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Maceió - AL
Fevereiro de 2022.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE TECNOLOGIA – CTEC
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Maceió - AL
Fevereiro de 2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 3
3. PARÂMETROS DE PROJETO 6
5. REDE COLETORA 9
6. SISTEMA DE TRATAMENTO 14
8. ESPECIFICAÇÕES 26
9. REFERÊNCIAS 30
1. INTRODUÇÃO
O saneamento, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é o gerenciamento
ou controle dos fatores físicos que podem exercer efeitos nocivos ao homem, prejudicando
seu bem-estar físico, mental e social.
Outra definição é a trazida pela Lei do Saneamento Básico (apelido dado para a Lei
Ordinária N.º 11.445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece as diretrizes básicas nacionais
para o saneamento), que o define como o “conjunto de serviços, infraestruturas e instalações
operacionais de:” abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana,
manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais.
O município de Mar Vermelho é banhado em sua porção oeste pelos Riachos do Canto
e da Cruz. Na porção centro-sul, pelo Rio Preto e seus afluentes, os riachos S. Pedro e Caiana
e na porção leste-sudeste, pelo Rio Porangaba e os Riachos Água Fria e Riachão.
3. PARÂMETROS DE PROJETO
O sistema de esgotamento sanitário receberá águas provenientes de esgoto doméstico e
águas de infiltração.
Esgoto doméstico é aquele que é formado pela utilização da água para fins
domésticos, como lavagem de roupa, utensílios de cozinha e de pisos, banho, descarga de
vaso sanitário, entre outros. Segundo a ABNT NBR 9648/86, o esgoto doméstico é o despejo
de líquido resultante do uso da água para higiene e necessidades fisiológicas humanas.
A norma recomenda ainda que não havendo estudos locais, e que devem ser
comprovados por meio de pesquisas, podem adotar para taxa de contribuição de infiltração de
0,05 a 1,0 l/s.Km.
Assim, supõe-se 5 habitantes por lote e observando a existência de 196 lotes dividido
entre as 4 quadras, é previsto um total de 980 habitantes atendidos pela rede de esgoto. Tendo
como base o município no qual o empreendimento se encontra e a situação econômica do
público alvo, adotou-se um consumo específico de 187,5 l/hab.dia e um coeficiente de retorno
de 80%. Dessa forma, a geração de esgoto per capita foi de 150 l/hab.dia
Pop∗QPC∗c
Q i= (2)
864000
Pop∗K 1∗QPC∗c
Q i= (3)
864000
Pop∗K 3∗QPC∗c
Qi= (5)
864000
Onde:
5. REDE COLETORA
A rede coletora será projetada a fim de atender todo o conjunto, com vazão de
dimensionamento dos coletores definida pela contribuição máxima horária para população de
980 habitantes para o final de projeto, ou seja, a 3,061 L/s, considerando como descarga
mínima à vazão de Qmín=1,5 L/s , tensão trativa mínima de 1 Pa, diâmetro mínimo de 100
mm e poços de visita devidamente espaçados.
Através das curvas de nível do terreno, foi possível determinar as cotas de cada
estação elevatória (EE), poço de visita (PV) e tubo de inspeção e limpeza (TIL).
I 0 é a declividade do terreno;
CM é a cota de montante;
CJ é a cota de jusante;
L é o comprimento total do trecho.
Onde:
Q - Vazão de projeto.
Dessa forma, sendo I 0< I mín implica que I p=I mín . Caso contrário, I p=I 0.
−0,67
I máx=4,65∗Q (8)
Onde:
Q - Vazão de projeto.
5.2. Vazões
É calculada por meio da Equação 9, de modo a ser analisada para a vazão de esgoto
sanitário inicial e também para a situação final, sendo dada em l/s.m.
Qesgoto sanitário
Taxa de contribuição= (9)
L
Onde:
L é a extensão total.
Qt =Tx∗¿(10)
Onde:
Qt é a vazão de contribuição por trecho em l/s;
Onde:
D é o diâmetro em metros;
Q é a vazão de projeto em l/s;
I p é a declividade de projeto em m/m.
CCJ =CCM – ¿
Onde:
Definiu-se, para o início da rede, que a profundidade mínima do coletor seria de 1,1
metros, subtraindo esse valor da cota do terreno. As demais profundidades foram calculadas
considerando a declividade do terreno quando essa era maior do que a declividade mínima e
uma declividade menor que ela nos casos em que se precisou recuperar cota do coletor.
8 1
Qp=24∗D 3 ∗I p 2 (13)
Onde:
D é o diâmetro;
Ip é a declividade do projeto.
5.6. Raio Hidráulico
O raio hidráulico foi obtido, primeiramente, por meio da relação Q/Qp e, em seguida,
com o auxílio de um ábaco de hidráulica encontrou-se a relação Rh/d. Por fim, determinou-se
o valor do Raio Hidráulico (Rh).
