (Conta de Resultado) R$
- 427.500,00
C Obras Em Andamento - Empreendimento Alfa - Terreno (Ativo Circulante) R$ 75.000,00
-
C Obras Em Andamento - Empreendimento Alfa - Material de construção R$
- (Ativo Circulante) 150.000,00
C Obras Em Andamento - Empreendimento Alfa - Mão de obra (Ativo R$ 60.000,00
- Circulante) -
C Obras Em Andamento - Empreendimento Alfa - Encargos Sociais (Ativo R$ 48.750,00
- Circulante)
C Obras em Andamento Empreendimento Alfa - Serviços de Terceiros R$ 93.750,00
- (Ativo Circulante)
Lançamento nº 5
Registro do custo contratado para término do empreendimento, proporcional à unidade vendida.
D - Custo dos Imóveis Vendidos (Conta de Resultado) R$
145.200,00
D - PIS-Pasep a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 2.640,00
D - Cofins a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 12.160,00
C Serviços Contratados de Terceiros - Empreiteira "Y" (Passivo R$
- Circulante) 160.000,00
Lançamento nº 7
Apropriação dos serviços da subempreiteira
D Obras em Andamento - Empreendimento Alfa - Serviços de R$ 2.904.000,00
- Terceiros (Ativo Circulante)
D PIS-Pasep a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 52.800,00(1)
-
D Cofins a Recuperar (Ativo Circulante R$
- 243.200,00(2)
C Fornecedores - Empreiteira "Y" (Passivo Circulante) R$ 2.848.000,00
-
C Contribuição Previdenciária Retida na Fonte (Passivo Circulante) R$
- 352.000,00(3)
(1) R$ 3.200.000,00 x 1,65% % (alíquota da contribuição para o PIS-Pasep devida no regime não
cumulativo).
(2) R$ 3.200.000,00 x 7,6% % (alíquota da Cofins devida no regime não cumulativo).
(3) R$ 3.200.000,00 x 11%. Os valores de materiais ou de equipamentos, próprios ou de terceiros,
exceto os equipamentos manuais, fornecidos pela contratada, discriminados no contrato e na nota
fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não integram a base de cálculo da retenção,
desde que comprovados (Instrução Normativa RFB nº 2.110/2022 , arts. 110 e 116 , capita).
Nota
Sobre o aproveitamento de créditos da Cofins da Cofins e do PIS-Pasep veja o tópico 16.
Lançamento nº 8
Transferência do custo proporcional por ocasião da venda da unidade imobiliária "A"
D Serviços Contratados de Terceiros - Empreiteira "Y" (Passivo Circulante R$
- 160.000,00
C Obras em Andamento - Empreendimento Alfa - Serviços de Terceiros R$
- (Ativo Circulante) 145.200,00
C PIS-Pasep Não Cumulativo a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 2.640,00
-
C Cofins a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 12.160,00
-
Nota
No exemplo, a contribuição para o PIS-Pasep e a Cofins originalmente destacados por ocasião da
contratação dos serviços (lançamento nº 4) devem ser revertidos, porquanto os valores constam do
lançamento nº 7.
Os razonetes a seguir, com indicação dos números dos lançamentos que originaram os respectivos
valores ("sa" = saldo anterior), retratam essa movimentação:
Custo dos Imóveis Vendidos PIS-Pasep a Recuperar (Ativo Cofins a Recuperar (Ativo
(Conta de Resultado) Circulante) Circulante)
(4) R$ 427.500,00 (5) R$ 2.640,00 R$ 2.640,00(8) (5) R$ 12.160,00 R$ 12.160,00(8)
(5) R$ 145.200,00 (7) R$ 52.800,00 (7) R$
243.200,00
R$ 572.700,00 R$ 55.440,00 R$ 2.640,00 R$ 255.360,00 R$ 12.160,00
R$ 52.800,00 R$ 243.200,00
* Na hipótese de venda de unidade imobiliária não concluída, a pessoa jurídica pode utilizar crédito
presumido, em relação ao custo orçado. Esses custos devem ser ajustados pela exclusão dos valores a
serem pagos a pessoa física, encargos trabalhistas, sociais e previdenciários, e dos bens e serviços,
acrescidos dos tributos incidentes na importação, adquiridos de pessoa física ou jurídica residente ou
domiciliada no exterior. No exemplo, para fins de aproveitamento do crédito da contribuição para o PIS-
Pasep e d da Cofins, vamos considerar que o "custo orçado ajustado" corresponde a 60% (percentual
meramente ilustrativo) do custo orçado para fins de execução das benfeitorias, como segue (sobre o
aproveitamento de créditos em relação ao custo orçado, veja detalhes no subtópico 16.4.4 adiante):
Crédito
Crédito
Base de cálculo das contribuições presumido por
Contribuição Custo total presumido
unidade
orçado - R$
Percentual Alíquota
R$ R$ R$
(Hipotético)
PIS-Pasep 400.000,00 60% 240.000,00 1,65% 3. 960,00 79,20
Cofins 400.000,00 60% 240.000,00 7,6% 18.240,00 364,80
Total 22.200,00 444 ,00
Lembra-se, ainda, que o crédito a ser descontado e o crédito presumido apurado deverão ser utilizados
na proporção da receita relativa à venda da unidade imobiliária, à medida do recebimento. Veja detalhes
no tópico 16 desse Procedimento.
