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● Desde as declarações da Primeira Emenda norte-americana

que à imprensa são reservadas quatro funções: a)


proporcionar um fórum para a discussão de ideias muitas
vezes contraditórias; b) dar voz à opinião pública; c) ser os
olhos e os ouvidos dos cidadãos para avaliar a cena política e
o desempenho dos políticos; e d) agir como “vigilante” que
avisa quando detecta sinais de mau comportamento,
corrupção e abuso nos corredores do poder. Todo um vasto
conjunto de outros requisitos é mencionado ocasionalmente,
mas podem ser classificados nas quatro categorias básicas
anteriores (Blumler, J. e Gurevitch, 1995). Estas expectativas
baseiam-se no pressuposto de que a democracia ideal
equivale à democracia participativa, em que os cidadãos bem
informados jogam um papel activo em termos de decisão
política.

O jornalismo político se transformou em um espaço repleto de vícios excludentes onde


apenas alguns “escolhidos” podem transitar. “A maioria das coberturas políticas é sobre
políticos, e não sobre as coisas com que me preocupo e com as medidas que eu poderia vir
a tomar.

○ O jornalista Jonathan Stray (2015) lembra que a


política não pode se limitar aos políticos e aos
governos. ““Política” não significa políticos, nem
governo. O governo é um dos lugares em que ocorre a
política, com certeza. Mas a política é muito mais do
que isso: é o conjunto de maneiras pelas quais as
pessoas se juntam para exercer o poder
coletivamente”. As convenções jornalísticas
consolidadas ao longo dos anos no segmento político
trouxeram uma série de limitações e debilidades.

Por isso é importante rever o papel da mídia, em especial das opiniões que grandes
jornalistas emitem em grandes veículos, pois pode acabar tendo uma conotação de
mediocridade, sendo totalmente desprezível aquilo que está sendo proposto. Emitir opinião
sim, porém não esquecendo que as diferenças devem ser respeitadas..

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