5.8. Velocidades
5.8.1. Velocidade Plena (Cheia)
D2 /3∗Ip 1 /2
V p= (14 )
2,56∗n
V c =6∗¿
Onde:
A tensão trativa foi obtida por meio da Equação 16. Valores de tensão trativa maiores
que 1Mpa são aceitáveis para bom funcionamento da rede. Os valores de σ encontrados nesse
projeto estão em conformidade com a norma.
σ =104∗Rh∗Ip (16)
Onde
Rh é o raio hidráulico;
Ip é a declividade do projeto.
6. SISTEMA DE TRATAMENTO
De modo geral, o esgoto é formado pela água que, após a utilização, tem as suas
características naturais alteradas, tornando-se imprópria para o uso.
É possível dizer que o foco do tratamento dos esgotos é contribuir com a saúde da
população e preservar o meio ambiente, especialmente garantindo a qualidade das águas de
lagoas, rios, mares e até de reservatórios subterrâneos. Isso é importante para garantir a
sustentabilidade desse recurso, que é finito, para toda a comunidade biótica que depende dele,
bem como oferecer melhores condições de vida para as pessoas.
Depois disso, o esgoto é transportado para uma caixa cuja função é retirar os resíduos
de areia e a gordura que permaneceram. Esses resíduos podem ser removidos de forma
manual ou mecanizada e, posteriormente, devem ser destinados de maneira adequada aos
aterros sanitários.
Os processos biológicos usados para remover a matéria orgânica podem ser aeróbios
(que necessitam da presença de oxigênio para acontecer) ou anaeróbios (que não requerem a
presença de oxigênio).
No gradeamento, a água residual que vem das residências deve conter cerca de 1% de
sólidos e 99% de material líquido. Em razão disso, a primeira etapa do procedimento é a
retenção de materiais mais grosseiros, como o lixo, em um filtro formado por grades. Essa
primeira filtragem ajuda a deixar o líquido livre dos resíduos sólidos que foram descartados
incorretamente na rede de esgoto.
Para que a água seja elevada, é necessário que passe por um filtro e uma peneira para
retirada de resíduos sólidos. Isso evita que grandes volumes de sujeira se acumulem e
provoquem entupimento e problemas estruturais nas tubulações. Além disso, a água já fica
preparada para ser tratada em reatores biológicos e decantadores.
Onde:
Q é a vazão em m3/s;
H é a altura da lâmina líquida em m.
pop∗QPC∗c
Qmed = (18)
86400
Onde:
Com uma população estimada de 980 habitantes, o consumo per capita de 187,5
L/hab.dia e um coeficiente de retorno de 80%, obtém-se uma vazão média de 1,7014.
As vazões mínima, máxima diária e máxima horária são obtidas através das Equações
19, 20 e 21, respectivamente.
Onde:
Assim, com a vazão mínima de 0,8507 L/s, obtém-se, a partir da Equação 17, a altura
da lâmina líquida de 0,05168 m ou 5,168 cm.
De forma análoga, com a vazão máxima de 3,0625 L/s, a altura da lâmina líquida será
de 0,0863 m ou 8,63 cm.
7.2. Gradeamento
100∗a
E= (22)
a+t
Onde:
Para as grades de limpeza manual, verifica-se a perda de carga para uma obstrução de
50%, ou seja, considerando a grade 50% suja. A perda de carga pode ser estimada pela
Equação 23:
h f =β ()
t 43
a
∗sin
θ∗v 2
2g
(23)
Onde:
h f é a perda de carga em m;
H mg=H +(24)
Onde:
Lu=L∗E(25)
Onde:
Au =Lu∗H mg (26)
E a velocidade entre as barras 50% sujas é dada pela Equação 27:
Q
v= (27)
A u∗E50
Considera-se que em grades finas ficam retidas 0,04 L MATERIAL/m3ESGOTO, para a vazão
média, a quantidade média de material retido é dada pela Equação 28:
0,04
M= ∗Q méd∗86400( 28)
1000
Com uma vazão média de 0,001701 m3/s, a quantidade média de material retido será
de 5,879 L/dia.
Deve-se retirar imediatamente o material retido na grade, com um rastelo, e
encaminha-lo ao seu destino final (incineração ou serviço de limpeza urbana), evitando assim
odores desagradáveis e proliferação de vetores.
Para evitar que sólidos sedimentáveis presentes nos esgotos causem problemas no
funcionamento da ETE optou-se pela adoção de uma caixa retentora de areia, a montante da
elevatória, com o intuito de reduzir os efeitos de abrasão das tubulações e bombas de
recalque.
Será utilizada uma caixa de areia prismática, de seção retangular, por gravidade, para
retenção de partículas maiores que 0,2 mm e velocidade de sedimentação da ordem de 0,024
m/s.
De acordo com a norma, a caixa terá dimensões que limitam a velocidade máxima de
fluxo em 0,4 m/s para a vazão máxima e velocidade mínima de fluxo de 0,20 m/s para a vazão
mínima.
Q
V= (29)
H∗b
Onde:
Com b=0,05 m, para a vazão mínima, a velocidade será de 0,33 m/s e para a vazão
máxima será de0,71 m/s .