Lançamento nº 9
Registro da venda, à vista.
D - Caixa ou Bancos conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 30.000,00
C - Receita da Venda de Imóveis (Conta de Resultado) R$ 30.000,00
Lançamento nº 10
Apuração do custo da unidade vendida (transferências efetuadas).
D Custo dos Imóveis Vendidos (Conta de Resultado) R$
- 22.556,00
D Cofins a Recuperar sobre Custo Orçado (Ativo Circulante) R$ 364,80
-
D PIS-Pasep a Recuperar sobre Custo Orçado (Ativo Circulante) R$ 79,20
-
C Empreendimentos Imobiliários - Loteamento Beta - Terreno (Ativo R$
- Circulante) 15.000,00
C Custos Orçados - Loteamento Beta (Passivo Circulante) R$ 8.000,00
-
Lançamento nº 11
Registro das obras de infraestrutura (à medida da execução seriam registradas como segue)
D Empreendimentos Imobiliários - Loteamento Beta - Obras de R$
- Infraestrutura(Ativo Circulante) 377.800,00
D Cofins a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 18.240,00
-
D PIS-Pasep a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 3.960,00
-
C Fornecedores
ou
(Passivo Circulante) R$
- Caixa/Bancos conta Movimento (Ativo Circulante) 400.000,00
Lançamento nº 12
Conclusão das obras de infraestrutura
D Custos Orçados - Loteamento Beta (Passivo Circulante) R$
- 8.000,00
C Empreendimentos Imobiliários - Loteamento Beta - Obras de Infraestrutura R$
- (Ativo Circulante) 7.556,00
C Cofins a Recuperar R$
- (Ativo Circulante) 364,80*
PIS-Pasep a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 79,20*
Caixa/Bancos c/ Movimento Cofins a Recuperar sobre Custo PIS-Pasep a Recuperar sobre Custo
(Ativo Circulante) Orçado (Ativo Circulante) Orçado (Ativo Circulante)
(9) R$ 30.000,00 (10) 364,80 (10) 79,20
SI = Saldo Inicial.
.
6. VENDA DE UNIDADE IMOBILIÁRIA
.
Lançamento de registro dos custos apurados após 31.12.20X1 (período-base em que o lucro foi
reconhecido
D - Custo de Exercícios Anteriores (Conta de Resultado)
C - Obras em Andamento (Ativo Circulante)
b) quando o contribuinte optar pela inclusão do custo orçado no custo do imóvel vendido, as
apurações e apropriações de custo, a apuração e o reconhecimento do lucro bruto e as
modificações no valor do orçamento serão feitos com observância das seguintes regras:
b.1) inicialmente, será apurado o custo da unidade vendida, na data da efetivação da venda, mediante
distribuição proporcional, por todas as unidades do empreendimento, dos custos pagos, incorridos ou
contratados e dos custos orçados para a conclusão das obras ou melhoramentos a que o contribuinte se
obrigou;
b.2) uma vez conhecido o custo da unidade vendida, o lucro bruto deverá ser apurado e, em seguida,
computado integralmente no resultado do período-base, na data em que se efetivar a venda;
b.3) os valores referentes à atualização monetária e às alterações nas especificações do orçamento da
unidade vendida (bem como às correções monetárias do saldo do custo orçado, na época em que cabíveis),
sempre apurados mediante rateio de custos do empreendimento, terão o seguinte tratamento:
b.3.1) quando ocorridos entre a data do reconhecimento do lucro bruto e o final do período-base em que
esse fato acontecer, constituirão ajuste da conta de controle do custo orçado e serão computados no
resultado do período-base como custo adicional da venda;
b.3.2) quando ocorridos em período-base posterior ao mencionado em "b.3.1", constituirão ajuste da conta
de controle do custo orçado e serão computados no resultado desse período como custo de períodos
anteriores, representando, em consequência, parcela redutora do lucro bruto em vendas desse período-base
posterior.
.
II - Contabilização
Lançamento nº 13
Pelo registro da venda
D - Devedores por Compra de Imóveis (Ativo Circulante) R$ 300.000,00
C - Receitas Diferidas - Venda de Imóveis (Passivo Não Circulante) R$ 300.000,00
Lançamento nº 14
Registro do recebimento da entrada
D - Caixa ou Bancos c/ Movimento (Ativo Circulante) R$ 60.000,00
C - Devedores por Compra de Imóveis (Ativo Circulante) R$ 60.000,00
Lançamento nº 15
Transferência do custo do imóvel vendido para fins de apuração do lucro bruto
D Receitas Diferidas - Custo dos Imóveis Vendidos (Passivo Não R$
- Circulante) 180.000,00
C Imóveis a Venda (Ativo Circulante) R$
- 180.000,00
Lançamento nº 16
Registro do recebimento das parcelas mensais.
