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4:19-20)
1. O QUE É UM DISCÍPULO?
A palavra discípulo se refere a um estudante ou aprendiz. Basicamente, o
discípulo é um seguidor, mas é preciso entender esse termo, seguidor, de forma
literal. Tornar-se um discípulo de Jesus consiste simplesmente em obedecer ao
seu chamado para segui-lo.
É impossível ser discípulo ou seguidor de alguém e não acabar ficando
parecido com aquela pessoa. Jesus disse: “O discípulo não está acima do seu
mestre, mas todo aquele que for bem-preparado será como o seu mestre” (Lc
6.40). Este é o ponto central quando o assunto é ser discípulo de Jesus: nós o
imitamos, damos continuidade ao seu ministério e, nesse processo, nos tornamos
iguais ao mestre.
Por alguma razão, contudo, muitos passaram a acreditar que alguém pode
ser “cristão” sem ser como Cristo. Um “seguidor” que não segue. Isso faz algum
sentido? Muitas pessoas na igreja decidiram carregar o nome de Cristo e nada
mais. Seria como se Jesus fosse até aqueles primeiros discípulos e dissesse: “Ei,
será que vocês se importariam de se identificar comigo de algum modo? Não se
preocupem, eu realmente não me importo se vocês farão ou não as coisas que eu
faço, se vão ou não vão mudar seu estilo de vida. Estou apenas à procura de
pessoas que estejam dispostas a dizer que creem em mim e a se autodenominar
cristãos”.
Seguir Jesus não diz respeito a cumprir com zelo um conjunto de regras
ou reunir a firmeza moral necessária para levar uma vida decente. Diz respeito a
amar a Deus e dele desfrutar.
O texto que lemos trata de um custo que não é material. Não é sobre algo
que podemos comprar. São decisões no campo espiritual! O custo ou a reflexão
sobre o custo diz respeito ÀS decisões que tomamos em nossas vidas no que diz
respeito a nossa relação com Deus.
Quando lemos o texto de Lucas vemos que o ato de seguir Jesus nos
conduz a uma decisão, que por sua vez, nos conduz a um custo. QUAL O
CUSTO?
Para responder esta pergunta o texto de Lucas nos dá três exigências que
nos ajudam a entender o custo do discipulado como o ato de seguir a Jesus. São
eles:
“Se alguém vem a mim e não apresenta esse amor, então não pode ser
meu discípulo”;
“Se alguém vem a mim e não apresenta esse sofrimento, então não pode
ser meu discípulo”;
“Se alguém vem a mim e não apresenta esse desapego, então não pode
ser meu discípul”o;
Mas o que era uma grande multidão? Uma grande multidão não passa de
uma massa indefinida, sem rosto e sem nome. Não podemos chamar a multidão
pelo nome pois não tem identidade. A multidão parece operar numa zona neutra,
numa zona onde não há posicionamentos.
Ao que tudo indica Jesus estava preocupado com essas pessoas. Prova
disso é a sua denúncia da falta de consciência dessa multidão com relação ao
custo do discipulado, ao custo do que significa, de fato, seguir a Jesus. A grande
multidão é a prova de que é possível seguir Jesus sem compromisso.
Por isso quando Jesus olha para a multidão e diz: “Se alguém vem a
mim” o que ele está dizendo para aquela multidão a partir de agora é: “Preste
atenção no que eu vou dizer a vocês. Porque se vocês querem me seguir, vocês
não podem me seguir de fato sem saber o que eu tenho a dizer a vocês”.