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BELÉM
2021
BELÉM
2021
Uma das principais questões abordadas por Regina Migliori em seu texto é em
como a forma de pensar ao longo da história da sociedade vem se alterando e
se transformando em algo mais humano e ético, e, apesar do texto ter sido
elaborado há mais de 10 anos, não se pode deixar de notar como é possível
relacionar com questionamentos e problemáticas atuais.
Desde o início, o CONAR foi responsável por omitir diversas propagandas que
não se encaixavam nas normas do conselho, e evitaram milhares de
expectadores de se influenciarem por tais. O comercial da “SCHIN” de 2011,
por exemplo, além de não exaltar o produto, tem seu foco completamente
orientado em comentários desnecessários e maldosos de um estereótipo
familiar, em que, trazido para um âmbito social, o indivíduo poderia questionar
e espelhar aquela conduta, considerando algo aceitável. Essa compreensão
encaixa-se na forma de pensarmos sobre o mundo, em questão de se um
cenário semelhante ao comercial proibido viesse a acontecer, quais seriam os
indivíduos que atuariam contra e quais espelhariam, impactando tudo e todos
com os resultados dessas ações. Além disso, é questionável as razões sociais
da época que levaram a empresa a abordar o contexto mostrado na
propaganda, mesmo tendo como seu principal foco, a venda do produto. Por
isso é muito importante que a comunicação, para conseguir dar um salto
substancial em eficácia e sustentabilidade, precisa adquirir uma nova
compreensão dos processos humanos, eliminando qualquer comportamento,
opinião e questionamento que, em um cenário do ano de 2021, já pode ser
respondido.
Entretanto, uma das razões por não haver uma postura coletiva é a própria
questão pessoal dos seres humanos, pois suas atenções são pessoais e
egoístas, e isso, vem da própria rede de comunicação. O individuo prende a
sua atenção para aquilo que lhe marca, formatando atitudes pessoais,
tornando-se como uma espécie responsabilidade para os próprios
comunicadores: o impacto causado nas inteligências dos indivíduos com a
impressão de redes neurais onde acontece o processamento mental.
O texto aponta que, quando algo chama a nossa atenção, registramos essa
informação, podendo ser algo relacionado com um quesito pessoal ou uma
informação que lhe agrade. As informações são jogadas diretamente e há
muita coisa que passa e não é registrado na mente, então, torna-se uma
competência exigida do profissional de comunicação saber o que fazer para
chamar a atenção das pessoas sobre o que quer comunicar. Nesse sentido, a
conquista do público através da comunicação pode ser vista em diversas
propagandas milenares que podem ser relacionadas até com um simples
“jingle” de tão impactante que ela foi para uma sociedade. No período de festas
do final de ano, a empresa de supermercados Y.YAMADA, por exemplo, exibia
seus comerciais de natal que, apesar de não ser mais televisionado, até o
presente momento são lembrados em períodos festivos. Essa questão
acontecia porque a própria empresa utilizava da técnica de repetição em todos
os anos no intuito de fixar a melodia na cabeça, tornando uma espécie de
música “chiclete”, desencadeando ao fato da mente repetir aquela informação
diversas vezes a ponto de fixá-la mentalmente e ser lembrada com uma
sensação de nostalgia e paz.
“O mundo não irá mudar sozinho, sem a participação das nossas consciências
e competências, e só será melhor se formos suficientemente éticos, benéficos,
inteligentes e competentes para realizar as transformações que a vida está
exigindo.”