D - Caixa ou Bancos c/ Movimento (Ativo Circulante) R$ 20.000,00
C - Devedores por Compra de Imóveis (Ativo Circulante) R$ 20.000,00
Nos meses seguintes, até maio de 20X2, os lançamentos de recebimento das parcelas serão idênticos
ao acima demonstrado.
III - Apuração do resultado do exercício
Dando prosseguimento ao exemplo, ao final de 20X1 a empresa deverá apurar resultado do exercício na
operação específica, no valor de R$ 80.000,00 que corresponde a 40% dos valores efetivamente
recebidos (entrada de R$ 60.000,00 + 7 prestações de R$ 20.000,00 = R$ 200.000,00), conforme
segue:
Lançamento nº 17
D - Receitas Diferidas - Venda de Imóveis (Passivo Não Circulante) R$ 200.000,00
C - Receita de Venda de Imóveis (Conta de Resultado) R$ 200.000,00
Lançamento nº 18
Transferência do custo dos imóveis vendidos para o resultado do exercício (proporcional às receitas
recebidas durante o período - 60% de R$ 200.000,00).
D - Custo dos Imóveis Vendidos (Conta de Resultado) R$
- 120.000,00
C Receitas Diferidas - Custo dos Imóveis Vendidos (Passivo Não R$
- Circulante) 120.000,00
.
II - Contabilização
Lançamento nº 19
Pelo registro da venda
D - Devedores por Compra de Imóveis (Ativo Circulante) R$ 300.000,00
C - Receitas Diferidas (Passivo Não Circulante) R$ 300.000,00
Lançamento nº 20
Pelo registro do recebimento da entrada
D - Caixa ou Bancos c/ Movimento (Ativo Circulante) R$ 60.000,00
C - Devedores por Compra de Imóveis (Ativo Circulante) R$ 60.000,00
Lançamento nº 21
Pelo registro dos juros a receber
D - Juros a Receber (Ativo Circulante) R$ 15.884,51*
C - Receitas Diferidas - Juros sobre Venda de Imóveis (Passivo Circulante) R$ 15.884,51*
7.1.2 Unidade (não concluída) vendida com recebimento após o período-base da venda
No caso de unidade não concluída vendida a prazo ou a prestação, com pagamento restante ou
pagamento total contratado para depois do período-base da venda, devem ser observados os
seguintes procedimentos, em função da insuficiência de custo realizado (Instrução Normativa SRF nº
84/1979 , item 16.2):
a) quando a conclusão das obras ou melhoramentos se der enquanto o cliente estiver pagando o
seu débito:
a.1) a insuficiência de custo será debitada à conta de controle do custo orçado e creditada à conta própria do
grupo de Receitas Diferidas, com o consequente reajustamento da relação entre o lucro bruto e a receita
bruta da venda;
a.2) em seguida, deve-se aplicar a relação reajustada entre o lucro bruto e a receita bruta da venda sobre o
total das prestações recebidas até a data do lançamento citado em "a.1", inclusive valores recebidos em
períodos-base anteriores;
a.3) por último, deve-se subtrair, do produto da operação indicada em "a.2", as parcelas do lucro bruto
reconhecidas até a data do lançamento citado em "a.1", inclusive parcelas computadas em períodos-base
anteriores, encontrando, no resultado desta subtração, o valor do lucro bruto adicional a ser transferido da
conta própria do grupo de Receitas Diferidas para o resultado do exercício;
Nota
A relação reajustada entre o lucro bruto e a receita bruta da venda, a que se refere "a.1", passará
a ser aplicada sobre cada prestação recebida após a conclusão do empreendimento, sendo
passível de reajuste por ocasião de subsequente correção monetária do saldo credor do preço.
Exemplo
I - Dados
No desenvolvimento do exemplo consideremos que na venda a prazo, de unidade imobiliária não
concluída, com a inclusão do custo orçado na apuração do resultado, foram apurados os seguintes
dados:
Valor da venda a prazo R$ 300.000,00
Custo orçado (líquido do PIS-Pasep e da Cofins não cumulativos*) (R$ 180.000,00)
Lucro apurado R$ 120.000,00
Valor recebido por ocasião do encerramento do ano-calendário R$ 200.000,00
* Sobre a contabilização do PIS-Pasep e da Cofins não cumulativos incidentes sobre o custo orçado,
veja subtópico 5.4.2 deste.