V ∗H=L∗V s (30)
Onde:
Qmáx
Tx= (31)
L∗b
Considerando que para rede de esgoto doméstico, o volume médio de areia removido é
de 0,003 L AREIA /m3ESG é calculada pela Equação 32:
0,003
V AREIA = ∗Q∗86400∗1000(32)
1000
Assim, para a vazão máxima a quantidade de areia a ser removida é de 0,794 L/ dia
V POÇO=Q∗60(33)
Onde:
capb é a capacidade de bombeamento em L/s;
td é o tempo de detenção.
O diâmetro da linha de recalque é definido pela vazão de bombeio, Q = 4,0 L/s e será
dimensionado pela limitação da velocidade máxima no recalque em 1,5m/s, e é calculado pela
Equação 35:
D=
√ 4Q
Vπ
(35)
Deverão ser utilizados dois conjuntos motor- bomba do tipo centrífugas de rotor
aberto para vazão de 15 m3/h (4,167 L/s), altura manométrica de 10 m . c . a .
O bombeamento a partir deste poço se fará com vazão de 4,0 L/s e executado por uma
bomba para 4,167 L/s ou 15 m³/h, com uma segunda em reserva, com uso alternado. Os
tempos e as condições de bombeamento estão descritos na Tabela 3.
Assim, para a vazão mínima diária, obtém-se 7,5 minutos e 13,33 minutos para tempo
de bombeamento e tempo de parada, respectivamente. Para a vazão máxima diária, o tempo
de bombeamento e tempo de parada resultaram em 8,1 minutos e 11,76 minutos,
respectivamente. E para a vazão máxima horária, obtiveram-se 18,74 minutos e 6,45 minutos
para tempo de bombeamento e tempo de parada, respectivamente.
Então, o tempo de parada, ou seja, o intervalo de tempo para que o volume suba do
nível mínimo para o máximo é de 6,45 minutos. E o tempo de funcionamento, ou seja, o
intervalo de tempo para que o volume desça do nível máximo para o mínimo é de 18,74
minutos. Desta forma, o tempo de detenção máximo será de 25,19 minutos.
8. ESPECIFICAÇÕES
O transporte, manipulação e emprego dos materiais devem ser realizados de forma que
suas características, suas formas e dimensões não se alterem. As operações de carga e
descarga serão procedidas com cuidado, por pessoal habilitado e utilizando equipamentos
e/ou ferramentas adequadas.
A tubulação sobre a fundação deve ser apoiada sobre berço de material adequado,
deve estar isento de rochas ou qualquer outro material duro, quando isto ocorrer se utilizará
com colchão de areia de 10cm de espessura, recobrindo os fundos de vala comprometidos.
A descarga deve ser feita adotando-se todos os cuidados necessários a segurança dos
operários e de modo a evitar danos aos tubos, conexões e anéis de junta, devendo-se observar
o seguinte.
As descargas dos tubos devem ser feitas pelas laterais do caminhão, com os homens
necessários em função do diâmetro e peso dos tubos. Os tubos e conexões não devem ser
arrastados a fim de não danificar suas extremidades;
O transporte, manipulação e emprego dos materiais devem ser realizados de forma que
suas características, suas formas e dimensões não se alterem. As operações de carga e
descarga serão procedidas com cuidado, por pessoal habilitado e utilizando equipamentos
e/ou ferramentas adequadas.
Os tubos devem ser colocados com sua geratriz inferior coincidindo com o eixo do
berço de modo a que as suas bolsas fiquem nas escavações previamente preparadas,
assegurando um apoio contínuo do corpo do tubo.
Uma vez assentada à tubulação, as valas são reaterradas com o resultado da própria
escavação, quando no material se notar a presença de pedras, pedaços de tijolos, pedaços de
madeira, torrões e similares estes deverão ser retirados.
O reaterro é feito por camadas úmidas, sucessivas e compactadas. Quando este é assim
executado deve apresentar uma saliência sobre o terreno, o excesso de aterro resultante desta
saliência destina-se a absorver a acomodação lenta do aterro. Deverá ser executado de modo a
oferecer condições de segurança às estruturas e tubulações e o bom acabamento da superfície.
8.14. Aterros
As Ligações Domiciliares são individuais (uma para cada lote) e são confeccionadas a
partir de um selim também em PVC com Tubos e Conexões em PVC Branco reforçado
PVCR, e Caixas de inspeção de concreto ou PVC.
8.17. Pré-Tratamento
Entenda como funciona uma estação de tratamento de esgoto? Disponível em: <
https://blog.brkambiental.com.br/estacao-de-tratamento-de-esgoto/ > Acesso em: 14 fev 2022.
Esgotamento sanitário: o que acontece após o esgoto sair da sua casa? Disponível em: <
https://blog.brkambiental.com.br/esgotamento-sanitario/#:~:text=O%20que
%20%C3%A9%20esgotamento%20sanit%C3%A1rio,de%20forma%20adequada
%20%C3%A0%20comunidade. > Acesso em: 06 fev 2022.