O documento descreve o peixe "Quatro-Olhos" que tem olhos divididos horizontalmente, permitindo-lhe ver acima e abaixo da água. O autor ficou admirado com esta capacidade de ver o bem e o mal, ao contrário de muitos homens. O Quatro-Olhos ensinou o autor a olhar para o Céu e Inferno, comparando-o a Santo António pela capacidade de distinguir o bem do mal.
O documento descreve o peixe "Quatro-Olhos" que tem olhos divididos horizontalmente, permitindo-lhe ver acima e abaixo da água. O autor ficou admirado com esta capacidade de ver o bem e o mal, ao contrário de muitos homens. O Quatro-Olhos ensinou o autor a olhar para o Céu e Inferno, comparando-o a Santo António pela capacidade de distinguir o bem do mal.
O documento descreve o peixe "Quatro-Olhos" que tem olhos divididos horizontalmente, permitindo-lhe ver acima e abaixo da água. O autor ficou admirado com esta capacidade de ver o bem e o mal, ao contrário de muitos homens. O Quatro-Olhos ensinou o autor a olhar para o Céu e Inferno, comparando-o a Santo António pela capacidade de distinguir o bem do mal.
QUATRO-OLHOS DO “SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO AOS PEIXES”, DE ANTÓNO VIEIRA
O Tralhoto, popularmente conhecido por
Quatro-Olhos pois a córnea de cada olho está António Vieira fica admirado com este peixe chamado de "Quatro-Olhos" e quis averiguar a razão do nome. dividida horizontalmente, a de cima adaptada Após verificar ficou ainda mais intrigado quando viu à visão fora de água e a de baixo adaptada à aqueles quatro olhos fora do lugar normal. visão subaquática. Os da parte superior olhavam diretamente para cima e os da parte inferior olhavam diretamente para baixo O Quatro-Olhos conseguia ver o bem e o mal ao contrário de muitos homens. O autor pretende criticar os homens pois muitos vivem na "cegueira" (pecado). O Quatro-Olhos acabou por ensinar Padre António Vieira a olhar diretamente para o Céu e para o Inferno. António Vieira compara este pequeno peixe com Santo António devido à capacidade de ambos em distinguir o bem do mal.
“[…]vi correr pela tona da água […] um cardume de Exórdio Capítulo I
peixinhos, que não conhecia […] que os Portugueses lhe chamavam «Quatro-Olhos», quis averiguar ocularmente a razão deste nome […]” Exposição Capítulo II
“Mais me admirei ainda considerando […]” “onde
permite Deus que estejam vivendo em cegueira tantos Confirmação Capitulo II milhares de gente, há tantos milhares séculos?” Capitulo III Quatro-Olhos “[…] notei que aqueles quatro olhos estão lançados um Capitulo IV pouco fora do lugar ordinário […] os da parte superior Capitulo V olham diretamente para cima, e os da parte inferior diretamente para baixo.” “Esta era a pregação […] ensinando-me que se tenho Peroração Capitulo VI Fé, e uso de razão, só devo olhar diretamente para cima, e só direitamente para baixo: para cima, considerando que há Céu, e para baixo, lembrando-me O excerto do Quatro-Olhos pode ser que há Inferno.” encontrado no Capitulo III na Confirmação.
Trabalho realizado por: Guilherme Tshimpaka, Rodrigo Pires, Tomás Bento 11ºH