II - Contabilização
Lançamento nº 23
Pelo registro da venda
D Devedores por Compra de Imóveis (Ativo Circulante) R$
- 300.000,00
C Receitas Diferidas - Receita da Venda de Imóveis (Passivo Não R$
- Circulante) 300.000,00
Lançamento nº 24
Pelo registro do custo orçado
D - Custo dos Imóveis (Ativo Circulante) R$ 180.000,00
C - Custo Orçado (Passivo Circulante) R$ 180.000,00
Lançamento nº 25
Pela apuração e registro do lucro bruto
D Receitas Diferidas - Custo dos Imóveis Vendidos (Redutora do Passivo R$
- Não Circulante) 180.000,00
C Custo dos Imóveis (Ativo Circulante) R$
- 180.000,00
Lançamento nº 26
Pelo registro do valor recebido por ocasião do encerramento do exercício
D - Caixa ou Bancos c/ Movimento (Ativo Circulante) R$ 200.000,00
C - Devedores por Compra de Imóveis (Ativo Circulante) R$ 200.000,00
Dando seguência ao exemplo, vamos, agora, apurar o percentual e o valor a ser apropriado como
resultado, no encerramento do ano-calendário.
(R$ 120.000,00* ÷ R$ 300.000,00**) x 100 = 40,00%
Lançamento nº 28
Reconhecimento do custo
D Custo dos Imóveis Vendidos (Conta de Resultado) R$
- 120.000,00
C Receitas Diferidas - Custo dos Imóveis Vendidos (Redutora do Passivo R$
- Não Circulante) 120.000,00
Por fim, se admitirmos que, no período-base seguinte, a unidade imobiliária foi concluída; que o cliente
não efetuou mais nenhum pagamento; e que houve, ainda, insuficiência de custo realizado, no valor de
R$ 18.000,00, adotar-se-á o seguinte procedimento:
Lançamento nº 29
Registro da insuficiência do custo realizado
D Custo Orçado (Passivo Circulante) R$
- 18.000,00
C Receitas Diferidas - Custo dos Imóveis Vendidos (Redutora do Passivo Não R$
- Circulante) 18.000,00
Agora, resta apurar e contabilizar a diferença entre o lucro bruto reconhecido até o exercício anterior e o
apurado na conclusão da unidade imobiliária. Para tanto, pode-se proceder da seguinte forma:
I - Reajustamento da relação percentual entre o lucro bruto e a receita bruta
Receita bruta R$ 300.000,00
(-) Custo orçado (reajustado) R$ 162.000,00*
Lucro bruto R$ 138.000,00
II - Determinação do lucro contido no valor recebido até a data da conclusão da unidade imobiliária
R$ 200.000,00 x 46 = R$ 92.000,00
III - Apuração da diferença entre o lucro bruto reconhecido até o exercício anterior e o apurado na
conclusão da unidade imobiliária
R$ 92.000,00 - R$ 80.000,00* = R$ 12.000,00
* R$ 200.000,00 (valor recebido por ocasião do encerramento do exercício) - R$ 120.000,00 (lucro
apurado).
Lançamento nº 30
Reconhecimento da diferença
D Receitas Diferidas - Custo dos Imóveis Vendidos (Redutora do Passivo Não R$
- Circulante) 12.000,00
C Custo dos Imóveis Vendidos (Conta de Resultado) R$
- 12.000,00
b) quando a conclusão das obras ou melhoramentos se der após a data em que o cliente houver
saldado o seu débito, a insuficiência de custo realizado terá o seguinte tratamento:
b.1) se a conclusão se der até o final do período-base da liquidação do débito e subsequente reconhecimento
do lucro bruto, a insuficiência de custo será debitada à conta de controle do custo orçado e creditada à conta
de resultado do período, como recuperação de custo do período e de períodos anteriores;
b.2) se a conclusão se der em período-base posterior ao mencionado em b.1, a insuficiência de custo será
debitada à conta de controle do custo orçado e creditada à conta de resultado desse período-base, como
recuperação de custo de períodos anteriores, representando, em consequência, parcela aumentativa do lucro
bruto em vendas desse período-base posterior.
Sobre o tratamento a ser dispensado à diferença entre o custo orçado e o custo efetivamente realizado,
no que diz respeito a contribuição para o PIS-Pasep e à Cofins não cumulativos, veja subtópico 16.4.4.4
deste Procedimento.
.
7.2.2 Unidade (não concluída) vendida com recebimento após o período-base da venda
No caso de unidade não concluída vendida a prazo ou a prestação, com pagamento restante ou
pagamento total contratado para depois do período-base da venda, devem ser observados os
seguintes procedimentos, relativamente ao excesso de custo realizado (Instrução Normativa SRF nº
84/1979 , subitem 17.3):
a) quando a conclusão das obras ou melhoramentos se der enquanto o cliente estiver pagando o
seu débito:
a.1) o excesso de custo deve ser creditado à conta do controle do custo orçado e debitado à conta própria do
grupo de Receitas Diferidas, com o consequente reajustamento da relação entre o lucro bruto e a receita
bruta da venda;
a.2) em seguida, o contribuinte deve aplicar a relação reajustada entre o lucro bruto e a receita bruta da
venda sobre o total das prestações recebidas até a data do lançamento citado em a.1, inclusive valores
recebidos em períodos-base anteriores;
a.3) por último, o contribuinte deve subtrair, do montante do lucro bruto computado até a data do
lançamento citado em "a.1", inclusive parcelas reconhecidas em períodos-base anteriores, o produto da
operação indicada em "a.2", encontrando, no resultado desta subtração, o valor do custo adicional a ser
transferido da conta própria do grupo de Receitas Diferidas para o resultado do período-base.
Exemplo
No desenvolvimento do exemplo, consideremos que na venda a prazo, de unidade imobiliária não
concluída, foram apurados os seguintes dados:
Valor da venda a prazo.................................................................. R$ 300.000,00
Custo orçado (líquido do PIS-Pasep e da Cofins não cumulativos*). R$ 180.000,00
Lucro apurado............................................................................... R$ 120.000,00
Valor recebido no encerramento do ano-calendário.......................... R$ 200.000,00
* Sobre a contabilização do PIS-Pasep e da Cofins não cumulativos incidentes sobre o custo orçado,
veja subtópico 5.4.2 deste Procedimento.
Lançamento nº 31
Pelo registro da venda
D Devedores por Compra de Imóveis (Ativo Circulante) R$
- 300.000,00
C Receitas Diferidas - Receita da Venda de Imóveis (Passivo Não R$
- Circulante) 300.000,00
Lançamento nº 32
Pelo registro do custo orçado
D - Custo de Imóveis (Ativo Circulante) R$ 180.000,00
C - Custo Orçado (Passivo Não Circulante) R$ 180.000,00
Lançamento nº 33
Pela apuração do lucro bruto
D Receitas Diferidas - Custo dos Imóveis Vendidos (Redutora do Passivo R$
- Não Circulante) 180.000,00
C Custo de Imóveis (Ativo Circulante) R$
- 180.000,00
Lançamento nº 34
Pelo registro dos recebimentos
D - Caixa ou Bancos c/ Movimento (Ativo Circulante) R$ 200.000,00
C - Devedores por Compra de Imóveis (Ativo Circulante) R$ 200.000,00
Dando sequência ao exemplo, vamos, agora, apurar o percentual e o valor a ser apropriado no
resultado, no encerramento do ano-calendário.
(R$ 120.000,00* ÷ R$ 300.000,00**) x 100 = 40,00% ? R$ 200.000,00 x 40% = R$ 80.000,00
* Lucro apurado.
** Valor da venda.
*** Valor recebido no encerramento do exercício social.
Diante desses dados, teremos o seguinte lançamento contábil:
Lançamento nº 35
Pelo reconhecimento da receita
D Receitas Diferidas - Receita de Venda de Imóveis (Passivo Não R$
- Circulante) 200.000,00
C Receita de Venda de Imóveis (Conta de Resultado) R$
- 200.000,00
Lançamento nº 36
Pelo reconhecimento do custo
D Custo dos Imóveis Vendidos (Conta de Resultado) R$
- 120.000,00
C Receitas Diferidas - Custo dos Imóveis Vendidos (Redutora do Passivo R$
- Não Circulante) 120.000,00
Se admitirmos que por ocasião do término da unidade imobiliária, no exercício seguinte, o cliente não
tenha efetuado mais nenhum pagamento, e que haja, ainda, excesso de custo realizado, no valor de R$
18.000,00, adotar-se-á o seguinte procedimento:
Lançamento nº 37
Pelo registro do excesso do custo orçado
D Receitas Diferidas - Custo dos Imóveis Vendidos (Redutora do Passivo Não R$
- Circulante) 18.000,00
C Custo Orçado (Passivo Circulante) R$
- 18.000,00
Agora, resta apurar e contabilizar a diferença entre o lucro bruto reconhecido até o exercício anterior e o
apurado na conclusão da unidade imobiliária. Para tanto, pode-se proceder da seguinte forma:
I - Reajustamento da relação percentual entre o lucro bruto e a receita bruta
Receita bruta.................................... R$ 300.000,00
(-) Custo orçado (reajustado)............ R$ 198.000,00*
Lucro bruto...................................... R$ 102.000,00
II - Determinação do lucro contido no valor recebido até a data da conclusão da unidade imobiliária
R$ 200.000,00 x 34,00% = R$ 68.000,00
III - Apuração da diferença entre o lucro bruto reconhecido até o exercício anterior e o apurado na
conclusão da unidade imobiliária
R$ 80.000,00* - R$ 68.000,00 = R$ 12.000,00
*R$ 200.000,00 (valor recebido por ocasião do encerramento do ano-calendário) - R$ 120.000,00 (lucro
apurado).
Lançamento nº 38
Pelo reconhecimento da diferença entre o lucro bruto reconhecido até o exercício anterior e o apurado
na conclusão da unidade imobiliária
D Custo dos Imóveis Vendidos (Conta de Resultado) R$
- 12.000,00
C Receitas Diferidas - Custo dos Imóveis Vendidos (Redutora do Passivo Não R$
- Circulante) 12.000,00
Nota
A relação reajustada entre o lucro bruto e a receita bruta da venda, a que se refere "a.1", passará a ser
aplicada sobre cada prestação recebida após a conclusão do empreendimento, sendo passível de
reajuste por ocasião de subsequente correção monetária do saldo credor do preço.
b) quando a conclusão das obras ou melhoramentos se der após a data em que o cliente houver
saldado o seu débito, o excesso de custo realizado terá o seguinte tratamento (Instrução Normativa
SRF nº 84/1979 , subitem 17.2.2.2:
b.1) se a conclusão se der até o final do período-base da liquidação do débito e subsequente reconhecimento
do lucro bruto, o excesso de custo deve ser creditado à conta de controle do custo orçado e debitado à conta
de resultado do período, como custo adicional do período e de períodos anteriores;
b.2) se a conclusão se der em período-base posterior ao mencionado em "b.1", o excesso de custo deve ser
creditado à conta de controle do custo orçado e debitado à conta de resultado desse exercício, como custo
adicional de exercícios anteriores, representando, em consequência, parcela redutora do lucro bruto em
vendas desse período-base posterior.
Sobre o tratamento a ser dispensado a diferença entre o custo orçado e o custo efetivamente realizado,
no que diz respeito contribuição para o PIS-Pasep e a Cofins não cumulativos, veja subtópico 16.4.4.4.
.
(1) 500.000,00 100.000,00 (2) (3) 200.000,00 500.000,00 (1) (3) 200.000,00
200.000,00 (4)
120.000,00 (6) 60.000,00
500.000,00 220.000,00 260.000,00 500.000,00
280.000,00 240.000,00
Custo dos Imóveis Vendidos (Conta de Resultado) Resultado do Exercício (Conta de Apuração)
(5) 60.000,00 (2) 105.600,00
Logo, a parcela do resultado do exercício cuja tributação seria diferida seria assim calculada:
R$ 123.200,000 - R$ 105.600,00 = R$ 6.400,00
Nota
(1) O imposto e a contribuição postergados devem ser calculados pela alíquota vigente no período em
que deveriam ter sido recolhidos.
(2) O valor correspondente ao imposto postergado não pode servir de base de cálculo de incentivos
fiscais (Instrução Normativa SRF nº 267/2002 , art. 127 ).
(3) A determinação da atualização monetária (na época em que cabível) e dos juros de mora sobre o
valor do IRPJ e da CSL postergados pela dedução de custo orçado excedente do realizado deve ser
efetuada, pelo contribuinte, com observância da legislação de regência.
(4) O imposto postergado e os juros de mora respectivos serão pagos juntamente com o imposto
devido no exercício financeiro correspondente ao período-base em que o contribuinte houver concluído
as obras ou os melhoramentos orçados
(5) Consideram-se nulos, para efeitos fiscais, quaisquer estornos de valores creditados à conta de
controle do custo orçado que sejam efetuados com o propósito de evitar a ocorrência da diferença de
custo realizado.
.
14.2 Presunção da vinculação entre a alienação das frações do terreno e o negócio de construção
Presume-se a vinculação entre a alienação das frações do terreno e o negócio de construção se, ao ser
contratada a venda, ou promessa de venda ou de cessão das frações de terreno, já houver sido
aprovado e estiver em vigor, ou pender de aprovação de autoridade administrativa, o respectivo projeto
de construção, respondendo o alienante como incorporador.
(Instrução Normativa RFB nº 1.435/2013 , art. 2º , § 3º)
.
14.5.2 Exemplo
Suponhamos que, em determinado mês, a receita recebida pela incorporadora, relativa a determinada
incorporação submetida ao RET, tenha sido de R$ 100.000,00.
Nesse caso o valor do pagamento unificado de tributos, relativo a esse mês, corresponderá a R$
4.000,00 (4% de R$ 100.000,00).
.
14.6.1 Exemplo
Retomando os dados do exemplo do subtópico 14.5.2, em que o valor da receita mensal recebida pela
incorporadora foi de R$ 100.000,00, a distribuição percentual por tributo seria assim efetuada:
Tributo Percentual Valor - R$
IRPJ 1,26% 1.260,00
CSL 0,66% 660,00
PIS-Pasep 0,37% 370,00
Cofins 1,71% 1.710,00
Total 4% 4.000,00
Em relação projetos de incorporação de imóveis residenciais de interesse social, cuja construção tenha
sido iniciada a partir de 31.03.2009, o mesmo exemplo teria os seguintes valores:
Tributo Percentual Valor - R$
IRPJ 0,31% 310,00
CSL 0,16% 160,00
PIS-Pasep 0,09% 90,00
Cofins 0,44% 440,00
Total 1% 1.000,00
.
14.7 Incorporadora tributada com base no lucro real trimestral - Opção no segundo ou terceiro mês
do trimestre
Anteriormente à vigência das novas normas informadas no tópico 14, no caso de opção pelo RET no
segundo ou terceiro mês do trimestre, estando a incorporadora sujeita ao regime de tributação pelo
lucro real trimestral, pelo lucro presumido ou pelo lucro arbitrado, o valor do IRPJ e da CSL da
incorporação que pode ser deduzido do IRPJ e da CSL devidos pela incorporadora no trimestre, em
relação a cada incorporação objeto de opção pelo RET, era calculado mediante os seguintes
procedimentos:
a) apurar a relação percentual entre o total das receitas recebidas, a partir do mês da opção, com a
venda de unidades imobiliárias da incorporação objeto de opção pelo RET, bem assim das receitas
financeiras e variações monetárias decorrentes dessa operação, e o total das receitas recebidas no
trimestre pela incorporadora, em relação a cada incorporação objeto de opção pelo RET; e
b) aplicar o percentual encontrado em "a" sobre o IRPJ e a CSL apurados pela incorporadora no
trimestre, em relação a cada incorporação objeto de opção pelo RET.
A parcela do IRPJ e da CSLL pagos pelo RET no segundo e/ou terceiro meses do trimestre, que não
pudesse ser deduzida do valor encontrado conforme letra "b", considerava-se definitiva, não gerando
em qualquer hipótese direito a restituição, a ressarcimento ou a compensação com o devido pela
incorporadora, ou com outros tributos da própria incorporação objeto de opção pelo RET, em outros
períodos de apuração.
(Lei nº 10.931/2004 , art. 5º, § 1º)
.
14.7.1 Incorporadora tributada com base no lucro real anual - Opção a partir do segundo mês do ano-
calendário
A regra mencionada em 14.7 aplicava-se, também, no caso de a incorporadora estar sujeita ao regime
de apuração do IRPJ e da CSL pelo lucro real anual e optar pelo RET a partir do segundo mês do ano-
calendário.
Para tanto, deviam ser observados os seguintes procedimentos:
a) apurar a relação percentual entre o total das receitas recebidas, a partir do mês da opção, com a
venda de unidades imobiliárias da incorporação objeto de opção pelo RET, bem assim as receitas
financeiras e variações monetárias decorrentes dessa operação, e o total das receitas recebidas no
ano-calendário pela incorporadora, em relação a cada incorporação objeto de opção pelo RET; e
b) aplicar o percentual encontrado em "a" sobre o IRPJ e a CSL apurados pela incorporadora no
ano-calendário, em relação a cada incorporação objeto de opção pelo RET.
Voltamos a chamar a atenção para o fato de que, como dissemos no tópico 14, a Lei nº 11.196/2005 ,
art. 111 , com efeitos desde 14.10.2005) determinou que o pagamento dos tributos e contribuições
efetuados na forma em análise passa a ser considerado definitivo, não gerando, em qualquer hipótese,
direito à restituição ou à compensação com o que for apurado pela incorporadora.
(Lei nº 10.931/2004 , art. 5º, § 2º)
.
15.5 Vendas canceladas e devoluções de vendas - Possibilidade de dedução nos meses seguintes
Em decorrência da crise econômica, diversas incorporadoras imobiliárias vem sofrendo com muitos
pedidos judiciais para a anulação de contratos de compra e venda de imóveis, ou seja, com distratos.
Tratando-se de uma empresa submetida à tributação com base no lucro presumido pelo regime de
caixa, que seja optante pelo Regime Especial de Tributação (RET), aplicável às incorporações
imobiliárias (instituído pela Lei nº 10.931/2004 ), os tributos administrados pela RFB são apurados em
período mensal, mediante um percentual unificado de 4% (art. 4º da Lei nº 10.931/2004 ), sobre uma
base de cálculo deduzida pelas devoluções, vendas canceladas e descontos incondicionais concedidos.
Nesse contexto, muitas dessas empresas deparam-se, em determinados meses, com valor total das
devoluções ou cancelamentos superam o montante das receitas recebidas do respectivo mês, e
questionam sobre a possibilidade de usar em períodos subsequentes esse saldo de deduções não
aproveitado quando da ocorrência descrita. Para dirimir essa dúvida, a Coordenação-Geral de
Tributação (Cosit), por meio da Solução de Consulta Cosit nº 150/2019 , no caso de esses valores
superarem o total das receitas em um mês, eles poderão ser abatidos, nos meses subsequentes, da
base de cálculo do IRPJ e da CSL, na forma do lucro presumido, bem como do cálculo do PIS-Pasep e
da Cofins, no regime cumulativo, inclusive no RET aplicável às incorporações imobiliárias. Essa dedução
pode ser efetuada a partir do mês de sua ocorrência, conforme seja adotado o regime de caixa ou de
competência para o lucro presumido. Ressalta-se, ainda, que a Solução veda a repetição de indébito, a
restituição, o ressarcimento ou a compensação do tributo quitado.
Veja, a seguir, a transcrição parcial da ementa da Solução de Consulta Cosit nº 150/2019 , publicada no
DOU de 21.05.2019:
Assunto: Normas de Administração Tributária
RECEITA. INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA. VENDAS CANCELADAS E DEVOLUÇÕES DE VENDAS EM
MONTANTE SUPERIOR À RECEITA. DEDUÇÃO EM PERÍODOS SUBSEQUENTES. LUCRO
PRESUMIDO. RESULTADO PRESUMIDO. CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP E COFINS NO REGIME
CUMULATIVO. POSSIBILIDADE.
Os valores relativos a vendas canceladas e devoluções de vendas cujo montante supera o total das receitas
dos respectivos períodos de apuração podem ser deduzidos das bases de cálculos do IRPJ e da CSLL
apurados, respectivamente, na forma do lucro presumido e do resultado presumido, bem como da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins apuradas na forma do regime cumulativo. Essas deduções podem
ser efetuadas a partir do mês em que seja reconhecido o cancelamento ou a devolução em conformidade com
o regime (caixa ou de competência) adotado pelo contribuinte, sem impedimento para seu uso em períodos
subsequentes.
Se tais valores forem referentes a períodos anteriores e não tiverem sido utilizados, eles poderão ser
deduzidos nos períodos seguintes à sua apuração, vedada a repetição de indébito, restituição, ressarcimento
ou compensação do tributo quitado.
SOLUÇÃO DE CONSULTA PARCIALMENTE VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 27, DE
23 DE MARÇO DE 2018
Dispositivos legais: Decreto-lei nº 1.598, de 1977, art. 12; Lei nº 9.249, de 1995, art. 15 ; Lei nº 9.718, de
1998, art. 3º .
REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO (RET). RECEITA. INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA. VENDAS
CANCELADAS E DEVOLUÇÕES DE VENDAS EM MONTANTE SUPERIOR À RECEITA. DEDUÇÃO EM
PERÍODOS SUBSEQUENTES. POSSIBILIDADE.
Os valores relativos a vendas canceladas e devoluções de vendas cujo montante supera o total das receitas
dos respectivos períodos de apuração podem ser deduzidos da base de cálculo do RET aplicável às
incorporações imobiliárias instituído pela Lei nº 10.931, de 2004 . Essas deduções podem ser efetuadas a
partir do mês em que seja reconhecido o cancelamento ou a devolução em conformidade com o regime
(caixa ou de competência) adotado pelo contribuinte, sem impedimento para seu uso em períodos
subsequentes.
Se tais valores forem referentes a períodos anteriores e não tiverem sido utilizados, eles poderão ser
deduzidos nos períodos seguintes à sua apuração, vedada a repetição de indébito, restituição, ressarcimento
ou compensação do tributo quitado.
SOLUÇÃO DE CONSULTA PARCIALMENTE VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 27, DE
23 DE MARÇO DE 2018
Dispositivos Legais: Lei nº 10.931, de 2004; IN RFB nº 1.435, de 2013, art. 5º.
.
16.3 Alíquotas
Na determinação do valor das contribuições devem ser aplicadas, sobre a base de cálculo
supramencionada, as seguintes alíquotas:
a) PIS-Pasep: 1,65%
b) Cofins: 7,6%
(Lei nº 10.637/2002 , art. 2º , caput e Lei nº 10.833/2003 , art. 2º , caput)
.
17.4 Torna
.
17.4.1.1 Exemplo
Suponhamos uma permuta em que a pessoa jurídica "X":
a) entrega um imóvel cujo custo está registrado, em sua contabilidade, por R$ 50.000,00;
b) recebe, em troca, um imóvel, mais importância correspondente a torna no valor de R$ 10.000,00.
Nesse caso, o percentual a ser utilizado na determinação da parcela a deduzir será assim determinado:
Valor da torna ÷ (valor da torna + custo da unidade cedida em permuta) × 100
Portanto:
R$ 10.000,00 ÷ (R$ 10.000,00 + R$ 50.000,00) ×100 = 16,67%
Calculando, agora, a parcela do custo da unidade dada em permuta que corresponde à torna, teremos:
R$ 10.000,00 × 16,67% = R$ 1.667,00
.
18.2.1 Exemplo
O proprietário de um terreno, em área urbanizada (com sistema viário pronto), com 80 metros de frente
por 25 metros da frente aos fundos, decide desmembrá-lo para venda em 8 lotes de 10 metros de
frente cada um.
Nesse caso, tal contribuinte não se equiparará a pessoa jurídica, porque é caso de desmembramento,
não de loteamento.
.
18.11.3 Opção pelo RET ou pela tributação com base no lucro presumido
Sobre o regime especial de tributação (RET), aplicável, opcionalmente, às incorporações imobiliárias,
veja tópico 14 deste trabalho. E a respeito da opção pela tributação com base no lucro presumido,
consulte o tópico 15.
.
18.12.1 Condições
A pessoa física que, após sua equiparação a pessoa jurídica, não promover nenhum dos
empreendimentos nem efetuar nenhuma alienação de unidade imobiliária ou de lote de terreno
integrante do empreendimento, durante o prazo de trinta e seis meses consecutivos, deixará de ser
considerada equiparada a pessoa jurídica a partir do término deste prazo, salvo quanto aos efeitos
tributários das operações então em andamento.
Nesse caso, permanecerão no ativo da empresa individual:
a) as unidades imobiliárias e os lotes de terrenos integrantes de incorporações ou loteamentos, até
sua alienação e, após esta, o saldo a receber, até o recebimento total do preço;
b) o saldo a receber do preço de imóveis então já alienados, até seu recebimento total.
( RIR/2018 , art. 177 , caput e § 1º)
.